Essa unificação obrigará que se estabeleça as atribuições da nova, AGENTE DE POLÍCIA. Quero ver a mágica de nos atribuir todo o conhecimento individual de cada carreira extinta. 18

Enviado por AGENTEPOL EM EXTINÇÃO em 07/09/2009 às 16:45

Apenas para complementar, o total de carreiras a unificar são 8, as sete citadas mais Agente de Telecomunicações. Essa unificação obrigará que se estabeleça as atribuições da nova, AGENTE DE POLÍCIA. Quero ver a mágica de nos atribuir todo o conhecimento individual de cada carreira extinta. Talvez nem seja preciso tanto trabalho, pois se disseram que qualquer um faz nosso trabalho, devem estar se preparando pra fazê-lo.

O pessoal de NU vive se gabando de tanta competência, isso tudo e moleza.

SP: desfile leva 30 mil ao Anhembi; Serra falta 6

SP: desfile leva 30 mil ao Anhembi; Serra falta

07 de setembro de 2009 

O  defile militar do 7 de setembro levou 30 mil pessoas ao sambódromo do Anhembi, na zona norte de São Paulo, segundo as Forças Armadas. O governador José Serra (PSDB) faltou à cerimônia. Sua assessoria de imprensa alegou não saber o motivo da ausência.

Assistiram ao desfile no pavilhão de autoridades o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), além de alguns secretários da Prefeitura e estaduais. O secretário de Estado José Henrique Reis Lobo (Relações Institucionais) representou o governador. Segundo ele, Serra foi viajar.

De acordo com o Exército, desfilaram 4 mil militares das Forças Armadas e da Polícia Militar. Outros 3 mil civis, principalmente alunos das redes municipal e estadual de ensino, também desfilaram no Anhembi.

fonte: TERRA.

LUIS QUINTAL: “sempre pediram pra ajudar a empurrar o carro, e na hora da carona nos deixaram a pé mais uma vez” 7

“Corra que a reestruturação vem aí…Parte 9”
Por Luis Quintal – Desenhista Téc. Pericial   
03 de September de 2009
Prezado colega,

No dia 1º de Setembro, terça-feira, as 15:00 h, a convite da Delegacia Geral de Polícia, a ASPC foi participou junto com outras entidades representativas de classe da Reunião com o Sr. Delegado Geral de Policia, Dr. Domingos, onde foi exposta, uma proposta de reestruturação de carreiras.

Pois bem, não é de hoje que tentam enxugar nossas carreiras, com a alegação de que existe um problema administrativo na Policia Civil, e que em virtude de existirem 14 carreiras, “é muito difícil”, segundo afirma o Sr. Delegado Geral, administrar a mesma.

Não nos foi passado na integra, nem por escrito, e nem na projeção, onde foram mostrados os principais tópicos, o projeto completo, do qual evidentemente não sei de seu teor completo.

Mas deu pra perceber claramente, que estamos, nós das carreiras técnicas da SPTC, sendo desqualificados, uma vez que neste, pretendem a unificação de 7 carreiras a saber: Atendentes de Necrotério, Auxiliares de Necropsia, Desenhistas e Fotógrafos Técnicos Periciais, Carcereiros, Auxiliares de Papiloscopia e Agentes Policiais, sob uma única denominação de “Agentes de Polícia”.

Eu, Luis Quintal, durante mais de três horas de reunião rebati duramente esta propositura, por acreditar que nossas carreiras com suas atribuições, são de suma importância para a Instituição e que portanto deviam ser preservadas, como mostramos claramente no documento exposto em nosso site, www.aspc.com.br, onde ao invés de reestruturação, propomos uma R E V A L O R I Z A Ç Ã O.

Este documento de dez páginas, já foi entregue na SPTC, na Diretoria do IC, na Delegacia Geral, na Secretaria de Segurança Pública e na Diretoria do DAP.

