DELEGADO CLASSISTA RECEBE VOZ DE PRISÃO DE JUIZ 3

“O Diretor da cadeia de Indiaporã, Seccional Fernandópolis, Deinter 5, se negou em levar um preso para audiência do tribunal do júri hoje de manhã, em represalia foi ripado e o juiz expediu mandado de prisão contra o mesmo. ” “O Diretor da cadeia está na Delsecpol, aguardando a sua prisão, o Juiz está fazendo TC de desobediência contra ele usando o diretor do cartório como escrivão. O bicho está pegando. Está um rolo danado e os colegas DelPols estão se dirigindo para a Delegacia de Polícia para tentar solucionar o problema.” (COLABORAÇÃO – MOVIMENTO 13 DE AGOSTO)

JORNAL DO SBTJosé Serra precisa parar de bancar o cowboy, baixar a bola e pagar melhores salários aos policiais: 3

O jornalista JOSÉ NEUMANE FILHO, comentarista do Jornal do SBT, declarou agora (00:55 h de 25/09), que o governador José Serra precisa parar de bancar o cowboy, baixar a bola e pagar melhores salários aos policiais.
Ressaltou que não é favorável a greve mas que, em 14 anos, o PSDB nada fez para pagar melhor os seus policiais, que recebem salários aviltantes.

DA FOLHA DE SÃO PAULO: SERRA PUNE MAIS UM DELEGADO

Policiais fazem ato no centro; Serra pune mais um delegado Com medo de invasão, prédio da Secretaria da Segurança fechou as portas durante protesto
Serra atribuiu a continuidade da greve, que já dura oito dias, a sindicatos e à CUT, além do momento político

Danilo Verpa/Folha Imagem
Policiais durante caminhada pela rua Líbero Badaró (centro)
DA REPORTAGEM LOCAL No oitavo dia consecutivo de greve dos policiais civis, pelo menos 600 policiais, segundo os organizadores, realizaram ontem uma manifestação no centro de São Paulo que culminou com protesto em frente à Secretaria da Segurança Pública, na rua Líbero Badaró, para pedir a renúncia do titular da pasta, Ronaldo Marzagão.Entoando o bordão “pede pra sair”, do filme “Tropa de Elite”, e “Para não dizer que não falei de flores”, hino esquerdista de Geraldo Vandré, os policiais -alguns deles armados- ficaram em frente ao prédio da secretaria por 40 minutos. Temendo que o prédio fosse invadido pelos manifestantes, as portas do edifício foram fechadas pela Polícia Militar.O governo, que já havia suspendido as negociações e ameaçado cortar o ponto dos grevistas, afastou ontem dois delegados de seus cargos.O primeiro a perder o cargo, no setor de inteligência da Polícia Civil, foi o presidente da Adpesp (associação dos delegados), Sérgio Marcos Roque, o que foi interpretado como retaliação pela categoria.Roque, em entrevista à Folha na semana passada, disse que os grevistas iriam seguir o governador para pressioná-lo.Além de Roque Neto, também foi afastado do cargo o delegado seccional de Barretos, João Ozinski Júnior.A Folha apurou que outros delegados, principalmente do interior do Estado, onde a adesão é maior, também poderão perder o cargo por não estarem conseguindo impedir o apoio de seus comandados à greve.Com megafones e carros de som cedidos pela CUT (Central Única dos Trabalhadores) e pela Força Sindical, os manifestantes partiram da sede da Adpesp e seguiram em passeata.O apoio da CUT aos grevistas foi criticado ontem à tarde pelo governador José Serra (PSDB), que vinha evitando dar declarações públicas sobre a greve.Indagado se as relações entre governo e grevistas não vêm se esgarçando, Serra disse que não e atribuiu à continuidade da greve a sindicatos e à CUT, além do momento político, em plena campanha eleitoral.”Em todo caso, a responsabilidade não é do lado da Secretaria da Segurança. Aí há muito movimento sindical, a CUT no meio, muito ativa, questões políticas. E também desinformação do que o governo se propôs a fazer desde o primeiro semestre”, disse o governador.Serra disse que o Estado não pretende fazer nova proposta aos policiais, que querem 15% de reajuste imediato, mais duas parcelas de 12% no ano que vem e em 2010.Já o governo oferece um pacote de medidas que, segundo a Secretaria de Estado de Gestão, proporcionará aumento de até 38% a delegados, além de outros benefícios aos policiais.O secretário-geral da CUT, Adi Lima, disse que a entidade continuará prestando apoio aos policiais e que, caso os grevistas peçam, pode até tentar uma audiência com o governo.”Lamentamos a atitude do governador, que tem o papel de resolver o conflito, e não de criticar uma entidade de classe. Essa crítica não leva a resolver o conflito, mas a estimulá-lo.”Ontem, segundo a Delegacia Geral da Polícia Civil, a adesão à greve estava abaixo de 40% em todo o Estado e em cerca de 30%, na cidade de São Paulo.Por conta da manifestação, a CET teve que interditar temporariamente diversas ruas do centro, por volta das 11h.A Folha falou com 20 dos manifestantes e constatou que 16 eram da ativa e de delegacias do interior. Para a organização, o ato chegou a contar com 2.000 policiais. Para a Secretaria da Segurança, eram 250.Segundo o comando de greve, a passeata foi uma resposta ao governo, que determinou à PM que registrasse boletins de ocorrência e os enviasse diretamente ao Ministério Público, sem o intermédio da Polícia Civil. Até ontem, haviam sido elaborados pela PM 548 BOs.Em junho de 2007, os policiais civis tentaram uma operação-padrão. Em 2003, policiais civis e militares fizeram uma grande manifestação no vão livre do Masp. (LUIS KAWAGUTI, JOSÉ ERNESTO CREDENDIO e CATIA SEABRA)

