25/08/2007 00:00:00
O servilismo do delegado
O problema básico: o delegado entrou pela porta errada, continua abrindo e fechando portas indevidas e não deixa de estender o tapete vermelho para a politicalha.
Primeiro vou novamente fazer três esclarecimentos ao delegado Roberto Fernandes:
1 – O jornal Diário que dirijo sempre está aberto a publicar qualquer que seja a versão equilibrada e ética como direito de resposta.
2 – O delegado não se dignou a remeter qualquer documento ou carta à Redação ou mesmo a dispor de precioso tempo para conceder entrevista em seu gabinete o que já descaracteriza postura ética.
3 – Como o delegado divulgou carta em meio indevido, o Diário pública abaixo sua manifestação, para que agora sim a sociedade fique sabendo da sua posição e faça seu juízo de valores.
Agora vou de novo mostrar a posição desse jornalista, desse jornal, das rádios Diário FM e Dirceu AM e de toda linha editorial livre, imparcial, mas corajosa e a serviço da sociedade.
Não dá mais para emprestar desconto ao delegado. Ele sentou-se aqui na cadeira de Seccional num quadro de lamentáveis interferências políticas na polícia, depois de perseguições descabidas contra os antecessores dignos, destemidos e íntegros – Roberto Terraz e José Henrique.
O discurso de Roberto Fernandes soa como hipócrita, assim como seu comportamento e sua carta.
O Diário desmascarou a postura do delegado quando o flagrou no desconforto e vergonha na Polícia Civil ao anunciar várias mudanças e ter que voltar atrás no último minuto nas tais transferências de agentes de uma delegacia a outra.
O Diário desmascarou a postura de Roberto Fernandes quando na terça-feira ele levantou a bunda da confortável cadeira do gabinete da Seccional na avenida Santo Antonio e foi vergonhosamente estender tapete para Abelardo Camarinha no prédio da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) da rua Carlos Gomes.
Pior, havia um clima tão evidente de coisa sorrateira, que o jornal flagrou delegados tentando despistar o fotógrafo e o próprio sujeito Abelardo Camarinha que vive com aquele sorriso dissimulado na cara, acabou incomodado com o flagrante ao ser fotografado.
Ora, dr. Roberto Fernandes, não é interferência política se comportar com esse servilismo? Reunir delegados numa repartição emblemática, para lamber saco de caudilho ultrapassado?
O que Roberto Fernandes pensa, o que ele quer, o que ele faz, vai continuar sendo problema seu, só seu.
Mas o que o agente público, o delegado, faz e exerce vai continuar sendo fiscalizado, investigado, e ele querendo ou não terá que dar satisfação à sociedade e esse jornalista e os veículos de comunicação têm direito e obrigação de mostrar o que acontece seja nas aparições públicas ou nos bastidores.
Alguns poucos policiais civis corruptos em Marília e outros denunciados em todo canto do Estado contaminaram sim a instituição que através de seus cardeais e chefetes acabam protegidos enquanto fica discriminada a maioria decente.
E isso é o que Roberto Fernandes deveria estar preocupado.
Policial de coragem, de honra, de moralidade e acima de tudo de independência não sai de gabinete para ficar fechado atrás de porta de delegacia com político notabilizado como suspeito de todo tipo de crime e infração.
Policial honrado e independente é aquele escrivão, investigador, delegado que todo dia cumprem seu dever de agente público sob os riscos naturais de uma categoria destemida, mas desvalorizada pelos chefetes de plantão e pelo próprio Estado.
Finalmente, dr. Roberto Fernandes, princípio de moralidade e respeito independe de cargo ou posição, é obrigação de qualquer cidadão.
Aqui não tem repórter que escreve nada distorcido. Aqui tem jornalistas éticos, como o autor da coluna Colírios e Cotonetes, o editor assistente Rogério Martinez, em seu espaço sempre pluralista e independente. Muito mais, com histórico de honra e coragem e nunca de servilismo seja ao delegado, ao político ou a quem quer que seja.
Essa é a diferença, essa é a postura e, portanto, é essa sustentação de credibilidade e transparência no trato da informação que tem apoio da sociedade de Marília. A sociedade empresta ao jornal, seus jornalistas e emissoras de rádio a confiança de líderes de leitura e audiência.
No mais, ao Roberto Fernandes vai sobrar a vergonhosa postura de 40 anos depois terminar carreira de passagem numa Seccional que infelizmente para a desgraça da instituição Polícia Civil continua contaminada por interferência partidária descabida e com incontáveis outros problemas e suspeições.
Quanto à postura desse jornalista, a de sempre. Posição firme e destemida nas linha editorial do jornal e das rádios e cobrança de investigação e fiscalização pelas instâncias cabíveis.
Tanto assim que estou encaminhando ao Ministério Público Estadual pedido de investigação de conduta do delegado, assim como denúncia à corregedoria da Polícia Civil, nesse caso com pouca ou nenhuma possibilidade de êxito e isenção, até porque Roberto Fernandes não age pela própria vontade e função apenas, mas com comprovada orientação e influência dos cardeais da instituição.
JOSÉ URSÍLIO
http://www.diariodemarilia.com.br/Noticias/51373/O-servilismo-do-delegado
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digno,destemido,integro ????? quem ?????????? o Dr. Terraz ??????????
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quem conhece o pingão é que sabe
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