Ninguém até o momento se manifestou, a não ser a Delegacia Geral, que ao que parece não deu importância.

Durante esta reunião ouvi frases assim: “os Papiloscopistas tem direito ao nível superior porque podem assinar laudos” e “qualquer um hoje pode apertar um botão e tirar fotos”. Sobre esta última frase bem que eu poderia responder na hora: “seguindo nesta linha de raciocínio pode-se dizer que, qualquer um também puxa um gatilho”.

Mas por educação respondi o seguinte: “Gostaria de lembrar ao Senhores, que uma máquina fotográfica de última geração, os softwares para desenhos, como Corel Draw, Auto Cad, etc, São apenas ferramentas de trabalho, se o ferramenteiro, não souber como usar não tem valia nenhuma”.

Certa altura fiz o seguinte questionamento: “se justifica que os Papiloscopistas podem assinar laudos e por este motivo, neste projeto são contemplados com o nível superior, o que justificou o ano passado os escrivães e investigadores passarem ao nível superior? Acaso eles também assinam laudos??…Ninguém respondeu.

Disse ainda que, os trabalhos desenvolvidos por Desenhistas e Fotógrafos, também fazem parte do Laudo Pericial, sabendo perfeitamente que o responsável pelo laudo é o Perito, mas deixei bem claro que cada de nós também é responsável pela parte que nos cabe e assina por isso.

Também deixei bem claro que nunca fomos contrários ao nível superior as demais carreiras.

Well devido a grande oposição feita por nós, pelos Agentes de Telecomunicações e pelos Agentes Policiais (que propuseram que todos passarem ao nível superior) foi feita uma votação.

Votaram contra: ASPC, SINTELPOL e AGEPOL

A Favor: AIPESP (Investigadores), SIPESP (Investigadores), AEPESP (Escrivães), Sindicato dos Escrivães, Acarcepol (Carcereiros), ADPESP (Delegados), SINDPESP (Delegados), IPA, SINPOL de Ribeirão Preto, SINPOL de Sorocaba, SINPOL de Campinas, APPESP(Papiloscopistas), AFPCESP e Associação dos Professores da Acadepol.

Como podem observar, “sempre pediram pra ajudar a empurrar o carro, e na hora da carona nos deixaram a pé mais uma vez.”

Prezados, nossa luta continua, vamos fazer o que estiver ao nosso alcance para que sejamos valorizados, manifeste-se você também.

Grande Abraço a todos e muito obrigado.

 

Luis Quintal – Presidente

( colaboração: CHIKO )

SUBTENENTE DA PM VENDIA CALÇADOS PARA MELHORAR A RENDA FAMILIAR: FOI ASSASSINADO! 4

Subtenente da PM é assassinado na Zona Oeste de SP

Kombi roubada do policial foi encontrada horas depois.
Caso ocorreu na noite de sábado (5), na Lapa

 Do G1, em São Paulo

Um subtenente do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) da Polícia Militar foi assassinado na noite de sábado (5) na Praça Melvin Jones, na Lapa, na Zona Oeste da capital paulista. 

Segundo dados da Secretaria da Segurança Pública, testemunhas disseram que três homens teriam abordado o subtenente, atirado e dois deles fugiram em seguida com a Kombi do policial. Um terceiro suspeito, segundo o registro da ocorrência, teria fugido a pé, entrado na estação de trem da Lapa e descido em Osasco, segundo informou uma testemunha que disse tê-lo seguido. No local do crime, foram encontradas seis cápsulas provavelmente da arma usada no assassinato, além da identificação funcional do policial. A arma do subtenente estava com todos os cartuchos íntegros.

A Kombi do policial foi encontrada horas depois em frente à estação Domingos de Moraes da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). O veículo passou por perícia e depois foi apreendido para fins da investigação. Dentro da Kombi, havia 16 caixas de sapato, pois a família do policial tem comércio de calçados. O crime deve ser investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP).

