DR. MAURÍCIO ESTOU LHE DESAFIANDO PARA UM DUELO… ESCOLHA AS ARMAS! 20

Doutor, nestes dois meses – salvo o discurso do sacerdócio – o Senhor nada falou.
Não mostra as suas razões; não contraria as nossas.
Qual o motivo?
O Senhor esqueceu das suas obrigações de líder, de chefe e, principalmente, de policial comum. Sim, policial comum!
O Senhor não tem orgulho de ter iniciado a sua carreira como Investigador de Polícia?
Eu – como a grande maioria de Delegados grevistas – não temos “sangue de polícia” na veia.
Não tivemos a sorte, a oportunidade, o privilégio, de antes de nos tornarmos Delegados de Polícia servirmos a Polícia.
Ao contrário, a maior parte dos integrantes do prelatório policial – CPC – nasceu agente, escrivão ou investigador.
Absurdamente, contudo, vocês Delegados que principiaram nas carreiras policiais “operacionais”, hoje, tratam os ex-colegas como “os outros”.
Nunca a nada, a ninguém, defendem; ao revés, os oprimem como parias.
Será vergonha da linhagem!
Doutor Delegado Geral, a sua linhagem policial é indigna?
Assim, faço-lhe um desafio.
Um desafio para um duelo público em defesa dos policiais.
Duelo de armas de fogo.
Pretendo arrancar suas medalhas de campeão de tiro ao alvo.
Mas não mande o seu adjunto, pois não quero vencer de lavada.
E se perder suas medalhas de tiro, quais outras o Senhor poderá, meritoriamente, ostentar?
Das confrarias, das irmandades…
Do protocolo oficial?
Escolha o seu calibre Doutor: 45, 40, 9mm ou da coragem.

PRAIA GRANDE…SERÁ VERDADE? REMOVER UM COLEGA DIGNO POR OUTRO ALGUÉM SEM COMPROMISSO COM REGIÃO…VOU DESAFIAR O DGP PARA UM DUELO! 36

Colegas, hoje o diretor do Deinter 6, Waldomiro Bueno, determinou a todas as Chefias de Investigadores que pressionem seus subordinados para não comparecerem amanhã na passeata em São Paulo.
Essa pressão poderá resultar em contrário, muitos investigadores estão indignados com essa maneira de tentar impedir a sua participação num movimento que é legal.
Por outro lado, saiu publicado no DO de hoje a ida para o município de Praia Grande de um colega, 1ª classe, vindo de fora e que deverá obrigar a saída do atual titular do município, que é 2ª comissionado e que vem oferecendo aos seus subordinados todo o apôio ao movimento pela greve, seria uma retaliação da Administração.
Entretanto, o colega transferido encontra-se em difícil estado de saúde e pouco poderá oferecer como trabalho, o que será inconveniente para um município onde o índice de violência é grande.
Ainda hoje à tarde o diretor do Deinter 6, Waldomiro Bueno, quer reunir os delegados, onde aguarda-se mais pressão para que não apoiem a manifestação de amanhã em São Paulo e procurem impedir os colegas plantonistas de comparecerem, mesmo os que estarão de folga no dia.
(Grupo 13 de Agosto)

ESTÃO TODOS CONVOCADOS PARA A MANIFESTAÇÃO AMANHÃ …VESTIDOS COM A ROUPA DE JORGE 8

Reivindicamos legítimos interesses, nossos direitos, os quais são os mesmos interesses e direitos da SOCIEDADE.
Não representamos partidos políticos; partidos que nada mais são que grupamentos de pessoas defendendo interesses pessoais sob uma falsa ideologia.
Interesses pessoais defendidos, sempre, sob mentiroso discurso de defesa da Coletividade.
Ideologia…
Nada mais é que disfarce para cobrir a nudez…
Da torpeza, da ganância e da corrupção.
Pertencemos a uma Instituição acima dos grupos políticos – que fique bem claro – e os nossos interesses são os mesmos da SOCIEDADE.
Não nos disfarçamos através de ideologias.
Policial é pago e preparado apenas para a defesa da Sociedade.
Mas não é pelo fato de fazer parte dela, ou seja, fundir-se com a Sociedade, que deva trabalhar em regime similar a escravidão.
Político profissional não possui espírito público…
Mas espírito público sobra nos Policiais civis e militares.
Assim, amanhã no MASP, estaremos completamente desarmados…
Desnudos.
Coração e alma!
Pois a razão está do nosso lado.
Vestiremos apenas a roupa de Jorge.
Armaremos-nos só com as armas de Jorge!

