Para Felício, São Paulo vive a maior crise na Segurança Pública de sua história
23/10/2008
Conforme denunciou em tribuna o líder da bancada do PT na Assembléia Legislativa, Roberto Felício, a polícia militar invadiu o cativeiro em Santo André, para criar uma “cortina de fumaça” para acobertar o episódio da guerra entre as polícias ocorrida no dia anterior nas proximidades do Palácio dos Bandeirantes. Inicialmente o governador, no programa Brasil Urgente, de José Luiz Datena, acusou o PT de incitar o movimento.
No plenário, na última segunda-feira (dia 20) o deputado Roberto Felício já antevia que tudo era uma estratégia do Palácio dos Bandeirantes: Acusar o PT e criar um fato político outro que tirasse a troca de tiros entre as polícias do foco de atenção. “A orientação que se deu foi a seguinte”, disse Felício. “ Para evitar um mal maior sobre o Palácio dos Bandeirantes e um desgaste ao Governador José Serra, vamos difundir a história de que o PT está organizando a greve da Polícia Civil. Foi uma afirmação injusta do Governador. Já tive a oportunidade de dizer, desta tribuna, que o Governador sabe que o PT não fez isso”.
No dia seguinte, continuou Felício, a sociedade paulista vivenciou mais uma tragédia. “Um professor como eu, ao levar seus alunos para fora da escola, para fazer uma atividade extra-classe, era obrigado pela legislação, e também por consciência própria, a pedir para os pais assinarem um documento, autorizando que a direção da escola e que os professores pudessem levar as crianças para visitar, por exemplo, a Bienal. Nenhum aluno – com menos de 18 anos – poderia sair da escola sem autorização por escrito dos pais.”
“Essa controvérsia de que aquela garota de 15 anos – foi ou não autorizada pelos pais – os pais estão dizendo que não, o pai da garota está dizendo que não autorizou, e a mãe da garota está dizendo que não autorizou. Mesmo que tivesse autorizado, cabe, segundo a lei, o papel do Estado é o de proteger alguém que tem menos de 18 anos, aliás, proteger a população de modo geral. Mas, ainda mais obrigado, quando se trata de menor de idade. Portanto, resta evidente que houve uma decisão política. Não foi uma decisão técnica. Estou acusando o Palácio dos Bandeirantes de ter tomado uma decisão política incorreta, talvez para criar cortina de fumaça”.
Segundo o deputado, “há boas razões para supor que a ação desencadeada não foi um erro de polícia. Não foi a polícia que errou. Houve uma decisão política. O seqüestro demorou cem horas quando aconteceu a “Guerra do Morumbi”. Algumas horas depois, toma-se uma decisão de invasão do cativeiro, colocando a vida de duas garotas em risco e com conseqüência trágica, a morte de uma delas. O Governo do Estado de São Paulo tomou, volto a dizer, uma decisão política, mais de 80 horas depois do seqüestro”.
23/10/2008
Conforme denunciou em tribuna o líder da bancada do PT na Assembléia Legislativa, Roberto Felício, a polícia militar invadiu o cativeiro em Santo André, para criar uma “cortina de fumaça” para acobertar o episódio da guerra entre as polícias ocorrida no dia anterior nas proximidades do Palácio dos Bandeirantes. Inicialmente o governador, no programa Brasil Urgente, de José Luiz Datena, acusou o PT de incitar o movimento.
No plenário, na última segunda-feira (dia 20) o deputado Roberto Felício já antevia que tudo era uma estratégia do Palácio dos Bandeirantes: Acusar o PT e criar um fato político outro que tirasse a troca de tiros entre as polícias do foco de atenção. “A orientação que se deu foi a seguinte”, disse Felício. “ Para evitar um mal maior sobre o Palácio dos Bandeirantes e um desgaste ao Governador José Serra, vamos difundir a história de que o PT está organizando a greve da Polícia Civil. Foi uma afirmação injusta do Governador. Já tive a oportunidade de dizer, desta tribuna, que o Governador sabe que o PT não fez isso”.
No dia seguinte, continuou Felício, a sociedade paulista vivenciou mais uma tragédia. “Um professor como eu, ao levar seus alunos para fora da escola, para fazer uma atividade extra-classe, era obrigado pela legislação, e também por consciência própria, a pedir para os pais assinarem um documento, autorizando que a direção da escola e que os professores pudessem levar as crianças para visitar, por exemplo, a Bienal. Nenhum aluno – com menos de 18 anos – poderia sair da escola sem autorização por escrito dos pais.”
“Essa controvérsia de que aquela garota de 15 anos – foi ou não autorizada pelos pais – os pais estão dizendo que não, o pai da garota está dizendo que não autorizou, e a mãe da garota está dizendo que não autorizou. Mesmo que tivesse autorizado, cabe, segundo a lei, o papel do Estado é o de proteger alguém que tem menos de 18 anos, aliás, proteger a população de modo geral. Mas, ainda mais obrigado, quando se trata de menor de idade. Portanto, resta evidente que houve uma decisão política. Não foi uma decisão técnica. Estou acusando o Palácio dos Bandeirantes de ter tomado uma decisão política incorreta, talvez para criar cortina de fumaça”.
Segundo o deputado, “há boas razões para supor que a ação desencadeada não foi um erro de polícia. Não foi a polícia que errou. Houve uma decisão política. O seqüestro demorou cem horas quando aconteceu a “Guerra do Morumbi”. Algumas horas depois, toma-se uma decisão de invasão do cativeiro, colocando a vida de duas garotas em risco e com conseqüência trágica, a morte de uma delas. O Governo do Estado de São Paulo tomou, volto a dizer, uma decisão política, mais de 80 horas depois do seqüestro”.