HOMENAGEADO NÃO FOI BEM SUCEDIDO – SEGUNDO “A FOLHA” – COMO DONO DE FÁBRICA…TIBIRIÇA FOI FAZENDEIRO SEM-TERRA, PRESIDENTE DA FIESP É UM “SEM-INDÚSTRIA”…NÓS SOMOS OS SEM-PORRA-NENHUMA 8

Novo presidente da Fiesp é um “sem-indústria”
19/09/2004

JOSIAS DE SOUZASkaf Indústria Têxtil Ltda., eis o nome da empresa de Paulo Antonio Skaf, o presidente eleito da Fiesp. Tem sede em São Paulo e filial em Pindamonhangaba. Figura nos cadastros da Receita Federal como firma “ativa”. No mundo real, foi à breca.Sob a biografia de sucesso no ramo do sindicalismo patronal, Paulo Skaf esconde um infortúnio que deslustra o currículo do homem de negócios. No próximo dia 27, a Fiesp passará às mãos de um “sem-indústria”.A ficha de inscrição da chapa que triunfou na Fiesp informa que, além de dono da Skaf Indústria, Paulo Skaf é vice-presidente do conselho administrativo da Paramount Lansul S.A., empresa do amigo Fuad Mattar.”Eu convidei o Paulo [Skaf] para o conselho há uns seis, oito meses”, conta Fuad Mattar. “Temos pelo menos uma reunião por mês. Se ele usou o nome da Paramount, isso me enche de orgulho.”
A julgar pelo conteúdo dos computadores de Brasília, o abrigo no conselho da Paramount foi providencial para Paulo Skaf.

De acordo com os arquivos do Ministério do Trabalho, deu-se no dia 2 de janeiro de 2001 a demissão de Janete Alves dos Santos. Era a última empregada que a Skaf Indústria Têxtil mantinha registrada no cadastro da Rais (Relação Anual de Informações Sociais). Janete recebia R$ 1.577,21 por mês quando foi para o olho da rua.

Os terminais eletrônicos do INSS anotam o nome de outro “empregado”, único sobrevivente na folha salarial da companhia. Vem a ser o próprio Paulo Skaf. Em dezembro de 2001, data da última atualização dos dados, amealhava R$ 180 mensais.

Mergulhando mais fundo nos anais do INSS, descobre-se que, ao tempo em que mantinha quadro regular de funcionários, a Skaf têxtil acumulou dívidas com a Previdência. Em abril de 1999, quando o débito somava R$ 918,6 mil, o governo, então sob FHC, decidiu bater à porta dos tribunais.

Em agosto de 2000, a Justiça expediu mandado de penhora dos bens da indústria Skaf. Era tarde. Cinco meses antes, a empresa aderira ao Refis, o programa de parcelamento de débitos fiscais. Além da dívida com o INSS, Paulo Skaf reconheceu um passivo com a Receita. Tudo somado, o total parcelado foi a R$ 1,074 milhão.

Sancionada por FHC em abril de 2000, a lei do Refis abriu uma janela de oportunidades. O pagamento dos tributos em atraso foi atrelado a um percentual do faturamento (1,5% no caso da indústria Skaf). Sem prazo para a quitação.
Entre março e dezembro de 2000, a Skaf têxtil recolheu ao fisco R$ 360 mensais. A partir de janeiro de 2001, passou a pagar R$ 12 por mês.

Adocicado pelo Refis, o passivo da firma de Paulo Skaf foi excluído do rol de pendências sujeitas a ajuizamento. Folheando o processo de cobrança movido pelo INSS (2ª Vara de Execuções Fiscais de São Paulo), o repórter descobriu que o governo tentou levar adiante a execução.

A procuradoria do INSS alegou que, apesar do parcelamento das pendências pretéritas, a indústria Skaf deixara de efetuar o pagamento de débitos correntes de 2001. Mencionaram-se contribuições sociais incidentes sobre o 13º salário dos empregados.

Em resposta, os advogados de Paulo Skaf levaram aos autos um documento que corrobora a atmosfera de ruína que corroeu a empresa. A peça de defesa está datada de 24 de setembro de 2002. Anota à página cinco: “Com relação ao 13º salário de 2001, cumpre ressaltar que a empresa não dispõe de funcionários, razão pela qual não houve obrigação de recolher contribuição social”.

Em julho de 2003, já de olho na Fiesp, Paulo Skaf agiu como se desejasse suavizar a imagem de sua indústria. Migrou do Refis para outro programa de parcelamento, baixado sob Lula. Chama-se Paes.

A despeito de ter sido apelidado no Ministério da Fazenda de “Mães”, o Paes tem regras menos concessivas que as do Refis. Um exemplo: fixa o prazo de 180 meses para liquidação dos débitos. A primeira parcela amortizada pela Skaf têxtil foi de R$ 2.000.

Súbito, a dívida tributária da empresa minguou. Nos computadores da Receita, caiu da casa do milhão para R$ 398.189,98 (valor de maio de 2004). “Aproveitamos créditos decorrentes de processos administrativos e judiciais”, informa Helcio Honda, advogado do presidente eleito da Fiesp.

O diabo é que, por ora, o INSS desconhece a compensação de créditos. Nos arquivos eletrônicos do instituto, que não dialogam com os congêneres da Receita, o débito previdenciário da firma somava na última segunda-feira R$ 977,2 mil.

Nas palavras do advogado Honda, Paulo Skaf é “um patriota”. Foi por “seriedade” e não por conveniência eleitoral que abdicou de um programa que o favorecia, o Refis, para ingressar em outro mais draconiano, o Paes. A dívida remanescente, diz ele, “será quitada em 143 meses”.