LEGITIMIDADE 15

Muito se discute sobre quem manda na greve, tal ou qual sindicato, tal ou qual associação.O que TODOS se esquecem é que sindicato ou associação não faz greve…quem faz greve é o trabalhador.
A disputa pela paternidade da criança tem sido o pior inimigo dos policiais civis, em TODOS os movimentos reivindicatórios dos quais já participei… e já são 21 anos de participação ativa.
A greve é um instrumento para se obter um resultado que deve ser utilizado apenas quando foram esgotadas todas as outras possibilidades. Nosso objetivo atual é muito claro: obter melhorias salariais e melhores condições de trabalho. NADA além disso.
Houve um aceno por parte do governo que poderiam ser reiniciadas as negociações. Quem tiver um mínimo de visão política perceberá que esse aceno nunca poderia ser dado de forma oficial, pois seria contraproducente para o partido no poder e para o governador que hoje ocupa aquela cadeira, após todas as declarações feitas que não negociariam com uma categoria em greve. Quem tiver um mínimo de visão politica perceberá, também, que aqueles que usam as entidades de classe para fazer política partidária nunca aceitariam esse aceno, pois deixariam de estar na posição de força que nós, trabalhadores, lhes proporcionanamos quando entramos em greve. Para eles, boa é a greve com objetivos político-partidários, é a greve pela greve, é a greve de afrontamento, ao invés da greve com objetivos claros e simples da qual concordamos em participar. Enquanto houver a possibilidade de negociação, mesmo que para isso haja a necessidade de suspendermos a greve – como, aliás, foi feito durante o julgamento pelo TRT – teremos chance de alcançar os objetivos. Se não houver mais possibilidade de negociação, voltaremos à greve, para conseguirmos abrir novamente os canais de negociação. O que não posso admitir é ser usado como massa de manobra para que alguns obtenham vantagens políticas, seja junto à CUT – que, aliás, nada tem a ver com a minha greve – seja junto a este ou aquele partido político. Quero deixar registrada a minha gratidão às Associações: dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo – ADPESP, dos Investigadores de Polícia do Estado de São Paulo – AIPESP, dos Escrivães de Polícia do Estado de São Paulo – AEPESP e dos Funcionários da Polícia Civil do Estado de São Paulo – AFPCESP, por terem a compreensão política necessária para a condução de um movimento que pode representar nossa maior vitória na história da Polícia Civil do Estado de São Paulo. Quero também parabenizar os Policiais Civis da região de Presidente Prudente, que, democraticamente, decidiram apoiar a contra-proposta feita pelas associações acima citadas, suspendendo a paralização por 48 horas. Quanto aos que querem me usar….
NÃO CONTEM COMIGO.
Abraços a todos
Flávio Lapa Claro Investigador de Polícia DAS/DEIC

A MELHOR ANÁLISE DA SITUAÇÃO POLICIAL NO PAÍS 6

O comentario feito pelo Dr.Eduardo Mahon,advogado em MS e Brasilia com relação ao que virou a Policia após a Constituinte de 1.988 foi até hoje a melhor explanação dessa situação alarmante e enfraquecida que é hoje vivenciada em toda a entidade policial.
Não faltou nada a ser exposto,e seria excelente se pudesse ser veiculado pela imprensa,escrita ou falada,ou ambas para que seja conhecida porque toda a Policia se vê tolhida no desempenho de sua missão,e diminuida,injustamente pelo Poder Publico.
Basta ver que o que tudo a que temos direito temos sempre uma luta insana para obter-se,e tudo só sai no”forceps”nunca em “parto normal”, ou seja, “na Marra”.
Se houver a aquiescência do colunista autor do comentario seria ótimo,repito.
Carlos

