TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO descobre servidores recebendo sem trabalhar 8

Consultor Jurídico

Texto publicado segunda, dia 4 de janeiro de 2010

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TJ-SP descobre servidores recebendo sem trabalhar

Ver autoresPor Fernando Porfírio

O Tribunal de Justiça de São Paulo descobriu há dois meses que 4,8 mil servidores estavam recebendo vencimentos sem trabalhar. O expediente usado para burlar a burocracia da corte eram licenças médicas irregulares. O número de fraudadores representa mais de 10% dos funcionários em atividade na Justiça Estadual, que hoje conta com cerca de 44 mil servidores.

A fraude foi descoberta pela Coordenação de Saúde da corte paulista. O que despertou a atenção dos desembargadores e técnicos foi o número crescente de pedidos de licença médica e o tempo de prorrogação da maioria delas. Em alguns casos, o prazo já tinha chegado a cinco anos de afastamento do servidor. Depois de cruzar informações com a Secretária Estadual da Saúde, o tribunal descobriu o volume de licenças. O anunciou foi feito nesta segunda-feira (4/1), durante a posse do novo presidente do TJ paulista, desembargador Vianna Santos.

Havia até casos de servidores que foram descobertos morando e trabalhando no exterior — um em Miami (EUA) e outro em Madri (Espanha) — e sendo pagos pelo erário paulista. Em um outro desvio, uma servidora que gozava de licença saúde foi pega trabalhando em um hospital. Outra funcionária usava como expediente assediar sexualmente o médico da seção de perícia estadual para ele manter seu afastamento por problemas de saúde.

“Fiquei surpreso com a descoberta”, afirmou o desembargador Vallim Bellocchi, que passou o cargo de presidente para Viana Santos. Em seu discurso de despedida, Bellocchi revelou a fraude. “A situação criada deixou o Tribunal de Justiça em situação difícil perante a opinião pública, mas assim que tomamos conhecimento demos uma resposta imediata, submetendo esses servidores a perícia médica.”

A Coordenação da Área Médica e Odontológica do TJ paulista chegou à fraude depois de cruzar informações com o Departamento de Perícias Médicas, da Secretaria Estadual da Saúde. De acordo com o desembargador Viana Santos, que coordena a área, os fraudadores foram afastados de suas funções até que se submetessem a novos exames. Segundo ele, até agora cerca de 2 mil servidores foram obrigados a voltar ao trabalho.

Quanto a punições, o atual presidente disse que os servidores estavam acobertados por laudo expedido por autoridade médica do estado. Agora, o Tribunal está fazendo um pente fino, por meio de perícia de seu próprio departamento médico. “Não olho para o retrovisor, só para o pára-brisa”, disse Viana Santos em entrevista depois da solenidade de posse. “Não pretendo fazer auditoria, nem caça às bruxas.”

Fernando Porfírio é repórter da revista Consultor Jurídico

FORA DOS AUTOS: OFICIAL ORDENOU A EXECUÇÃO DO POLICIAL…A TROPA NÃO OBEDECEU 8

O Oficial dava ordens para os disparos abrigado atrás de uma banca de jornal.

Ora, se acreditava fosse necessário atirar contra o “doente”  –   aliás,  simbolicamente ele estava matando O REGIME POLICIAL MILITAR QUE NÃO RESPEITA NADA E NINGUÉM – deveria ter feito o serviço! 

Observem que a PM realimenta o CICLO DA ESCRAVIDÃO, ou seja, aquilo que se faz com a tropa, a tropa faz com o cidadão…

Pois essa é a tendência humana: tratar o semelhante conforme é tratado…

Oficial de estrela só no ombro, parabéns aos seus insubordinados!

TRANSTORNADO POLICIAL MILITAR DE HORTOLÂNDIA ATIRA CONTRA VIATURAS DA CORPORAÇÃO 3

HORTOLÂNDIA
Policial atira contra viaturas e provoca tumulto
PM se sentiu mal e foi levado ao hospital, onde fez vários disparos e só foi contido após desmaiar
Cristiani Custódio – Hortolândia

Arquivo/TodoDia Imagem
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Tumulto aconteceu em frente ao Hospital Municipal Mário Covas

Após um surto psicótico, um policial militar de Hortolândia efetuou vários disparos contra viaturas e ameaçou se matar na noite de anteontem em frente ao Hospital Municipal e Maternidade Governador Mário Covas. Houve tumulto generalizado e o soldado foi detido e levado para a enfermaria após desmaiar. Segundo apurado, o policial estava nervoso porque foi acusado na última semana – junto com outros oito policiais – de suposto envolvimento em furto a um caixa eletrônico na noite de Natal. O caso foi registrado como tentativa de suicídio pela Polícia Civil, mas há possibilidade da PM (Polícia Militar) instaurar inquérito por tentativa de homicídio (leia reportagem ao lado).

