CÓDIGO DA VIDA – TRATAMENTO DISPENSADO A MINISTRO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL: JUIZ DE MERDA 6

Com um pouco de agilidade mental e algumas leituras em segunda mão, qualquer homem encontra as provas daquilo em que deseja acreditar…
(Bertrand Russell)

Feita a ressalva acima, coincidentemente, meramente coincidente,  ao buscar outro trecho no livro Código da Vida, do advogado e ex-Ministro da Justiça, Dr. Saulo Ramos, ou seja,  enquanto procurava o relato  acerca da caderneta Prestes e a requisição de exame dos escritos para revelação de pródromos de esquizofrenia paranóide  manifestada pelo líder comunista , encontrei passagens reveladoras acerca da composição e “atuação” dos membros do Supremo:

…a Suprema Corte estava em meio recesso, e o Ministro Celso de Mello, meu ex-secretário na Consultoria Geral da República, me telefonou:

E continua:

Veio o dia do julgamento do mérito. Sarney ganhou, mas o último a votar foi o Ministro Celso de Mello, que votou pela cassação da candidatura Sarney.

Deus do céu! O que deu no Garoto? Votou contra o Presidente que o nomeara, depois de ter demonstrado grande preocupação   (  o assunto do telefonema  para o “padrinho” ) com a hipótese de Marco Aurélio de Mello (  primo do Collor ) ser o relator.

Continuando a narrativa:

Apressou-se ele próprio a me telefonar, explicando:

– Doutor Saulo,  o senhor deve ter estranhado o meu voto…votei contra para desmentir a Folha de São Paulo ( que na véspera noticiou o voto certo em favor de Sarney )…

O Presidente já estava vitorioso e não precisava mais do meu…Mas fique tranquilo. Se meu voto fosse decisivo, eu teria votado a favor do Presidente…

O Senhor entendeu?

– Entendi.

 ENTENDI QUE VOCÊ É UM JUIZ DE MERDA!

Bati o telefone e nunca mais falei com ele. 

Muitos advogados sabiam que Celso de Mello havia sido meu secretário na Consultoria da República e nomeado Ministro do Supremo por empenho meu. (  de se conferir fls. 169 /176 )

Por conclusão: nem queremos acreditar que o STF seja venal, nem fazer prova disso.

Antes fazer prova da máxima de ” Bertrand Russell” de que “com um pouco de agilidade mental e algumas leituras em segunda mão, qualquer homem encontra as provas daquilo em que deseja acreditar“, acrescentando  o seguinte:

COM CERTA DOSE DA MESMA AGILIDADE MENTAL, ALGUMAS LEITURAS EM SEGUNDA MÃO E UM POUCO DE REFLEXÃO…

QUALQUER PESSOA ENCONTRA PROVAS DAQUILO  QUE JAMAIS QUERIA ACREDITAR. 

No Brasil há muita merda…E muitos Mellos “atuando” na vida pública.

MODELO JURÍDICO DO PROCEDIMENTO DE SELEÇÃO E NOMEAÇÃO DE “ADVOGADOS” PARA OS CARGOS DO STJ E STF: À MODA ITALIANA 4

Eliana Calmon desabafou sobre juízes de carreira

Coluna Vladimir - Spacca

O jornal O Estado de São Paulo, de 22.11.2009, sob o título de ”Grupo elege pessoas amigas, com listas fechadas”, publicou entrevista da Ministra Eliana Calmon a respeito do preenchimento de vagas no STJ. Trata-se de assunto raramente tratado e que merece análise atenta. Vejamos, começando do ponto zero.

Os jovens estudantes nem sempre sabem o que desejam ser. Mas a magistratura, com certeza, não é a carreira preferida. Sob o olhar da maioria, ser juiz representa uma vida sacrificada. Muita responsabilidade, controle social e pouca adrenalina. Por isso, as opções são outras, figurando a Polícia Federal como a primeira.  ( do blog: bons vencimentos, múltiplas possibilidades e pouco esforço intelectual )

Os juízes de carreira ingressam por concurso público. Para isto dedicam de 2 a 5 anos de suas vidas. As exigências são cada vez maiores. As matérias crescem em tamanho e complexidade. Os ramos tradicionais do Direito já não bastam. Devem conhecer mais. Por exemplo, Sociologia do Direito e Psicologia Judiciária. Provas escritas, psicológicas, exame oral, investigação social, uma infindável maratona de obstáculos a serem superados. Cada um dos que chegam ao glorioso dia da posse poderia escrever um livro a respeito.

E daí começam suas carreiras. Juízes de Direito percorrem as comarcas do interior. Às vezes, pouco mais do que um aglomerado de casas. Em alguns estados do norte elas se situam em locais distantes, em viagens de barco que podem demorar dias.      

Na Justiça Federal as cidades são maiores e mais estruturadas. Porém, muitas vezes, em outro estado. Jovens mulheres casadas, são obrigados a distanciar-se das famílias por 1, 2 ou mais anos. Não é muito diferente na Justiça do Trabalho, ainda que dentro do mesmo estado. Só que alguns deles são maiores que muitos países da Europa (p. ex., Pará). Para chegar a uma capital, por vezes, levam10 ou mais anos.

Mas todos sabem que estas são as regras do jogo e a elas se submetem sem problemas. Só fazem questão de que se preserve a antiguidade, que no Judiciário tem caráter quase sagrado. Assim vão, sempre, ou quase sempre, com os olhos postos em uma vaga no Tribunal. Aspiração legítima, já que no Brasil a magistratura é organizada em carreira.

