Estas gestões anteriores foram simplesmente nefastas à segurança pública paulista. Nem a imprensa notou (?)…Hoje temos um novo delegado geral de polícia, profissional do mais alto gabarito, conta com o apoio quase que unânime dos policiais civis…POIS É, DO MAIS ALTO GABARITO E MEMBRO DA CÚPULA POLICIAL HÁ MAIS DE DEZ ANOS…NEM A IMPRENSA NOTOU(?) 6

14/10/2009 – 15:07

A burocratização do B.O.

Por Tadeu Zanoni

O Estadão de hoje mostra que o novo sistema de atendimento nas delegacias não está funcionando. Ok, vamos esperar mais um pouco.

O certo, o cerne inegável da questão é que polícia também é atendimento ao público. Com essa nova política, um cidadão vítima de crime é afastado da dependência policial ou encaminhado a outro distrito, bem mais longe de sua residência. Pode acontecer do sujeito ser atendido num dos distritos equipados com máquinas, ser feito um protocolo e, no dia seguinte, ele ser obrigado a retornar ao distrito para formalizar a ocorrência. Ora, sinceramente, por mais loas que alguns possam merecer, mas isso é o serviço público andando para trás!!!!!

O serviço público estará negando atendimento, complicando e dificultando a vida do cidadão. Cidadão esse, importante notar, que não procura uma delegacia de polícia de madrugada porque não tem o que fazer. Procura porque foi vítima de crime, porque teve algum outro problema que ninguém mais pode resolver. Procura porque, em muitas regiões, não há outra porta aberta naquele horário.

Esquecem também que, com essa mudança, os distritos com atendimento normal estarão cheios, lotados e muitos terão problemas para registrar seus casos, seus problemas, suas ocorrências.

E ainda tem gente que sustenta ser possível uma melhora com esse sistema. Haverá uma grande e enorme piora.

Por Celso Neves Cavallini

Durante muito tempo, desde a época do governo Quércia, houve o aumento de distritos por todo o Estado. Na Capital foram autorizados 53 novos distritos. Destes 10 não foram construídos (50+53-10=93). Hoje são número idênticos de policiais para delegacias com números de ocorrência em números bem maiores. Será que ninguém viu estas disparidades?

O que após 1.991 deveria ser realizado anualmente era o aumento do efetivo da polícia civil coerente com o aumento populacional. Não foi executado e neste período saíram policiais por aposentadoria, demissão voluntária, expulsão, mortes, etc. E os “claros” abertos não foram preenchidos. A portaria que regulava o efetivo do interior é datada de 1.991 que foi revogada mês passado. Novos concursos? Muito pouco foi feito que pudesse sequer preencher os claros acima citado. O efeito dominó negativo vem de longe e hoje chegou ao limite da incapacidade de adequação necessária aos dias atuais.

No início do ano de 2.007 foram congelados os concursos de ingresso de todas as carreiras pelo período de um ano e meio.

Chegamos na “falência” do sistema”. São 18 anos de estagnação do efetivo. A PC no interior ainda se regulava pela Portaria 73 de 1.991 revogada neste ano pela atual administração. Inauguração de delegacias são feitas por Decreto e aumento de efetivo por Lei. Sempre foi oportuno eleitoralmente inaugurar DPs. Aumento proporcional de efetivo ???? Nada.

Exemplo flagrante disto, podemos comparar entre a DP de Itaquera na Capital que atende mais de meio milhão de habitantes e a Cidade de Piracicaba. Enquanto Itaquera tem uma só delegacia com efetivo mínimo de policiais Piracicaba que atende uma população inferior a 300.000 habitantes tem onze delegacias entre sete distritos, seccional e especializadas. Na Capital temos delegacia que atendem 11.500 ocorrências/ano com o mesmo número de escrivões e investigadores que as DPs de 5.500? Assim funciona o sistema atual. Precisamos dar mais exemplos?

