DJosé Roberto Plázio· Formado em Direito pela Universidade de São Paulo/São Francisco em 1981.
Atua como Delegado de Polícia há sete anos e já trabalhou no DEMACRO. É especialista em Direito Tributário pelo Instituto Brasileiro de Direito Tributário em 1986.· Delegado de Polícia de 3ª Classe, em exercício em equipe básica de plantão do DECAP.

data 27 de junho de 2008 01:42
assunto Assunto Pessoal
enviado por hotmail.com

ocultar detalhes 27/06/08

Caro Guerra.
 
Independentemente de nossas divergencias no grupo, tenho certeza, de tudo aquilo que chegou ao meu conhecimento a seu respeito, o quao dificil deve estar sendo sua vida. Disso nao tenho inveja e fui um dos primeiros a defende-lo quando voce publicou o blog que tanta celeuma causou. Caso voce nao saiba, estive pessoalmente com o Dr. Marqui de Queiroz, isso ja ha algum tempo, intercedendo por voce, eis que, no PA que havia sido instaurado, demonstrei que, com a atuacao do MP no caso e tudo o que ocorrera em Santos, nada haveria a ser apurado em tao grave procedimento. Claro que nao houve resposta positiva na ocasiao. Isso me fez pensar no ocorrido e, tenha certeza disso, passei a imaginar o que ocorreria comigo, se fosse eu o objeto de tao espuria atuacao de nossa “honrada” corregedoria. Quero dizer que minha saida do grupo nao se prende a eventuais “trocas de farpas” (usando suas palavras) que recentemente ocorreram entre nos. Essa decisado teve por fundo muito mais o pensamento de varios colegas que, sem atentar para as consequencias, querem publicar um manifesto que nada trara de bom para nossa instituicao, ou se algum bem trouxer, creio que o prejuizo sera maior. Entendo que “jogar mais merda no ventilador” nada de util podera ocasionar, pois nos deixara cada dia mais fragilizados perante nossos inimigos. Por outro lado, entendo, ainda, que nossa resposta para a populacao sera demonstrando COM TRABALHO ARDUO, que alguma coisa esta mudando, APESAR DO GOVERNO QUE TEMOS. E vou mais alem. Somente no momento em que trouxermos a publico, de maneira clara, consciente e firme, o verdadeiro estado em que se encontra a Policia Civil, estaremos em condicoes de colocar os verdadeiros pulhas em seus devidos lugares. Nunca se esqueca de que contra fatos nao ha argumentos e, quando mostrarmos, entre outras coisas, que nossas Delegacias estao em estado lastimavel, que nao estamos investigando nada por falta de pessoal, que os inqueritos estao parados e que a populacao fica horas nas delegacias para registrar ocorrencias por falta de material humano, ai sim, estaremos mostrando, sem mencionar os “maos sujas” (pois eles aparecerao naturalmente) que existem delegados de policia interessados em mudar algo para melhor. NAO SERA COM MANIFESTOS QUE IREMOS RESGATAR A CREDIBILIDADE E O RESPEITO DA POPULACAO, POIS SERAO APENAS MAIS PALAVRAS EM OUVIDOS SATURADOS DE PROMESSAS EM OUTROS TANTOS MANIFESTOS. Por outro lado, nao podemos esquecer que nessa mesma populacao que tentamos conquistar, estao os corruptos ativos. Assim, sem esses, INEXISTIRIAM policiais corruptos. Isso significa que um nao existe sem o outro e, ainda, que vivemos numa sociedade com alto indice de corruptos e safados. Dessa forma, entendo que apenas quando nos unirmos de fato, COM TRABALHO E MOSTRANDO QUEM SAO NOSSOS CHEFES, comecaremos a seguir rumo a uma policia melhor. Note que no grupo, infelizmente, sao poucos a darem ideias praticas e ate agora somente uns poucos se comprometeram a arregacar as mangas e, de fato, FAZER ALGO.
 
Caro amigo, nao acredito que para melhorar a policia devamos expo-la. Nos deveriamos mostrar nosso lado bom para que eles (pelo menos, por ora) nao focalizem o lado ruim. Se falarmos em “maos limpas”, a populacao nao vai querer saber quem as tem assim (ate porque ser probo eh nossa obrigacao, antes de mais nada).  Todos se voltarao contra a policia civil como um todo e exigirao que apontemos quem sao os “maos sujas”. Quem de nos podera colocar o dedo em riste e sentenciar “este eh um mao suja”? Sentenciar nao eh nossa atribuicao…
 
Outro dia fiz constar um pensamento que tenho e que, infelizmente, ninguem entendeu: NAO CONHECO NENHUM POLICIAL CORRUPTO. ESCUTO FALAR, ISSO SIM, DE CORRUPTOS QUE TRABALHAM NA POLICIA, POIS, POR DEFINICAO, NAO EXISTEM POLICIAIS CORRUPTOS.
 
Mudando de assunto, estou interessado em saber se posso fazer alguma coisa por voce, pois sei que seus dias nao estao sendo faceis em virtude do que esta acontecendo em sua vida. De qualquer maneira, coloco meus telefones a sua disposicao para, a qualquer momento, trocarmos ideias ou se puder ser util de qualquer outra maneria: 011 9351xxxx (so a partir de amanha a noite, pois esqueci meu celular no DP e esta em poder de um colega) e 11 5510xxxx(minha residencia).
 
Um abraco, irmao.
 
Plazio
37 DP – Plantao
 
(PS – Fique a vontade para, se quiser, colocar no grupo este e.mail no todo ou em parte).

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Preliminarmente, agradeço as antigas palavras de conforto.

Quanto as suas atuais considerações sobre a nossa pessoa e conduta:

Cabe  pequena correção as  construtivas observações lançadas no grupo Delpol-PC, pois dele não fazemos parte desde março do corrente.

Deliberadamente deixamos o grupo;  sem aquelas “veadagens”: VOU EMBORA, MAS  SE  PEDIREM QUE  FIQUE…

EU FICO!

Me autodeletei do grupo. E ponto final na discórdia!

Assim desconheço a maioria dos elogios que nos fazem; não podendo agradecer aos autores.

Contudo, tempestivamente,  soubemos dos elogios lançados, nesta data,  pelo doutor Plázio.

Agradecemos, honrados,  publicamente.

Apenas queremos  retificar a afirmativa: HOJE VIVE COMO SE AVE DE RAPINA FOSSE.

Plázio, não vivo como: SOU; SEMPRE FUI e SEMPRE SEREI “UMA AVE DE RAPINA“.

VÔO ALTO E ATACO  COM GALHARDIA.

SOU UM PREDADOR DE SERPENTES, DE RATOS,  PARASITOS PEÇONHENTOS E DE URUBUS.