PARA OS APÁTICOS DELEGADOS DE POLÍCIA… 36

Não somente por este meio coletivo, mas também no particular, temos conversado bastante a
respeito da ausência dos colegas, com relação á participação nos assuntos que interessam á
classe em geral e não somente a problemas regionalizados.

Acredito que o que conseguimos através da greve, ou seja, a extinção de uma classe e as futuras
promoções automáticas, além daqueles que alcançarão a condição de promoção por merecimento,
foi o bastante e suficiente para muitos, pri ncipalmente aqueles que estão chegando na carreira.
Afinal, o que muitos antigos levaram 15 anos ou mais para alcançarem, conseguiu-se em dois ou menos
anos.

Não só falando dos antigos que estão na ativa, mas quanto aos aposentados NENHUM benefício tiveram
com a greve, a não ser o desgaste causado pela frustração.
Salvo raras exceções, temos menos de 10  colegas aposentados no Grupo e que reclamam pela situação
da miserabilidade suportada.
É inadmissível, por exemplo, ver o nosso colega Antonio Claudio, aos 70 anos, recomeçar sua vida
como corretor de imóveis, depois de ter se dedicado uma vida inteira á Polícia.Se ele e outros foram bons
ou maus para a administração, não vem ao caso, importa que eles foram Funcionários Públicos e mereceriam
uma aposentadoria tranquila e digna.

Outros aposentados tiveram melhor sorte, montaram empresas, indústrias, adquiriram imóveis que lhes rendem
alugueres, fizeram grandes poupanças que lhes oferecem vultosos juros, se transformaram em fazendeiros,
construtores e outros atributos.

Na verdade Marilda, a suposta UNIÃO que se almeja e xistir na Polícia Civil, passa por crivos externos melindrosos,
confusos, difusos e de foro íntimo, sendo tão vulnerável como bexiga cheia de ar nas mãos de crianças.
A qualquer instante um mero alfinete faz com que tudo voe pelos ares e o que aparentava estável
torna-se fungível e pouco vestígio deixa da prova que um dia existiu.

A classe dos Delegados de Polícia é e sempre foi dividida por nichos específicos : o delegado que está no plantão é
muito unido com o titular que lhe oferece certas regalias e benesses, as quais deixo de mencionar aqui.
O delegado que está encostado em uma divisão ou departamento é muito unido ao Diretor, porque entre
eles existe uma cumplicidade de diversos acordos e regras intrínsecas, mesmo que favoráveis
ou contrárias a toda instituição ou ética diversa.
O delegado titular é muito unido ao seccional e todos aqueles que o cercam, estendendo sua união e laços com
outras carreiras como investigador e escrivão chefes.

Então pergunto : EXISTE REALMENTE UNIÃO ENTRE DELEGADOS, VOLTADOS PARA A FINALIDADE DE DEPU RAR
A CARREIRA, RESGATAR A DIGNIDADE, EXIGIR DIREITOS??
Eu respondo : NÃO EXISTE!
O que existe são apenas  INTERESSES momentâneos,pessoais,em torno de uma situação,local e cargo
ocupado em determinado tempo.Passado o momento, os laços se rompem, pois o que os unira era mais
frágil que o vento que passou pela janela.

A identidade de princípios havida durante a greve, foi exceção e não regra, movida pela gota d’ água da
insuportabilidade dos plantões, da exclusão, dos escândalos envolvendo corrupção generalizada nos vários
escalões , escalas aviltantes,abandono, falta de liderança ou referencial positivo, etc.
Contrariamente aos escritores que só perderam sua inspiração depois de passada a ditadura,
aceitamos passivos á opressão que o governo nos impõe através dos baixos salários e continuamos
reféns da apatia, embora não alcançados os objetivos.

Portanto Marilda, temos de concordar que  “tudo que mais nos uniu, separou, tudo que tudo exigiu, renegou”,
e questionarmos se a Polícia Civil, representada pelos Delegados, realmente quer algum tipo de mudança ou se não é melhor deixarmos tudo como está e sempre foi, como o vento que passa pela janela.

Bjs.

(Obs.: correspondência  por mim subtraida do grupo Delpol – PC  e publicada sem autorização )

SE NÃO FOR POSSÍVEL FORTALECER A CLASSE –  CONSEQUENTEMENTE A POLÍCIA CIVIL  –  A QUAISQUER CUSTOS…

MELHOR ACABARMOS COM A CARREIRA DE UMA VEZ POR TODAS.

POIS FRACOS E PARASITAS NÃO MERECEM DIRIGIR COISA ALGUMA…

ALIÁS , FRACOS E PARASITAS DEVEM SER EXTINTOS DO PLANETA.

SEGURANÇA PRIVADA EM SÃO PAULO…NADA MUDOU ( pra melhor )!

PREMIADO NO 1º BIMESTRE
“Policiais enriquecem com segurança privada” e “Delegado coloca empresa em nome de ‘laranja'”
autor: Mario Cesar Carvalho (SR/Folha)
data de publicação: 08 e 09/02/98 (caderno São Paulo)

 O delegado Ivaney Cayres de Souza, da Polícia Civil paulista, tem uma empresa de segurança em nome de outra pessoa, informa Mário Cesar Carvalho. Estatuto do servidor o proíbe de dirigir empresas privadas.(Folha de São Paulo 9/02/98).
O “laranja”, Valdir Prudêncio, confirmou sua condição: depois negou. Souza não quis comentar. A Secretaria de Segurança ordenou apuração de enriquecimento de policiais com proteção privada, revelada ontem pela “Folha”. (pág. 1 e 3- 7)

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Para cada agente público de segurança, há três privados

Brasil tem aproximadamente 1,7 milhão de vigilantes contra 602 mil policiais civis, militares e federais e bombeiros

Média brasileira é superior à dos Estados Unidos, com 2,5 agentes privados para cada público, e do México, com índice de 2 para 1

