MUSICOTERAPIA PARA POLICIAIS MILITARES 11

PM combate estresse com a música

Da Redação

SUZANA FONSECA

“Marcha, soldado, cabeça de papel…”. Na quadra do 6º Batalhão da Polícia Militar do Interior (6º BPM/I), na Ponta da Praia, em Santos, nas manhãs de terça-feira, quem não marchar direito não “vai preso pro quartel”. Ali, há dois meses, das 9 às 10 horas, não interessa a patente: soldado efetivo ou temporário, sargento, capitão ou major, todo mundo é igual. E não é preciso marchar. Basta entrar no ritmo.

Estamos na aula de musicoterapia, desenvolvida durante a prática desportiva dos integrantes do 6º Batalhão. A iniciativa faz parte de um projeto da Polícia Militar do Estado, que visa implantar na Baixada Santista a Polícia Comunitária, e conta com o trabalho voluntário dos musicoterapeutas Abigail Baraquet, Rogério Baraquet e Jayme Lopes, que integram a Subcomissão de Polícia Comunitária de São Vicente.

“Esse é um projeto que já desenvolvemos em São Vicente”, conta o coordenador do trabalho e chefe da Divisão Administrativa do batalhão, major Cláudio de Oliveira, que também participa das aulas.

Na avaliação do major, além de auxiliar no aspecto físico, as aulas melhoram as condições espiritual e de equilíbrio dos policiais militares.

“Na nossa atividade, trabalhamos sob estresse. Aqui, desenvolvemos a cooperação e o autoconhecimento, que é fundamental”, lembra Oliveira. “Se o policial chega a uma ocorrência mais concentrado, mais focado, tem condições de trabalhar melhor o que aprendeu”.

RESULTADOS

De acordo com a musicoterapeuta e psicóloga Abigail Baraquet, durante as aulas os participantes trabalham a psicomotricidade musical. Em outras palavras, os policiais militares realizam os exercícios que fazem normalmente, só que de forma coordenada, com músicas selecionadas. “Eles já melhoraram a coordenação motora, a autoestima, o equilíbrio, a percepção, a atenção”, enumera a musicoterapeuta.

“O coronel Ailton (Araújo Brandão, comandante do Comando de Policiamento do Interior 6), preocupado com o estresse, a depressão, quecostuma acometer policiais militares, resolveu proporcionar esse trabalho de musicoterapia a eles”, explica Abigail.

“Como esses profissionais, pela própria formação e por manter uma postura reservada, via de regra, têm dificuldade de fazer terapias convencionais, esse trabalho, além de ser lúdico, dispensa a exposição e a verbalização”, ressalta a musicoterapeuta.

Segundo Jayme Lopes, que também é psicomotricista e ritmoterapeuta, muitos participantes que, no início, ficavam meio “travados”, agora se sentem mais soltos e realizam melhor os movimentos. “Estamos trabalhando também a autoaceitação, além da autoestima. Procuramos fazer com que eles se toquem, se aproximem”.

Já com o músico e cantoterapeuta Rogério Baraquet, os policiais militares desenvolvema hata yoga,fazendo alongamentos e trabalhando a concentração, a respiração e, finalmente, a vocalização de trechos musicais. “Eles repetem um trecho de música que contenha mensagens positivas”, conta o músico.

Para as soldados temporárias Karina de Souza Lins e Samira Duarte dos Santos, as aulas ajudam a acabar com o estresse do serviço. “Percebi quemelhorou o convívio, estamos mais próximos, mas unidos”, completa Samira.

Na Área Continental de Santos, os moradores contam, desde a semana passada, com policiamento comunitário da PM.

O diretor expressou o desejo de se estabelecer no departamento pelo exemplo…( DE PRO$PERIDADE ) 6

FotoDiretorDenarcDisse o ex- Diretor do DENARC
Dr. Everardo Tanganelli Júnior

Do início de 2007 a abril de 2009, o Departamento de Investigações sobre Narcóticos esteve sob a direção de Everardo Tanganelli Júnior, paulistano, nascido em 30 de abril de 1952, que ingressou na Polícia Civil como investigador em 1976, e tornou-se delegado de polícia em 1982.