Nos TJs, TRFs e TRTs, um quinto das vagas é provido por advogados ou agentes do MP. Trata-se do chamado “quinto constitucional”, introduzido na Constituição de 1934, art. 104, § 6º. Aqui não se dirá uma palavra sobre este tema. O foco é outro.

Mas, acima dos Tribunais de Apelação encontram-se os chamados Tribunais Superiores da República, todos com sede em Brasília. O provimento de cargos nesses Tribunais tem regras próprias. O TSE tem composição mista, nele entram juízes de outras Cortes. O STM é um Tribunal de Apelação e dos 15 Ministros que o compõem só 1 é juiz de carreira. No TST, 1 quinto é de advogados e membros do MPT e os demais são magistrados trabalhistas, ou seja, dos TRTs mas oriundos da magistratura de carreira.

Nisto tudo não há maiores discussões, exceto o tratamento discriminatório dado aos juízes auditores militares, aos quais a carreira reserva uma única vaga no STM.

O problema está no STJ e no STF.

E aí entra a entrevista da Ministra Eliana Calmon, a falar, com coragem, o que muitos pensam, poucos falam e ninguém escreve.

No STJ a composição é diferente do TST.

Os 33 cargos repartem-se em 3 terços, 1 para magistrados federais, 1 para magistrados estaduais e 1 dentre advogados e agentes do MP. Busca-se uma composição eclética.

Os que não são juízes de carreira têm1 terço das vagas, bem mais do que 1 quinto.

O problema é que desembargadores que ingressaram nos TJs ou TRFs pelo quinto constitucional, começaram a ocupar vagas da magistratura no STJ.

 O constituinte, sem demonstrar coerência, deu redação diversa da prevista para o TST, onde o art. 111-A, inc. II da CF, expressamente fala em acesso aos magistrados de carreira.

Desembargadores originários do quinto constitucional, por vezes com pouco tempo de atuação como magistrado, passaram a compor listas tríplices e a ascender ao STJ.

E com mais facilidade que os oriundos da carreira.

Habituados ao embate político, com os contatos feitos para chegar ao TJ ou TRF ainda vivos, é, para eles,  mais fácil percorrer os caminhos do imprescindível apoio político.

Já aos desembargadores de carreira, depois de exercerem a magistratura por 20 ou mais anos, falta habilidade, relacionamento, “faro político”.

E ainda bem que é assim, porque este é o pressuposto de uma carreira séria, de uma magistratura isenta, imparcial.

Ao contrário, se estivessem irmanados com membros do Legislativo e do Executivo, distribuindo favores e afagos, aí as coisas certamente estariam indo muito mal.   ( ORA, SE NO TOPO VALE “O FARO POLÍTICO“, PODEMOS AFIRMAR QUE TUDO VAI MUITO MAL! …MANDA A FALTA DE SERIEDADE, A FALTA DE ISENÇÃO E PARCIALIDADE DOS IRMANADOS COM MEMBROS DO LEGISLATIVO E EXECUTIVO.  )

Pois bem, fácil é ver que magistrados de carreira, nas disputas pelo STJ, entram em desvantagem.

E não logram sucesso, tanto que, das 22 vagas que a Constituição lhes garante, 7 são providas por membros que ingressaram no Judiciário (TJs ou TRFs) pelo quinto constitucional.    

Nada, absolutamente nada, se tem contra os 7, alguns deles de brilho e dedicação inegáveis. A questão é outra, é institucional. 

No STF a situação é mais grave.

A Corte Suprema, na sua atual composição, contempla apenas 1 juiz de carreira, o Ministro Cesar Peluso, da magistratura paulista.     ( APENAS UM JUIZ DE VERDADE ,  lembrando: magistratura, advocacia e ministério público são artes distintas; raramente encontramos quem desempenhe com excelência as três artes ou estilos )

O cargo é e sempre foi (Constituição de 1891, art. 48, n. 12 e 56) de indicação exclusiva do Presidente da República.

Não é obrigatória a indicação de juiz de carreira.

Pessoalmente, acho que a composição mista no STF é benéfica.       ( BENÉFICA DESDE QUE FOSSE EQUILIBRADA SEGUNDO A FÓRMULA GERAL : MAGISTRADOS DE CARREIRA + UM QUINTO FORMADO POR MEMBROS DO MP e ADVOGADOS )

Alarga a visão política (não partidária) que a Corte deve ter. Pedro Lessa e Aliomar Baleeiro são bons exemplos. 

Mas, tradicionalmente, sempre o Supremo teve muitos e bons magistrados de carreira.

Vindo lá dos tempos do início da República até os mais recentes.

Vá o leitor à obra de Leda Boechat Rodrigues (História do Supremo Tribunal Federal, Civ. Brasileira, 2ª. Ed., 1991) e confira. De João E. N. S . Lobato, nomeado em 12.11.1890 a (op. cit., ps. 167) a Carlos Mário Velloso (13.6.1990). E isto é muito bom.

Os juízes de carreira conhecem a magistratura, seus anseios, virtudes e defeitos. Decidem com desenvoltura, pois foi o que fizeram a vida inteira.

Pois bem, distantes cada vez mais da cúpula do Judiciário, ressentem-se os que fizeram da magistratura sua opção de vida, da identificação com os que se acham na cúpula e do reconhecimento que a classe merece.