LUCAS FERRAZ
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Existe no Brasil um “exército” privado de vigilantes, responsável pela segurança principalmente das classes alta e média alta, empresas, locais de entretenimento e do próprio poder público, que é quase o triplo do tamanho do efetivo total de policiais civis, militares e federais, além dos batalhões do Corpo de Bombeiros das 27 unidades da federação.
São aproximadamente 1,7 milhão de vigilantes cadastrados -sendo que somente 455 mil têm carteira assinada-, segundo a Polícia Federal. Por outro lado, o país conta com 602 mil agentes da segurança pública -de acordo com números de 2006 (último ano disponível) repassados pelos Estados ao Ministério da Justiça.
O crescimento da segurança particular é significativo, o que faz o Brasil superar a média de agentes privados versus agentes públicos de países como Estados Unidos (2,5 por 1) e México (2 por 1). Dessa conta, contudo, estão excluídos os cerca de 800 mil vigilantes clandestinos estimados pela PF, órgão responsável por autorizar e fiscalizar as empresas do setor e que responde pelo treinamento dos vigias.
Só em 2008, 139.654 novos cadastros de agentes particulares foram lançados no sistema da instituição. De 2002 até janeiro deste ano, o número de profissionais cresceu 87%.
O cruzamento das informações, feito pela Folha, revela também a substancial diferença da expansão entre os serviços público e privado: de 2003 a 2006, o efetivo responsável pela segurança pública aumentou 5%; na iniciativa privada o salto foi de quase 40%.
São Paulo é o Estado que mais utiliza segurança privada -são 464 mil homens cadastrados, contra 121 mil agentes de segurança pública, segundo dados da Secretaria da Segurança Pública. A média, de 3,8 por 1, é maior que a nacional.
A procura cada vez maior por segurança privada, reflexo, segundo especialistas, do aumento da sensação de insegurança da população, leva ao aumento da oferta de trabalho na área. Oportunidade que fez Márcio Henrique, 42, procurar o setor.
“[eu] Era vendedor, estava desempregado e vi que era um bom negócio”, diz o cearense radicado em Brasília há 37 anos, dez deles como vigilante -Márcio trabalha em uma agência do Banco do Brasil.
Para as empresas do setor, que movimentaram R$ 16,7 bilhões no ano passado, o que conta na hora de contratar é a experiência prévia em segurança, o que torna policiais e membros das Forças Armadas potenciais candidatos, segundo o especialista Calil Buainain.
Assim foi com Onésimo Rodrigues, 27. Antes de entrar na Prosegur, uma das maiores do ramo, ele serviu por dois anos no Batalhão da Guarda Presidencial do Exército, em Brasília. “A diferença salarial é grande”, conta ele. “O setor público é o que mais utiliza a segurança privada”, afirma Adelar Anderle, coordenador-geral de controle da segurança privada da PF.
Apesar do grande número de seguranças privados, o percentual de pessoas que usam o serviço é baixo. Em Belo Horizonte, por exemplo, só 10% da população de 2,4 milhões de habitantes usavam vigilância particular em suas ruas, segundo estudo do Crisp de 2005.


Colaborou FELIPE SELIGMAN

O GOVERNADOR JOSÉ SERRA – PARA PRESERVAR A POLÍCIA CIVIL – DEVERIA EXONERAR O SECRETÁRIO E TODOS OS DELEGADOS COM PATRIMÔNIO INCOMPATÍVEL COM A DEDICAÇÃO EXCLUSIVA AO SERVIÇO PÚBLICO…TEM OU TEVE EMPRESA DE SEGURANÇA: “FORA”! 4

 Ex-secretário é acusado de vender cargos
Policial suspeito de extorsão acusa o advogado Malheiros Neto, ex-adjunto da Segurança Pública, de cobrar por cargos na Polícia Civil

Augusto Peña depôs ao Ministério Público; ele diz que interessados pagavam de R$ 100 mil a R$ 300 mil por nomeações em delegacias

ANDRÉ CARAMANTE
DA REPORTAGEM LOCAL

O policial civil Augusto Peña, preso desde maio de 2008 sob suspeita de extorsão de dinheiro, acusou o ex-secretário-adjunto estadual da Segurança Lauro Malheiros Neto de vender cargos de chefia dentro da Polícia Civil. Malheiros nega as acusações (leia texto abaixo).
Peña prestou depoimento ao Ministério Público no último dia 4. Ele afirmou que havia um esquema de corrupção que funcionava na sede da Secretaria da Segurança, na rua Líbero Badaró (centro de SP).
No depoimento aos promotores, Peña citou o nome de seis delegados que, segundo ele, teriam pago propina a Malheiros Neto para conseguir escolher cargos. Os depoimentos estão sendo mantidos em sigilo. Dois dos envolvidos já deixaram as funções após a saída de Malheiros Neto da secretaria.
Para obter a vaga, os interessados pagariam de R$ 100 mil a R$ 300 mil, além de pagamentos mensais ao ex-secretário. Uma das hipóteses é que os policiais pagavam para ficar em delegacias onde depois poderiam praticar algum crime, como extorsão, e obter lucros.

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Para preservar toda a Polícia Civil  –   que não pode ficar a mercê de quem comprou a cadeira, tampouco suspeitando dos superiores honestos –   e resguardar a própria imagem.

Pois não demorará para que até ele ( governador )  acabe acusado de ser conivente com a  ” cabala das cadeiras valoro$a$”. 

Com efeito,  em 2006, Vossa Excelência declarou possuir um patrimônio de R$ 872.893,62.  Que hoje deve chegar em torno de  R$ 1.200.000,00. 

Nem sequer possuia casa própria.  E tinha o mesmo carro há sete anos.  

José Serra (PSDB): R$ 872.893,62
Três salas comerciais do Edificio Premium Tower Altamura = R$ 240.000,00
Banco Itaú S/A = R$ 18.281,65
Banco Safra S/A = R$ 5.000,00
Banco Safra S/A = R$ 1.938,99
Banespa Santander S/A, fundos de investimentos = R$ 16.288,08
Banespa Santander S/A, investimento Master = R$ 168.801,44
Caixa Econômica Federal, FIC personal = R$ 289.454,69
Caixa Econômica Federal, poupança = R$ 2.644,71
Imóvel, loteamento na fazenda Campo Verde = R$ 61.069,81
Parte de uma área de 14.365 m2 em São Paulo = R$ 44.414,25
Veículo Vectra 1999 = R$ 25.000,00.

