É POR ISSO QUE EU ACHO QUE MAGISTRADO NÃO DEVERIA GANHAR TANTO…GANHAM BEM, MAS CONTINUAM CORRUPTOS POR QUESTÃO CULTURAL…CORRUPTOS MAIS VALORIZADOS EM VIRTUDE DO MAIOR NÍVEL CULTURAL…O PRESIDENTE DO T.J. TEM RAZÃO, SE SALÁRIO FOSSE SOLUÇÃO NÃO EXISTIRIA TANTO JUIZ LADRÃO 8

O”Primeira meta é informatizar TJ-SP”

Antonio Carlos Viana Santos: novo presidente do TJ-SP; desembargador assume maior tribunal estadual do País decidido a acabar com fila de 10 milhões de execuções fiscais

Fausto Macedo

O desembargador Antonio Carlos Viana Santos foi eleito ontem presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo. Ele recebeu 217 votos, de 326 válidos, para dirigir a maior corte estadual do País nos próximos dois anos (2010/2011).

Para vice-presidente do TJ foi eleito o desembargador Marco César Müller Valente, atual presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

Para corregedor-geral da Justiça, o escolhido foi o desembargador Antonio Carlos Munhoz Soares, atual vice-presidente do TJ.

Os novos dirigentes do TJ assumem no dia 4 de janeiro.

Ainda ontem foram eleitos o desembargador Ciro Pinheiro e Campos para a presidência da Seção de Direito Criminal, o desembargador Luiz Antonio Ganzerla para a presidência do Direito Público e o desembargador Fernando Antonio Maia da Cunha para a presidência da Seção de Direito Privado.

Viana Santos, de 67 anos, atual presidente da Seção de Direito Público, paulista de Sorocaba, na carreira desde 1969, ex-presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e da Associação Paulista de Magistrados (Apamagis), é reconhecido como negociador hábil em defesa das causas da toga, com trânsito fluente no Congresso e nos tribunais superiores.

Em sua gestão, ele planeja executar amplo projeto de informatização do TJ, alcançando inicialmente o setor de execuções fiscais que acumula 10 milhões de feitos. “O principal interessado no andamento dessas ações é o Executivo”, disse o desembargador.

Qual a sua primeira meta?

Informatizar o tribunal. O setor está muito defasado e o governo está começando a liberar a verba parcialmente. São 10 milhões de execuções fiscais entre 19 milhões de ações no primeiro grau. Tudo feito à unha porque não tem informatização.

Como limpar essa pauta?

Pode-se eliminar, talvez até por anistia, as ações de pequeno valor. Você tem 10 ações de pequeno valor e uma de grande valor. O trabalho é o mesmo. É um trabalho braçal. Cálculo realizado há cerca de um ano e meio mostra que o montante referente a essa demanda atinge por volta de R$ 200 bilhões. É mais interesse do Executivo do que nosso até.

Quanto vai custar a implantação desse programa de informatização?

Cerca de R$ 400 milhões em todo o Estado. Em dois anos esperamos concluir. Tem que preparar o pessoal tecnicamente. É um atraso de muitos anos. Veja São José dos Campos, com quase 700 mil habitantes e 22 varas. A informatização começou na semana passada. Em São José do Rio Preto, onde minha filha é juíza, em 2 anos são mais de 150 mil execuções fiscais e não tem informatização. Máquina tem, mas não tem servidor e não tem rede. Fica difícil.

Como combater a corrupção?

A corrupção é um problema cultural no Brasil. Por exemplo, fala-se muito que policiais ganham pouco. Não adianta nada aumentar o salário, porque aquele que é corrupto vai continuar corrupto. É a maldita mania do quebra-galho, do jeitinho. É preciso escolarização para mudar essa cultura, é coisa para daqui a uns 30 anos. Não é de hoje para amanhã que a corrupção vai acabar.

O sr. viu as gravações do esquema que vem sendo chamado de “mensalão do DEM”, em Brasília?

