FÁBIO KONDER COMPARATO:governador José Serra, que utilizou a Polícia Militar como capangas do estado de São Paulo 15

20 DE JUNHO DE 2009 – 19h06

Comparato: A autonomia universitária é uma farsa

 

Um dos intelectuais mais respeitados do país, Fábio Conder Camparato critica a presença da Polícia Milistar no campus da USP e afirma que os serviços públicos no Brasil são entendidos como um ‘ralo por onde somem os recursos’. Para ele, a autonimia universitária é uma farsa e as instituições de ensino no país não agem de maneira republicana.

 

O jurista sofreu uma decepção na última quinta-feira (18). Ao chegar para a avaliação de uma tese de Mestrado, o professor deparou-se com as portas da Faculdade de Direito do Largo São Francisco cerradas.

Por decisão do diretor João Grandino Rodas, o histórico prédio ficou fechado ao longo do dia por temor do que poderia ocorrer durante a passeata de estudantes, funcionários e professores de USP, Unesp e Unicamp.

Depois de subir ao caminhão de som dos manifestantes e afirmar que a reitora da USP, Suely Vilela, não tem mais confiança dos “dirigidos” para permanecer no cargo, o professor conversou com a reportagem da Rede Brasil Atual sobre a situação da Universidade – jornalistas de outros veículos acompanharam a conversa.

Para o jurista, a reitora, que deveria ser representante da comunidade universitária, comporta-se como secretária do governador José Serra, que utilizou a Polícia Militar como capangas do estado de São Paulo ao reprimir manifestação semana passada na Cidade Universitária.

Sobre a administração estadual, Fábio Konder Comparato aponta abuso no uso de publicidade como forma de promover eleitoralmente José Serra e destaca que tal propaganda vai contra a Constituição.

Há dois anos, o jurista foi vítima da aposentadoria compulsória, adotada para professores das universidades estaduais paulistas que atingem os 70 anos. Para ele, trata-se da “expulsória”.

Ainda assim, o professor mantém estreita relação com a academia e desenvolve atividades nas áreas de Direito Comercial e dos Direitos Humanos, nas quais esteve focado ao longo dos últimos anos.

Como o senhor viu o fechamento do prédio da Faculdade de Direito do Largo São Francisco?

Eu acho que nunca aconteceu na Faculdade de Direito. É um ato insólito porque, se os diretores de faculdade e a reitora se queixam da greve, eles deveriam também se manifestar contra o lockout. Isso é exatamente o oposto da greve, é o lockout, que é quando uma empresa fecha as portas e não deixa entrar os operários. É o que aconteceu aqui e eu fiquei muito envergonhado como professor. Eu fiquei literalmente surpreso com essa decisão, que não tem a meu ver nenhum apoio nos princípios republicanos que devem reger a Universidade.

Como o senhor acompanhou os fatos da semana passada?

O que é grave é que a Polícia Militar, que é composta por oficiais e soldados dignos, dedicados, começa a ser utilizada como um grupo de capangas do governador do estado e da reitora da Universidade. Isso é humilhante não só para a Universidade, mas também para os oficiais e soldados. Eles têm que exercer o papel mantendo a segurança e a ordem pública.

São Paulo é uma cidade absolutamente desordeira e submetida ao banditismo mais desbragado. Não sei se as pessoas se dão conta, mas de um ano para cá o número de furtos de veículos crescem em 300%. Oras, é evidente que, para reprimir isso, é preciso saber utilizar a Polícia Militar, e não simplesmente concentra-la no campus da USP para atacar estudantes, professores e funcionários. É uma inversão de objetivos.
O serviço da polícia não pode ser utilizado desta forma. Isso é um abuso de poder por parte do governo do estado.

O senhor entende que os fatos feriram o conceito da Universidade como instituição autônoma?