É certo  que o Vossa Excelência é um bom homem. Quase ingênuo,   segundo o advogado Saulo Ramos.

Mas será que não percebe que Delegado de Polícia  , exercendo funções de comando no seu Governo, com patrimônio de um, dois, três, dez milhões de reais, alguns muito mais – NO RASO, NO RASO É LADRÃO…

Serão todos herdeiros de milionários?  

Não dá para perceber que a blindagem de determinados cardeais –  depois de vários escândalos –  leva à conclusão de que verdadeiramente pagam pelo cargo. E se compram o cargo ( a luva ), depois pagam aluguel, é porque auferem grandes lucros.

PONTO 40 ( ou metralhadora antiaérea calibre 50)… para o delegado geral de polícia, o secretário de segurança e enfim o governador

TRECHO DO LIVRO

PRIMEIRO CAPITULO

Na prática, delegados não entendem nada de investigação. Fazem o trabalho da burocracia de rotina, determinam diligências baseados nas informações que os investigadores conseguem e as formalizam. Sãos os tiras que estão na linha
de frente, buscam testemunhas, sujam as mãos na ilegalidade, recolhem a mesada de bicheiros, donos de máquinas de bingos, puteiros e entregam a recolha do dinheiro ao delegado.
17
Da sala do meu delegado de plantão, o dinheiro subia para a sala do delegado titular, e de lá para o delegado seccional da região. Seguia para o delegado geral de polícia, o secretário de segurança e enfim o governador.

SITE: http://www.verbeat.org/blogs/cultcoolfreak/Ponto40_capitulo1.pdf

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Evidentemente, como consta no prefácio, trata-se de ficção…

Inspirada  noutros tempos.

Coisa do passado!

Atualmente, político exigindo propina da  Polícia, é caso isolado.

Subprocurador afirma que “cadeia no Brasil é para preto, pobre e prostituta”

Subprocurador afirma que “cadeia no Brasil é para preto, pobre e prostituta”

Quem nunca ouviu a expressão “cadeia no Brasil é para os três ‘p’: preto, pobre e prostituta”? Pois bem. O subprocurador-geral da República Wagner Gonçalves também concorda com o dito popular. Em entrevista ao Contas Abertas, ele afirma que, infelizmente, há uma grande lacuna entre os que podem pagar bons advogados e os mais desfavorecidos econômica e socialmente. Para o subprocurador, os réus que dispõem apenas de assistência judiciária gratuita (defensores públicos) são prejudicados, pois, ainda que existam esses profissionais nas Comarcas, eles estão abarrotados de processos, seja por falta de estrutura ou pela reduzida quantidade de pessoal. Segundo ele, os defensores não conseguem acompanhar uma ação penal, em todas as instâncias, como os advogados regiamente pagos fazem. “Assim, eles não podem, nunca – e isso é óbvio – acompanhar uma ação penal da mesma forma”, acrescenta. Gonçalves, que já ganhou o V Prêmio Cidadão Mundial, em 1999, concedido àqueles que contribuem para a prosperidade da humanidade, também comentou a respeito da aparente contradição da Justiça brasileira ao julgar o caso da mulher que pichou uma parede de uma salão na 28ª Bienal de Artes de São Paulo, no fim do ano passado, e o caso do banqueiro Daniel Dantas, acusado de vários crimes considerados mais graves. Caroline Pivetta da Mota ficou presa por cerca de dois meses e Dantas foi solto duas vezes durante a mesma semana depois ter sido preso pela Polícia Federal. “Um é poderoso, tem recursos e pode pagar bons advogados. Se a moça tivesse o mesmo advogado, ou outro que ela pudesse pagar regiamente, também não ficaria tanto tempo presa ou estaria solta no dia seguinte. Além disso, havia muito mais fundamentos a justificar a prisão de Daniel Dantas, com base nos pressupostos do artigo 312 do Código de Processo Penal (CPP) do que quanto à prisão da moça. Aliás, a favor dela havia todas as razões para relaxar o flagrante”, disse. Confira a entrevista na íntegra: CA: O senhor defende que a concessão de habeas corpus (HC) deve ter limites. Agora, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que concederá habeas corpus a todos os réus cuja sentença não houver transitado em julgado (decisão da qual não se pode mais recorrer). Qual a sua opinião sobre essa decisão do Supremo?

Wagner Gonçalves: Entendo que os parâmetros à interposição do HC foram tão alargados pela jurisprudência, que se deve discutir, sim, os limites deste instrumento. A Constituição diz que “conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder”. Acontece, por exemplo, que hoje é comum receber e dar seguimento a habeas corpus, após sentença transitada em julgado, em ação na qual, conseqüentemente, já houve denúncia, sentença condenatória, embargos de declaração, acórdão do tribunal, embargos de declaração ou embargos infringentes, recurso especial e extraordinário, agravos de instrumento, julgamento do recurso especial (ou, antes, agravo regimental) novos embargos de declaração, julgamento do recurso extraordinário, novos embargos de declaração, etc. Já vi chamar a julgamento na Suprema Corte o seguinte recurso: embargos de declaração em embargos de declaração em agravo regimental em agravo de instrumento em recurso extraordinário. No HC cabem também os recursos especiais e extraordinários e todos os recursos ‘menores’. Após tudo isso, com o trânsito em julgado, o réu apresenta, mesmo assim, um HC para dizer que a denúncia é inepta, que o juiz não obedeceu ao sistema trifásico da pena, que a agravante não existe, que não se obedeceu, na aplicação da pena, ao art. 59 do CPP etc. – todas as questões discutidas amplamente durante o correr da ação penal, que, como se demonstra, é quase infinda. E durante o andamento desta ação, cada ato judicial ainda é questionado mediante HC. Após, com a execução, se essa chegar, é também atacado com outros HCs. Enfim, não há trânsito em julgado para o HC. E, na prática, no habeas corpus hoje se discute tudo. Assim, entendo que se deve repensar os casos, principalmente quando o réu está solto e respondendo regularmente a ação penal, os limites à propositura da ação constitucional de habeas corpus. Se não se quer discutir tais ‘limites’, deve-se discutir sim as situações em que ele não será conhecido, em homenagem à celeridade da prestação jurisdicional – inclusive para a vítima e seus familiares; à segurança jurídica; em respeito ao duplo grau de jurisdição, e, principalmente, em respeito à coisa julgada. Enfim, em respeito à própria Justiça. Quanto à segunda parte da pergunta, não creio que o STF afirmou que concederá HC a todos os acusados presos, cuja sentença ainda não tenha transitado em julgado, diante do novo entendimento firmado por maioria. Há as prisões cautelares, preventivas e temporárias, as quais, atendendo o artigo 312, do Código de Processo Penal, serão mantidas. E a Corte Suprema as apreciará, caso a caso, quando a questão lhe seja submetida via HC, se a questão não se resolver nas instâncias anteriores. CA: A medida não poderá beneficiar réus que contratam bons advogados, o que aumenta ainda mais, por exemplo, o simbolismo de que cadeia no Brasil é lugar de pobre?