As imagens são de arrasar. Agora, o presidente da República diz que imagem não diz tudo. Falam no impeachment do governador. Isso é pouco. Fiquei chocado. Põe dinheiro na cueca, põe dinheiro na meia, é para comprar panetone. Isso é brincadeira com o povo.

Quem é:
Viana Santos

Formou-se em Direito na USP em 1965, é mestre em Direito Civil e Processual pela PUC-SP

Paulista, 67 anos, presidiu a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB)

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20091203/not_imp475908,0.php

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Corrupção: A CULPA NÃO É CULTURAL NO SENTIDO DE FORMAÇÃO ESCOLAR.

É cultural por aceite  e transmissão hereditária.

A CULPA É DO PAI DO CORRUPTO…OU  SERÁ CULPA DA USP E DA  PUC ?

Quando o corrupto, graduado e mestrado pela PUC,  é filho de desembargador, seria falta de escolaridade?

Ou cultura transmitida pelo “meio paterno”? 

Ah!, sabem  o que é ” tanto”?

Tanto é uma porção indeterminada.

Mas como –  comprovadamente – HÁ MAIS DE TRÊS, temos “um tantão assim”;  suficiente pra fazer quadrilha.

Para quem não concordar digo: o Presidente do TJ acha e opina como quer; pelo meu lado também posso achar e opinar como bem entendo.

A diferença: ele diz  impropriedades “de afogadilho”…Nós,  baboseiras. 

ELEIÇÃO NO SANTOS: A confusão foi amenizada com o lançamento de spray de gás de pimenta no recinto. Segundo o presidente Marcelo Teixeira, por “um delegado de polícia”, cujo nome não citou. 8

MARCELO LUIS RAFAEL MOTTA
DA REDAÇÃO
Dois momentos de tensão aba- laram o sossego que havia perdurado na maior parte do tempo, durante as eleições. Às 17h15, quando eleitores ainda votavam no Salão de Mármore da Vila Belmiro. E, por volta de 19h45, quando uma confusão generalizada causou a interrupção da contagem dos votos. O primeiro incidente aconteceu quando seguranças do clube retiraram membros da Chapa 1, que faziam boca de urna no corredor que leva ao salão. Oposicionistas foram empurrados até à calçada. Um deles se desequilibrou e quebrou o cotovelo esquerdo. Foi levado à Santa Casa. Mais tarde, enquanto se contavam os votos da sexta urna, integrantes da torcida organizada Sangue Jovem protestaram no salão. Inconformados com os resultados, discutiram com partidários da oposição. Não tardou para que arremessassem cadeiras uns nos outros e derrubassem as barreiras que separavam o público, líderes das chapas e Imprensa. A confusão foi amenizada com o lançamento de spray de gás de pimenta no recinto. Segundo o presidente Marcelo Teixeira, por “um delegado de polícia”, cujo nome não citou. Os trabalhos foram interrompidos por 40 minutos. Os membros das duas chapas pediram calma e respeito mútuo a seus simpatizantes. A Polícia Militar não interveio. Extraoficialmente, sócios do Santos declararam ter ouvido que policiais não poderiam entrar sem autorização prévia de dirigentes do clube numa área particular. Retomada a apuração, cerca de 15 PMs formaram uma barreira para afastar eventuais manifestantes.
TAMBÉM HOUVE FESTA
Parecia um dia de jogo. Bandei- ras, faixas, torcidas e gritos emocionados transformaram a Vila Belmiro no palco de uma grande festa democrática. Embalados pelo desejo de um Santos cada vez mais forte, alvinegros de alma e coração foram às urnas. Muito antes da votação começar, por volta de 9 horas, o clima eleitoral já dominava as imediações da Vila. Faixas dos doiscandidatosmudaramovisualdaRuaPrincesaIsabel. Às 10h39, urnas lacradas e votação iniciada. E não faltaram exemplos de amor ao Santos. Um dos mais bonitos foi proporcionado pelo exportuário e ex-vereador santista José Gonçalves, um dos sócios mais antigos. Com 97 anos, ele votou e deu o seu recado. “Espero que o Santos ganhe títulos”. O ex-jogador Mengálvio era muito procurado por torcedores para fotos e autógrafos. Ele destacou a importância das eleições. “É uma festa democrática que valoriza a grandeza do Santos”.