Sem dúvida. Aliás, a autonomia da Universidade é uma farsa, a começar pelo aspecto financeiro. O artigo 207 da Constituição declara as universidades autônomas sob o aspecto didático-científico, financeiro e administrativo, e o que se verifica é que sob o aspecto financeiro a Universidade é tratada como se fosse uma simples fonte de gastos. Ou seja, para nós, tradicionalmente no Brasil, o serviço público é uma espécie de ralo por onde somem os recursos públicos. A função do serviço público é servir o povo, não é servir a economia e dar dinheiro.

Para nós, tradicionalmente no Brasil, o serviço público é uma espécie de ralo por onde somem os recursos públicos. A função do serviço público é servir o povo, não é servir a economia e dar dinheiro

A economia nós faremos restringindo a propaganda governamental. O governador do estado faz propaganda da sua gestão, indo contra a Constituição, e ele resolve fazer economia em serviços públicos. Isso é um escárnio. É preciso que se diga claramente que o Ministério Público Estadual é culpado por não atacar essa propaganda governamental que é feita com dinheiro do povo simplesmente para beneficiar o governador de plantão.

O artigo 37 parágrafo 1º da Constituição proíbe a publicidade oficial em tom de propaganda ou para projetar a figura oficial de políticos, e é o que se faz de alto a baixo em todos os estados da federação.

O senhor falou que a reitora perdeu a confiança da comunidade. Uma vez posto isso, qual o caminho a ser seguido?

Infelizmente, o Estatuto da USP não abre um caminho. É por isso que tem que ser mudado. A reitora da Universidade não é eleita pelo Conselho, ela é nomeada pelo governador. Claro, a partir de uma lista tríplice, mas essa lista é formulada por uma maioria esmagadora de professores. Os estudantes e funcionários são subrepresentados no Conselho Universitário.

E, além disso, no momento em que ela perdeu a confiança de todos, ela não pode ser destituída. Nem o governador pode a rigor destituí-la, porque ela é nomeada por tempo certo.

Isso não é democracia. Até agora, funcionou porque a exigência democrática na sociedade brasileira era muito fraca. Mas a nova geração não se conforma com isso. A minha geração ainda achava que a elite é que deveria governar e que o povo é ignorante e incompetente. Hoje, graças a Deus, essas noções vão desaparecendo.

O povo sabe que não é idiota e sabe que é explorado, que não tem condições de manifestar sua soberania. Qual o fundamento da democracia? Todo poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes ou diretamente. Os reitores de universidades não são representantes do povo universitário, e isso é de uma verdade mais do que evidente.

Então, nós temos que continuar pregando a República e a democracia na Universidade mesmo quando não há chance para que nossa pregação seja ouvida. Aos poucos, nossas reivindicações vão penetrando nas consciências, e quando a maioria se convencer que nós vivemos um regime político imoral, explorador e desordeiro, esse regime estará com os dias contados. Infelizmente, não será para o meu tempo.

Os fatos da semana passada podem marcar um momento de inflexão dentro da luta por democracia na Universidade?

Eu espero que sim, mas é preciso não perder de vista o seguinte: toda vez que a imoralidade e a violência irracional crescem na sociedade, a direita se torna mais forte. A direita espera sempre que haja alguém forte e decidido para tomar conta do Estado. E é o que está acontecendo. Há um grupo forte de estudantes que não acredita mais em democracia e nunca acreditou em República e está esperando algo como um fascismo tupiniquim.

Eu não tenho raiva deles, pelo contrário, considero como meus filhos e, de certa maneira, eu sei que eles estão errados. Nós erramos ao deixar de lutar eficazmente pela democratização da Universidade, nós erramos ao sermos condescendentes com a corrupção, e agora estamos pagando o preço disso.

Por outro lado, a verdadeira esquerda não é anárquica ou destruidora. A verdadeira esquerda é aquela que se liga indissoluvelmente aos pobres, aos humilhados e aos oprimidos.