Isto leva a um silencioso descontentamento, com reflexos diretos e negativos nas atividades profissionais.

Foi isto que, num desabafo legítimo e corajoso, a Ministra Eliana Calmon exteriorizou.

É isto que as associações de classe, das grandes às menores, deveriam ter como uma das principais bandeiras e expor publicamente na abertura de vagas.

É isto que se espera daqueles que se preocupam com o Poder Judiciário.

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”Grupo elege pessoas amigas, com listas fechadas”

Ministra do STJ diz que a escolha de candidatos, com pouco tempo de magistratura, é ”resultado de conchavos” no tribunal

Felipe Recondo

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A sessão destinada à escolha para a vaga aberta no Superior Tribunal de Justiça (STJ) teve protesto solitário da ministra Eliana Calmon, que se diz insatisfeita com a escolha de candidatos com pouco tempo de magistratura pelo grupo que, segundo ela, domina o tribunal. No STJ há 10 anos, Eliana afirma que advogados com bons cabos eleitorais ocupam vagas que seriam destinadas aos juízes.
Ela critica as escolhas, que, em vez de serem secretas, são “resultado de conchavos” no tribunal:
“Existe um grupo com liderança forte que patrocina a eleição de pessoas amigas, de candidatos que lhes são simpáticos, de tal forma que as listas são feitas fechadas.”
A seguir, os principais trechos da entrevista.

Qual é o problema dos nomes que estão sendo indicados para o STJ?

Esses desembargadores mal chegaram aos tribunais intermediários, vindos da advocacia, e já se candidataram à vaga de ministro do STJ.

Esses advogados chegam mais novos ao STJ?

Os magistrados oriundos das vagas de desembargadores chegam velhos ao tribunal. No mínimo 50 anos. Pelo quinto, chegam com 42 ou 43 anos. Tudo fica fechado na mão do quinto. Os magistrados de carreira não dirigem o Poder Judiciário.

Mas por que os magistrados de carreira não conseguem competir com esses advogados?

Lamentavelmente, os magistrados de carreira cultivam a amizade de forma discreta. Enquanto os advogados, que ascendem aos tribunais, têm grande rede de amizades. E contam, no tribunal, com um grande aliado, um grande amigo que faz toda a campanha.

Existe um grupo formado no STJ para decidir as indicações?

Sim. Existe um grupo com liderança forte que patrocina a eleição de pessoas amigas, de candidatos que lhes são simpáticos, de tal forma que as listas são feitas fechadas, ou seja, os três nomes que são indicados já são conhecidos antes da votação.

Eu já sabia os três nomes que iam se sagrar nessa última eleição.    ( do blog: cartas marcadas )

Como esse grupo se formou?

É um pouco de cordialidade, de ameaça, de bem querer e até um pouco de ingenuidade.   ( ESTAMENTO )

E quem é o responsável?

Não posso dizer que o presidente César Asfor Rocha seja o único responsável. Ele comanda o grupo, mas não faria isso sozinho. 

Como a votação é direcionada?

Eles fazem reuniões, assumem o compromisso de ter uma votação fechada, e há aqueles que são cooptados para mostrar seu voto um aos outros.   ( NEGOCIATA )

Esse grupo é majoritário?

Esse grupo vem se fortalecendo a cada indicação. Com a escolha do próximo ministro, esse grupo se torna majoritário.

Por que isso ocorre?

É uma espécie de favores trocados. Fico preocupada com isso.  ( FISIOLOGISMO )

No STJ há decisões que têm sinais de favorecimento?

Todo tribunal tem. Não temos tribunais de santos. Temos tribunais vulneráveis a isso. Nós fiscalizamos uns aos outros, pois julgamos em colegiado, mas de forma tímida.        ( LIGEIRAMENTE DESONESTOS )

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Tridimencional: valor, honra e comprometimento.
Entendeu?
Não…
Valor: notório saber jurídico revelado por anos e anos de trabalhos jurídicos; não necessariamente processuais.
Honra: conduta ilibada da vida privada e pública, ou seja, não possuir condenações com trânsito em julgado.
Comprometimento: fidelidade,  lealdade e coleguismo.
Tanta complexidade é de rigor para quem, em última instância, cuidará da “coisa nossa”.

BATIDINHA DO CABRAL: VÂMU ROUBA…VÂMU ROUBA…VÂMU ROUBA…VÂMU ROUBA…SÓ QUEM CONSEGUE FAZER ESSA MAGIA…TRANSFORMA QUALQUER GASTAR EM ALEGRIA…E QUANDO VOCÊ ROUBA, ROUBA ATÉ SUAR E NÃO SE CANSA…É PURA POPRINA NO AR 3

 Nº Licitação : 275121

Resumo da Licitação :

Aquisição de Cestas Natalinas.

 Cliente :
GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO CASA CIVIL / POLICIA CIVIL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Edital :
032/2009
Processo :
E-09/753/1704/2009

Modalidade :
PREGAO
Idioma da Licitação :
Português

Situação :
ACOLHIMENTO DE PROPOSTAS
Moeda da Licitação :
REAL

Lotes desta Licitação

Nº Lote :
1

Resumo do lote :
Fornecimento de Cestas Natalinas ou assemelhadas, nos locais e condições estipulados no Termo de Referência e seus Anexos.