ELEIÇÃO NO SANTOS. Rivalidade entre situação e oposição esquentou o clima


Pleito tem festa, gás de

pimenta e cadeiras ao ar

SANTOS FC PROVOU QUE TODA ENTRONIZAÇÃO É CORRUPTA…LUIS ÁLVARO FOI ELEITO COM 62,23 DOS VOTOS…QUE OS SÓCIOS DA “ADPESP” SIGAM O EXEMPLO SANTISTA…AH, O DOUTOR NICO SE FEZ PRESENTE – SEM O GARRA – DANDO APOIO AO IMPERADOR REPUBLICANAMENTE DEFENESTRADO…ESPERO QUE OS AMIGOS DO “NICO” AO MENOS NOS DEIXEM AS PAREDES DO CLUBE 4

Os associados do Santos Futebol Clube elegeram Luis Álvaro Oliveira Ribeiro como o novo presidente do clube neste sábado (05). Como vice-presidente, foi eleito Odílio Rodrigues Filho. Compareceram ao pleito 3024 associados, número recorde de participantes. Luis Álvaro Oliveira, candidato da Chapa 1, foi eleito com 1882 votos (62,23%), enquanto o representante da Chapa 2, Marcelo Pirilo Teixeira, ficou com 1129 (37,33%). Houve 12 votos nulos (0,39%) e um em branco (0,03%). O mandatário santista assumirá o comando da agremiação pela primeira vez, durante o biênio 2010/2011. A votação aconteceu das 10 às 18 horas e a apuração dos votos foi concluída às 21 horas.

A Mesa Diretiva dos Trabalhos Eleitorais foi presidida pelo Dr. Luis Carlos Gomes Godoi, tendo como vice-presidente o Dr. Ricardo Verta Luduvice, como 1º secretário o Dr. Sérgio Ricardo Louzada Paulo e como 2º secretário o Dr. Miguel Galante Roelo.

Nas dez urnas a Chapa 1 sagrou-se vencedora. A apuração foi suspensa por um tempo, devido a conflito entre torcedores. O presidente empossado realizou o discurso apenas depois de a apuração ser completa.

DESVIO DE CONDUTA NA POLÍCIA POSSUI MÚLTIPLAS CAUSAS…UMA DELAS: “SUPERIORES CORRUPTOS E ARBITRÁRIOS QUE TRATAM SEUS SUBORDINADOS COMO SIMPLES NÚMERO” 2

Desvios de conduta

Violência de bandidos e polícia escancara uma sociedade em que o desenvolvimento social ficou muito aquém do econômico

José de Souza Martins* – O Estado de S.Paulo

Uma jovem vendedora, de 21 anos de idade, moradora no morro de São Carlos, no centro do Rio, foi detida, sequestrada, roubada em R$ 1.700, objeto de tentativa de extorsão de mais R$ 20 mil porque suspeita de ser ligada ao tráfico, ferida com um tiro na boca e jogada de um penhasco na Floresta da Tijuca, por um cabo e um soldado da Polícia Militar. A moça escapou com vida. Depois de passar pelo hospital, reconheceu na delegacia, por fotos, os dois policiais, contra os quais foi decretada prisão administrativa. O comandante do batalhão em que os dois estão lotados definiu a violência como “caso de desvio de conduta”. Que é de desvio, não há dúvida. A dúvida é quanto aos fatores que viraram a instituição do avesso e levam policiais fardados e armados a agirem como bandidos.