 Wagner Gonçalves: Quando Charles Darwin passou pelo Brasil, no navio beagle, rumo às ilhas Galapagos, no Pacífico, em 1832, ele ficou uns quatro meses no Rio de Janeiro. A impressão dele sobre a Justiça no Brasil foi a seguinte (palavras textuais): ‘Se um crime, não importa quão grave seja, é cometido por um homem rico, ele logo estará em liberdade’. Assim, revendo a história, parece haver um anátema no Brasil, no que se refere à aplicação da lei penal aos poderosos ou aos mais aquinhoados. Eles dificilmente vão para a cadeia. Com a recente decisão do Supremo Tribunal Federal, prefiro acompanhar o entendimento dos respeitáveis votos vencidos. Confirma-se, mais uma vez, que a prisão no Brasil foi feita para os três ‘p’: ‘preto, pobre e protistuta’. Os argumentos jurídicos dos ilustres ministros que defendem a execução da pena só depois do trânsito em julgado, apesar de juridicamente relevantes e bem fundamentados, estão longe da realidade do País, no que se refere ao andamento da ação penal e à utilização de todos os recursos e HCs, como mencionado. Cria-se, portanto, um espaço entre os que podem pagar bons advogados – e estes eternizaram as ações – e aqueles, os três ‘p’, que não podem, e, por isso, ficam com a assistência judiciária gratuita – defensores públicos, quando os há na Comarca, que também estão abarrotados de processos, seja por falta de estrutura e número, não podendo, nunca – e isso é óbvio – acompanhar uma ação penal, em todas as instâncias, como os advogados regiamente pagos fazem. Não me cabe aqui discutir o mérito da decisão do STF, no ponto, mas entendo que atendido o duplo grau de jurisdição (também princípio constitucional) poder-se-ia, como era antes, dar início à execução penal, em homenagem à segurança jurídica, à celeridade processual (também princípios constitucionais), numa interpretação sistêmica da Carta Maior. Em vários países o Princípio da Presunção da Inocência também está nas suas Constituições e nem assim se espera a palavra final da Corte Constitucional para só após dar início a uma condenação. Creio que a decisão do STF é importante, por definir o entendimento sobre uma questão jurídica relevante, de há muito discutida e questionada, mas creio também que, no futuro, será restabelecida a interpretação que permitia a execução da pena após a confirmação da sentença pelo Tribunal Estadual ou Regional. Os erros nas decisões destes tribunais, para evitar a execução, poderão ser corrigidos mediante HCs ou medidas cautelares para dar efeito suspensivo, como vem sendo feito até hoje. Ou, então, por pressão popular, principalmente das vítimas e seus familiares, por pressão dos movimentos sociais ou ONGs, que combatem a impunidade, o Congresso Nacional será sensível para reformular a redação do inc. LVII, art. 5º da Constituição Federal. Afinal, nenhum culpado, para ser reconhecido culpado, pode depender da palavra final da Corte Suprema Constitucional de um país. Tal situação, na prática, é um estímulo à prescrição, por óbvio. Como diz a Ministra Ellen Gracie, “em nenhum país do mundo, depois de observado o duplo grau de jurisdição, a execução de uma condenação fica suspensa, aguardando referendo da Corte Suprema”.

CA: O senhor defende que o Código de Processo Penal brasileiro deve ser reformulado urgentemente para que, entre outras medidas, se reduza a possibilidade de recursos por parte dos réus. Agora, diante da decisão do STF, o senhor acredita que o código ainda deverá ser reformulado ou a idéia foi ou será abandonada?

Wagner Gonçalves: É preciso diminuir o número de recursos ou a possibilidade dos mesmos. Além disso, deve-se discutir a necessidade de deferir defesa prévia antes do recebimento da denúncia, principalmente nas ações originárias nos tribunais, devido a foro privilegiado. A própria defesa prévia, para o crime de tráfico de entorpecente, por exemplo, deve ser revogada. Só atrasa a ação penal e, muitas vezes, gera nulidades. Se ela tem andamento em um tribunal, a situação do recebimento da denúncia se torna ainda mais complexa.

CA: Recentemente, tivemos o caso de uma mulher que foi presa por cerca de dois meses em outubro de 2008 por ter pichado as paredes de um salão da 28ª Bienal de Artes de São Paulo. O banqueiro Daniel Dantas, acusado de vários crimes considerados mais graves, foi solto duas vezes durante a mesma semana depois ter sido preso pela Polícia Federal. Como o senhor analisa essa aparente contradição da Justiça brasileira nos dois exemplos? Wagner Gonçalves: Um é poderoso, tem recursos e pode pagar bons advogados. Se a moça tivesse o mesmo advogado ou outro, que ela pudesse pagar regiamente, também não ficaria tanto tempo presa ou estaria solta no dia seguinte. Além disso, havia muito mais fundamentos a justificar a prisão de Daniel Dantas, com base nos pressupostos do artigo 312 do CPP do que quanto à prisão da moça. Aliás, a favor dela havia todas as razões para relaxar o flagrante.