Ao longo da carreira, Tanganelli esteve no 13º Distrito Policial, na Superintendência Regional da Polícia Federal de São Paulo, 1º, 4º e 30º DPs da capital, seccional de Santo André (assim que criada), GOE (Grupo de Operações Especiais), 1ª Delegacia de Investigações de Crimes sobre Entorpecentes, do Denarc (como titular, de 1997 a 1999 e divisionário, de 2002 a 2005), Deinter 6 – Santos, do qual foi diretor por um ano e cinco meses, dentre outros locais.

Falando de suas expectativas à frente do Denarc, o diretor expressou o desejo de se estabelecer no departamento pelo exemplo, pela demonstração de que conhece bem o funcionamento da instituição e as necessidades gerais dos policiais.

“O policial para trabalhar bem num departamento como esse, tem que ter uma estrutura familiar muito boa, porque ele vai entrar em contato com um tipo de criminoso, o narcotraficante, que é muito problemático. E nós entendemos a necessidade de dar um acompanhamento para esse policial”, disse o delegado, referindo-se a um suporte, inclusive, psicológico para os funcionários do Denarc.

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Haja $uporte!

DELEGADO QUE PEDE MIL VAI PRESO COMO LADRÃO…DELEGADO QUE “POUPA” MAIS DE MILHÃO VIRA BARÃO…T (EM) J (OTINHA) ? 4

Presidente reeleito do TJD-SP vai depor sobre chacina em SP

14 de julho de 2009 • 18h46 • atualizado às 20h59

Ex-diretor do Departamento Estadual de Investigações sobre Narcóticos (Denarc), Ivaney Cayres de Souza, foi reeleito, na última segunda-feira, presidente do Tribunal de Justiça Desportiva de São Paulo. Ivaney, que ocupa o cargo desde julho de 2007, seguirá na função por mais um ano, mas atravessa momento delicado. Segundo anunciou a Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo, Ivaney será convocado a depor a respeito de uma chacina ocorrida em sítio localizado em Porto Feliz, no interior de São Paulo, no dia 11 de julho de 2003.

Na ocasião, quatro pessoas foram assassinadas por membros da corporação depois de uma suposta troca de tiros com a polícia, que estaria no local a procura de drogas. Depois da ação, a Polícia Civil anunciou que havia matado quatro traficantes e deu a operação como bem sucedida. A reportagem do Terra procurou o presidente do TJD-SP, mas não obteve retorno.

Ivaney, que era diretor do Denarc na época, além do também ex-diretor Everardo Tanganelli e do então titular da delegacia, Paschoal Ditura, serão chamados a prestar esclarecimentos a respeito do ocorrido que, de acordo com apurações da Corregedoria da Polícia Civil, foi, na verdade, uma ação de vingança que resultou na execução de quatro inocentes desarmados.

A corregedoria indica, assim, que a operação não passou de uma farsa que visava encobrir a execução das vítimas e ainda informou que pedirá a prisão das pessoas que participaram da operação que é agora considerada uma chacina.

À época, Ivaney foi um dos responsáveis pela coordenação da operação. Há, inclusive, cenas registradas pelas câmeras de TV que mostram ele e os envolvidos comemorando o sucesso da investida.

De acordo com os relatos divulgados domingo pela Corregedoria da Polícia Civil em reportagem do Fantástico, da Rede Globo, um investigador que participava das operações no sítio em Porto Feliz foi ferido com tiros disparados pela arma do caseiro que, ao não constatar nenhuma identificação que relacionasse aqueles homens a policiais (eles estariam à paisana) provavelmente os identificou como ladrões e atirou. Isso teria motivado a reação enérgica da equipe do Denarc.

Na ação, morreram o dono da chácara, Edson Serafim Tomás, 41 anos, sua mulher, Flávia Espíndola de Castro, 28 anos, o adolescente Luís Carlos Lopes da Silva, 16 anos, e a caseira Ilza Pereira da Silva Araújo, 36 anos.

Redação Terra