E é por isso que quando surge uma figura como o Lula, que está longe de ser perfeito, mas que tem sensibilidade pelo pobre e que fala a linguagem do pobre, ele é não só acolhido como ele é venerado. E isso irrita profundamente a direita e a esquerda.

Neste momento de greve, sempre há quem queira desmerecer as decisões tomadas em assembleias.

Olha, as eleições no Brasil e em vários outros países não são uma manifestação de soberania. O povo não consegue impor a sua vontade unicamente elegendo representantes. Para que possa impor sua vontade, seria preciso, em primeiro lugar, que além de eleger, tivesse o poder de destituir.

Isso se chama recall. Isso existe em 15 estados dos Estados Unidos. No momento em que o povo soubesse que ele pode eleger, mas que pode também destituir, a política mudaria de figura.

Em segundo lugar, o povo precisa ter o direito de se manifestar sobre temas econômicos, políticos e sociais diretamente. É preciso abrir o referendo e o plebiscito. O Congresso Nacional impede isso porque é contra o clube deles, tanto de esquerda quanto de direita.

Analisando em termos gerais, vê-se uma reação da sociedade opondo-se fortemente às ações estudantis, tidas como radicais. Qual o papel que a Universidade vem desempenhando na sociedade para que se acabe alastrando esse tipo de opinião?

O grande problema é que a Universidade, todas as universidades públicas de modo geral, talvez com honrosas exceções, agem com objetivos não-republicanos. Ou seja, como se fosse um assunto privado. Professores se ocupam com a sua carreira, funcionários com a sua carreira, estudantes com o seu diploma.

Esta faculdade está no centro de uma metrópole cujo peso de pobreza e de miséria é imenso. A cem metros daqui, nós podemos entrar em um cortiço onde as pessoas alugam cama por algumas horas. E sobretudo no frio, agora no inverno, fazem questão de alugar uma cama de alguém que acabou de sair porque ela está quentinha.

A Faculdade de Direito, que está aqui no centro da miséria, cujas portas se abrem toda manhã com dezenas de pedintes, de miseráveis que dormiram ao relento, a faculdade não se preocupa com isso.

Não há nenhum professor que dê como trabalho prático aos seus alunos cuidar de contratos de locação dos cortiços aqui do centro. Quer cuidar disso? Vai ver como se aluga cama durante oito horas e, portanto, dá três aluguéis por dia.

Quando se trata de discutirmos problema de direito do trabalho, por que não enviar os alunos até quem precisa?

A Universidade pública existe para quê? Qual o objetivo dela? Ela é financiada sobretudo pelos pobres, que não têm o menor retorno da Universidade. É claro que eles têm raiva. Agora, no dia em que as universidades se voltarem para os direitos dos pobres, aí eu quero ver as classes abastadas dizerem que a Universidade só faz desordem e que ela depreda, que ela atinge a Polícia Militar.

O problema brasileiro, fundamental, já foi dito na primeira metade do século XVII pelo primeiro historiador do Brasil, Frei Vicente do Salvador: nenhum homem nesta terra é republico nem zela e trata do bem comum, se não cada um do bem particular.

Com informações da Rede Brasil Atual

MENSAGEM DO DELEGADO JOÃO PAULO CERQUEIRA DE CARVALHO À FAMÍLIA POLICIAL…”E À FAMÍLIA DESSES AGENTES QUE AINDA NÃO FORAM LIBERTOS, PEÇO PARA QUE TENHAM FORÇA NESTE MOMENTO DIFÍCIL, FORÇA E FÉ, QUE A JUSTIÇA SERÁ FEITA” 1

