Qual é a porta de entrada na Polícia Civil? Será agora o plantão. O médico começa aonde fazer a sua residência? No plantão do pronto socorro. Na Polícia Civil a mesma coisa, isso diminui a pressão sobre o delegado geral, para que não venham pedidos para que o policial de início já vá trabalhar no DHPP ou no Deic, Detran, Denarc. Não, a porta de entrada será no plantão, ele ficará cumprindo estágio probatório de 1.095 dias entre a academia e pelo menos dois anos no plantão policial. Agora, não adianta eu falar, eu tenho que documentar. Então, todas essas providências eu estou documentando através de portarias do delegado geral de Polícia. Muito bem, ele completou esse estágio probatório no plantão, ele vai pleitear, vai poder passar a pleitear um departamento especializado. O senhor quer trabalhar no DHPP? Pois bem, o senhor tem curso complementar de local de crime ministrado pela academia? O senhor tem curso complementar ou de aperfeiçoamento de criminalística, de medicina legal? “Ah, não tenho”. Então, o senhor vai ter que aguardar um bom tempo.
JOSÉ PAULO DE ANDRADE, ÂNCORA: Por que hoje funciona assim? Eu quero trabalhar no DHPP e vai trabalhar no DHPP? É isso que está mudando? Hoje funciona assim?
DOMINGOS PAULO NETO, DELEGADO GERAL DE SÃO PAULO: Hoje nada impede que o candidato saia da Academia de Polícia e vá para um departamento especializado, é uma questão de sistemática de serviço, mas eu entendo que não seja a sistemática mais adequada. O que ocorre hoje é que o candidato, em razão da classificação, pode escolher a unidade onde vai prestar serviço, mas de qualquer maneira terá que ser um plantão.
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Very well, o DGP parece pretender aliviar a sua pressão através de Portaria.
Não irá! Esquece que estamos no Brasil e trabalhando na Administração Pública.
Tudo que é escrito nunca é cumprido. Ou melhor: nunca é cumprido quando se trata de interesses de amigos.
Valendo dizer: os nossos interesses são os interesses dos nossos amigos.
Darei exemplo; apenas para ilustrar: se valesse o escrito o nosso colega Adolpho Tiossi Bernardes Júnior, não teria sido nomeado titular da 6.ª Seccional de Santo Amaro, ou seja, um primeira classe “novato” comissionado na classe especial; quando tantos Delegados mais antigos lá prestavam excelentes serviços.
Mas como era seu bom amigo( amigo do nosso DGP ) e, também, filho de um Delegado importante, todas as regras legais, morais e portarias foram rasgadas. O exemplo não é para alterar-lhe a pressão, muito menos ofender; segue a linha editorial deste jornal(sem diploma) de cumprir o papel de ADVOCACIA GERAL DO DIABO .
No outro extremo: quando um VIP pede um favor para um familiar ou apadrinhado o não atendimento importa na mudança do DGP.
Por outro aspecto, fazer exigência deste ou daquele CERTIFICADO DA ACADEMIA é legislar em causa dos seus professores; dos policiais residentes na Capital e bem estruturados financeiramente.
Parecendo que é a coisa mais simples da terra obter matricula e frequentar os melhores cursos ministrados pela ACADEPOL. Ora, plantonista do DECAP não pode fazer cursos; os plantonistas dos DEINTER nem sequer podem sonhar em frequentá-los ( salvo o inútil curso específico de aperfeiçoamento para promoção por merecimento de 3a. para 2a. classe, inútil pelo fato de a maioria jamais ser promovida por merecimento).
A formula para diminuir a pressão ( a sua e a nossa ) NÃO É A PORTARIA.
É A HIERARQUIA.
Aliás, salvo melhores entendimentos, IMPLODIDA com essa reestruturação…
Uma prova de que para muita gente é melhor “o cargo” que “o contracheque”.
Ora, delegado iniciante continua com vencimentos ordinários; as demais classes, de todas as carreiras, com vencimentos vergonhosos. Contudo aqueles que ganharam promoção e uma cadeira parecem satisfeitos.
O resto: SUBIRAM DA SARJETA PARA O MEIO- FIO!