Blogosfera policial brasileira cresce e atrai interesse da Unesco 1

18/0613:32Mauricio Stycer, repórter especial do iG

  • Trata-se de um fenômeno ainda recente e pouco visível, mas a caminho de tomar grandes proporções – como toda boa ideia nascida na internet. O seu apelido é “blogpol”, mas pode chamá-lo de “blogosfera policial”.
Já há hoje 74 blogs mantidos por policiais – militares ou civis – dedicados a discutir temas como criminalidade, violência e segurança pública, mas também, com frequência, mergulhar no próprio mundo para falar de política salarial, autoritarismo e corrupção policial.

Este número exato (74) é o primeiro resultado de uma pesquisa inédita, recém-concluída, mas ainda não divulgada, sobre “o fenômeno da multiplicação dos blogs”, nas palavras da socióloga Silvia Ramos, coordenadora do CESeC (Centro de Estudos de Segurança e Cidadania), ligado à Universidade Cândido Mendes, no Rio.

Sinal do interesse que o assunto desperta, a pesquisa, coordenada por Silvia e pela jornalista Anabela Paiva, conta com o apoio da Unesco, o órgão das Nações Unidas dedicado à educação, ciência e cultura.

“Acreditamos que a blogosfera policial traz possibilidades transformadoras para a área, por oferecer canais inéditos de diálogo entre forças de segurança e destas forças com outros segmentos da sociedade”, diz Anabela. A pesquisa constatou três tipos de blogs: os que se dedicam à crítica das corporações e políticas de segurança, os que fazem prestação de serviços (informações sobre concursos, por exemplo) e os que usam a ferramenta para expressar opiniões variadas, em busca de diálogo com outros blogs.

Em resumo, observa Anabela, estamos testemunhando a construção de um novo espaço de identidade política e intelectual para os policiais, “algo notável em forças em que a expressão de opiniões costuma ser controlada por rígidos regimentos internos”.

As referências da “blogpol”

A Constituição assegura a liberdade de expressão, mas policiais – tanto civis quanto militares – estão submetidos a diferentes estatutos, regulamentos e regimentos disciplinares, que têm sido utilizados para punir blogueiros. “O blogueiro policial, por isso, escreve genericamente quando quer se referir ao particular”, diz Danilo Ferreira, titular do blog Abordagem Policial, um dos mais respeitados da “blogpol”.

Um dos posts mais recentes de Ferreira trata do “Chefe AVC”. O texto fala, sem especificar, de comandantes “infectados” por “autoritarismo, vaidade e centralismo”. Em fase de conclusão do Curso de Oficiais da PM da Bahia, Ferreira ilustra o seu post com fotos de Fidel Castro, Saddam Hussein e Hitler – não há nenhuma referência a figuras do cotidiano dos policiais.

“É preciso bom senso”, diz Alexandre de Sousa, tenente da PM do Rio, autor de um dos blogs pioneiros na área, o Diário de um Policial Militar. O regimento disciplinar da PM carioca proíbe aos policiais emitirem opinião política ou falarem do próprio trabalho. “Ao pé da letra, já estou cometendo infração disciplinar”, diz Sousa.

Egresso da Escola de Oficiais, Sousa começou seu blog em 2006. Tornou-se uma referência na esteira da repercussão do filme “Tropa de Elite” – quando os jornalistas saíram em busca de informações sobre oficias da PM, deram de cara com o blog de Sousa, que já discutia o assunto há muito tempo.

Campeão de audiência, com cerca de 4 mil visitantes diários, Diário de um Policial Militar é uma referência da blogosfera. “É muita pretensão minha achar que posso ajudar na formação de opinião. O alcance em termos de influência ainda é muito pequeno”, diz. “Mas já é um começo”.

Outra referência na área é o policial militar Robson Niedson, da PM de Goiás, responsável por algumas iniciativas inéditas. A sua primeira criação é o Stive, um condomínio de blogs, cujo nome deriva de uma gíria interna (Stive, homenagem ao ator Steven Seagal, é sinônimo de colega entre PMS).