Tratamento aplicado :
COM TRATAMENTO DIFERENCIADO PARA ME/EPP/COOP

Tipo de disputa  :
DISPUTA EM SESSÃO PUBLICA
Critério de seleção  :
TODAS AS PROPOSTAS

Situação do lote  :
AGUARDANDO ABERTURA DE PROPOSTAS
Data e o horário :
27/10/2009-15:47:34:491

Listar itens

Item: 1. Cesta individual acondicionada em caixa de papelão com motivos natalinos.

Quantidade: 11000
Produto: CESTA DE NATAL

Item: 2. Ameixa Seca ( 200g ) Pacote

Quantidade: 11000
Produto: AMEIXA IN-NATURA

Item: 3. Azeite de Oliva ( 500ml ) Lata

Quantidade: 11000
Produto: AZEITE DE OLIVA

Item: 4. Azeitona Verde ( 200g ) Pacote

Quantidade: 11000
Produto: AZEITONA

Item: 5. Azeitona Preta ( 200g ) Unidade

Quantidade: 11000
Produto: AZEITONA

Item: 6. Bacalhau de primeira qualidade ( 2kg ) Pacote

Quantidade: 11000
Produto: BACALHAU DO PORTO

Item: 7. Biscoito tipo Champagne ( 180g ) Pacote

Quantidade: 11000
Produto: BISCOITO

Item: 8. Creme de Leite ( 200g) Unidade

Quantidade: 11000
Produto: CREME DE LEITE

Item: 9. Leite Condensado (395g) Lata

Quantidade: 11000
Produto: LEITE CONDENSADO

Item: 10. Nozes ( 300g ) Pacote

Quantidade: 11000
Produto: NOZES DESCASCADAS

Item: 11. Panetone ( 400g ) Unidade

Quantidade: 11000
Produto: PAO

Item: 12. Passa Seca ( 200g ) Pacote

Quantidade: 11000
Produto: UVA PASSAS

Item: 13. Pêssego em calda ( 450g ) Compota

Quantidade: 11000
Produto: PESSEGO IN-NATURA

Item: 14. Salaminho inteiro (300g ) Unidade

Quantidade: 11000
Produto: SALAME

Item: 15. Amêndoas (300g) Pacote

Quantidade: 11000
Produto: SEMENTE

Item: 16. Bombons ( 400g ) Caixa

Quantidade: 11000
Produto: BOMBOM

Item: 17. Atum em conserva ( 170g ) Lata

Quantidade: 11000
Produto: ATUM SOLIDO EM OLEO

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E A CESTA NATALINA DA POLÍCIA CIVIL É BEM MAIS GORDA QUE A DOS MILITARES.

ROUBALHEIRA E SAFADEZA!

PERU DA PM FOI VENDIDO HÁ MAIS DE UM ANO

PM CARIOCA TÁ MESMO NO BICO DO CORVO…COMANDANTE-GERAL É O TÍPICO “FANFARRÃO” DAQUELE FILME: “Quando você pergunta como homens são capazes de fazer isso, vou ter que perguntar para Deus, a criação é Dele”…CHAMA O CAP. NASCIMENTO! PEDE PRA SAIR! 2

Mário Sérgio Duarte: ‘Queremos menos papel e mais ação’

Aumentar o rigor contra os desvios de conduta está nos planos do comandante-geral da PM

 

Rio – Aumentar o rigor contra os desvios de conduta está nos planos do comandante-geral da PM, coronel Mário Sérgio Duarte, como uma das principais estratégias para 2010. O oficial aposta em um projeto revolucionário para a Corregedoria da corporação.

 

Foto: Ernesto Carriço/Agência O Dia

A meta é investir R$ 1 milhão na compra de equipamentos, como máquinas fotográficas e filmadoras, na capacitação de profissionais e no trabalho em inquéritos militares com o auxílio de escutas telefônicas. “Queremos os agentes nas ruas”, avisa. O comandante trata ainda as Unidades de Polícia de Pacificação (UPPs) como a melhor solução para retomar os territórios dominados pelo tráfico.

Em entrevista a O DIA, o oficial ainda projeta como pode ser a UPP do Complexo do Alemão, na Penha, e anuncia investimentos na compra de armamento e construção de mais um hospital na Zona Oeste. Há cinco meses à frente da corporação, Mário Sérgio faz um balanço de sua gestão.

O DIA: Nos últimos cinco meses, dois casos envolvendo policiais militares chocaram a população. Em um, um músico do AfroReggae morreu, e em outro, uma vendedora sobreviveu mesmo depois de ter levado um tiro de fuzil de PM que exigia dinheiro. Como reverter esse quadro na PM?

Mário Sérgio Duarte: Foi a PM que prendeu os dois policiais que agiram contra a vítima de extorsão. Isso é banditismo, uma situação vergonhosa. Por sorte, nós temos uma legislação contra desvio de conduta, e o comandante tem força para prender sem que juiz algum tenha expedido mandado de prisão. Isso nós dá celeridade, pois ele poderia fugir. Quando você pergunta como homens são capazes de fazer isso, vou ter que perguntar para Deus, a criação é Dele. Mas a corrupção é um desafio que tem que ser enfrentado pelo País. O criminoso sutil coloca o dinheiro na cueca, na meia. O traficante atravessa o fuzil. Mas os dois são criminosos.

