O”Primeira meta é informatizar TJ-SP”
Antonio Carlos Viana Santos: novo presidente do TJ-SP; desembargador assume maior tribunal estadual do País decidido a acabar com fila de 10 milhões de execuções fiscais
Fausto Macedo
Para vice-presidente do TJ foi eleito o desembargador Marco César Müller Valente, atual presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
Para corregedor-geral da Justiça, o escolhido foi o desembargador Antonio Carlos Munhoz Soares, atual vice-presidente do TJ.
Os novos dirigentes do TJ assumem no dia 4 de janeiro.
Ainda ontem foram eleitos o desembargador Ciro Pinheiro e Campos para a presidência da Seção de Direito Criminal, o desembargador Luiz Antonio Ganzerla para a presidência do Direito Público e o desembargador Fernando Antonio Maia da Cunha para a presidência da Seção de Direito Privado.
Viana Santos, de 67 anos, atual presidente da Seção de Direito Público, paulista de Sorocaba, na carreira desde 1969, ex-presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e da Associação Paulista de Magistrados (Apamagis), é reconhecido como negociador hábil em defesa das causas da toga, com trânsito fluente no Congresso e nos tribunais superiores.
Em sua gestão, ele planeja executar amplo projeto de informatização do TJ, alcançando inicialmente o setor de execuções fiscais que acumula 10 milhões de feitos. “O principal interessado no andamento dessas ações é o Executivo”, disse o desembargador.
Qual a sua primeira meta?
Informatizar o tribunal. O setor está muito defasado e o governo está começando a liberar a verba parcialmente. São 10 milhões de execuções fiscais entre 19 milhões de ações no primeiro grau. Tudo feito à unha porque não tem informatização.
Como limpar essa pauta?
Pode-se eliminar, talvez até por anistia, as ações de pequeno valor. Você tem 10 ações de pequeno valor e uma de grande valor. O trabalho é o mesmo. É um trabalho braçal. Cálculo realizado há cerca de um ano e meio mostra que o montante referente a essa demanda atinge por volta de R$ 200 bilhões. É mais interesse do Executivo do que nosso até.
Quanto vai custar a implantação desse programa de informatização?
Cerca de R$ 400 milhões em todo o Estado. Em dois anos esperamos concluir. Tem que preparar o pessoal tecnicamente. É um atraso de muitos anos. Veja São José dos Campos, com quase 700 mil habitantes e 22 varas. A informatização começou na semana passada. Em São José do Rio Preto, onde minha filha é juíza, em 2 anos são mais de 150 mil execuções fiscais e não tem informatização. Máquina tem, mas não tem servidor e não tem rede. Fica difícil.
Como combater a corrupção?
A corrupção é um problema cultural no Brasil. Por exemplo, fala-se muito que policiais ganham pouco. Não adianta nada aumentar o salário, porque aquele que é corrupto vai continuar corrupto. É a maldita mania do quebra-galho, do jeitinho. É preciso escolarização para mudar essa cultura, é coisa para daqui a uns 30 anos. Não é de hoje para amanhã que a corrupção vai acabar.
O sr. viu as gravações do esquema que vem sendo chamado de “mensalão do DEM”, em Brasília?
As imagens são de arrasar. Agora, o presidente da República diz que imagem não diz tudo. Falam no impeachment do governador. Isso é pouco. Fiquei chocado. Põe dinheiro na cueca, põe dinheiro na meia, é para comprar panetone. Isso é brincadeira com o povo.
Quem é:
Viana Santos
Formou-se em Direito na USP em 1965, é mestre em Direito Civil e Processual pela PUC-SP
Paulista, 67 anos, presidiu a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB)
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20091203/not_imp475908,0.php
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Corrupção: A CULPA NÃO É CULTURAL NO SENTIDO DE FORMAÇÃO ESCOLAR.
É cultural por aceite e transmissão hereditária.
A CULPA É DO PAI DO CORRUPTO…OU SERÁ CULPA DA USP E DA PUC ?
Quando o corrupto, graduado e mestrado pela PUC, é filho de desembargador, seria falta de escolaridade?
Ou cultura transmitida pelo “meio paterno”?
Ah!, sabem o que é ” tanto”?
Tanto é uma porção indeterminada.
Mas como – comprovadamente – HÁ MAIS DE TRÊS, temos “um tantão assim”; suficiente pra fazer quadrilha.
Para quem não concordar digo: o Presidente do TJ acha e opina como quer; pelo meu lado também posso achar e opinar como bem entendo.
A diferença: ele diz impropriedades “de afogadilho”…Nós, baboseiras.



