Nós sempre teremos que andar lado a lado com os “operacionais”. Não se iludam. A briga é de todos e por todos… 32

Amigos,

          Tentei ficar calado, mas não fui capaz. Sou ogro demais para isso.
Defendo aqui o Fabio.
          Com relação aos comentários de que o Sr. Sergio Roque e o Sr. Leal
estavam certos de não ir, e suas respectivas justificativas, vamos
raciocinar:
1) Em comparação com a carreira de magistrado, pergunto se o magistrado tem
o hábito de ir a local de crime, e com quem? A mesma pergunta serve aos
colegas que aqui se manifestaram no sentido de que se deve fazer algo em
separado para delegados, com relação às nossas atribuições.
2) Ainda fazendo comparações, magistrado cumpre mandados de busca? Com quem?
E os colegas, cumprem ou passam a bola, permanecendo comodamente em seus
gabinetes?
3) O magistrado faz plantão lado a lado com oficial de justiça ou
escrevente? E nós?
4) O magistrado entra em favela ao lado do oficial de justiça e do
escrevente? E nós, com quem entramos (se é que entramos)?

          Ora, colegas! São estruturas diferentes, carreiras diferentes.
Enquanto eles ficam em seus gabinetes com ar-condicionado, uma bela
biblioteca, sem atender ao público e com o cartório no andar de baixo e
oficiais de justiça bem longe, nós trabalhamos todos os dias (e não há como
ser diferente em nossa função) com os investigadores e escrivães. Vamos parar de bobagens!

          É possível – mas muito difícil – que um dia tenhamos as mesmas
prerrogativas que um Juiz. Todavia, ainda assim, a estrutrura da Polícia
Civil e do Poder Judiciário não mudarão. Nós sempre teremos que andar lado a
lado com os “operacionais”. Não se iludam. A briga é de todos e por todos.


Marcello Marinho Costa de Oliveira

_______________________________________

Aos leitores que não compreendem a luta do doutor Marcello Marinho  –  filho de tradicional família de juristas  – por toda a Polícia Civil. Ele poderia estar na elite; ser um 1 a. classe, inclusive.

Poderio e prestígio nunca lhe faltaram.

Mas preferiu abraçar a Polícia, em vez da Magistratura.

Ele não atrapalhou pauta alguma dos sindicatos e entidades de São Paulo; não havia uma pauta aprovada por todos os presentes. E assuntos de grande importância, segundo o nosso entendimento,  deixariam de ser levados expressa e oralmente ao Delegado Geral de Polícia.

É certo  que muitos assuntos não são da esfera de competência do Delegado Geral, mas ele ainda possui influência mais do que suficiente para levar tais reivindicações a quem de direito. Se levará é outra questão. Mas o importante foi feito pelo Marcello Marinho, falou e protocolou os pontos que o Sindicato de Santos julgou pertinentes colocar em discussão.

O seu relato não era sigiloso, assim como a reunião com o DGP não era sigilosa. A menção final quanto ao desconhecimento e falta de autorização do autor APENAS POSSUI  A FINALIDADE DE CHAMAR A RESPONSABILIDADE  – FRENTE À ADMINISTRAÇÃO E TERCEIROS – PARA O ADMINISTRADOR DESTE BLOG.

Por fim, o doutor Marcello Marinho é um dos poucos Delegados lutadores por todas as carreiras policiais civis.

Participou da reunião e prestou contas daquilo que fez e disse aos seus pares e sindicato.

Os demais participantes já prestaram contas?

O seu desprendimento de elitismo e sigilo, aliás, parece que não é bem aceito e compreendido…

Quer pelos Delegados, quer por alguns integrantes das diversas carreiras policiais civis.