Mas como enfrentar o desafio da corrupção dentro da corporação?
Queremos os agentes da Corregedoria nas ruas. Vamos mudar a cultura da burocracia. Investigação não pode ser burocrática. Temos que fazer um inquérito policial com escutas telefônicas, filmagens e fotografias. Infiltrar agentes onde for necessário. Para isso, vamos investir R$ 1 milhão em capacitação e equipamentos para a utilização dos policiais. Hoje, temos uns 500 homens e não há necessidade de dobrar o efetivo. Temos que romper com a cultura do ‘senta aqui, me conta o que você sabe’. Qualquer averiguação tem que ter 200 páginas. Queremos menos papel e mais ação. Os agentes da Corregedoria precisam estar nas ruas para observar o policial. O PM tem que saber que não pode errar, pois terá sempre alguém o observando.

O senhor pretende, então, transformar agentes em investigadores?

Sim. Vamos transformar policiais em investigadores e não em interrogadores dentro de escritórios. Até porque muitos policiais são expulsos da corporação disciplinarmente, mas foram absolvidos pela Justiça. A Corregedoria sempre foi entendida como um espaço jurídico, mas tem que ser entendida como um espaço policial. Além disso, queremos mais ações preventivas. Temos um programa sendo montado.

E como as ações preventivas serão aplicadas?
Vamos fazer a previsão de um sem-número de pequenos erros. Por exemplo, é muito comum o policial comprar carro usado. Na PM é difícil o policial comprar um zero. Eventualmente, ele compra um carro aparentemente regular, mas o veículo é irregular, produto de furto, teve o chassi remarcado, foi clonado. Tenho que fazer uma profilaxia disso. Não tenho que ficar só esperando o caso acontecer para expulsar o PM da corporação. A tropa tem que evitar o erro. A Corregedoria vai investigar a aquisição de veículos. Vamos dar um banho de conteúdo na Corregedoria da PM.

Enfrentar a corrupção dentro da corporação é um desafio. Fora dela, combater o tráfico ainda é a prioridade absoluta?
Sem as Unidades de Policiamento Pacificadoras (UPPs), não é possível conseguir inclusão social. Estudamos 100 favelas que são verdadeiramente problemáticas. Fizemos o trabalho com base na hierarquia do poder bélico, traficantes, capacidade de deslocamento e tamanho das regiões.

Mas as UPPs não chegaram a áreas de grande conflito, como as da Zona Norte. Há dois meses, por exemplo, um helicóptero foi abatido em confrontos de traficantes em Vila Isabel. O que falta para isso acontecer?
Tivemos uma série de eventos desde que assumimos que nos trouxeram inquietação. Porque a gente imagina que terá problemas, mas não tantos. O piloto, quando viu que a aeronave estava em chamas, adotou o procedimento correto. As UPPs, acredito, chegaram a pequenas favelas por questões de estratégia e pela questão do turismo regional. A área era rentável para o tráfico de drogas, mas foram isoladas.

O senhor acha que o Batalhão de Operações Especiais (Bope) conseguiu tomar a Cidade de Deus?
É tempo de guerra e o Bope está em ação para trazer a paz. As apreensões na Cidade de Deus vão continuar. Mas a região já respira ares de liberdade. Mas o preço da liberdade é a eterna vigilância. O Bope vai ficar na Cidade de Deus o tempo que for necessário.

E a qual a próxima área beneficiada pela UPP?
Isso é uma decisão da Secretaria de Segurança. Não gosto de falar em tolerância zero, mas aonde há UPP não pode ter crime. A unidade representa o afastamento de bandidos e acaba com a exposição de armas. O Grupamento de Policiamento em Áreas Especiais (Gpae) não conseguiu isso. A gente tinha Gpae no Cantagalo e Pavão-Pavãozinho e as pessoas de baixo fotografavam os traficantes transitando. Nós não queremos que a UPP seja agência reguladora do tráfico, como o Gpae estava sendo.

Há um ano, a PM não entra no Complexo do Alemão. Há informações de que bandidos expulsos da Zona Sul tenham buscado refúgio naquela região. De forma hipotética, como seria a estratégia de ocupação para instalar uma UPP naquela área?
Se todos estão indo para um lugar só, ótimo, uma hora eles não vão escapar. Serão capturados pela polícia. Uma UPP no Complexo do Alemão vai exigir muito mais tempo de ação do Bope, do Batalhão de Choque e outras forças repressivas. Nós não podemos esperar que no Complexo do Alemão a gente vá consolidar a instalação em semanas. Existe toda uma estrutura de poder montada naquele local. Hoje, entrar no Alemão apenas para apreender armas e drogas não é a melhor alternativa. A gente pode entrar lá a qualquer momento, mas estamos preparando a melhor forma de fazer isso. Não adianta entrar e sair.

O cerco ao tráfico no Rio também tem forçado os traficantes a ir para Baixada, São Gonçalo, Niterói e Interior. Qual o planejamento de reforço de policiamento nessas regiões?
A rigor, essas áreas sempre estiveram ligadas aos criminosos do Rio. O traficante do Alemão Antônio José de Souza Ferreira, o Tota, era de Niterói. Mas a PM faz parte do sistema de inteligência do estado. Trocamos informações até com a Polícia Federal e outros órgãos. É comum que, quando se aperta o cerco no Rio, eles possam espirrar para outras áreas. Aí é monitoramento e ação, para que sejam presos e tirados de circulação. A Mangueirinha, em Duque de Caxias, na Baixada, está recebendo muitas ações policiais.