"A polícia como um todo quer dignidade." 13

O deputado Olimpio Gomes (PV) se manifestou sobre artigo publicado nesta quarta-feira, 8/10, no jornal O Estado de S.Paulo, intitulado “Os delegados e a política”.
Gomes discordou da manifestação do desembargador do Tribunal de Justiça do Estado, Aloísio de Toledo César, sobre a polícia.
Segundo o deputado, a Lei 731/93, que estabeleceu a paridade de vencimentos dos policiais civis e militares trouxe harmonia e equilíbrio, pois, não há de se diferenciar atividades com o mesmo grau de risco e comprometimento com a causa pública.
“A greve não foi uma opção, mas a única saída que o governo deixou aos policiais por pura incompetência e irresponsabilidade em sua gestão”, disse o deputado, ressaltando que mudar a lei dando dignidade somente aos delegados e se esquecer dos operacionais da Polícia Civil, entre eles os da Polícia Técnico-Científica, bem como de toda a Polícia Militar é literalmente “matar a vaca para acabar com o carrapato”.
“Não são apenas os delegados que têm os piores salários do país, são todos os policiais do nosso Estado”, disse Gomes.
“Lembro-me como se fosse hoje que, na madrugada de 18/12/2007, foram votados pela Assembléia Legislativa os subsídios dos juízes e promotores, cujo piso foi para R$ 16,8 mil.
Na ocasião, ninguém cogitou desatrelar a justa, merecida e constitucional paridade entre juízes e promotores.
Por quê propor agora para a polícia um desatrelamento injusto e perverso?
Tal propositura só potencializaria a crise.
“A polícia como um todo quer dignidade.”
molimpio@al.sp.gov.br

CONSIDERAÇÕES SOBRE A GREVE 11

Usarei aquí os ensinamentos do sábio Mestre Rubem Alves:Comparado com as outras espécies animais, o Homem, mesmo nascido de gestação a termo, é prematuro.
Não possui habilidade nenhuma, a não ser chorar quando sente alguma necessidade.
Um filhote de cavalo já nasce sabendo andar…um filhote de Homem só começa a engatinhar após alguns meses.
A natureza assim o fez, sem quaisquer instrumentos de sobrevivência além do choro.
Por outro lado, o ser humano carrega consigo, em uma das mãos, uma caixa de ferramentas, que o torna o animal mais poderoso do mundo. Na outra mão, carrega uma caixa de brinquedos.
Na caixa de ferramentas, trazemos coisas que são úteis para nossa sobrevivência…que nos dão poder…são objetos, como uma faca, um automóvel, um par de óculos…
Cabe a cada geração passar aos seus filhos essas ferramentas, e lhes ensinar como utilizá-las.
Ainda na caixa de ferramentas, está a capacidadade de pensar. Com essa capacidade, ele consegue aprender a usar as ferramentas…
A Ciência é a utilização da capacidade de pensar para criar novas ferramentas.Na caixa de brinquedos estão coisas inúteis.
Um sorriso de criança…o barulho das ondas nas pedras…a beleza de um Monet, a Valsinha, do grande Chico… a discussão sobre a traição de Capitu… São coisas que não servem para absolutamente nada… São sensações boas, é a beleza das coisas, é a sensibilidade à Arte… Não nos ajudam a sobreviver, não são instrumentos que utilizamos para conseguir Poder….Não têem qualquer serventia, a não ser nos dar prazer. A vida de um ser humano é boa quando ele consegue usar as ferramentas para abrir a caixa de brinquedos….