CA: O procurador da República Rodrigo De Grandis disse em entrevista que o número de grampos telefônicos autorizados pela Justiça brasileira não é exagerado. O presidente do STF, ministro Gilmar Mendes, acredita que no Brasil há uma espécie de “grampolândia”. Como o senhor analisa a questão do grampo no país? É uma ferramenta essencial, quando autorizada pela Justiça, para o combate a crimes como o de colarinho branco?

Wagner Gonçalves: Se o crime a cada dia se organiza mais, inclusive com a sofisticação da Internet (pedofilia, furto de contas correntes, remessas ilegais em segundos para o exterior, lavagem de dinheiro, espionagem de todos os tipos, etc.), o combate ao crime deve contar com ferramentas novas para a sua apuração. E uma delas, já definida em lei, de há muito, é a escuta telefônica. Comunicação – e a imprensa está aí para provar isso – é poder. E conhecer a comunicação entre os agentes de uma sofisticada organização criminosa é fundamental. Fala-se em ‘grampolândia’ e chegou-se a falar em mais de 400.000 escutas. Entretanto, o ilustre corregedor-geral do Conselho Nacional de Justiça, ministro Gilson Gipp, após um levantamento, teria apurado 98.000. Há, creio, um sensacionalismo em tudo isso, que não ajuda em nada. O importante é que as escutas sejam autorizadas pelo juiz, comunicadas e acompanhadas pelo Ministério Público (MP). Inclusive, há um projeto para que, antes de deferir a escuta, o juiz colha o parecer do MP.

Leandro Kleber  Do Contas Abertas

ATENÇÃO POLICIAIS CIVIS 11

Segunda-feira, dia 16.02.2009, às 14h, haverá uma reunião de TODAS
as entidades representativas na sede da DGP, com o Delegado Geral e TODOS os
representantes de classe.
Haverá antes uma reunião de TODAS as entidades, às 10h, na sede do
AIPESP, com o sr. Bailoni, onde farão uma pauta de reivindicações.

PONTO 40 – O LIVRO DO DOUTOR ROGER FRANCHINI ( UM TIRA QUE PEDIU EXCOMUNGAÇÃO DO PADROADO POLICIAL ) 16

 
 
 
 

 

ponro-quarentaMuito mais políticos

do que policiais, precisam se manter longe de

escândalos, agradar aos chefes do executivo

para não perderem seus cargos de confiança.

Incomodar pessoas poderosas com as investiga-

ções não estava nos planos de nenhum delegado

que almejava sair da vala comum dos plantões

dos distritos policiais e seguir uma carreira

rentável em departamentos. Para este trabalho

arriscado, surgiu a figura do investigador de polícia.

http://www.verbeat.org/blogs/cultcoolfreak/pontoquarenta

Romance policial
A escritora e o investigador

A história de Olívia Maia, 23 anos, e Roger Franchini, 31, renderia um romance. Ou melhor: um romance policial. Ele morava em Franca (SP), cursava a Faculdade de Direito e trabalhava como investigador da polícia. Ela fazia cursinho e encontrou no amigo virtual uma fonte inspiradora para escrever suas histórias policiais.

O relacionamento que começou pela internet foi transformado em casamento há dois anos e meio. Nesse período, Olívia já publicou dois livros policiais: O Desumano, em 2006, e Operação P2, em 2007. “Eu contava as minhas ideias e ia pedindo detalhes para ele”, diz Olívia. “Muitos dos textos que escrevo no meu blog (www.verbeat.org/blogs/forsit) são coisas que ele me contou. Histórias que muita gente acha que saíram da minha imaginação.” A paixão da escritora pelo tema começou quando ela ainda era criança. “Sempre gostei daquela literatura infanto-juvenil que tem algo de policial, principalmente Pedro Bandeira”, explica Olívia. “Por isso, acabei indo também para esse lado.”

O Desumano conta a história de um menino que está sendo acusado de matar a própria mãe. Operação P2 fala sobre a investigação da morte de um professor de jornalismo, envolvido com uma pesquisa sobre a ditadura militar. Olívia começou a escrever agora um livro que tem um personagem inspirado no marido. Ele será um investigador do interior que ajuda o personagem principal numa operação. “Roger é a minha referência… As pessoas pensam até que me casei por interesse”, diverte-se a escritora.

 

 

Mas quem disse que Roger também não pede ajuda para a esposa? Ele lançou o livro Ponto Quarenta – A Polícia Civil para Leigos, que traz revelações do cotidiano da Polícia Civil pelos olhos de um investigador. “Ele só saiu por causa da Olívia”, agradece. “Costumo dizer que escrevo boletins de ocorrência. Foi ela quem me apresentou todas as referências para escrever um romance policial.” O lançamento do livro acontecerá no dia 5 de março, no Canto da Madalena, na Vila Madalena. Mas o livro já está à venda no endereço http://www.verbeat.org/blogs/cultcoolfreak/pontoquarenta. O livro O Desumano pode ser encontrado em qualquer livraria virtual, enquanto Operação P2 está à venda somente no site www.osviralata.com.br

 http://www.verbeat.org/blogs/forsit/__

O Roger,  para nós,  é motivo de grande orgulho. Para a velhacaria dos meus pares  –  também dos tiras lambedores da administração – é mais um que deve ser perseguido e banido do mapa. Aliás, solicitou exoneração pela perseguição que lhe fez o primo do Ruyzito. Deveria ter ganhado uma medalha, um prêmio, uma promoção ou uma bolsa de estudos, pois defendeu todos os operacionais da policia civil e militar ao ironizar o LUCIANO HUCK, que em vez de fazer boletim de ocorrência, após ter o Rolex roubado m, preferiu escrever um artigo publicado na imprensa CHAMANDO O CAPITÃO NASCIMENTO.

Roger, além de criticado  por um puxa-saco lotado no DENARC, foi vítima de condução coercitiva, indiciamento em inquérito e sindicância. Abalado emocionalmente deixou espontaneamente a Polícia. Agora é um Advogado  habilitado e regularmente inscrito na OAB.