A QUEM POSSA INTERESSAR (E SÃO MUITOS)
Diante de tanta coisa que se disse a respeito da minha prisão e da dos agentes de polícia, ocorrida no início do mês, tantas outras precisariam ser ditas. Tantas outras precisariam ser postas sobre a mesa sobre o “ser policial”.
Já se disse que o Estado é um mal necessário (acho que foi Kant ou uma outra estrelinha, dentre outras, que disse isso). E estes estão certos! Que dirá a Polícia, que é o instrumento violento do estado para tentar manter um mínimo de valores sociais para o convívio das pessoas (!) e os policiais é que mais sabem disso, por isso escrevo aqui para policiais… e não para os leigos.
Minha experiência no Presídio da Polícia Civil fez-me refletir seriamente sobre   “o ser policial”. Conversei com os policiais que ali cumpriam pena ou alguma medida cautelar. Conheci policiais que me disseram: Doutor (eles ainda me chamavam de doutor!), estou preso preventivamente há 02, 03 anos, com um único fundamento: sou policial! De fato é corriqueiro decisões que fundamentam a prisão pelo exclusivo fato de ser policial. Isso me abalou muito, pois sou policial, e de fato os elementos para o meu flagrante e o meu indiciamento (na minha humilde opinião e na do promotor e do juiz) não existiam. Mesmo assim, fiquei 18 dias preso, na companhia de colegas que erraram, outros não.
Mas o que mais me angustiou é que grande parte dos delitos praticados pelos que estavam presos lá comigo, eram estritamente ligados à função policial. Um exemplo é tentar incutir na cabeça de um magistrado que um tapa no rosto do suposto ladrão não pode ser considerado tortura, mas vias de fato. Um policial que lá estava comigo – que não revelarei o nome, mas é um investigador extremamente sagaz, culto, e vocacionado – me deu uma verdadeira aula do problema que envolve ser policial, que a ACADEPOL, com todo o respeito, não teve condições de ministrar AINDA, MAS COM CERTEZA TERÁ. Não entrarei em detalhes porque escrevo para policiais e, com certeza, sabem do que estou tratando neste momento. Mas é preciso dizer isso para a sociedade, sem melindres, revanchismos, raiva ou vingança: A POLÍCIA PRECISA DE INVESTIMENTO DO ESTADO!  Porque a sociedade é a cliente que paga para ter segurança, mas esta mesma sociedade não sabe o que é segurança! Muitos ainda discutem uma coisa básica na polícia que é o fato de os policiais terem uma formação continuada e com nível superior! Os EUA estão a anos-luz de distância de nós!
Para encurtar falarei sobre os agentes do plantão que comigo foram presos. Trabalhei com eles pouco tempo. De modo geral sempre foram respeitosos para com a minha pessoa e se tenho reclamação a fazer deles é a que todos sabem: a falta de incentivo para o policial ser realmente policial, como aquele investigador que conheci no presídio e do qual falei há pouco. Não tenho qualquer receio sobre a vinda a público do inquérito que originou a prisão dos policiais no fatídico dia. É claríssimo que fiquei com raiva do que aconteceu, além de ser comigo, pelo fato de não terem se atentado para os requisitos de uma prisão em flagrante! MAS AS INSTITUIÇÕES ESTÃO AÍ PARA SEREM APERFEIÇOADAS E PRECISAM SER APERFEIÇOADAS E A CORREGEDORIA É UM DEPARTAMENTO ESSENCIAL PARA A POLÍCIA. Quanto aos agentes, desejo justiça e paz a eles e A SUAS FAMÍLIAS e que tudo seja esclarecido.  Independentemente se fizeram ou não algo criminoso, todos tem família e A FAMÍLIA DELES MERECEM RESPEITO ASSIM COMO A MINHA. E ESPERO QUE, APÓS O DESESPERO DA PRISÃO TODOS NÓS SAIBAMOS RESPEITA-LOS COMO SERES HUMANOS E MAIS AINDA SUAS FAMÍLIAS, QUE MERECEM O APOIO DE TODOS OS POLICIAIS. 
Até agora não sei ao certo o que aconteceu. O plantão do 1º DP da Sé não dura 12 horas: dura 12 minutos. As ocorrências são exponenciais. Quem conhece as dependências do 1º DP sabe que não existe efetivamente um gabinete para o DELPOL, é apenas mais uma sala dentre as outras. Minha experiência como delegado – tenho 01 ano e cinco meses de DECAP e nunca tinha sido policial – me fez não dar a devida atenção à ocorrência trazida pelos agentes, SIMPLESMENTE PORQUE NÃO DEU TEMPO. 
E À FAMÍLIA DESSES AGENTES QUE AINDA NÃO FORAM LIBERTOS, PEÇO PARA QUE TENHAM FORÇA NESTE MOMENTO DIFÍCIL, FORÇA E FÉ, QUE A JUSTIÇA SERÁ FEITA.
 