A Greve é um instrumento a ser utilizado quando as possibilidades de se obter o resultado esperado através da negociação cessam totalmente.
O objetivo da Greve deve ser forçar uma das partes envolvidas a iniciar ou retomar uma negociação…e o resultado de qualquer negociação é bom quando todas as partes envolvidas sentem que de alguma forma tiveram parte dos seus anseios satisfeitos.
Como instrumento de poder, a Greve se situa na caixa de ferramentas dos trabalhadores.
Não é um fim em si mesmo…Se o fosse, estaria na caixa de brinquedos, não da de ferramentas…..
Quem faz a greve não é este ou aquele líder ( ? ) sindical, mas o conjunto dos trabalhadores que resolvem, por maioria, que a categoria representada por aquele lider ( ? ) deve paralisar suas atividades.
O papel das lideranças não é decidir, mas implementar a decisão dos seus representados.
Ocorre que alguns líderes ( ? ) se julgam no direito de decidir por toda a categoria. Quando isso acontece, a greve – como ferramenta – sai da caixa de ferramentas do conjunto dos trabalhadores e vai para a caixa de ferramentas daquele líder ( ? ) … deixa de ser um instrumento usado para se obter um resultado positivo para os trabalhadores e passa a ser usado para que o líder ( ? ) obtenha poder.
Poder político, poder financeiro, poder com fins inconfessáveis.
Pior que isso é quando, ao invés de ir para a caixa de ferramentas do líder ( ? ), a greve vai direto para sua caixa de brinquedos.
Aí é a Greve pela Greve.
É a Greve inútil, sem objetivo outro que não dar prazer ao líder ( ? ). Nosso movimento chegou em um ponto que teremos que decidir: Vamos deixar os líderes ( ? ) tirar a greve da nossa caixa de ferramentas e passar para a deles ? Deixaremos que eles usem nossa ferramenta para abrir as suas próprias caixas de brinquedos ?
Parece-me que os dirigentes das Associações: dos Delegados (ADPESP), dos Investigadores (AIPESP), dos Escrivães (AEPESP) e dos Funcionários da Polícia Civil (AFPCESP) compreenderam melhor o que é uma greve e quais são os seus objetivos.
A proposta de suspensão da greve por 48 horas para que possa haver negociação com o Governo satisfaz totalmente a definição de Greve.
Esta é a liderança que não está subtraindo a ferramenta da nossa caixa para colocá-la na sua própria. Prova disso é que os Policiais Civis da região de Prudente, em ASSEMBLÉIA GERAL, decidiram apoiar tal proposta.
Os Policiais Civis da região de Campinas, idem.
Os Delegados de Polícia, em reunião convocada pela ADPESP, também assim o deliberaram.
As diretorias da AIPESP e da AEPESP, consultadas, aderiram totalmente à proposta.
Sugiro às lideranças ( ? ) de TODAS as entidades de classe que consultem aqueles que dizem representar, para saber COMO seus representados querem que a ferramenta GREVE seja utilizada.
Tenho certeza que as respostas nos supreenderão a todos.
Abraços….e até a vitória final.
Flávio Lapa Claro