Muito da culpa por esta inoperância, de quem não conhece um pouco do sistema, sempre recaiu sobre os policiais que na verdade são os menos culpados, mas sempre os mais execrados. Os ex-secretários de segurança que por lá passaram, ou não tiveram o devido apoio do governador ou simplesmente acomodaram-se nas suas belas poltronas de couro e deixaram o sistema seguir e se tornar inoperante, visto a investigação e resultados ser uma vitrine difícil de ser vista e analisada pela população. Estas gestões anteriores foram simplesmente nefastas à segurança pública paulista. Nem a imprensa notou (?).

Hoje temos um novo delegado geral de polícia, profissional do mais alto gabarito, conta com o apoio quase que unânime dos policiais civis que está tentando trabalhar a “recuperação judicial” da Polícia Civil. Lógico, está tendo apoio deste também novo secretário de segurança pública.

Este novo projeto proposto, irá funcionar com o efetivo humano hoje disponível e dentro de um conceito prático de prestação de serviços à população. A busca da investigação a partir do registro da ocorrência é um dos pontos fortes para que a investigação seja realmente iniciada, completada e os resultados positivos possam começar aparecer numa maior escala, condizente com índices aceitáveis.

Não é o ideal para a solução total e definitiva desejada, mas são as ferramentas que hoje possuem. É mais importante ter uma delegacia que funcione que duas ou três que nada produzam. Servidores deverão deslocados e concentrados nestas selecionadas.

Policial não se fabrica com liberação de novas verbas orçamentárias de uma hora para outra nem se encontra em prateleiras de lojas especializadas. Demanda tempo em concursos e cursos na ACADEPOL, que por sua vez tem quantidade limitada de vagas para formação de policiais. Este novo projeto está posto em duas seccionais. Nestas poderão ser corrigidos os problemas pontuais que com certeza aparecerão e após burilado o sistema será implantado nas demais seccionais. Não se trata de burocratizar os BOs. Trata-se de adequar o que existe amenizando os problemas atuais não informados à população e muitos poucos sabiam destes detalhes.

É esta a situação da Polícia Civil do Estado de São Paulo. Precisamos dar um grande voto de confiança ao Dr Domingos e a esta sua nova equipe que tenta solucionar os problemas que receberam de bandeja pronta e muito mal arrumada.

“Pior que está não ficará”! Como diz o Dr Marco Antonio diretor do Decap.

http://colunistas.ig.com.br/luisnassif/2009/10/14/a-burocratizacao-do-b-o/

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Como afirma um velho amigo:

Reengenharia do Decap. Sac do dr. Pacífico no 4º DP. Autoatendimento,  tudo palhaçada, perfumaria. O cidadão quando se socorre da delegacia o faz querendo sentir a proteção do Estado pela violação de seus direitos, como vai se autoatender? Você já viu alguém gravemente enfermo ir ao hospital para se autoatender?

REENGENHARIA SÃO CINCO EQUIPES NO PLANTÃO COM DELEGADO, ESCRIVÃO E INVESTIGADOR.

DEPENDENDO DO DP ( 3º, 14º, 11º, 7º etc), em dias úteis, dois ou três escrivães e dois investigadores. Delegado assistente para dar férias aos colegas.

PARA AS COLETORIAS, DIGO, “CHEFIAS”, HAVERÁ  REENGENHARIA E AUTOATENDIMENTO?

Por fim, ainda bem que o Quércia fez mágica com 10 ( dez ) Distritos Policiais…

Foi visionário, sabia do caos e os fez sumir fisicamente.

Ficaram na lei e no papel- moeda.

Um Comentário

  1. O cerne do problema é que a atual gestão administrativa e organizacional da segurança pública, na megalópole do estado de São Paulo e de suas principais cidades do interior, encontra-se totalmente superada, paralisada e – principalmente – desmotivada.

    Esse modelo que até segunda-feira, dia 12 de outubro de 2009, tinhamos no DECAP, se exauriu na década de 80. O crescimento populacional, a realidade do choque econômico-cultural tornaram o modelo plantão de cinco equipes e chefia em horário de expediente inexequíveis para o enfrentamento do crime. Principalmente quando temos uma total separação entre a “elite” das chefias, principalmente focada em arrecadação de vantagens econômicas e pessoais indevidas e a turma do “baixo clero” que são as equipes plantonistas, relegadas ao papel de mero registradores de ocorrências, praticamente sem ligação entre o setor de investigação e a cartoragem burocrática.