SECRETÁRIO DE SEGURANÇA DO CEARÁ: “Temos policiais civis muito, mas muito mal preparados”… informou ainda que trará policiais treinados de São Paulo para ministrar cursos aos delegados que irão atuar na Divisão de Homicídios 22

Roberto Monteiro

“Policiais civis não sabem investigar”

< ROBERTO MONTEIRO > Durante entrevista ao programa Coletiva, da TV O POVO, o secretário da Segurança Pública do Ceará, Roberto Monteiro, afirmou que os policiais civis têm sido “incapazes de fazer uma investigação bem feita porque não têm preparo”
07 Set 2009 – 00h52min

O secretário Roberto Monteiro cobra que os delegados elaborem inquéritos policiais com mais qualidade (Foto: GEORGIA SANTIAGO)

“Temos policiais civis muito, mas muito mal preparados”. A frase, dita com ênfase, é do próprio titular da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) do Ceará, Roberto Monteiro. Durante entrevista ao programa Coletiva, exibido ontem pela TV O POVO, o secretário criticou mais uma vez a Polícia Civil, afirmando que os delegados precisam se especializar para produzir inquéritos com qualidade. “Os nossos homens de polícia, os nossos delegados, quase que na totalidade não apresentam (à Justiça) um produto de boa qualidade”.

O secretário citou um dado para exemplificar o despreparo dos policiais civis. Segundo ele, de cada 100 homicídios de autoria desconhecida no Ceará, 85 permanecem sem que os criminosos sejam identificados, mesmo depois de investigados nas delegacias. “(Os policiais civis) são inteiramente incapazes de fazer uma investigação bem feita porque não têm preparo”, afirmou. Em seguida, acrescentou: “Os delegados, muitos deles, não fazem os inquéritos, na verdade. Tem delegado que não toma nem os depoimentos”.

Para tentar mudar essa realidade, o Governo planeja investir nos 74 novos delegados que tomam posse na próxima sexta-feira. “São bem treinados esses homens, mas ainda novos e verdes. A ideia é investir massivamente neles para que a gente melhore essa Polícia”, promete. O secretário informou ainda que trará policiais treinados de São Paulo para ministrar cursos aos delegados que irão atuar na Divisão de Homicídios, que está sendo construída em Fortaleza.

Esta não é a primeira vez que Roberto Monteiro critica a Polícia Civil. Em setembro do ano passado, durante entrevista ao O POVO, o secretário afirmou que a Polícia Civil estava falida. “Eu continuo com a mesma ideia. Nós temos uma Polícia Civil falida e estamos lutando para melhorá-la”, disse ontem, reconhecendo que o número de policiais ainda é reduzido.

O presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Carreira no Estado do Ceará (Sinpoci), Weudo Jorge, comentou, por telefone, as declarações do secretário. “É preciso esclarecer que a Polícia Civil está sucateada. O Estado não está dando as condições necessárias para que se faça um bom trabalho”, reclama. O POVO tentou ouvir o presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia Civil do Ceará (Sindepol), Luzimar Moura, mas o celular estava desligado. (Tiago Braga – tiagobraga@opovo.com.br)

E-Mais

> Ao fim do programa, o secretário Roberto Monteiro aproveitou o minuto das considerações finais para deixar uma mensagem aos “colegas policiais”: “As críticas que faço não são para denegrir ou diminuir o policial, mas para melhorar (a Polícia)”.

> O secretário foi entrevistado pelos jornalistas Luiz Henrique Campos, repórter especial do

O POVO, e Ricardo Moura, pelo coordenador da Central Única das Favelas (Cufa) no Ceará, Preto Zezé; e pela vice-coordenadora do Laboratório de Estudos da Violência da Universidade Federal do Ceará (UFC), Celina Lima.

