26/09/2009 08:00:15
Homenagem a policial civil questiona eficácia da Justiça
Há um ano, policial foi morto a tiros por outro civil dentro de delegacia
e amigos de civil assassinato se reuniram ao redor de túmulo na manhã de ontem
Familiares e colegas de profissão do policial civil Roberto Lopes Meira, 40, assassinado no dia 24 de setembro do ano passado por colega de profissão, protestaram ontem no Cemitério da Saudade pedindo providências judiciais sobre o caso.
É que Ademir Spalaor, 39, acusado de ter atirado cinco vezes contra a vítima em crime com motivação passional, dentro da delegacia de polícia de Oscar Bressane, continua solto. E mais, trabalhando como investigador da civil em delegacia de Rancharia (SP).
Mais de dez policiais civis, entre delegados e investigadores compareceram ao protesto que além de silêncio, contou com oração no túmulo de Meira.
Delegado titular da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), onde trabalhava Meira à época da morte, Ricardo Martinez, disse que continuará acompanhando caso e cobrando providências. “Perdemos um ótimo policial, continuaremos questionando o caso, tendo certeza que justiça será feita”, disse.
Inquérito do caso foi concluído ontem pelo responsável, corregedor da civil em Marília, Fábio Pinha Alonso. Demora no processo que deve ser enviado ao Fórum nos próximos dias se deve a questionamentos constantes de laudos feitos pela defesa de Spalaor. Acusado responde a procedimento administrativo na Corregedoria da Polícia Civil. Afastamento preventivo foi negado no ano passado.
Família ainda está abalada e desestruturada
Meira deixou dois filhos, irmãos, pais e esposa. Entre lágrimas, a mãe Augusta Lopes Meira, 67, questionou o estado psicológico do servidor público para que continue no cargo. Ela levantou ainda a impunidade à pessoa que considera co-autora do assassinato. Segundo a mãe, acusado teria informado em depoimento, ter sido motivado por outra pessoa a praticar crime.
“Ele disse que não tinha nada contra meu filho e que foi induzido ao crime. Tanto ele, quanto quem o incentivou devem pagar”, declarou.
Na manhã de ontem o filho José Roberto Ferreira Meira, 20, revelou a mudança drástica na vida de toda a família. O outro filho de Meira, de três anos, não foi levado à homenagem.
A irmã Maria Zenaide Lopes Meira Topazo, 46, indigna-se ao ver o sofrimento dos pais. Além da perda, o sentimento de impunidade permeia a vida dos idosos.
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Ora, como um suposto doente – autor de um homicídio – pode continuar trabalhando nesta Polícia, enquanto a cúpula a toque de caixa – por mera perseguição – remove e afasta quem se coloca contra determinadas “situações”.
Se alguém denunciar o Seccional por corrupção, no dia seguinte, estará afastado preventivamente e, após, removido para muito longe.
COM UM PÉ NA BUNDA…SEM PAGAMENTO DE AJUDA DE CUSTO…E COM UM PROCESSO ADMINISTRATIVO PARA DEMISSÃO PRATICAMENTE SUMÁRIA.
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