Poucas semanas antes, houve o assassinato de Evandro João Silva, do grupo cultural AfroReggae, por dois bandidos, que lhe roubaram um par de tênis e uma jaqueta. Uma câmera de vigilância filmou a chegada de uma viatura policial, da qual um capitão e um cabo da PM do Rio desceram, detiveram os dois bandidos e confiscaram para si o espólio do roubo; um dos ladrões foi solto. Os policiais nem sequer se interessaram pela possibilidade de socorrer Evandro, cujo coração ainda batia, alegando depois que ele não se mexia mais.

Nos dois casos há uma linha invisível separando condições humanas e sociais, o lado das vítimas e o lado dos algozes. Ambas as vítimas estavam do lado de lá da linha que, no imaginário arcaico e problemático que ainda vige entre nós, separa humanos de não humanos, uma categorização ainda forte na cultura popular brasileira e mais influente do que se pensa. Tanto que o gesto dos policiais de se apropriarem do produto do roubo tem pleno sentido na cultura da sebaça, tão forte em nossa história, como prêmio a vencedores e sobreviventes, na tradição de um direito à margem da lei. Nesse sentido, para compreender o que foi chamado de desvio de conduta, é preciso examinar o problema na sua verdadeira amplitude, que não se limita à polícia. Em extensa pesquisa que faço sobre linchamentos no Brasil, as polícias civil e militar, sobretudo a militar, foram responsáveis por 91,5% dos salvamentos de pessoas que estavam sendo linchadas, expondo-se os policiais a riscos efetivos de ferimento e morte. Seria um erro buscar as causas da violência que envolve a ação de policiais unicamente ou principalmente na própria instituição. Certamente há fatores próprios dessas corporações, como a atuação em equipe. Dela surge a sociabilidade profissional de tipo corporativo que, dependendo de fatores de liderança, acaba gerando uma cultura de lealdades e de cumplicidade, o que agrava os mencionados desvios.

Vimos isso, em 1997, no caso da favela Naval, em Diadema, São Paulo. Grupo constituído de um sargento, dois cabos e seis soldados cuja hierarquia fora subvertida pelos valores da camaradagem, 8 dos 9 envolvidos emulando na prática de violência contra a população pobre e indefesa. Uma polícia divorciada da realidade de suas funções. Vídeo feito, ocultamente, por vizinhos das ocorrências mostram as atrocidades praticadas, sobretudo pelo soldado conhecido como Rambo, que matou uma pessoa e feriu outra a tiros. Nesse episódio e nessa figura as expressões mais claras da dupla personalidade. Uma informada pelos valores da ordem e outra informada pelos valores da negação da ordem, uma informada pela lealdade cidadã do homem de classe média ao lado social presumivelmente bom da sociedade, o mesmo de sua família, e outra informada pela hostilidade anticidadã do justiceiro ao lado presumivelmente mau da sociedade, o da favela, ainda que bairro de trabalhadores. Se houve, sobretudo comerciantes para os quais Rambo fazia bicos no setor de segurança, que elogiaram o homem respeitoso e ordeiro, evangélico, os moradores da favela apontaram no mesmo homem a conduta criminosa do achacador, do praticante de violência gratuita contra adolescentes, como a de apagar um cigarro aceso na cabeça de um menino, e velhos, espancando-os para extorquir e cobrar tributos indevidos. Como se aquela fosse uma humanidade de cativos, sujeita a prestações materiais a quem os domina. Coisa, ainda, de uma sociedade que teve escravidão.

É justamente essa duplicidade que propõe a questão mais profunda que permeia uma coleção grande de ocorrências, envolvendo não só a polícia, mas envolvendo também quem não pertence a ela. Nessa lógica, eu incluiria o caso, de 2003, de Liana Friedenbach e Felipe Caffé, jovens alunos de classe média do Colégio São Luís, que programaram, sem conhecimento das famílias, um acampamento num sítio abandonado, no Embu-Guaçu. Flagrados pelo menor Champinha e por um adulto que o acompanhava a caminho de uma pescaria, foram saqueados, sequestrados e, depois de vários dias, finalmente assassinados. É impossível não considerar sociologicamente, nesse caso, a conduta social imprópria naquele cenário rústico, de tradições patriarcais e de moralidade repressiva, de um casal muito jovem, ingenuamente à vontade, como se a natureza lhes desse na escapada inocente a liberdade contrastante com as regras do colégio religioso. Sem o saber, haviam atravessado a linha que na sociedade de Champinha demarca a transgressão que desumanizava e expunha os transgressores à violência que acabaria por vitimá-los. Champinha agiu como predador, que saíra para pescar e acabou caçando a adolescente fora de seu lugar, tratando-a como caça e presa. No cenário em que ela e o namorado foram apanhados não havia os indicadores sociais e circunstanciais de sua condição humana, diversa da concebida por seu raptor.