> Roberto Monteiro também falou sobre o programa Ronda do Quarteirão. Questionado sobre a insatisfação dos policiais quanto aos salários e à carga horária (eles trabalham oito horas diárias, durante seis dias da semana), o secretário disse que a Polícia cearense “é uma das mais bem pagas do País” e que, desde o início do programa, os soldados sabiam que a carga horária seria diferente.

> No modelo tradicional, os PMs trabalham 12 horas e folgam 24 ou trabalham 24 horas ininterruptas e folgam 48 horas.

> Ainda sobre o Ronda do Quarteirão, o secretário reconhece que o programa tem algumas falhas. “Mudanças precisam ser feitas, o programa evolui. Não é um programa fechado”.

> O programa Coletiva, da TV O POVO, vai ao ar às 21h30min de domingo, com horários alternativos às terças-feiras, a partir das 23h40min.

> A emissora pode ser sintonizada nos canais 48 (aberto), 23 (NET) e 11 (TV Show).

ADMINISTRAÇÃO PENITENCIÁRIA DO GOVERNO DO ESTADO CONDENADA POR ESBULHO E OBSTRUÇÃO DE ESTRADA PÚBLICA DE HORTOLÂNDIA 2

Vejam …. agora a Administração Penitenciária no Complexo Penitenciário CAMPINAS – HORTOLANDIA terá que demolir o muro construido em meados de 2005, e que estava obstruindo a via pública (estarada da granja Ito), hoje denominada Estrada Municipal Sabina Batista de Camargo.
 
Foi um absurdo o que ocorreu na época … da noite para o dia, o muro foi erguido e obstruiu a estrada … os moradores, a empresas e até a Prefeitura, que utilizavam a estrada municipal, sequer foram consultados previamente … simplesmente o coordenador das Unidades prisionais Central, sediada em Campinas, determinou que se fechasse a estrada.
 
Justiça foi feita.
 
 
http://esaj.tj.sp.gov.br/esajweb/cpo/pg/show.do

 

