ESTADAO ONLINE
Sexta-feira, 1 maio de 2009
Casos de latrocínio e roubo de carro explodem na capital
Camilla Haddad e Josmar Jozino
Os casos de latrocínio (roubo seguido de morte) – crimes contra a vida – aumentaram 80% na Capital no primeiro trimestre de 2009 em comparação com igual período de 2008. Foram 27 ocorrências contra 15. Os crimes contra o patrimônio também bateram recorde em São Paulo, conforme antecipou ontem o JT: roubos, 12,64%; furtos de veículos, 9,28%, e o roubo de veículos, 25,78%. De 14 indicadores de criminalidade divulgados ontem pela Secretaria da Segurança Pública (SAP), dez tiveram aumento.
Já os roubos a bancos, que incluem os ataques a caixas eletrônicos, caíram 13,64% no Estado e 12,5% na capital. Os homicídios dolosos, quando há intenção de matar, tiveram um ligeiro aumento de 0,70% no Estado e uma redução de 6,44% na capital. Os estupros aumentaram 33,25% no Estado e 36,86% na capital.
Os números foram apresentados pelo sociólogo Túlio Kahn, chefe da Coordenadoria de Análise e Planejamento (CAP). “Estamos numa fase difícil após a bonança do passado, mas vamos nos empenhar para minimizar os índices”, disse Kahn.
A maior preocupação da SSP é com o aumento recorde de roubos no Estado. Foram 65.635 casos registrados no período. A maior marca havia sido computada no segundo trimestre de 2003, com 64.282 ocorrências. O crescimento mais significativo foi em Presidente Prudente (76,9%), Bauru (59,7%) e Piracicaba (38,5%). A capital totalizou o menor índice de aumento (12,64%).
Das 63 delegacias seccionais do Estado, 90% registraram aumento no índice de roubos. Para Kahn, vários fatores podem explicar o aumento, entre eles a crise econômica. De acordo com ele, cada ponto porcentual a mais na taxa de desemprego equivale a 5 mil roubos a mais.
Outra preocupação da Delegacia Geral de Polícia é com o número de armas em poder de criminosos. Uma prova disso é que a quantidade de armamento apreendido voltou a crescer. O aumento foi de 4,5% em relação ao primeiro trimestre de 2008 e de 9,5% em comparação ao trimestre anterior. De janeiro a março deste ano foram apreendidas 5.568 armas, contra 5.326 em igual período do ano passado e 5.037 no último trimestre de 2008.
Para Kahn, em relação a roubos a banco, o quadro é mais otimista, pois houve uma diminuição representativa no Estado. Foram 57 casos a menos do que no primeiro trimestre do ano passado. “É o menor índice dos últimos cinco anos. Desde o início de 2004, o número de roubos a banco não era tão baixo. Comparado ao último trimestre de 2008, que teve 80 casos dessa modalidade, a queda é ainda maior, de 28,75%”, explicou Túlio Kahn.
O número de prisões realizadas pelas polícias Civil e Militar cresceu 9% no primeiro trimestre de 2009 em comparação com o mesmo período de 2008. Foram presas 30.872 pessoas contra 28.232 de janeiro a março de 2008. É o maior número de prisões por trimestre dos últimos oito anos. Segundo a Polícia Civil, os criminosos migraram nos últimos meses do tráfico de drogas para os crimes contra o patrimônio, entre eles os roubos.
_____________________________________
Levando-se em consideração a abalizada lição do “porta-voz” do governador José Serra – conforme designação que lhe emprestou semelhante matéria da Folha de São Paulo – ou seja, que“cada ponto porcentual a mais na taxa de desemprego equivale a 5 mil roubos a mais”, QUANTOS PONTOS PERCENTUAIS DE DESEMPREGADOS – CONSEQUENTEMENTE CRIMES VIOLENTOS – AINDA DEVEMOS CONTABILIZAR AO PLANO REAL E PRIVATIZAÇÕES DE FHC, COVAS, GERALDO e SERRA ?
No Departamento “MAD” – salvo o ITAGIBA – tudo LOBÃO.