Além do seu próprio blog, Stive hospeda outros, de PMs que temem se identificar, por medo de punições – como o “Soldado PI”, da PM do Piauí, e o “Pracinha”, “diário censurado de um policial militar”.

Niedson também é um dos responsáveis pela aproximação do comandante-geral da PM de Goiás, coronel Carlos Antonio Elias, com o universo da blogosfera. Caso único na América Latina – e um dos quatro no mundo – a PM de Goiás hoje mantém um blog institucional e o seu comandante também administra um blog e uma conta no Twitter.

As discussões sobre a blogosfera policial levaram Niedson a tomar outra iniciativa pioneira – a criação de um aglutinador de blogs escritos por policiais ou sobre temas ligados à segurança pública. O Blogosfera Policial agrega hoje cerca de 80 blogs, publicando em sua homepage as atualizações mais recentes.

Empolgado, Niedson também faz podcasts (espécie de programa de rádio) semanais, com a ajuda de outros blogueiros da rede. E nesta sexta-feira, dia 19, vai transmitir os seus conhecimentos numa Oficina de Criação de Blogs, na Academia da PM de Goiás. A turma inicial conta com 18 inscritos – entre eles, três bombeiros e três policiais civis.

A repressão

Nem tudo são flores na blogosfera policial. Além de vários blogueiros escreverem protegidos pelo anonimato, há inúmeros casos de policiais punidos por manifestarem opiniões e fazerem críticas às instituições em que trabalham.

O major Wanderby Medeiros, da PM do Rio de Janeiro, é o exemplo sempre citado quando se fala das limitações ao uso de blogs por policiais. Punido mais de uma vez por seus comentários no blog, o major foi excluído do quadro de acessos da PM. O major Roberto Vianna, da mesma corporação, também foi punido por manifestar-se solidário, em comentário no blog do colega, contra a punição.

A repercussão do caso, inclusive na imprensa estrangeira, não alterou, até o momento, a política da PM do Rio.

Outro blogueiro cultuado na área é o ex-policial civil Roger Franchini, que mantém há anos o blog CultCoolFreak. Franchini tornou-se alvo de investigação policial depois de publicar carta irônica na “Folha de S.Paulo” sobre o roubo do relógio Rolex do apresentador Luciano Huck, em São Paulo. 

GILMAR MENDES CONFIRMA A NOSSA TESE: QUALQUER JORNALISTA TAMBÉM PODERIA SER MINISTRO DO STF 3

Amigo navegante enviou por e-mail esse trecho da entrevista de Gilmar Dantas (*) à revista (?) IstoÉ (**), que , de resto, não merece ser lida:

ISTOÉ – Muita gente diz que o STF, em cento e tantos anos, nunca condenou um parlamentar.

Gilmar – Não é verdade … esse discurso é falso. Estamos cheios de lenda urbana, porque estamos no meio de uma luta política em que, mesmo pessoas sem formação jurídica, às vezes de formação jurídica não suficiente, transformaram-se em lutadores.

ISTOÉ – Como assim?
Gilmar – São gladiadores da opinião pública. Repito: essa tese de a Justiça “ouvir as ruas” (defendida por seu desafeto, ministro Joaquim Barbosa) serve para encobrir déficits intelectuais. Eu posso assim justificar-me facilmente, não preciso saber a doutrina jurídica. Posso consultar o taxista.

http://www.paulohenriqueamorim.com.br/?p=12523

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Melhor consultar um Jornalista, de regra, bem mais e melhor informado do que o taxista.

Por outro aspecto  –   como diria um General durante a Ditabranda – para ser Juiz basta bom  senso.

OFICIAIS DA PM SÃO OS DONOS DA NOITE EM CAMPO GRANDE 2

Coronéis bombeiros são donos de casas noturnas em CG

Dois oficiais superiores do Corpo de Bombeiros Militar são investigados por Corregedoria. Na PM, oficial tinha site pornográfico.