É O RELATÓRIO. FUNDAMENTO E DECIDO. Versa a presente ação sobre pedido de reintegração de posse de estrada municipal, obstruída de forma unilateral e arbitrária, por parte de órgão do Governo do Estado de São Paulo. Consta que a Estrada existe no local há mais de 30 anos, e tinha o nome de SMR 281 (quando ainda era Município de Sumaré-SP), depois por força da Lei Municipal 96/03 passou a denominar-se Estrada Municipal Granja Ito e atualmente é denominada de Estrada Municipal Sabina Batista De Camargo. Referida estrada já constava com sua trajetória e indicação do plano Diretor da Secretaria de Transportes do Estado (fls. 19 e 252 e 253), que data de Julho de 1989, bem como da fotografia aérea (fls. 18), que data de 31/07/1978, ou seja, muito antes de existir o Complexo Penitenciário Campinas Sumaré (atual Campinas Hortolândia). O réu, o Estado de São Paulo, contestou alegando que a área pertencia a antiga FEPASA que foi incorporada a Rede Ferroviária Federal RFFSA e que algumas propriedades imobiliárias, dentre elas, a área onde existe a estrada, foi adquirida por dação em pagamento pela RFFSA ao ESTADO, juntando cópia do Decreto Estadual 45.083 de 31/07/2000 (fls. 71), onde consta no item ordem 03, a descrição do terreno com área de 19.825,10 metros quadrados, em Hortolândia. Pois bem. Tratando-se de ação possessória, cumpre verificar quem é detentor do melhor direito à posse. Afirma o Estado de São Paulo ser proprietário da área, sustentando que a recebeu legitimamente, por força do Decreto 45.083/00, mediante dação em pagamento. Entrementes, tal argumento não prospera. Em primeiro lugar, não é cabível a exceção de domínio em sede de ação possessória. Em segundo lugar, sequer comprovou o requerido a propriedade do bem, já que tal somente pode sê-lo através do Registro Imobiliário. Ultrapassada a questão da propriedade do bem, cumpre analisarmos detidamente o Decreto 45.083/00, documento que teria outorgado ao réu mediante dação em pagamento a área em que houve a construção do muro. Desta análise, verificamos que não consta nesse decreto ou em qualquer outro documento que o réu tenha apresentado, indicação geográfica com a exata delimitação da área dada em pagamento, ou seja, faltam os marcos topográficos, bem como a indicação dos rumos, com as respectivas latitudes e longitudes. Não bastasse a falta de marcos indicativos da exata localização do terreno dado pela RFFSA ao Estado de São Paulo (fls. 71), a metragem da propriedade indicada na matrícula 69.990 do CRI de Sumaré (fls 10) é muito maior do que aquela dada em pagamento. Com efeito, no Decreto consta a metragem de 19.825,10 m² ao passo que na matrícula a metragem é 948.355,56 m², ou seja, a área na qual foi construída o muro é quase 50 vezes maior que a área dada em pagamento no Decreto! O gráfico abaixo ilustra com clareza o tamanho da área da Matrícula e a fração (apenas 2%) que o Estado alega deter legitimamente. Ora, como se determinar com precisão se a (diminuta) área dada em pagamento é exatamente aquela onde está localizado o muro, já que não há qualquer documento comprobatório ou indicativo desse fato? Seria uma extrema e grande coincidência que a área onde o Estado têm direitos é exatamente a mesma onde o muro foi construído! Vejamos o outro lado. A existência da estrada municipal que passa pela área em litígio restou exaustivamente comprovada. Pelos mapas fornecidos, verificou-se que essa estrada vinha sendo utilizada desde 1978 pelos munícipes, fato esse que se encontra em conformidade com os mapas anexos ao laudo. Comprovou-se que a estrada era mantida anteriormente pela Prefeitura de Sumaré denominada SMR 281. O Município de Hortolândia, demonstrando o efetivo exercício de posse e uso do povo sobre a estrada, editou a Lei Municipal nº 96/93 e denominou-a Estrada Municipal Granja Ito. No ano de 2002, através da Lei Municipal nº 1065/2002 passou a denominar-se Estrada Municipal Sabina Batista de Camargo. Através do levantamento e das fotos aéreas foi possível constatar que a estrada periciada existia muito antes da instalação do Complexo Penitenciário. Assim, até o presente momento poder-se-ia presumir que a referida estrada, conquanto tivesse sido construída em terras alheias (leia-se, propriedade da FEPASA), estava sob a efetiva posse do Município. O exercício dessa posse estava sendo feito através da manutenção da estrada, bem como de sua regulação jurídica, na medida em que o legislador preocupou-se, inclusive, em nomear a via pública. Portanto, demonstrada está a legítima posse que era exercida pelas Prefeituras de Sumaré e posteriormente Hortolândia, sendo certo que não há demonstração comprobatória de que a área ocupada é de propriedade ou mesmo de posse legítima do requerido; Resta enfrentar, por fim, a questão da segurança pública trazida aos autos, a fim de verificar se trata-se de um fato impeditivo justificante ao exercício do direito da autora. Em primeiro lugar, verifica-se que somente no ano de 2005 é que o órgão do Governo do Estado de São Paulo, preocupou-se em construir um muro ao redor do Complexo Penitenciário, ou seja, passados mais de 16 anos da instalação do presídio. Assim, não é o muro, em uma primeira análise, que garante a proteção do presídio. Com efeito, observando as fotos e o próprio laudo pericial, denota-se que a proteção do presídio é feito pelos dois reforçados alambrados que cercam a cadeia, bem como pelas torres estrategicamente instaladas uma em cada ponta do local, a fim de evitar fugas. O muro é, tão somente, uma proteção a mais para o presídio. Tanto é assim que a parte nordeste do complexo não está cercada por muro. Ou seja, se houvesse um plano de fuga, mesmo a manutenção do muro poderia permitir a fuga pelo outro lado do complexo. Por fim, não consta que a Prefeitura Municipal tenha sido consultada para aprovar tal construção, nem que tenha sido expedido alvará ou licença para a construção, como determina a Lei. Ou seja, até mesmo nessa seara o órgão da administração do Governo do Estado agiu de forma irregular, sem comunicar previamente o órgão fiscalizador da Municipalidade de Hortolândia, mesmo sabendo que tal atitude viria a prejudicar o acesso de pessoas pela Estrada Municipal, restringindo-lhes o direito possessório da autora. Ademais, verifica-se no laudo pericial e plantas que o acompanham, que as casas dos diretores encontravam-se “separadas” da área do complexo penitenciário, estando localizadas à margem esquerda a estrada, sentido Noroeste e, ao lado direito, o Complexo Penitenciário. Está bem delimitada a extensão da estrada no local, que passava à margem do complexo Penitenciário e que há espaço suficiente do muro até os alambrados das Unidades prisionais. Observa-se que, se o muro tivesse sido construído seguindo o alinhamento lateral, paralelo ao alambrado existente no local, (fotos de fls. 239 e 241 do laudo) às margens da Estrada Municipal, não prejudicaria em nada a segurança do local, pois assim estaria separando a área Prisional da área destinada a casa dos Diretores, que com certeza, correm mais riscos com área residencial ligada diretamente a área prisional, em caso de eventual rebelião ou fuga de preso. Desta forma, os moradores de Hortolândia, e conseqüentemente, a Municipalidade de Hortolândia, têm há muitos anos (desde 1978), direitos possessórios sobre a estrada, não titulada, e que, segundo as provas coligidas nos autos, sobretudo, o laudo pericial de fls. 218/254, a população sempre dela fez uso, inclusive empresas, moradores e vizinhos da região próxima ao Complexo Penitenciário, e dos bairros Jardim Novo Ângulo e adjacências, conforme ficou demonstrado com os abaixo-assinados dos moradores e ofícios das empresas BSH Continental e Gonvarri Brasil (fls. 25/40). Portanto, não há que se levantar como defesa a questão da segurança não só porque a proteção da muralha pode ser refeita de forma a evitar fugas dos estabelecimentos prisionais como também conferir maior segurança aos diretores do Complexo.