Entretanto, o primo do Ruyzito, não satisfeito com os abusos que praticara, determinou instauração de Processo Administrativo contra o Advogado, pela pretérita manifestação em defesa dos policiais deste Estado.

A Polícia Civil perdeu um  funcionário, mas eu ganhei um ADVOGADO.

Os Investigadores de Polícia revelaram outro talento que   –  por culpa dos Delegados de Polícia deste Estado –  irá brilhar em qualquer outra carreira.  

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PS: Como não ainda não li,  é cedo para meter o cacete no livro. 

Espero que tenha um final feliz: O CARDEAL LEVANDO TRÊS .40 NO PEITO…

E O TIRA ABSOLVIDO!

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O caso Rolex do Luciano: https://flitparalisante.wordpress.com/2007/10/20/carta-aberta-ao-jornal-a-folha-de-sao-paulo/

RESPOSTA: É QUE NO DENARC NÃO TRABALHA DÉBIL MENTAL…DROGADO…MACONHEIRO E USUÁRIO DE COCAÍNA. LÁ SÓ TRABALHA DELEGADO VALORO$O! 7

Traficante colombiano usava número do RG de uma mulher de SP
Homem ficou nove meses preso usando outro nome.
MP pede inquérito para apurar suspeita de corrupção policial.
 
O Ministério Público pediu abertura de inquérito para apurar suspeita de corrupção policial no episódio da prisão do traficante colombiano Ramon Manuel Penagos. Um dos traficantes mais procurados do mundo, ele ficou nove meses preso como se fosse Manoel Oliveira Ortiz, comerciante mineiro de Borda da Mata.

A principal pergunta dos promotores do Gecep, o grupo que fiscaliza o trabalho da polícia é por que a real identidade de Ramon Manuel Penagos só foi descoberta agora. Ele se identificou como Manoel Ortiz quando foi preso, acusado de tráfico de ecstasy. Mas, segundo a promotoria, o falso mineiro com forte sotaque espanhol não apresentou a carteira de identidade, mas deu o número dela.
Pelo número da identidade, de acordo com a promotoria, já seria possível saber que o traficante não era quem dizia ser. Bastaria uma simples consulta ao banco de dados da empresa que concentra informações cadastrais de cidadãos de São Paulo.

O número da identidade que o traficante forneceu, segundo a investigação, já pertencia a outra pessoa: uma mulher, moradora de São José dos Campos, a 97 km de São Paulo. Portanto, a identidade dele só poderia ser falsa.

Ramon Manuel, condenado por tráfico internacional e procurado em vários países, tinha todo interesse em omitir seu nome verdadeiro – o que acabou acontecendo. Quem deve explicar são policiais do Departamento de Narcóticos que prenderam o traficante. E funcionários do instituto de identificação. Eles serão os primeiros chamados para depor.

Para policiais federais, Ramon Manuel disse informalmente que comprou o anonimato com milhares de dólares e euros. A assessoria de imprensa da Delegacia Geral disse que já existe uma investigação em andamento na corregedoria da Polícia Civil para apurar por que o traficante ficou preso com identidade falsa.

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E o Diretor não tem culpa. 

Possivelmente  estaria  de férias, licença , em Brasília ou administrando suas fazendas. 

POLÍCIA OU PADROADO?

Ora, evidentemente,  padroado .

Daí a origem da designação CARDEAL.

Primeiro ano: 50% da receita.

Anos subsequentes: 10% da receita. 

Singularidades: lá não existe pedofilia ( meros desvios isolados a que todos os humanos estão sujeitos); aqui não há corrupção institucionalizada ( apenas fatos isolados e falsas acusações).

SERÁ QUE O DEPENADO TRAFICANTE – QUE FOI PRESO POR FALTA DE RECURSOS FINANCEIROS – RECEBE OS BENEFÍCIOS DE DEFENSORIA GRATUITA PARA NECESSITADOS? 2

Traficante se recusa a identificar policiais

O colombiano Ramón Manuel Yepes Penagos acha que não ganhará nada ao revelar os policiais que lhe extorquiram dinheiro

Polícia Federal queria fazer acordo com Yepes por achar que ele conhecia esquema financeiro de Juan Carlos Abadía, o que ele nega

MARIO CESAR CARVALHO
DA REPORTAGEM LOCAL

O traficante colombiano Ramón Manuel Yepes Penagos contou a seus advogados que decidiu não formalizar a acusação contra os policiais do Denarc (Departamento de Investigações sobre Narcóticos) que o teriam extorquido em US$ 300 mil (R$ 680 mil) para não prendê-lo em São Paulo.
Ele avaliou que não vale a pena identificar os policiais porque não ganharia nada com isso. Só espera ser extraditado para os EUA, tarefa que cabe ao Supremo Tribunal Federal.
O colombiano foi preso em maio do ano passado como se fosse mineiro. Só na semana passada a polícia descobriu que era colombiano. Ele é procurado pelas polícias dos EUA, da Colômbia, da Espanha e da Alemanha sob acusação de tráfico de drogas e formação de quadrilha, entre outros crimes.
Ele contou à Polícia Federal na última quarta-feira que antes de ser preso sofreu uma série de extorsões de dinheiro de policiais do Denarc. Disse que um grupo de policiais do Deic (divisão de combate ao crime organizado) também pediu R$ 2,5 milhões para não prendê-lo. Como ele não tinha mais recursos, acabou preso, segundo ele.
O colombiano é acusado de três crimes no Brasil: teria traficado 80 comprimidos de ecstasy numa ocasião, seis em outra e usava identidade falsa.
Ele afirmou que nunca traficou ecstasy e que os dois flagrantes foram forjados pelos policiais do Denarc. A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo não quis comentar as acusações do traficante pelo fato de serem informais, sem nenhum valor jurídico.
O colombiano também comunicou aos advogados que não vai fazer nenhum acordo de delação premiada com a Polícia Federal -que acreditava que ele conhecia o esquema que abastecia com dinheiro o megatraficante colombiano Juan Carlos Ramírez Abadía.
Yepes afirmou que é exagerada a versão de que controlava o dinheiro de Abadía e que conhecia os caminhos que o megatraficante usou para esconder 70 milhões em São Paulo.
Diz ser um mero segurança, função que conquistou depois que Abadía matou seu antigo chefe, Victor Patiño Fomeque. Ele disse que chegou a ser o responsável por levar 12 toneladas de droga para a Espanha, mas ganhava como um segurança: US$ 10 mil pela operação toda e mais US$ 50 por quilo de cocaína -US$ 600 mil pelas 12 toneladas.
Abadía, preso na Grande São Paulo em agosto de 2007 e extraditado para os EUA um ano depois, chegou a oferecer US$ 35 milhões ao juiz Fausto Martin de Sanctis, em um acordo de delação, para que sua mulher fosse excluída do processo. O juiz recusou a proposta porque Abadía se negou a revelar o esquema que usava para trazer dinheiro da Colômbia.
Yepes disse à PF que nunca soube exatamente onde estava escondido o dinheiro de Abadía em São Paulo. Disse que ouviu na Colômbia a versão de que Abadía retirou os 70 milhões por meio de homens enviados daquele país.