Mas a política de confronto com os traficantes tem encontrado resistência. A ONG Human Rights divulgou um relatório em que a Polícia do Rio aparece como a mais violenta do País. Como o senhor avalia essas críticas à polícia?
Eles chegam sedutores, fazendo crer que nós somos maus, e desprezam o outro lado da moeda. Não querem enxergar os fuzis na mão do tráfico. Olham para o traficante e enxergam a vítima, não o algoz do Estado. Tivemos um sargento do 22º BPM (Maré) morto na véspera da divulgação, mas eles não vão dar importância a isso, não vão contabilizar.

Mas como o número de autos de resistência pode ser reduzido?
O uso gradativo da força sempre foi orientação. Mas houve um momento de tantas mortes, que virou guerra particular. Só que, numa situação onde o traficante diz que vai atirar em você, armado e cheio de carregadores na mochila, não há tempo para fazer aqueles protocolos do Direito Comum. Ou seja: ‘Pare, renda-se, entregue a sua arma’. Quando o policial aparece, do outro lado já chove balas na direção dele.

E como o policial pode ser preparado para enfrentar esse tipo de situação? A PM pretende comprar mais armamento?
Ano que vem
, vamos investir R$ 10 milhões na compra de pistolas calibre 40 e munição. Todo policial, a partir da graduação de cabo, vai ter uma arma da corporação com ele 24 horas. Desta forma, o policial não vai precisar comprar uma arma com seus recursos.

Qual o balanço que o senhor faz da sua gestão?
Já passamos por momentos muito difíceis. Mas estamos elaborando os nossos projetos. E mais, estamos interagindo com a Polícia Civil. Falo com o chefe da instituição, Allan Turnowski, pelo menos três vezes por dia. Isso é muito importante para a área de segurança. É a consolidação da integração entre as polícias.

E qual o próximo projeto importante da corporação para o ano que vem?
Vamos construir mais um hospital para a corporação na Zona Oeste. Fizemos um levantamento e vimos que a maioria dos policiais mora naquela região e na Baixada Fluminense. A construção de um hospital, que será no modelo das Unidades de Pronto Atendimento (UPA), vai permitir um tratamento melhor para a tropa e desafogará o Hospital Central da PM, no Estácio. Na nova unidade, será feito o atendimento clínico e de microcirurgias aos policiais e seus dependentes. A meta é começar a obra no fim do ano que vem.

Como a Polícia Militar está se preparando para atuar na Copa de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016?
Policiais do Bope já iniciaram a preparação para os eventos. Enviamos equipes para treinar com policiais de outros países. No início do ano, vamos estender os treinamentos à Companhia de Cães, ao Batalhão de Choque e ao Grupamento Aéreo e Marítimo (GAM). Todo o nosso planejamento está sendo seguido à risca. São eventos que não estarão sob o meu comando, mas o trabalho tem que começar agora. A semente tem que ser plantada hoje. Tanto a Copa quanto as Olimpíadas são conquistas históricas para a cidade.

Vânia Cunha e Adriana Cruz

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Coronel  não pergunte para Deus,  pois  policial  bandido não é fruto da Criação.

 É fruto DA DEFORMAÇÃO institucional causada por sucessivos PRESIDENTES DA REPÚBLICA E  GOVERNADORES BANDALHOS; com as respectivas hordas de colaboradores civis, militares,  com-voto e sem-voto.

Dinheiro do erário para roubalheira nunca faltou.

Mas sempre faltou para o pagamento de salários compatíveis com a função e com o nível de integridade exigíveis de todo e qualquer policial.

Assim, em Polícia mal paga o profissional selecionado é apenas o melhor entre os melhores dos inscritos: “os super-homens , os necessitados e os mal intencionados”. 

A elite da ralé ( praças e tiras) . E a ralé da elite (oficiais e delegados).

O policial bandido, de regra, presumindo-se que a seleção extirpou os mal intencionados(salvo os bem letrados  ), era  maça boa  posta em cesto de podres.

O absolutamente íntegro É O LOUCO: O SUPER-HOMEM…

E como Vossa Senhoria bem sabe: honestidade é meio-termo; os virtuosos na Polícia são os aristotelicamente honestos: O CORRUPTO COMEDIDO.

Meu “Chapa”, pelo que a Administração neste país  –  para não indicar os bois – rouba na cara dos  profissionais de segurança,  não se recorre à metafísica para explicar o porquê  do banditismo policial. 

Salário não é tudo; apenas 95% da solução para a corrupção policial…

Melhor: solução  para o banditismo policial.

Em Polícia nem todo corrupto é bandido…Há quem roube com ética; há quem exerça banditismo puro.

Estarei errado?

Contudo a nossa corrupção rasteira, de baciada, é  muito lucrativa para diversos segmentos públicos e privados; daí a manutenção desse ciclo infernal “de desvios”…Desvios de frutas podres?

Desvio nada; regra há decadas, pois a polícia foi condicionada a viver como ave de rapina.

O cidadão jaz no solo…”ninguém tá vendo, vamos fazer a limpa antes que outro a faça”. 

Regra milenar: guerreiro mal pago pratica butim  ou passa para as fileiras inimigas.

O policial comum é um faminto armado de faca  para proteger o queijo…

Não resiste por muito tempo: corta e come. 

O policial incomum como Vossa Senhoria  –  bem alimentado, educado e certamente “bem subsidiado” por verbas um tanto quanto reservadas- culpa Deus.  Melhor: “despacha” ao Criador o dever de resposta.     

Coronel, o dia em que Vossa Senhoria inquirir Deus avise-lhe: acabou a cultura do ‘senta aqui, me conta o que você sabe’  .

