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O ESTADO

Bruno Paes Manso e Marcelo Godoy : 

Prescreve um dos crimes de ex-promotor

Venceu a pena que Igor Ferreira da Silva teria de cumprir por ter provocado o aborto do bebê que sua mulher esperava

Um dia depois de sua detenção, os detalhes sobre a prisão do ex-promotor Igor apontam que o misterioso telefonema ao plantão do 31º Distrito Policial, na Vila Carrão (zona leste), teria sido feito pelo procurado. Igor queria se entregar para um policial que não colocasse sua vida em risco. A escolha da delegada Adanzil Limonta se justificava pelo fato de ela ter trabalhado por anos na zona norte de São Paulo, onde a família de Igor mora – o pai, Henrique, é advogado.

A policial recebeu anteontem à tarde um telefonema no 31º DP no qual uma voz masculina dizia que o ex-promotor estava na Rua Dentista Barreto. Ele estava foragido desde 2001, quando foi condenado pela morte da mulher, ocorrida em 4 de junho de 1998 em Atibaia, no interior. A delegada foi ao local. Abordou o homem e perguntou se era Igor. “Ele respondeu que sim e eu o prendi.”

Na hora de se registrar o caso no 31º DP, começou uma polêmica. Enquanto a delegada tentava comprovar a identidade do acusado, um outro policial, que desconhecia os detalhes do caso, fez o boletim de ocorrência sobre a prisão. Ele escreveu que o acusado se apresentara. Em seguida, a polícia fez outro boletim narrando a prisão após o telefonema anônimo.

Ao deixar a 5ª Delegacia Seccional e ser levado ao 40º DP, onde passou a noite de anteontem, o ex-promotor disse que se apresentou à polícia. “Eu me entreguei.” Igor não deu detalhes de sua fuga à polícia. Disse apenas que esteve em uma fazenda no interior e que ultimamente morava na capital. Estava sem dinheiro, abatido e cansado da perseguição da polícia. Há um mês e meio, policiais invadiram o apartamento de sua mãe em São Paulo. Em 2008, a chácara do pai de Igor foi revistada. O filho tinha o plano de se entregar há mais de um mês. A ideia contava com o apoio do pai…

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Um Comentário

  1. Polícia tem várias versões sobre a prisão de Igor

    Reportagem da Folha de S.Paulo informa que a Polícia Civil de São Paulo produziu três versões totalmente distintas para tentar explicar como o ex-promotor Igor Ferreira da Silva foi encontrado na tarde de segunda-feira após mais de oito anos foragido.

    Na primeira delas, Igor “se apresentou espontaneamente” no 31º Distrito Policial, na Vila Carrão (zona leste de São Paulo), conforme o boletim de ocorrência 3.449. Na segunda, ele foi “preso na casa de familiares”, segundo o boletim 3.451, registrado na mesma delegacia.

    A terceira versão para o encontro do ex-promotor, condenado a 16 anos pela morte da mulher Patrícia Longo, grávida de oito meses, foi apresentada em uma nota da assessoria de imprensa da Secretaria da Segurança Pública e também durante uma coletiva à imprensa.

    Por essa versão, a delegada Adanzil Limonta recebeu denúncia anônima e foi à rua Dentista Barreto, perto do 31º DP, e lá encontrou Igor parado. Em nenhum dos dois BOs consta o nome dessa rua. A ligação, segundo apurou o jornal, foi para o celular da policial.

    O informe da Segurança Pública também afirmou que a “investigação imediata” só aconteceu por causa do novo sistema de atendimento em parte das delegacias da capital. Por esse sistema, que tem recebido críticas, várias delegacias restringiram o atendimento ao público em situações consideradas mais graves.

    A família do ex-promotor afirma que ele se entregou à polícia, depois de ter combinado sua apresentação com a delegada Adanzil, amiga de parentes de Igor. O próprio ex-promotor, na segunda-feira, disse a jornalistas que tinha se apresentado espontaneamente.

    Questionado pelo jornal, o delegado Nelson Silveira Guimarães, chefe da Polícia Civil em parte da zona leste, disse que os dois BOs estão errados. Segundo ele, a versão correta é a divulgada pela nota da Secretaria da Segurança, de que ele foi preso após uma denúncia anônima. E afirma: o ex-promotor não se entregou.

    A prisão do ex-promotor era considerada o mais cobiçado “troféu” das autoridades da Segurança Pública.

    Os dois boletins de ocorrência constam como escritos pela delegada Adanzil e pelo escrivão Joarez Dias Lima. Segundo o delegado Guimarães, a delegacia Adanzil só redigiu o primeiro boletim — ele disse não saber por que ela cometeu o erro. Já o segundo, diz Guimarães, foi ditado por uma outra pessoa que ele “não pode identificar publicamente”.

    Segundo o pai de Igor, o advogado Henrique Ferreira da Silva Filho, o promotor foi levado em um carro da família até a rua Dentista Barreto e ligou para o celular da delegada pedindo que ela fosse ao seu encontro em um carro particular — o que foi atendido.

    A decisão de Igor de se entregar à Polícia, ainda segundo seu pai, foi tomada por ele há cerca de um mês, quando pessoas que se disseram policiais invadiram a casa da família à procura dele. Nessa invasão, móveis foram quebrados. Por isso, ele decidiu procurar a delegada.

    O secretário da Segurança Pública da gestão de José Serra (PSDB), Antonio Ferreira Pinto, foi procurado na terça-feira, mas não se manifestou sobre o caso, diz a Folha.

    http://www.conjur.com.br/2009-out-21/policia-apresenta-varias-versoes-prisao-igor-ferreira

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