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O Jornalista poderia ter mencionado os nomes dos advogados.

Já que  estão falando pelo assistido não deveriam ser meras fontes.

De qualquer maneira, uma Corregedoria  Geral , séria e competente , como a da  Polícia Civil, não necessita de colaboração do “extorquido” para instaurar inquérito e identificar os autores,  caso VERDADEIRAS as notícias-crimes veiculas pela imprensa.

FOLHA DE SÃO PAULO: COM A PRISÃO DE 12 PMs HOMICÍDIOS DIMINUIRAM 35% 6

Assassinatos caem após prisão de 12 PMs

Os policiais são suspeitos de integrar grupo de extermínio que age no extremo sul e decapita as vítimas

ANDRÉ CARAMANTE
DA REPORTAGEM LOCAL

Após a prisão no mês passado de 12 policiais militares investigados sob a suspeita de integrar o grupo de extermínio “Highlanders” (porque as vítimas eram decapitadas), os assassinatos nas cidades fronteiriças de bairros do extremo sul da capital nos quais atuavam os PMs caíram 35%, na comparação entre janeiro de 2008 com o mesmo mês deste ano.
Em janeiro de 2008, 14 pessoas foram mortas em Itapecerica da Serra, Taboão da Serra, Embu, Embu Guaçu, Juquitiba e São Lourenço da Serra. Já em janeiro deste ano, mês da prisão dos 12 PMs, as seis cidades tiveram nove assassinatos.
A Polícia Civil investiga se a queda nos assassinatos nessas cidades fronteiriças com o extremo sul da capital tem relação direta com a prisão dos PMs, que eram do 37º Batalhão e patrulhavam vários bairros daquela área da cidade.
A principal suspeita é a de que os policiais militares sequestravam, torturavam, matavam e decapitavam suas vítimas em áreas da zona sul atendidas pelo 37º Batalhão e depois, para evitar cobranças de seus superiores por causa dos índices de criminalidade e para dificultar a investigação, jogavam os corpos de suas vítimas em cidades vizinhas.
Entre abril e outubro de 2008, conforme revelou a Folha ano passado, cincos homens foram encontrados decapitados em uma mesma avenida de Itapecerica da Serra.

Comerciante suspeito
Além dos 12 PMs presos, a Polícia Civil investiga a suposta participação do comerciante Antonio Alcenir Teixeira de Oliveira, conhecido como Facão, nas mortes que são atribuídas aos policiais militares.
Oliveira é dono da loja de conveniência Rota 47, onde os PMs se reuniam. Segundo a apuração, Oliveira é suspeito de passar informações sobre pessoas que os PMs acreditavam ser da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) e que seriam alvos potenciais dos policiais.
Semana passada, um machado e facas foram apreendidas em um poço localizado perto da loja de Oliveira. As armas são investigadas para descobrir se foram usadas nas decapitações. A Folha não conseguiu localizar Oliveira ontem.

A POLÍCIA CIVIL DE SÃO PAULO É A MELHOR POLÍCIA…MAS SEUS DELEGADOS SÃO OS PIORES DO BRASIL 1

Quarta-Feira, 20 de Agosto de 2008

Com o argumento incontestável de que os fatos derrubam as teses, o secretário da Segurança Pública, Ronaldo Marzagão, reafirmou que a “Polícia Civil de São Paulo é a melhor Polícia Civil do Brasil”.

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Ele mesmo disse: OS FATOS DERRUBAM AS TESES

“Há um dado assombroso que talvez explique essa transigência com os desvios. De acordo com um levantamento feito nas ouvidorias de polícia, há, proporcionalmente, quinze vezes mais denúncias contra oficiais e delegados do que contra os seus subordinados.

Ou seja, a cúpula é pior do que a base. “

http://veja.abril.com.br/040899/p_084.html

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Para melhorar agora, depois de dez anos da matéria POLÍCIA BANDIDA, publicada pela Veja,  a Secretaria de Segurança,  do Governo José Serra,  enfrenta acusações  –   totalmente  verossímeis, diga-se de passagem  –  de cobrar “luva” por cargos e propina para absolver policiais criminosos. 

Valendo afirmar: INSTITUCIONALIZARAM  –  de vez –  O COMÉRCIO DE CARGOS E PROMOÇÕES MEDIANTE O RECEBIMENTO DA MAIOR PARTE DA ARRECADAÇÃO.   

2ª DELEGACIA DO DENARC SERÁ INVESTIGADA PELO SUPOSTO RECEBIMENTO DE 40% DE 300 MIL DÓLARES

Inquérito investiga recebimento de propina

 

A Corregedoria Geral da Polícia Civil de São Paulo informou nesta sexta-feira que irá abrir um inquérito para apurar se policiais civis receberam propina para manter o colombiano Ramón Manuel Yepes Penago, foragido no Brasil. O colombiano estava preso em São Paulo desde 2008, registrado como mineiro.