Por falta de atenção Polícia Civil caminha para extinção 5

Buraco negro
Por falta de atenção Polícia Civil caminha para extinção
por Eduardo Mahon
Retrocedamos a 1987. Assembléia Constituinte instalada. Conflito de viés socialista como projeto de organização financeira e social e o parlamentarista, como alvo almejado pela esquerda intelectualizada. Projeto abortado pelo centrão. Fraturas no partido majoritário. Noite das punhaladas. Guerra das garrafadas. Era a História do Brasil se reescrevendo como farsa. O Congresso foi tomado pelo Brasil e seus lobistas sem carteira assinada. Eram vários congressos, tantos quantos os interesses. Emplacar um artigo na nova ordem constitucional: missão dos segmentos. Quando organizados, conseguiam. Muito organizados, iam além.
Comissões, subcomissões, grupos de trabalho. Recortes de dispositivos constitucionais estrangeiros no carpete dos apartamentos funcionais dos congressistas. Trabalho e negociação varando a madrugada. Artigos inseridos na undécima hora. Disposições transitórias-permanentes e permanentes-transitórias. Acomodação geral: tudo estava previsto e todos foram contemplados. E que Deus nos ajude. Só não se sabia ao certo de que forma tudo se ajeitava. Carência de regulamentação. Aparente ineficácia. Troca de acusações: o texto tornava o país ingovernável ou o governo era ingovernável? Coragem e covardia. Trevas e ilustração. Cinismo e verdade. É o Brasil.
Estava dissolvida a ditadura militar. A proximidade dos 20 anos de chumbo era, naquele momento, insuportável. Um dos temas-tabu naquele congresso era a segurança pública. Qualquer menção ao fortalecimento da categoria profissional policial iria frontalmente de encontro à abertura democrática, ressentidos os constituintes da repressão e do exílio. Atividades de inteligência policial, estratégias de investigação de núcleos marginalizados, (re)aparelhamento, modernização e treinamento policial, todos esses assuntos causavam arrepios e eram rechaçados. Afinal, um policial treinado poderia ser mais perigoso do que um néscio. Eram, então, sinônimos polícia e a censura repressiva. Políticos e imprensa com medo. Lembranças do Dops e Doi-Codi.
Gangorra de poderes. Enfraquecida a categoria policial, fortalecido o Ministério Público, após um discreto e poderoso lobby. Périplo gabinete por gabinete. A tese inicial era desvencilhar o MP da advocacia estatal. Rapidamente, evoluiu para garantias funcionais equiparadas às da judicatura e, finalmente, chegaram não só à completa independência institucional, como também inúmeras outras funções. Era o quarto poder. Mas o “poder do bem”. Surgiram os defensores da sociedade, fiscais da lei. De posse deste slogan, o Ministério Público, ao contrário da polícia e das forças armadas, foi adotado como filho querido da democracia, da liberdade, do novo pacto nacional com os critérios do Estado Social dos quais se constituía a nova catequese constitucional.
A polícia ficou sem independência. Sem imagem própria. Tímida, não tinha condições de organizar-se para pleitear nada. Controlar a polícia era essencial para manter os “cães da ditadura” sob controle. Justo por isso, a cargo do Ministério Público ficou confrontar, ainda que externamente, o poder policial. Sobrou uma nesga de garantias, centradas na prerrogativa policial, que é o inquérito policial, tutelado, supervisionado, limitado. Essa dicotomia, espécie de tatuagem ideológica, nunca mais foi removida na mentalidade brasileira — o bem contra o mal. Minguada, humilhada, submetida, à polícia restaram todas as críticas, as denúncias, as desconfianças, despojos das duas décadas de golpe militar. Um “mal necessário”, cujo cidadão teme, desconhece e quer distância.
Atualmente, está em curso um sutil movimento orquestrado de esvaziamento da polícia. O objetivo final é submetê-la, por completo, ao Ministério Público. Como fazer isso se estão elencadas as prerrogativas das autoridades policiais? É simples. Além de minar a credibilidade da classe, divulgando amplamente imagens negativas, intervindo brutalmente nas questões internas, sucateando a máquina policial investigativa, retroalimentando a frustração social com relação às atividades inerentes dos delegados e seus agentes, as atribuições constitucionais são maliciosamente (re)interpretadas como “concorrentes” e não “exclusivas”.
Lentamente, outras instituições estão abocanhando nacos de atribuições constitucionais. O Ministério Público quer, também, investigar. A Polícia Militar quer, também, lavrar termos circunstanciados. Políticos com propostas ingênuas de integrar as polícias; enfim, um conjunto de medidas de sufocamento policial civil. O ardil está ganhando força. Só que ninguém nota. Se não houver a mínima atenção para o quadro policial civil, brevemente veremos a sua extinção. A fragilidade da polícia gera outros monstros, tão ou mais perigosos que os porões militares. São piores porque aparentemente são legítimos. O centro gravitacional quer se tornar um buraco negro e a polícia civil, depois de enfraquecida, será apenas um satélite a ser engolido.
Revista Consultor Jurídico, 8 de outubro de 2008
Sobre o autor
Eduardo Mahon: é advogado em Mato Grosso e Brasília.

A miséria e mendicância das polícias, além de material é também moral, aviltante, humilhante e um chamamento a guerra! 38