Esses episódios nos falam do profundo estado de anomia da sociedade brasileira, de desencontro entre valores e condutas, pesada herança histórica de uma sociedade em que o desenvolvimento social ficou muito aquém do desenvolvimento econômico, a sociedade de uma modernidade fictícia, sustentada pelos arcaísmos de nosso atraso crônico.

*Professor emérito da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. Autor, entre outros livros, de A Aparição do Demônio na Fábrica (Editora 34)

IMPOSTO DE RENDA NA FONTE DE UM DELEGADO PAULISTA 2a. CLASSE= R$ 1.332,78…É COM O NOSSO DINHEIRO QUE A POLITICALHA FAZ A FESTA E PAGA BEM PARA OS POLICIAIS FEDERAIS E DO DISTRITO FEDERAL 2

O Brasil é como é, o paraíso da bandidagem oficial.

 O país dos diários escândalos de políticos roubando em concurso com “empresários”,  “banqueiros”, “magistrados”, “promotores”, “procuradores”, “advogados”, “delegados” e “militares”  em geral.

Todos esses ladrões acreditam no Deus e no Poder Judiciário brasileiros.

 

POLÍCIA CIVIL DE BRASÍLIA GANHA MUITO BEM, MAS FAZ GREVE NA CARA DO STF…O POLICIAL PAULISTA PAGA O SALÁRIO DELES; ASSIM GANHA MAL E NÃO POSSUI DIREITO DE GREVE 18

SEGURANÇA PÚBLICA » Líderes da paralisação de policiais civis são aliados de Joaquim Roriz: dois deles integram o mesmo partido do ex-governador

 

Publicação: 05/12/2009 08:10 Atualização: 05/12/2009 08:32

Em meio à crise que desestabilizou o Executivo e o Legislativo em Brasília, a Polícia Civil resolveu entrar em greve, durante assembleia realizada na última quinta-feira. O movimento é capitaneado por três frentes políticas com influência junto aos policiais. O Sindicato dos Delegados da Polícia Civil, liderado por Mauro Cézar Lima (PTdoB); o Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol), presidido por Wellington Luiz (PSC); e o deputado federal Laerte Bessa (PSC), relator do projeto de lei que trata do funcionamento da Polícia Federal e Civil na Câmara. Os três líderes políticos do movimento, que promete parar a atividade de investigação, integram o grupo de apoio ao ex-governador Joaquim Roriz (PSC), que pretende disputar as eleições em 2010.

As delegacias do Distrito Federal estão funcionando em esquema de plantão: investigações suspensas - (Viola Júnior/Esp. CB/D.A Press)  
As delegacias do Distrito Federal estão funcionando em esquema de plantão: investigações suspensas

A greve liderada por integrantes do grupo de Roriz, principal adversário do governador José Roberto Arruda (DEM), é interpretada por governistas que negociam o aumento com a categoria como uma ação de interesse político. O reajuste de salários dos policiais civis do DF é vinculado à negociação da Polícia Federal. Isso ocorre porque os recursos para o pagamento dos policiais vêm do Fundo Constitucional, transferido pela União.