E meta Deus  –  o criador dos policiais bandidos –  em pau-de-arara e arranque a confissão na porrada e no choque elétrico…

Aliás, tome daquele manual denominado Novo Testamento e siga os métodos romanos contra o Rei dos Judeus. 

De resto, a sua fala faz prova dos motivos de tantas críticas contra o comando da PM Carioca…

Ano que vem: pistola 24 horas e hospital modelo…Talvez ano que vem; talvez no fim do ano que vem.

Comandante, a sua tropa quer dinheiro para pagar escola e plano de saúde prá família. Agora!

Mas de tal assunto ( dinheiro, salário ), o Comandante Geral não fala, né?

Se falar o  seu governador Sérgio Cabral lhe mete o pé na bunda.

Olimpíada pra quê?  Pra mode deles rouba mais.

O “Caveira 37”  parece nunca ter existido; os escritos…

Ah, seus  escritos…

Restarão como puro exercício retórico; filosofia barata e perigosa…Convincente!

Vossa Senhoria  foi  engomado…E a Polícia continuará engomando.

Ah, o dito aqui  serve  –  “mutatis mutandis”  ( lembrando o novo comuna Protógenes ) –  para São Paulo e demais membros da nossa União.

Pois o  perfil dos escolhidos para a direção das Polícias Civis e comando das Polícias Militares é idêntico…

Dotados de flexibilidade; todos.

GOVERNO LADRÃO QUER POLICIAL HONESTO…EM VEZ DE DINHEIRO A POLÍCIA MILITAR CARIOCA RECEBE CESTA DE NATAL: PERU DESCONGELADO E VENCIDO…É DO PERU! 1

sem comemoração

Polícia Militar dá peru vencido a policiais em cesta de Natal

O peru, com a validade vencida. Foto: Eu-Repórter / Extra

Símbolo da gastronomia natalina, o tradicional peru pode não estar na ceia de muitos policiais militares neste Natal: algumas das aves entregues aos PMs pela corporação, na cesta de fim de ano, estavam fora do prazo de validade.

Um cabo da PM, que prefere não ser identificado, disse que recebeu a ave no último dia 16, mas a validade do peru havia terminado em 23 de novembro. O policial afirmou ainda que alguns de seus colegas de farda receberam perus que estavam com a data de validade muito próxima do fim.“Uma verdadeira falta de consideração com o Policial Militar e seus familiares”, desabafou o PM num e-mail enviado ao EXTRA.

O presidente da Associação de Ativos e Inativos da PM, Miguel Cordeiro, contou que o órgão recebeu dezenas de denúncias sobre o estado de conservação dos perus:

— Muitos já vieram fora da validade, o que já é um absurdo. No entanto, recebemos muitas denúncias de que os perus, mesmo dentro do prazo de validade, vieram descongelados. Como é perecível, não sei dizer nem se dá para aproveitá-los.

A entrega das cestas de Natal — cada uma com um peru temperado, um tender bolinha e 2Kg de bacalhau tipo Porto — termina nesta quarta-feira. Em nota, a Polícia Militar informou que algumas das 40 mil aves entregues estavam com prazo de validade vencido, e que já foram tomadas providências para que a empresa fornecedora faça as trocas.

E você, policial, também recebeu algum produto vencido na sua cesta de Natal? Conte aqui

http://extra.globo.com/geral/casodepolicia/posts/2009/12/23/policia-militar-da-peru-vencido-policiais-em-cesta-de-natal-252151.asp

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O Policial de São Paulo poderia pensar: pô , lá pelo menos dá um agrado pros polícia!

Mas a intenção é outra; nada nobre.

Além de um despautério distribuir cestas de natal para funcionários públicos, pois nem todos querem comer peru, bacalhau ou tender  –  peru dá azar, bacalhau tem espinha e tender é “porcaria” –  o gesto  é apenas mais uma forma descarada de desviar recursos do erário.

Compraram restos totalmente impróprios ; TUDO  COM DATA DE VALIDADE VENCIDA…

As amostras detectadas foram aquelas que a fabriqueta de fundo de quintal não cuidou de trocar a embalagem ou meter outro carimbo. Reciclagem apressada; nem tempo deu de recongelar as aves.

O Governo do Rio de Janeiro  –   com a concorrência do Comando da PM –  trata seus policiais como mortos de fome.

Por que não lhes deram o valor da cesta em forma de um abono?

Ora,  porque abono natalino não gera comissão.

Tudo ladrão!

Aí Mário Sérgio, mas nem do peru da tropa tu cuida!

Sei, a culpa é de Deus criador do fornecedor desse lixo.

SENADOR GIM ARGELLO O VICENTINO DE UM BILHÃO DE REAIS 24

 

  • Brasil
  • | Edição: 2094
  • | 23.Dez – 17:00

O Homem De R$ 1 Bilhão

Poucos entendem como o ex-corretor de imóveis e hoje senador Gim Argello conseguiu ampliar seu patrimônio em 10 mil vezes em pouco mais de 25 anos

Sérgio Pardellas e Hugo Marques

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“Deus queira que um dia aconteça de eu ter R$ 1 bilhão”
Gim Argello, senador (PTB-DF)

 