Colegas, diante dos acontecimentos, parei hoje para pensar quais motivos desencadearam a maior e única greve ocorrida na Polícia Civil.
Cheguei ás conclusões abaixo e tenho certeza que, caso haja uma nova greve futuramente, não será mais por todos esses mesmos motivos e sim, apenas por melhores salários.
Saibam, porque EU entrei em greve.
1-Regime ditatorial imposto por Diretores. 2-Diferente tratamento aos subordinados não apadrinhados . 3-desvio de função de Delegados, culminando em 04 equipes 4-O afronto e acinte do enriquecimento ilícito oriundo da corrupção e sua Publicidade escandalosa na mídia brasileira 5-Perda total de respeito á hierarquia diante da corrupção e desmoralização 6-Envolvimento da instituição com os Bingos e maquineiros 7-critério discricionário nas promoções e ausência de respeito com os Delegados 8-Salário aviltante
Colegas, talvez sequer os Delegados de Polícia que ocuparam a cadeira da DGP, se atentaram para os fatos que desencadearam a greve em todo território paulista, muito menos o Governo que comodamente presumiu que a Polícia andava mal apenas com relação aos salários.
Ledo engano e que sirva de exemplo a todos brasileiros e muito mais aos partidos políticos, que sempre fizeram das milícias sua grande alcova, ora apadrinhando alguns com lugares privilegiados, ora perseguindo outros, vistos como simples moedas de troca de cadeiras.
O governo jamais imaginou que a polícia faria greve e movimento na proporção atingida, porque sempre pensou que essa mesma polícia complementa diuturnamente seu salário, na base da propina, do acobertamento de atividades Ilícitas e na sociedade com os bingos e jogo de bicho. Certa vez, a imprensa filmou delegados andando de Porshe e Ferrari, mas não mostrou aqueles que sequer carro possuem.
A mídia ainda mostrou, apartamentos de cobertura em Moema, Guarujá, São Lourenço, empresas de propriedades de Delegados, mas nunca mostrou que muitos simplesmente não têm onde morar e outros moram nas favelas, conforme diversos Policiais militares e Civis que conheço.
Eclodiu-se a greve.Era inevitável, iminente e incontrolável.
Mais que uma greve, foi a quebra das mordaças, do grito calado na garganta, comparado talvez Á revolução Francesa diante da soberba de Maria Antonieta contrastando com a miséria de muitos.
A miséria e mendicância das polícias, além de material é também moral, aviltante, humilhante e um chamamento a guerra!
Os grevistas mostraram a guilhotina afiada para as cabeças das inúmeras Marias Antonietas da Polícia!
Desafiou-se o poder instalado, a hierarquia desmoralizada pelos escândalos e submissa ao jogo governamental. Milhares de bandejas á espera de cabeças, principalmente aquelas ligadas diretamente ao Governo.
Todos pegos de surpresa.
Até mesmo um ataque de facções criminosas era previsível.
Rebelião por parte da polícia, jamais.
Diante da quebra de braço, o Governo tinha de encontrar uma saída honrosa diante da derrota e aguardava desesperadamente um sinal verde de alguma das entidades ligadas á greve, para um início de conversa e suspensão da forca para pescoços incautos.
Enquanto as passeatas abriam os olhos atônitos de toda a sociedade, nos bastidores foi montado o quebra cabeça, tanto é certo, que três dias antes do anúncio da trégua, diversos delegados titulares já estavam cientes da proposta.
Menos os grevistas!!
A proposta de trégua, veio por meios duvidosos, porém em bom momento e acertadamente. Inverte-se a posse do “sapo-inchado”, transferindo-se a responsabilidade tida como intransigente por parte dos grevistas, para a saída “honrosa” do governo e seu medo de confessar perdido o controle estatal da Segurança Pública.
Colegas, o Governo no desespero de ser linchado pela opinião pública, certamente oferecerá alguma coisa de Imediato aos grevistas.
Não esperem muito, porque os motivos que ensejaram a greve, não foram sedimentados em salários somente, conforme mostrei.
Busca-se a dignidade de funcionários públicos e não de escravos de uma elite privilegiada nos meios policiais.
Seja escrito torto por linhas mais ou menos retas, o Dr.Roque fez o jogo dos bastidores e projetou uma ponte entre grevistas,governo, em busca de uma solução, ou ao menos, que o Governo nos diga o que tem a oferecer.
No meu entender desde o princípio, não houve qualquer traição, houve sim, acertos de bastidores, porque a greve e paralisação é apenas um dos itens dos movimentos reivindicatórios, não é um estado de permanência eterna onde apenas um dos lados grita desesperadamente para que o outro o escute. Essa negociação era realmente necessária e não representa que os grevistas recuaram. Apenas deram uma oportunidade ao opressor.
Colegas, como bons estrategistas e verdadeiros “revolucionários” que fomos até agora, não devemos demonstrar fraqueza intelectual ou carência de diplomacia,através de sugestão de expulsão do Dr.Roque da Adpesp.
Essa conduta não é digna daqueles que se dizem pertencentes da Nova Polícia!
(Jo )

Fracassa acordo para fim da greve de policiais em SP 21

Fracassou a tentativa de acordo entre a Secretaria de Gestão Pública paulista e representantes da Polícia Civil sobre o reajuste salarial para ativos, inativos e pensionistas da categoria.

As partes voltaram a se reunir hoje para tentar por fim à greve de policiais civis.

As negociações serão retomadas amanhã, em nova reunião.

Neste segundo dia de negociações, além da Associação dos Delegados (Adpesp), participaram do encontro representantes de agentes, funcionários, investigadores, carcereiros, escrivães e papiloscopistas e equipes técnicas da pasta e da Secretaria de Segurança Pública (SSP). Eles conversaram com o secretário Sidney Beraldo.

