Chega de discussões “partidárias”.
Numa estrutura administrativa moderna, o “expertize” de cada área é respeitado, mais que isso é incentivado. Não é o que ocorre nesta reestruturação. Ela segue uma corrente de pensamento administrativo dos anos 80/90, onde se minimizava as funções para se terceirizar os serviços, num mister de reduzir custos. Corrente essa que se provou errônea, e que vai sendo revertida na maior parte das empresas, e na administração pública em geral em todo o mundo.
O atendimento “911” e despacho de viaturas chegou a ser terceirizado em várias partes dos EUA, antes de ser novamente exercido por policiais especializados.
O chamado “policial faz-tudo” vai acabar não fazendo nada com perfeição.
Sem contar o risco que se corre em treinar um policial para uma área específica, e depois, por um ato discricionário (no seu pior significado) da autoridade , ser enviado a outra, para a qual não tem qualquer treinamento, inclinação ou habilidade.
Do mesmo modo, alguem treinado em telecomunicação, não irá saber abrir um cadáver, para que o médico legista olhe e faça seu laudo, e vice-versa.
Por exemplo, para quem acha que os agentes de telecomunicações só recebem e enviam mensagens, e atendem telefone, seria bom ter em mente que TODAS as redes e serviços de telecomunicações e transmissão de dados foram criadas por agentes de telecomunicação.
Eu mesmo ajudei a criar a primeira Intranet da Policia Civil, instalando e configurando todos os servidores, criando todos os formulários de mensagens, e depois criei sozinho a 1ª versão da delegacia eletrônica (premiada internacionalmente).
E na época tivemos que fazer tudo com recursos que qualquer “Consultoria” ou terceirizada acharia, no minimo, insuficientes…
Eu sei o que é trabalhar dias seguidos, sem ir para casa, se banhando na torneira e cochilando numa cadeira, para deixar a comunicação funcionando.
Eu sei o que é trabalhar numa frequencia de rádio, escutar um colega policial ser baleado, tentar enviar socorro, enquanto os demais “colegas” ficavam “brincando” na rede, e sei o que é ir ao enterro dele no dia seguinte (razão pela qual pedi transferência do CEPOL).
O investigador na rua, só é responsável por ele e sua equipe, o agente de telecomunicações no Cepol, é responsável por todos que estão em sua frequencia…
E com certeza, se existem agetelpol’s que chamam de incapazes e “preguiçosos”, tambem existem investigadores e escrivães que só se valem do cargo para poderem “tirar um extra”. Uma minoria que dá má fama para todos…
Para os que acham que “qualquer um” pode conseguir coligir e os dados e transforma-los em informações úteis, eu lembro que o Omega, com seu sistema de “I.A.” já esta em nova versão, e ainda não atende todas as reais necessidades da Policia…
O mesmo deve ocorrer com cada uma das áreas que estão sendo unificadas.
O que está ocorrendo, é o lançamento de um meio de , de uma pretensa reestruturação, que beneficia uns poucos e favorece os deuses, dividir a família policial.
Divide et impera…
(depois dizem que Machiavelli está ultrapassado….)
Wado
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Correto, lembrando que as atribuições dos cargos devem ser disciplinadas em lei; não através de portaria do DGP.
Na verdade pretendem criar uma espécie de soldado policial civil, ou seja, aquele que é obrigado a fazer de tudo com obediência devida.
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Quando o corpo humano foi feito pela primeira vez, todas as partes do corpo queriam ser o chefe.
O cerebro foi o primeiro a dizer:
* Como eu sou o orgao que controla tudo e sou o unico capaz de pensar, eu serei o chefe!
As pernas disseram:
Nos conduzimos todo o corpo, nos e que devemos ser o chefe.
Os olhos reclamaram:
* Nos, somente nos, que vemos todas as coisas, avisamos da iminencia do perigo, nos devemos ser o chefe.
E assim prosseguiu a discussao, coracao, pulmoes, todas as partes queriam ser o chefe. Quando a discussao pegava fogo, ouviu-se uma voz:
* Eu Serei O Chefe!
Era o Cu, que finalmente dava a sua opiniao. Todos cairam na gargalhada. Como poderia o Cu ser o chefe? Feio, todo enrugado, foi aquela gozacao. O Cu ficou triste, chateado e resolveu sair da reuniao. Decidiu entao fazer greve: O Cu parou de trabalhar, nao mais cagou! Poucos dias depois o cerebro estava febril, os olhos jah nao conseguiam abrir, o coracao nao batia direito, os pulmoes nao aguentavam. Era um mal estar geral.
Entao todos se reuniram e imploraram pra o cerebro deixar o Cu ser o chefe, caso contrario o corpo morreria. Assim aconteceu, cada parte fazia o seu trabalho e o cu chefiava. Era uma cagada atras da outra . . .
Vamos pensar bem antes de falar que “minha carreira é essencial” ou que “tal carreira é inútil”, porque senão vamos em pouco tempo estar todos com o “cú na mão” e ainda sem nenhum centavo a mais no bolso.
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