Na primeira semana deste mês, o senador Gim Argello (PTB-DF) desembarcou na antessala da Presidência do Senado exibindo um indisfarçável sorriso no rosto. Diante dos olhares de expectativa de parlamentares do PMDB, entre os quais os senadores Renan Calheiros (AL) e Wellington Salgado (MG), Argello justificou tamanha felicidade: “Alcancei meu primeiro bilhão de reais”, disparou, para a surpresa dos colegas. Aos 47 anos, Argello personifica o milagre de Brasília. A capital federal não possui indústrias, grandes multinacionais nem de longe é o coração econômico do País. Mas é uma cidade onde as pessoas usam a proximidade com o poder como trampolim para o mundo dos grandes negócios. Esse é o caso do senador do PTB, que, depois do escândalo do mensalão do DEM, desponta entre os prováveis candidatos ao governo do Distrito Federal em 2010. À ISTOÉ, em entrevista rápida, Argello nega o que vem afirmando aos colegas senadores. Argello iniciou a carreira empresarial há 25 anos, como corretor de imóveis. Tinha um patrimônio que não chegava aos R$ 100 mil, ou seja, 10 mil vezes inferior ao que ele anda alardeando pelos corredores do Senado. Graças à bem-sucedida atividade de corretagem, ele conseguiu multiplicar seus bens por três em menos de uma década. Mas foi com a política que viu seu patrimônio crescer de forma meteórica. Desde que foi eleito deputado distrital pela primeira vez em 1998, Argello não parou de acumular bens. Em 2006, o parlamentar declarou à Justiça Eleitoral patrimônio que somava R$ 805.625,09. Mas só a sua casa de 872 metros quadrados, na Península dos Ministros, área mais nobre de Brasília, localizada próxima à residência do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), está avaliada em R$ 5 milhões. Segundo apurou ISTOÉ, o senador do PTB também é proprietário de rádios, jornais e uma franquia da Empresa dos Correios e Telégrafos Setor Comercial Sul (SCS). Dona de uma extensa carteira de clientes, a agência dos Correios, de acordo com especialistas do setor, ostenta um faturamento anual de cerca de R$ 100 milhões, o mais alto entre as 27 franquias da ECT no Distrito Federal.

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A maioria das empresas que Argello controla está registrada no nome de parentes e assessores. Desde 2007, por exemplo, há registros na Junta Comercial de sociedade de um de seus filhos, Jorge Affonso Argello Júnior, nas empresas Grid Pneus e Garantia Pneus e Serviços Automotivos. O capital integralizado da Grid é de R$ 1,6 milhão, e o da Garantia, de R$ 2,8 milhões. A Gris, segundo Argello, já teria sido vendida por Jorge Affonso. Em 2007, ele desembarcou no Senado timidamente, como suplente de Joaquim Roriz , que renunciou ao mandato. Em pouco tempo conquistou a confiança de Calheiros e Sarney. Num atestado de força política, o petebista emplacou o assessor técnico de seu gabinete parlamentar, Ivo Borges, numa das cinco diretorias da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Como líder da bancada do PTB, com sete votos decisivos para o governo no Senado, Argello também se aproximou da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, a quem costuma chamar de “chefa”. A amizade com Dilma foi conquistada durante caminhadas matinais ao lado da ministra, que mora no mesmo bairro do senador. Argello orientou seu jardineiro a avisá-lo sempre que Dilma se preparava para caminhar. Quando ela despontava no horizonte, Argello começava sua sessão de alongamentos, que só terminava quando Dilma cruzava com ele.

O rápido enriquecimento de Argello também lhe rendeu pendências na Justiça. Ele responde a processo no STF por lavagem de dinheiro, crimes contra o patrimônio, apropriação indébita, ocultação de bens, peculato e corrupção passiva. O processo tramita em segredo de Justiça, e não se conhece em detalhes o teor da acusação sobre operações financeiras que Argello não conseguiu identificar. O senador do PTB também foi acusado de envolvimento num esquema de mudança de destinação de lotes na Câmara Distrital. Pelo esquema, áreas rurais desvalorizadas são transformadas em áreas residenciais e áreas para restaurantes viram disputados lotes para postos de gasolina. Esse esquema também teria funcionado nos condomínios de Brasília, pendentes de legalização. A empresária Rosa Lia Fenelon revelou à ISTOÉ que Argello exigiu 100 terrenos em sua propriedade, o Condomínio Pousada das Andorinhas, para legalizar toda a área na Câmara Legislativa, à época em que era deputado distrital. “Tive de passar 100 lotes para pessoas indicadas por Argello. Fui extorquida”, acusa Rosa. Quando procurada por Argello, em 2001, Rosa estava vendendo os terrenos a R$ 30 mil cada um. Hoje, é impossível comprar um lote por menos de R$ 300 mil na região. Rosa afirma que todos os terrenos foram entregues a assessores e parentes do senador. “A gente não consegue legalizar nada em Brasília se não for através da corrupção”, lamenta, explicando que Argello foi pessoalmente à sua casa para cobrar o dízimo. O senador desmente as acusações e diz que nunca fez negócios com Rosa e nunca autorizou ninguém a falar em nome dele com a empresária. Sobre seu suposto patrimônio bilionário, desconversa. “Deus queira que isso um dia aconteça”.

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Nascimento: 5 de Abril de 1962 (47 anos)
São Vicente-SP

Parabéns Senador, Vossa Excelência  –   embora criado noutras plagas  –  deve ser o primeiro Vicentino bilionário. Mas não merecerá figurar entre os mais ilustres filhos desta pobre cidade litorânea. 

Dizem que o senhor não gosta de Polícia, será verdade? 

Se verdade for… nem precisa explicar os motivos.