Crédito: Divulgação

Casas noturnas de Campo Grande estão na mira do Ministério Público. Bares e boates são de coronéis do Corpo de Bombeiros Militar e funcionam de forma ilegal. Crimes que os repórteres da TV Morena mostraram com exclusividade no Bom Dia MS.

Os estabelecimentos que engordam a renda dos oficiais superiores da PM funcionam sem autorização ambiental. Os coronéis ignoram as leis, quando deveriam zelar pelo seu cumprimento.

Segundo investigação da Corregedoria dos Bombeiros, os oficiais seriam donos de duas das maiores casas noturnas de Campo Grande. Segundo o Ministério Público, militares são proibidos de exercer atividade comercial enquanto estão na ativa. Nesse caso, apenas um dos oficiais é considerado da ativa, já que foi cedido para a Assembleia Legislativa para servir o gabinete do deputado Marquinhos Trad (PMDB). O deputado fez a solicitação ao governador André Puccinelli.

As investigações apontam que o tenente-coronel Leonardo Varanda Coimbra é dono da boate “Tango”. localizada na rua da Paz entre as ruas Bahia e Rio Grande do Sul, a 100m do Fórum de Campo Grande. Processos trabalhistas apontam Leonardo, como o responsável legal do estabelecimento

O outro bombeiro militar investigado é o coronel Carlos José Roledo. Documentos da Junta Comercial revelam que ele e o filho José Carlos Roledo Júnior, também militar e sargento da PM, são os donos do “Miça Bar”, que fica na avenida Afonso Pena, o metro quadrado mais caro em Campo Grande.

A investigação das casas noturnas, no entanto, não começou na Corregedoria. As primeiras denúncias foram feitas na Delegacia de Meio Ambiente e de Proteção ao Turista. Vizinhos procuraram a polícia para reclamar do barulho que os estabelecimentos provocam.

Ao investigar, a Polícia Civil descobriu que os estabelecimentos não possuem licença ambiental. O documento é exigido para funcionamento de bares e boates. Além de outros pontos, a licença prevê isolamento acústico, para evitar que o barulho incomode os vizinhos.

“A comunidade em geral, a sociedade sofre, porque o licenciamento ambiental existe para que seja cumprida as regras ambientais. A pessoas para conseguir o licenciamento primeiro tem que se adequar. A partir do momento que ele não tem o licenciamento ninguém garante que ele esteja adequado”, diz o delegado Fernando Villa.

Para afastar a polícia, o dono da boate, o tenente coronel Leonardo Varanda Coimbra, chegou a apresentar o protocolo de um projeto de alvará que teria sido encaminhado ao Corpo de Bombeiros. No documento, consta a assinatura dos coronéis responsáveis pela emissão da licença. Mas em ofício ao delegado, os oficiais afirmaram que não assinaram nenhum projeto. A assinatura não combinou. “Diante desta notícia nós revertemos os termo circunstanciado de ocorrência em um inquérito policial para apurar se o documento é falso”, disse o delegado.

Site pornográfico

Não é raro a participação de oficiais da Polícia Militar envolvidos em crimes. Há três anos o também coronel e corregedor da instituição na época, Gustavo David Gonçalves, foi flagrado mantendo um site pornográfico onde oferecia garotas de programa. O coronel foi condenado na esfera militar e hoje responde a processo por favorecimento à prostituição. Atualmente, Gustavo David está trabalhando na área burocrática do quartel da PM em Campo Grande. O site não funciona mais.

A reportagem tentou contato por telefone com o coronel Carlos José Roledo, mas ele não quis falar. Disse apenas que só vai se manifestar depois que for oficialmente comunicado do caso. Já o tenente-coronel Leonardo Coimbra não foi encontrado no estabelecimento comercial onde responde como dono e nem na casa dele.

Um outro oficial, major Sérgio Carvalho, mantinha em Campo Grande um rede de cassinos, depois de responder a processo por tráfico. Hoje ele cumpre pena na Penitenciária Federal de Segurança Máxima de Campo Grande.