DISPOSITIVO

Diante de todo o exposto e de tudo o mais o que consta dos autos, com fundamento no inciso I do art. 269 do Código de Processo Civil, julgo procedente o pedido para reintegrar ao Município de Hortolândia, na posse da Estrada Municipal da Granja Ito (SMR 281), atualmente denominada Estrada Municipal Sabina Batista de Camargo, descrito na inicial, localizada na matrícula 69.990 do CRI de Sumaré-SP, às margens do Complexo Penitenciário Campinas Hortolândia, procedendo-se a desobstrução da referida via pública, em toda sua extensão. Defiro o prazo de 15 (quinze) dias para a desobstrução da Estrada Municipal Sabina Batista de Camargo, de forma voluntária, sob pena de, não o fazendo, proceda a autora, a desobstrução de forma forçada, com emprego de equipamentos, máquinas e pessoal, que se fizerem necessários, inclusive com requisição de auxílio policial, o qual fica defiro. Por conta da sucumbência, condeno o Réu ao reembolso das custas iniciais, ao pagamento das finais e dos honorários advocatícios, os quais, atenta ao que determina o parágrafo 4º, do artigo 20 do Código de Processo Civil, fixo em R$ 10.000,00 (dez mil reais). PRIC (Em caso de recurso deverá ser recolhida o preparo no valor de R$79,25 em guia propria – Gare código 230-6,mais o valor de R$20,96 por volume, que deverá ser recolhido em guia do fundo especial de despesa do TJSP(FEDTJ) código 110-4)

( enviado por CIDADÃO )