O doutor Honda informa que a indústria de seu cliente começou a definhar na década de 90. Foi dobrada pela concorrência dos têxteis vindos da China.

A Junta Comercial de São Paulo guarda um documento que diz muito sobre o estágio atual dos negócios do novo presidente da Fiesp,

. Trata-se da ata de fundação, em maio de 1998, da empresa Turn Key Parques Empresariais Ltda.. Tem como sócios Paulo Skaf, Aref Farkouh e Cláudia Farkouh.

A Turn Key dedica-se a alugar o maquinário que jaz nas instalações da indústria Skaf. De industrial, o novo presidente da Fiesp converteu-se em locador de utensílios têxteis. Uma atividade que, segundo o doutor Honda, proporciona lucros “pouco expressivos”.


Fonte: Folha de S. Paulo
Responsável: JAM
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O Josias de Souza é outro MAGANÃO. 

Ora,  não parece que Skaf tenha sido eleito sob os auspícios do Palácio do Planalto. 

Deve ter sido eleito  “sob os auspícios do Palácio dos Bandeirantes”, ou, ainda, sob os auspícios do governador de PINDAMONHANGABA.

E será o vice de Geraldo Alckmin.

Já que os “contadores” do deputado Campos Machado não trabalharam direitinho em 2008. 

Um Comentário

  1. Hoje eu acrescentaria retificando: os “contadores” já foram acertados e reinstalados – conforme pulicado no diário oficial desta data – para trabalharem direitinho até 2010.

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  2. Publicado no Diário Oficial de hoje, 13/03/2009, caderno executivo 1, página 9

    Portaria DGP – 10, de 12-3-2009
    O Delegado Geral de Polícia, com observância dos preceitos contidos no processo DGP 7.200/2008, e com fulcro no artigo 1º e seus parágrafos do Decreto 11.370, de 04 de abril de 1978, combinado com os artigos 1º e 5º da Portaria DGP – 6, de 17 de abril de 1978.
    Considerando a deliberação unânime do Conselho da Polícia Civil, em sessão extraordinária realizada em 10 de
    setembro de 2008;
    Considerando o referendo do Conselho de Honrarias e Mérito do Estado de São Paulo;
    Considerando os relevantes serviços prestados em benefício da Instituição pelas personalidades abaixo especificadas, resolve:
    Artigo 1º – A Polícia Civil do Estado de São Paulo, como forma de reconhecimento público, concede às personalidades abaixo nomeadas, a medalha “Jorge Tibiriçá”, seu ilustre fundador e patrono;

    10. PAULO SKAF

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  3. O ESTADO DE SÃO PAULO:
    Justiça manda libertar Eliana Tranchesi, dona da Daslu

    Surpreendentemente, o pedido de habeas corpus foi aceito em duas instâncias – STJ e TRF da 3ª Região de SP.
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    Há mais de vinte anos , já se ouvia nos meios policiais que cadeia é para p.p.p.
    Alguém ainda tem alguma dúvida de que a “galera” da Camargo Correa vai pra rua rapidinho?

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  4. Conversa Afiada- PHAmorim

    Deputados do PSOL questionam no Ministério Público compra de assinaturas da revista “Nova Escola” pelo governo do Estado de SP

    O deputado federal Ivan Valente, Líder da Bancada do PSOL na Câmara dos Deputados e os deputados estaduais do Carlos Giannazi e Raul Marcelo protocolaram no dia de hoje, uma Representação junto ao Ministério Público Estadual questionando o contrato firmado entre a Secretaria Estadual de Educação (SEE) e a Fundação Victor Civita – do Grupo Abril – para a distribuição da Revista Nova Escola aos professores da rede.

    A Secretaria de Educação comprou 220 mil assinaturas anuais da publicação, sem nenhuma consulta aos professores. Também não realizou licitação, pois considera que esta revista é a única na área da educação, desconsiderando a existência de outras do mesmo gênero que atuam no mercado, demonstrando preferência deliberada pela editora contratada.

    Não bastasse essa ação arbitrária, a Secretaria de Educação passou para esta Fundação privada os endereços pessoais dos professores, sem qualquer comunicado ou pedido de autorização dos mesmos, infringindo a lei e permitindo, inclusive, outras destinações comerciais aos dados particulares dos professores.

    Ao fazer esta denúncia ao MP os deputados do PSOL expõem as relações entre o Governo Serra e a Editora Abril.

    Só este contrato representa quase 25% da tiragem total da revista e garante fartos recursos para o caixa da Fundação Civita, R$ 3,7 milhões. Mas este não é o único compromisso comercial existente entre a Secretaria de Educação e o Grupo Abril, que cada vez mais ocupa espaço nas escolas tendo até mesmo publicações adotadas como material didático, totalizando quase R$ 10 milhões de recursos públicos destinados a esta instituição privada só no segundo semestre de 2008.

    Outro absurdo, que merece uma ação urgente, é a “proposta” curricular que reduz o número de aulas de história, geografia e artes do Ensino Médio e obriga a inclusão de aulas baseadas em edições encalhadas do Guia do Estudante, também da Abril, que mais uma vez se favorece os negócios editoriais deste grupo.

    As publicações do Grupo Abril não são as únicas existentes, mas, as que têm a preferência do governo, uma preferência que não se explica ao não ser pela prática recorrente de favorecimento. É isto que os deputados do PSOL querem investigar.

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  5. Dr. Guerra, qual o seu endereço eletrônico para que eu possa lhe enviar uma matéria esquisita, mas não que não é rara?

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  6. Mas, vamos e venhamos, essa estória de os grampos da PF não apontarem nada, nada, nada contra o PT está pra lá de estranho, hein?!

    Justo o partido que está no poder central do Brasil?! Nem uma implicaçãozinha com a tal empreiteira? Nada?…

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