HORTOLÂNDIA GANHOU TRÊS NOVOS DELEGADOS 17

a pedido, no DEINTER 9 – PIRACICABA e designa a Delegacia
de Polícia do Município de Hortolândia, para sede de exercício
da Dra. TELMA DE SOUZA BARBOSA – RG 32.090.900, Delegado
de Polícia de 4ª classe, padrão I, lotado na Delegacia Geral de
Polícia, anteriormente classificada no DEINTER 2 – CAMPINAS –
Sede.(DGP-4255-P)
a pedido, no DEINTER 9 – PIRACICABA e designa a
Delegacia de Polícia do Município de Hortolândia, para sede de
exercício do Dr. JESUS ROBERTO DE CARVALHO JUNIOR – RG
19.417.281, Delegado de Polícia de 3ª classe, padrão II, lotado
na Delegacia Geral de Polícia, anteriormente classificado no
DECAP.(DGP-4258-P)
a pedido, no DEINTER 9 – PIRACICABA e designa a Delegacia
de Polícia do Município de Hortolândia, para sede de exercício
do Dr. RODRIGO MARCEL PORTO – RG 20.300.609, Delegado
de Polícia de 3ª classe, padrão II, lotado na Delegacia Geral de
Polícia, anteriormente classificado no DECAP.(DGP-4261-P)

REVOGADA INJUSTA REMOÇÃO DE DELEGADO 1

Tornando sem efeito a Portaria DGP – 4.203/2009,
publicada a 10 de junho de 2009, que designou o Dr. FABIO
DE OLIVEIRA MARTINS PIERRY – RG 15.285.080, Delegado de
Polícia de 3ª classe, padrão II, lotado na Delegacia Geral de
Polícia, classificado no DEINTER 6 – SANTOS, para ter sede de
exercício na Delegacia de Polícia do Município de Sete Barras,
mantendo sua sede de exercício na Delegacia Seccional de
Polícia de Santos.(DGP-4268-P)
De 17-6-2009

MAIS UMA SABOTAGEM CONTRA O GOVERNO JOSÉ SERRA…(sabotagem da “TURMA DA BOQUINHA”) 3

dança da garrafaSão Paulo recolhe nas escolas 50.628 mapas-múndi com erros

Mapa foi distribuído para crianças e adolescentes de 11 a 17 anos; erro foi identificado pela Cenp

AE – Agência Estado

SÃO PAULO – A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo mandou recolher ontem 50.628 mapas-múndi por erros gráficos que alteram a divisão regional do Brasil. O material, que fora distribuído em fevereiro às escolas estaduais, não continha a demarcação entre os Estados do Pará e Amapá, que aparece identificado no mapa com a sigla AM, quando o correto é AP – a sigla AM é do Amazonas. A rede estadual de ensino tem cerca de 5.300 colégios e 5 milhões de alunos.

De acordo com a nota oficial da pasta, há erro também na representação das bacias hidrográficas brasileiras. O Rio Grande, que delimita as divisas dos Estados de São Paulo e Minas Gerais, aparece deslocado para dentro do território mineiro. “As linhas divisórias entre os Estados encontram-se ligeiramente deslocadas em relação à base hidrográfica”, explica a nota. O erro foi identificado pela Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas (Cenp), responsável na secretaria pela seleção dos livros didáticos, paradidáticos e material pedagógico distribuídos aos alunos do ensino médio e da 5ª à 8ª série do ensino fundamental.

O mapa foi distribuído para crianças e adolescentes de 11 a 17 anos. De acordo com o comunicado programado para ser publicado na edição de hoje do “Diário Oficial do Estado”, a Cenp diz que os erros no mapa-múndi foram constatados “no esforço de revisão permanente dos materiais distribuídos às escolas estaduais”. A secretaria não divulgou a editora que publicou o mapa com erros nem o quanto foi gasto com a compra.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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A “turma da boquinha” , ou seja, ocupantes de cargos de confiança indicados por correligionários e aliados.
O meu governador JOSÉ SERRA deve tomar muito cuidado  com os amigos e  camarilhos.