Os policiais já conseguiram a extinção da quarta e da quinta classes, beneficiando mais de 1,2 mil delegados, e a autorização do envio de um projeto de lei para a Assembléia Legislativa que regulamenta a aposentadoria especial.

A Adpesp decidiu, nesta semana, suspender a paralisação da categoria para voltar a negociar com o governo. Segundo a associação, o registro de boletim de ocorrência, que durante a greve se restringiu a casos graves, voltou ao normal.
(O ESTADO)

só não estando aqui a minoria de Policias corruptos que não precisam de salário e que envergonham a nossa Polícia 25

Já fazem mais de trinta anos que não vejo uma manifestação por parte de Policiais Civis, com tanta coragem, que em estado de greve reivindicam salários dignos.
O que vemos são todas as categorias unidas em um único objetivo sem medo de suas chefias, Delegados autoritários, Cardeais que só pensam na suas cadeiras, esquecendo-se que elas são passageiras.
Talvez ganhando muito bem com o dinheiro da corrupção.
Nesta passeata estão Policiais Civis unidos a fim de levar a Polícia Civil ao lugar que ela merece, só não estando aqui a minoria de Policias corruptos que não precisam de salário e que envergonham a nossa Polícia.
Esta reivindicação por dignidade salarial é a liberdade dos cala boca e dependência de propinas de jogo de bicho, maquininhas, bingo etc. e bicos que são obrigados a fazer para conseguirem um dinheirinho a mais.
Família Policial Civil vamos continuar unidos independente das decisões políticas, das traições de algumas entidades classistas (leia-se Associação dos Escrivães, Associação dos Investigadores, Associação dos Funcionários da Policia Civil do Estado de São Paulo e Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo, alguns dos Delegados Seccionais e todos os Diretores de Departamentos) seguindo com nosso único objetivo que é DIGNIDADE SALARIAL.
(colaboração TIN)

O PSDB E A SOLUÇÃO PARA A CRISE FINANCEIRA: GOVERNO DEVE CORTAR GASTOS 8

Os líderes do PSDB defendem – há anos – que todo o dinheiro público deve ser destinado a investimentos produtivos.
Salvo o dinheiro para o bolso dos parlamentares e comissionados.
E produtivos significa: INICIATIVA PRIVADA.
A FIESP, o COMÉRCIO e os BANCOS.
Logo – aguardem – a próxima desculpa do governo paulista será:
A CRISE INTERNACIONAL INVIABILIZOU QUAISQUER AUMENTOS PARA OS POLICIAIS.
Diga-se de passagem, argumento empregado em 1999…2001…02…03…04…05…1990…1988…. 1985 .

Suspensão em SP não deve mudar greve dos policiais em Santos 13

quarta-feira, 8 de outubro de 2008, 19:03
Suspensão em SP não deve mudar greve dos policiais em Santos
Presidente do sindicato na Baixada Santista disse que ruptura trouxe evasão de apenas 10% no movimento
Rejane Lima – O Estado de S.Paulo
SANTOS – A decisão da Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (Adpesp) de suspender a paralisação não causou mudança no rumo do movimento na Baixada Santista, segundo o Sindicato dos Funcionários da Polícia Civil do Estado de São Paulo na Região de Santos (Sinpolsan).
No entanto, o presidente do sindicato, Décio Couto Clemente, admite que a ruptura do grupo trouxe até 10% de evasão ao movimento que agora conta coma a adesão de 90% dos policiais civis da região. “É uma ou outra delegacia com não delegados sócios da associação que quererem acompanhar a decisão, mas isso vai tirar o rumo do movimento, pois eles precisam dos escrivães para bater os Boletins de Ocorrência”, explicou.

Clemente afirma que embora o Governo estivesse torcendo para que a decisão do Adpesp causasse a divisão da categoria, isso não aconteceu na Baixada Santista. “São apenas 48 horas que decidiram parar com a greve, sexta-feira nós estaremos de braços abertos esperando por eles”, disse.

De acordo com o presidente do Sinpolsan, os policiais da região já se preparam para a grande passeada marcada para a sexta-feira, às 15 horas, na Avenida Paulista, na capital. “Já estamos com três ônibus lotados que devem sair de Santos às 11 horas”, explicou.