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Ao fim dos longos primeiros seis meses do ano, ficam as reflexões sobre o muito que foi discutido e o pouco que foi resolvido no Congresso Nacional. Praticamente a cada dia um novo escândalo político surge no País. São jatinhos pagos com dinheiro público, empregadas domésticas contratadas com dinheiro da Câmara dos Deputados, compra de passagens aéreas para namorada e agregados, inclusive para a sogra, além de atos secretos validando, entre outras práticas, o nepotismo. Dizem que tudo ele explica, mas será que Sigmund Freud, o médico e patriarca da psicanálise, saberia o que se passa na mente dos congressistas? ![]() Este ano, até mesmo aqueles parlamentares conhecidos como baluartes da ética e da moral acabaram tendo seus nomes ligados a algum problema. E embora alguns estejam comprovadamente relacionados a escândalos que colocam o Congresso em evidência, ninguém foi severamente punido. Para tentar uma resposta analítica sobre a conduta dos parlamentares brasileiros, o Contas Abertas entrevistou por telefone o psicanalista Sergio Eduardo Nick, secretário geral da Federação Brasileira de Psicanálise e membro da Sociedade Brasileira de Psicanálise do Rio de Janeiro. Nick é otimista e acredita que o comportamento dos políticos está em constante evolução, mas admite que os nossos congressistas correm um grande risco de não saberem interpretar o conceito da ética. Contas Abertas (CA) – O que é moral e ética e o que falta no Congresso Nacional? A moral deve ser vista como algo mais prático, como a ação do sujeito, que depende de uma determinada comunidade, e que, portanto, pode variar dentro do que cada sociedade considera como moral ou imoral. Nos países islâmicos, por exemplo, é imoral as mulheres usarem calças. Além disso, as regras morais podem evoluir ao longo do tempo e podem sofrer modificações que geram novas formas de encarar o mundo, a vida, os relacionamentos e tudo o mais. Já a ética é um estudo filosófico sobre a moral. Ela tenta justificar a moral. Então, o sentido da ética é orientar racionalmente a nossa vida. Pensando a respeito do que acontece no Congresso, a gente tende a achar que é tudo a mesma coisa, que são todos ‘farinha do mesmo saco’. Acho que tem um aspecto positivo nisso tudo, que são as críticas, porque só assim nós conseguimos fazer o debate de determinadas normas e condutas. Eu uso como exemplo o caso das passagens. Hoje se pode olhar sobre o direito à verba indenizatória de forma mais reflexiva. Eu não sou contra a verba indenizatória, mas acho que ela ser usada nos fins para as quais ela foi criada. Mas não há dúvidas de que a perpetuação dos escândalos favorece a perda de um padrão moral no Congresso e também em nossa sociedade. CA – Supondo que parlamentares, cansados de verem suas imagens vinculadas a questões avessas à ética, resolvessem buscar um tratamento, o processo de cura seria semelhante ao de uma pessoa que, por exemplo, sofresse de alcoolismo, tabagismo ou obesidade? CA – Sem o apoio dos colegas, o político consegue mudar a conduta de um grupo ou ele acaba por ser oprimido? CA – A falta de percepção dos parlamentares sobre a existência de ‘patrões’ os induz a agirem descompromissadamente? CA – O senhor acredita na banalização dos escândalos políticos no Congresso Nacional? É possível que algumas pessoas se sintam frustradas se virem alguma coisa que foi criticada num determinado momento não se resolver e, ao contrário, voltar à tona. Eu prefiro ser otimista em acreditar que ‘água mole em pedra, tanto bate até que fura’. Quer dizer, acredito que uma hora vai mudar. CA – O que influencia um cidadão a ser antiético, imoral ou a não ter caráter? Ao longo da vida, ouvindo outras pessoas, parentes, professores e legisladores, vamos construindo um ‘superego’ mais maleável, que permite uma reflexão sobre nossos atos e que vai moldando nosso caráter. Essa nossa moral, a nossa ética, é construída a partir do relacionamento com o outro desde o início. Freud dizia que o comportamento humano nunca é regido por uma única razão, uma única influência. Deve-se pensar nos efeitos genéticos, sociais, ambientais e etc. Agora, quando falamos em uma ética social, de uma construção do comportamento na sociedade, quanto mais pessoas estiverem se regendo por uma ética, melhor será o comportamento social dessa sociedade. Obviamente que, quanto mais rígido esse comportamento, mais as pessoas ficam presas as suas regras e normas. Existem críticas quanto a isso, porque dizem que você torna a vida muito mais restrita, inibindo a construção de soluções mais geniais aos problemas da sociedade. CA – É possível mudar a realidade de escândalos no Brasil? Milton Júnior |
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21/7/2009
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Poder sem controle, realmente corrompe.
Com uma fiscalição do “colo” e as leis frouxas, o poder vai corromper mesmo!! Aliás, é assim que eles querem que continuem…
E botam a PM pra bater em que demonstra um pouquinho de celebro.
Semear a miséria humana, não tem preço, nem custa nada, fica mais barato. Pegar uma comissão, digo (propina, corrupção ativa e passiva), com dinheiro publico nunca ficou tão fácil.
É pior que o golpe do bilhete premiado, todo mundo sabe que é golpe, mas a esperança e muita, e a gente acaba por acreditar, que haverá reconpensa. A partir dai inicia-se a permissividade, que finda com ciclos completos.
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Pingback: O PSICANALISTA SERGIO EDUARDO NICK DIZ QUE O PODER INEBRIA E CORROMPE | Blogosfera Policial
Só corrrompe o imoral por natureza e não os sábios
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ELE APENAS RESENHA LORD ACTON. EU DIRIA ,TAMBÉM COM PROPRIEDADE, QUE PARA MUITA GENTE, MANDAR É MELHOR DO QUE FUDER.
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estou lendo seu artigo velho amigo de infancia estou fazendo curso de historia na unopar virtual poderemos manter contatos o marcio tem meu telefone podemos nos encontrar todos para rimos e contar nossas historias e aventuras abraços feliz dia das maes
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