JOÃO PAULO C. DE CARVALHO

EURECA! EURECA! PROFESSOR PARDAL DIZ PARA LAMPADINHA…INVENTEI O CPPE 4

IV – reestruturação orgânica e funcional;

V – outros objetivos de fixação superveniente, desde que

estritamente conexos às atribuições legais da Polícia Civil.

Artigo 3º – Incumbirá à Delegacia Geral de Polícia Adjunta,

DGPAd, prover a Coordenação de Planejamento e de Projetos

Estratégicos, CPPE, dos recursos materiais e humanos necessários

ao eficiente desempenho de suas atribuições, se necessário

com o recurso a serviço de consultoria especializada.

Parágrafo único – Fica autorizada a convocação de servidor

para, sem prejuízo das normais atribuições do cargo ou da originária

fixação de sede de exercício, prestar, temporariamente,

suporte especializado às atividades da Coordenação de

Planejamento e de Projetos Estratégicos, CPPE.

___________________________________________________

Com a criação do CPPE,  TEMPORARIAMENTE, convocaremos pessoal de quaisquer localidades do Estado para dar SUPORTE  ESPECIALIZADO às ativades da coordenadoria. Especialmente nos termos do item IV, TEMPORARIAMENTE, garantir a a reestruturação orgânica e funcional da Polícia Civil.

Assim, PELOS IMPERATIVOS DA ESTRATÉGIA, o funcionário poderá ser movimentado de um local para outro para garantir os fins constitucionais da Polícia Civil.

Exemplificando: Delegado promovido para 2a. classe   –   por não ser permitido chefiar serviço ou Unidade de categoria inferior – TEMPORARIAMENTE  prestará  seus serviços especializados em quaisquer locais em que verificarem-se claros de lotação.

Não é remoção, é  mera convocação TEMPORÁRIA …

DE EFEITOS PROLONGADOS.

__________________________

Brincadeiras de lado, a DGP fez algo parecido quando de reestruturação idêntica à recentemente instituída. No ano de 1988, centenas de Delegados ao chegarem – automaticamente – na 3a. classe, ficaram impedidos de continuar como titulares de Unidades de 4a. classe. O Delegado Geral,  de então,  BRILHANTEMENTE,  os classificava numa determinada divisão da DGP  –  não recordo com precisão, mas acredito na DCS ( divisão de comunicação social )  – remanejando-0s em seguida  para plantões do DEGRAN ( depois dividido em DECAP e DEMACRO).  Diga-se, em menos de dois anos  –  quem não infartou pelo caminho –  todos retornaram para as regiões de origem. 

Molezinha tipo: de Presidente Bernardes  ir prestar serviços –  TEMPORÁRIOS –  em Diadema.  

Pela recente reenstruturação não há Delegacias para tantos 1a. e 2a. classes…

E cProfPardalomo a Administração é dada a criações brilhantes: TUDO É POSSÍVEL.

A portaria era algo assim: ” designando em caráter exepcional”, etc. 

O aconselhamento: “melhor não brigar com o Amândio, pois você não cumpriu o seu dever de fixar residência no município de exercício…não pode reclamar nenhum direito…se não for leva falta e será demitido por abandono de função”…rs