O caso ocorreu por volta das 20h40 de anteontem. O soldado M.B.S., 42, – que trabalha há cerca de 20 anos na PM -, estava em serviço quando pediu para ser levado ao hospital alegando estar com a pressão alta. Segundo colegas, ele estava nervoso por causa das acusações que sofreu durante a semana de envolvimento em um furto. Ao chegar ao hospital, o policial, ao invés de descer da viatura, sacou a arma e deu diversas coronhadas no painel, quebrando o rádio do veículo.

Ele também efetuou diversos disparos contra o assoalho da viatura. Pessoas que estavam no local saíram correndo assustadas. Policiais militares tentaram negociar com M., mas ele se negou a entregar a arma, pedindo ainda para que o tenente fosse ao local.

Segundo apurado, o soldado desceu então do carro e efetuou diversos disparos contra outras três viaturas que estavam estacionadas no local. Ninguém ficou ferido. Ele chegou ainda a engatilhar a arma e apontá-la para a própria cabeça, ameaçando se matar. O sargento da corporação também foi ao hospital na tentativa de evitar que o policial se matasse.

A situação tensa só foi resolvida depois que M. desmaiou. Ele foi então levado para o pronto-socorro, onde foi sedado. Policiais e familiares da vítima foram visitá-lo durante a madrugada.

O tenente Cravero, da PM, afirmou à reportagem que o soldado seria transferido ainda ontem do hospital de Hortolândia para o Hospital da Polícia Militar em São Paulo, onde receberá tratamento. Durante todo o dia de ontem, o tenente ouviu cerca de 14 policiais que testemunharam a ação. “Estamos ouvindo as testemunhas”, disse.

O caso foi registrado no Plantão Policial de Hortolândia pelo delegado Roberto Conde Guerra como tentativa de suicídio, já que ninguém ficou ferido e o policial ameaçou se matar. Um inquérito de tentativa de homicídio e disparos em via pública deve ser instaurado pela PM. Caso se concretize, o policial pode ser encaminhado ao presídio militar Romão Gomes, também em São Paulo.

POLICIAL MILITAR TEVE O DOMICÍLIO INVADIDO POR OFICIAIS E MEMBROS DA CORREGEDORIA DA PM…NEM SEQUER RESPEITARAM A INTIMIDADE DA MULHER DO SOLDADO QUE PROCUROU O DELEGADO PARA NARRAR OS ABUSOS PRATICADOS POR TENENTE E SARGENTO 2

Investigação motivou descontrole            ( A TORTURA MOTIVOU DESCONTROLE )
A acusação de ter envolvimento – junto a outros oito policiais – de um furto a dois caixas eletrônicos do Santander no Jardim Rosolém, em Hortolândia, teria motivado o descontrole emocional do soldado M.B.S., 42. O crime ocorreu na noite de Natal.

Segundo apurado pelo TodoDia, dias após o crime a corregedoria da PM (Polícia Militar) recebeu denúncia de que policiais estariam envolvidos com o furto. Na noite do dia 29, os nove policiais que estavam trabalhando quando ocorreu o crime foram localizados pelo Comando do Batalhão da PM, desarmados e mantidos incomunicáveis em uma sala da corporação.

Um policial, que também foi acusado, disse que todos passaram por constrangimento muito grande, já que foram detidos sem ao menos saber a acusação. “Apenas chegaram, mandaram entregar armas e celulares e nos levaram para a sala”, disse.

Segundo ele, M. foi detido na própria casa. “Não respeitaram nada. Entraram, a mulher dele estava de camisola, e sem explicações o levaram”, afirmou. O policial contou ainda que todos foram mantidos por cerca de quatro horas no batalhão, onde tiveram que responder a diversos questionamentos.

Depois da investigação, receberam seus pertences de volta e foram liberados. “A gente trabalha para garantir a segurança da população e acaba sendo tratado como bandido ou até pior, porque não tivemos nenhum direito respeitado”, desabafou.

No dia seguinte, M. registrou boletim de ocorrência no 2º Distrito Policial por constrangimento e invasão domiciliar. Desde então, segundo apurado pela reportagem, ele estava bastante nervoso. Foi apurado ainda que a PM instaurou inquérito para averiguar a denúncia feita pelo soldado.

Ontem a reportagem entrou em contato com a PM de Hortolândia e Sumaré – cidade sede do 48º BPMI (Batalhão de Polícia Militar do Interior) – para falar sobre o surto do policial e a denúncia que fez. No entanto, a informação obtida foi que o caso ainda estava sendo analisado e que não havia informações sobre as providências que seriam tomadas. (CRISTIANI CUSTÓDIO)

http://portal.tododia.uol.com.br/?TodoDia=policia&Materia=350743&dia=03&mes=01&ano=2010