    Junte-se a isso, um baixo salário, péssimas condições de trabalho, falta de estímulo e ausência de reconhecimento por parte da hierarquia e da população. Temos o quê? Policiais deprimidos, alcóolatras, ausentes, desinteressados, etc.

    E o pior: Das originais cinco equipes, por ausência de funcionários, baixou-se para quatro e até três equipes em plantão! Ou seja: O buraco fica cada vez mais negro!

    Isso está mais do que provado que é um sistema falido e arcaico. No entanto, a Administração Pública jamais se preocupou em investir seriamente no bom atendimento à população. Para quê?

    A Polícia Militar, com seu carnaval de viaturas e policiais fantasiados de cinza, empresta uma falsa sensação de segurança à população, ao aparentar uma repressão ostensiva que na verdade só funciona em relação aos “crimes de pobres”, quando isolados; pois os “crimes de ricos” ficam despercebidos ou são – quando muito – combatidos (ou extorquidos) pelos policiais civis de Departamentos Especializados.

    Lembram-se dos ataques do PCC ? Foram “crimes de pobres”, mas praticados de modo não isolado e sim simultâneos, o que revelou o colapso de todo o aparato de segurança pública.

    Hoje, o infeliz cidadão que precisa de um atendimanto policial para solucionar um crime do qual foi vítima, precisa ter no mínimo, um desses três fatores:

    1- Muito dinheiro,
    2- Influência Política e/ou Social,
    3- Sorte. Muita, mas muita sorte!

    O governo do PSDB tal como o PMDB ou outro “P” qualquer, no Estado de São Paulo, jamais se interessou pela Polícia Civil ou Militar, posto que ambas detém um cartel de interesses políticos e econômicos que interessa aos governos que perdure. Nesse sentido, a Polícia Militar mantém uma hegemonia absurda e unânime, totalmente contrária a qualquer tendência hodierna no mundo ocidental, em qualquer estado de Direito, em manter uma organização policial com regime militar !!!

    Observem que há uma brutal, gigantesca e abismal diferença entre a existência de uma polícia uniformizada e disciplinarmente organizada nos moldes de um severo regimento militar ( a “nossa PM”) e a mantença de um setor policial ostensivo uniformizado para-militar, subordinado e integrado a uma organização civil, hierárquica e organizacionalmente dirigida por especialistas formados em segurança pública. ( e não promotores, advogados, juízes ou professores de Direito Contitucional ou corte e custura…)

    A Polícia Civil de São Paulo está asfixiada, arroxeada e esganada e o laço cada vez se aperta mais. A ingerência política é nefasta, acintosa e acachapante.

    Os bons policiais estão há tempos amedrontados, envergonhados, desiludidos e contam ansiosamente, os meses e dias para se aposentarem.

    Os maus policiais estão se aproveitando como nunca, parecendo prever que o fim está próximo!

    Nunca antes se teve tanto conhecimento dos péssimos antecedentes de policiais, alguns hoje em órgãos de direção, que fariam corar de vergonha o então “terrível” bandido da luz vermelha !

    Eu quero asseverar que nunca fui “santo”, mas no “meu tempo de polícia”, bandido era bandido e polícia era bandido.

    Quando desbaratávamos uma quadrilha de roubadores de bancos, trocando tiros madrugadas afora, subindo em morros e metendo pé na porta de barracos, na chuva, disparando nossos 38″ de números raspados nos ladrões que ousassem “se coçar” para nós, muitas vezes ainda encontravamos um ou outro maço das velhas notas de cruzeiros, muitas com pingos de sangue. Separávamos algumas das mais graúdas para pôr nos nossos bolsos, como uma forma de autorecompensa dos riscos que passamos e levávamos os vagabundos e a res furtiva, as armas e um ou outro ladrão morto na resistência, para a Autoridade Policial de plantão no velho DEIC da Brigadeiro. Se cruzassemos com alguma viatura da papamique, ao nos identificarmos em nossa veraneio descaracterizada, éramos respeitosamente saudados e cumprimentados.