Polícia Federal
O que causa estranheza a integrantes do GDF é o fato de os policiais resolverem parar, independentemente do movimento de agentes da PF, que estão em atividade. “Em anos anteriores, os reajustes da Polícia Civil acompanharam os da Polícia Federal. As demandas da PF estão no Ministério da Justiça, sob exame, para depois seguirem para o Ministério do Planejamento, onde será avaliada a disponibilidade de orçamento. Apesar disso, os policiais federais continuam com suas atividades normais, enquanto os civis do DF declararam, intempestivamente, uma greve com interesses nitidamente políticos”, avaliou o secretário de Planejamento e Gestão, Ricardo Penna.

Há 15 dias, os sindicatos dos policiais civis enviaram para o Executivo local uma minuta do projeto de lei que contém o aumento pretendido pela categoria. Eles pedem um reajuste, a partir de fevereiro do ano que vem, de 29% nos salários. Além disso, querem a mudança de tempo para avaliação de possíveis promoções a agentes. Hoje essa análise ocorre a cada cinco anos. Com a reestruturação, passaria a ser anual. Os sindicatos dos policiais pressionam o GDF para que envie o plano de reestruturação da carreira policial ao governo federal.

De acordo com cálculos oficiais, as melhorias reivindicadas pelos policiais – que pressionam para aumentar o salário médio dos policiais civis de R$ 11 mil para R$ 16 mil e dos delegados de R$ 19 mil para R$ 22 mil – custarão R$ 473 milhões a mais nos recursos do Fundo Constitucional. O governo sustenta que as despesas adicionais extrapolariam o limite permitido pela Lei de Responsabilidade Fiscal para gastos com pessoal, o que inviabilizaria o governo de conceder novos aumentos e tomar empréstimos. Diante do posicionamento dos policiais, o Executivo local encaminhou à Casa Civil da Presidência da República um ofício no qual defende a isonomia entre as carreiras dos policiais civis e os federais. Mas o governo deve aguardar uma resposta dos Ministérios da Justiça e do Planejamento para depois se pronunciar sobre os pedidos de reajuste.

Questionado sobre a possibilidade de politização do movimento grevista da Polícia Civil incentivada pela crise que atinge o governo desde a sexta-feira da semana passada, o presidente do Sindicato dos Policiais Civis do DF, Wellington Luiz, negou a vinculação. “Esse é um movimento para garantir os direitos de policiais civis do DF”, afirmou.

Plantão
Apenas 30% do efetivo de 5,5 mil agentes, delegados, escrivães, peritos e papiloscopistas vão trabalhar em regime de plantão enquanto durar a greve. De acordo com o Sinpol, o efetivo policial do DF é o mesmo desde 1993, e não acompanhou o aumento da população e do número de delegacias. A maior parte dos serviços realizados pela corporação estão suspensos pelo menos até as 17h de segunda-feira, quando uma nova assembleia vai decidir o destino do movimento.

Enquanto durar a greve, a polícia não irá registrar ocorrências, a não ser em casos de morte, flagrantes e remoção de cadáver em residências e vias públicas. A delegacia virtual também não funcionará. As investigações em curso estão suspensas, bem como o encaminhamento de inquéritos, a não ser quando o réu estiver preso. Delegacias especializadas também pararam. O Instituto de Criminalística (IC) só fará perícias e exames em casos de flagrantes e ocorrências envolvendo vítimas no local, e o Instituto de Medicina Legal (IML) somente realizará perícias em cadáveres ou vítimas e presos de ocorrências de flagrantes.

O Sindicato dos Delegados de Polícia do DF (Sindepo-DF) também vai realizar assembleia na próxima segunda-feira para definir se a categoria entrará em greve ou não. De acordo com o presidente do sindicato, Mauro Cézar Lima, a categoria também exige que seja posto em prática o plano de reestruturação de carreira. O movimento de greve é apoiado pelo deputado federal Laerte Bessa (PSC-DF), que é ligado ao ex-governador Joaquim Roriz. O Correio procurou o deputado para esclarecer seu apoio à greve, e se haveria, ou não, teor político na manifestação, mas não conseguiu entrar em contato com ele. Bessa participou da assembleia que decidiu pela greve e teria declarado, como publicado em seu site, que é importante pressionar o governo para que a reestruturação ocorra.

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