O traficante colombiano disse em depoimento informal à Polícia Federal que pagou cerca de US$ 300 mil (R$ 687 mil) a policiais da 2ª delegacia do Denarc (Departamento de Investigações sobre Narcóticos) para não ser preso.

Em nota enviada à imprensa hoje, a DGP (Delegacia Gerald de Polícia) diz que quer apurar como o traficante teve acesso aos documentos falsos –que o mantiveram no Brasil– e se, de fato, policiais civis receberam dinheiro para mantê-lo no Brasil.

Yepes é apontado pela polícia da Colômbia e pelo DEA (a polícia anti-drogas dos Estados Unidos) como parceiro do diretor financeiro de Abadía. Na última semana, a Polícia Civil de São Paulo apresentou-o à imprensa como se fosse Carlos Ruiz Santamaria, integrante do Cartel de Calí e procurado na Espanha.

Porém, a verdadeira identidade de Yepes foi estabelecida depois que fotos dele circularam pelo mundo. Ele é conhecido como El Negro, apesar de ser branco. Yepes é procurado pelas polícias da Colômbia, dos EUA, da Espanha e da Alemanha. Ele é acusado de tráfico, homicídio, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.

Penagos afirmou ainda que o colombiano mantinha cerca de 70 milhões de euros (cerca de R$ 208 milhões) em uma picape, em um prédio nos Jardins, zona sul de São Paulo. (Folha online 13/02/09)

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60 %   ( luva ). 

POR QUE FILHOS E SOBRINHOS DE POLÍTICOS NÃO INGRESSAM NA MAGISTRATURA OU MINISTÉRIO PÚBLICO?

Transferência de terreno joga suspeitas sobre filho de Edmar Moreira
Ricardo Beghini
Juiz de fora
A oposição cobrou segunda-feira, no plenário da Câmara de Juiz de Fora, explicações da prefeitura sobre a transação imobiliária envolvendo o presidente da Empresa Municipal de Habitação (Emcasa), Daniel Ortiz Miotto, e o filho do deputado federal Edmar Moreira, o delegado Júlio Moreira. De acordo com duas certidões obtidas no cartório de São João Nepomuceno, em 31 de maio de 2000, Ortiz, que é indicado ao cargo por Edmar, comprou uma propriedade 211 hectares, a Fazenda Pedra Bonita, no valor de R$ 310 mil, no distrito de Carlos Alves, ao lado do castelo da família Moreira.

Três meses após a aquisição do imóvel, em 8 de setembro de 2000, Ortiz vendeu a Fazenda Pedra Bonita pelo mesmo valor ao filho do deputado federal, o delegado Júlio Augusto Fernandes Moreira. “A permanência dele no governo tem que ser avalizada pelo prefeito”, disse o líder da oposição o vereador Flávio Checker (PT), aproveitando o anúncio do novo líder do governo na Casa, o vereador Isauro Calais. O parlamentar destacou a importância para a população da empresa pública administrada por Ortiz. “Há um déficit histórico de habitação em Juiz de Fora”, declarou.

De acordo com as informações obtidas pelo Estado de Minas, o presidente da Emcasa era funcionário da empresa paulista Itatiaia Segurança, que pertencia a Edmar. Ortiz trabalhava como gerente de operações, com o salário de, aproximadamente, R$ 2,5 mil. O secretário de governo, Manoel Barbosa, se reuniu no fim da tarde de segunda-feira com o presidente da Emcasa. Ele alega que não cabe à administração julgar uma informação sobre a vida pregressa do dirigente da empresa pública, já que não se trata de uma denúncia e não atingiu a administração municipal.

Ortiz, por sua vez, afirmou que não há qualquer irregularidade na compra e venda da Fazenda Pedra Bonita. “Tive interesse em comprar e, posteriormente, interesse em vender”, justificou o chefe da Emcasa. De acordo com ele, toda a transação foi devidamente registrada em cartório e os valores foram lançados em sua declaração de Imposto de Renda. O dirigente da empresa municipal afirmou ainda que, na época da compra e venda da propriedade, ele não trabalhava em órgão público.

Assembleia

A maré para o deputado estadual Leonardo Moreira (DEM) – para quem Edmar transferiu a propriedade do castelo milionário – é de águas tranquilas. A Assembleia Legislativa não tem intenção de investigar a questão patrimonial do parlamentar, que declarou o imóvel no valor de R$ 3,5 milhões (equivalentes à metade do castelo) ao Tribunal Superior Eleitoral em 2006. “Numa conversa que tivemos informal ele (Leonardo Moreira) me assegura que tem isso demonstrado no seu imposto de renda e que isso foi uma doação de seu pai de alguns anos atrás para ele e para o irmão. Portanto é uma questão que ele pôde elucidar num primeiro momento e, se pairar alguma dúvida, é uma questão de esclarecimento”, afirmou o presidente da Casa, deputado Alberto Pinto Coelho. (Com Juliana Cipriani)

 

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Será que é tradição de família não subir escadas…

Só rampa como a  da nossa Academia de Polícia.

TENHO PENA DO PEÑA

Não deve ser tratado como traidor; dedo-duro.

Ora, desde maio de 2008, ele vinha se mantendo silente.

Por certo aguardando que amigos contratassem escritórios de advogados gabaritados como Malheiros, Toron ou  Bialsk.

Afinal, se ele nem foi preso em flagrante, porque está preso há dez meses?

No mesmo período dezenas foram capturados por práticas iguais ou piores, mas logo foram postos em liberdade. 

Será ele mais perigoso que um Delegado – classe especial – traficante de cocaína?

É querer demais fique na cadeia de bico calado, vendo outros ganhando alvará de soltura e, ainda por cima, receber uma SUGESTA (ameaça) de outro Delegado classe especial.

Conforme boletim de ocorrência lavrado na Corregedoria Geral.

Espero que ele tenha guardado “outras provas”, embora seu depoimento , confirmado em juízo, seja, neste caso, a mais valiosa.

Só não pode , futuramente, alegar insanidade mental , grave perturbação pelos traumas  do cárcere ou qualquer outra desculpa para  se desdizer.