    Hoje, vemos com dor no coração que policiais civis de bosta, ao encontrarem criminosos, perdem a chance de uma bela cana e se tornam, se não sócios minoritários, umas pobres e estúpidas “vítimas” de futuras chantagens desses vagabundos. Acabam no PEPC com a reputação destruída e com a imagem da Instituição mais e mais arranhada.

    Já fui ouvido em audiência judicial onde o ladrão, cheio de vestígios dos “paus” que tomou – não para confessar os crimes que nós já sabíamos – mas porque ele mesmo pedia para levar, pois não podia entrar na carceragem “limpo e inteiro”, sob pena de ser condenado à morte pelos seus comparsas como cagueta dos “home”; e o juiz perguntar se ele apanhou ou foi torturado para confessar e o Ladrão, ( com “L” maísculo) negar com força e de nariz empinado;” Não, dotô. Não apanhei de ninguém não. Eu que caí da escada!”

    Hoje?

    Hoje o vagabundo diz que o polícia lhe tomou 10 centavos e o polícia vai em cana !

    Bem…Voltando assunto do atendimento em plantão:

    Por tudo o que eu escrevi, eu até vejo a tentativa do Dr. Marcos, Diretor do DECAP, por outro ângulo:

    Dentro do possível, ele está tentando reverter ou alterar a arcaica situação. Tal qual o Dr. Angerami, quando também Diretor, assim tentou, ao determinar que as chefias das Delegacias fossem extintas e que tudo se transformasse em um enorme “plantãozão”.

    Não deu certo, como não vai dar certo a atual tentativa. Mas não se pode culpar um dirigente por ao menos tentar, posto que a autonomia de um Diretor, dentro de uma estrutura dominada por antagonismos visceral do governo e dependência política servil de resultados puramente de palanque eleitoral é pública e notória.

    Mas eu os admiro. Quantos dezenas de outros passaram e nada fizeram, apenas arrecadaram?

    É fácil ficar em cima do muro e jogar pedras, difícil é ir lá e fazer.

    Ninguém mais na Polícia Civil acredita, em seu íntimo, ( salvo os inimputáveis e os calças brancas idealistas), que a atual estrutura tem algum futuro. Cedo ou tarde terá que mudar. Aliás está demorando muito já.

    Pobre de nós.

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  2. ops. parece sacanaem ou alguma tentativa de ironia, mas foi – mesmo – desatenção na hora de digitar:

    por isso,onde se lê:

    “Eu quero asseverar que nunca fui “santo”, mas no “meu tempo de polícia”, bandido era bandido e polícia era bandido.

    leia-se:

    Eu quero asseverar que nunca fui “santo”, mas no “meu tempo de polícia”, bandido era bandido e polícia era polícia.

    Grato.

    ;)

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  3. Dá pra colocar um sistema que agilize o trabalho do escrivão, o cidadão não é burro, tá acostumado a pagar em caixas automáticas e etc. É totalmente viável um sistema onde o escrivão só tenha que elaborar o histórico da ocorrência, um sistema que seja bem feijão com arroz, diferente das complicações do atual RDO. E tem mais, é necessário impressoras a laser em todas as delegacias, e não só nas privilegiadas, tipo aquelas que ficam em bairros nobres prontas para atender o rico que vai dar queixa de furto de veículo para ser indenizado pelo seguro.

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  4. BOA NOITE A TODOS AMIGOS DA POLICIA CIVIL, TENHO QUE APLAUDIR OS DOIS COMENTÁRIOS DO NICK ( PIOR, E O DO DELPOL DURO ( CARRO 2005 ) ). A VERDADE É UMA SÓ FALTA COMPETÊNCIA EM TUDO, PRINCIPALMENTE NOS DIALOGOS, NINGUEM FALA A MESMA LINGUA E CADA UM FALA O QUE QUER……..VAMOS ESPERAR PRA VER

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