O ESTADÃO AOS POUCOS MUDA DE OPINIÃO 2

Quinta-Feira, 25 de Setembro de 2008
A crise da Polícia Civil
A greve dos escrivães, investigadores e delegados da Polícia Civil de São Paulo, que já entrou no décimo dia, agravou-se ainda mais com o apoio dado aos grevistas pelas entidades que representam os oficiais da ativa e da reserva da Polícia Militar. Em nota oficial, as entidades classificam como “justas” as reivindicações dos policiais civis, pedem o reexame da política salarial no setor de segurança pública e afirmam que, depois de ter comprado 10 mil armas e 2 mil viaturas, o governo estadual agora tem de investir em capital humano.
A nota também afirma que todas as corporações policiais do Estado de São Paulo estão “trabalhando no limite”, recebendo salários incompatíveis com o grau de periculosidade das atividades que exercem, uma vez que têm de enfrentar criminosos cada vez mais audazes e violentos. Escrivães, investigadores, funcionários técnico-científicos e delegados pleiteiam 15% de reajuste em 2008, mais 12% no próximo ano e outros 12% em 2010.
O governo estadual alega que esse aumento levará a um acréscimo de R$ 3 bilhões na folha de pagamento do funcionalismo, que é de R$ 7 bilhões.
O máximo que oferece é um reajuste de 4,5% no salário-base e um plano de reestruturação de carreiras.
Os grevistas têm razão quando se queixam dos baixos vencimentos.
Quando promoveram uma “greve de advertência” de um dia, em agosto, eles apresentaram um relatório dramático da situação salarial em que se encontram.
Segundo o documento, cerca de 90% dos investigadores vêm exercendo outra profissão para completar a renda, o que significa que a atividade policial está sendo convertida em “bico”.
Os delegados paulistas alegam – e é fato – que os vencimentos da categoria no final da carreira são muito inferiores aos salários que a Polícia Federal paga aos delegados recém-admitidos.
Eles também afirmam que o salário médio da corporação é menor até do que o salário inicial dos patrulheiros rodoviários federais, função que não exige formação superior.
Os delegados dizem ainda que não receberam reajuste em 2006 e 2007. Os escrivães e os funcionários técnico-científicos reclamam que estão sem aumento real há mais de 14 anos. Em nota divulgada na semana passada, o governo informou ter concedido um reajuste salarial médio de 23,43% aos 125 mil policiais civis, militares e técnico-científicos no ano passado.
Investigadores e delegados alegam que a informação é incorreta, pois o aumento foi pago apenas a título de “gratificação”, não tendo sido incorporado ao salário-base nem estendido aos aposentados e pensionistas.
A nota das entidades de oficiais da ativa e oficiais reformados da Polícia Militar também acusa o governo estadual de recorrer ao expediente das gratificações “como forma de evitar aumentos reais”.
As reivindicações do funcionalismo da Polícia Civil de São Paulo são procedentes.
A política salarial seguida pelo governo do Estado nos últimos anos levou a situação salarial dos escrivães, investigadores e delegados a um perigoso ponto de degradação.
É isso que explica o sucesso da greve, que conta com a adesão de 100% da categoria no interior e de 60% na capital.
O que não se justifica, porém, são os excessos que os policiais civis têm cometido, nos dias de greve, negando à população os serviços essenciais a que ela tem direito em matéria de segurança. Ao deixar de abrir inquéritos e de fazer boletins de ocorrência, registro de roubos, investigações criminais, vistorias de veículos, operações de busca e apreensão e localização de pessoas desaparecidas, os grevistas prejudicam toda a sociedade. Ao impedir os advogados de visitar clientes, especialmente nas cadeias públicas do interior, eles dificultam o funcionamento da Justiça, o que é crime previsto por lei. E, quando se recusam a fazer o registro de perdas de documentos pessoais e cédula de identidade, documento fundamental para o exercício da cidadania, eles estão afrontando a própria Constituição. Se têm razão no mérito de suas reclamações e pretensões, os grevistas pecam pelos métodos que adotaram para pressionar o governo estadual a acolher seus pleitos.

AOPM e AORRPM, vêm a público para manifestar solidariedade aos policiais civis em suas justas reivindicações 11

No momento em que a situação da segurança pública encontra-se em crise no estado de São Paulo em função da greve parcial no efetivo da Polícia Civil, o que torna precário o funcionamento das delegacias de polícia, as Associações dos Oficiais da Polícia Militar do Estado de São Paulo, AOPM e AORRPM, vêm a público para manifestar solidariedade aos policiais civis em suas justas reivindicações de recomposição salarial e incorporação aos salários das gratificações criadas pelo governo como forma de evitar aumentos salariais.
Lembramos à sociedade paulista e ao governo que a situação da família policial militar é absolutamente idêntica a dos companheiros policiais civis, motivo pelo qual esperamos do governador do Estado suficiente lucidez no reexame de sua política salarial, de forma a recuperar a dignidade dos policiais e bombeiros paulistas.
É evidente que a esses homens e mulheres, que mal conseguem prover o sustento de suas famílias, que se esgotam servindo à sociedade, em contato diurno com vítimas de crimes e de sinistros em condição de angústia, dor e sofrimento, e com criminosos cada vez mais ousados e perversos, estão trabalhando no seu limite.
E vemos com tristeza e preocupação governantes, afirmando que investem na segurança pública porque compram armas e viaturas, como se somente esse tipo de investimento pudesse significar uma política de segurança eficaz, dispensando o investimento no fator humano das organizações policiais e de bombeiros. Nenhuma política de segurança será eficaz se não valorizar o policial e o bombeiro, dignificando suas profissões a começar pelo seu salário.
Aproveitamos a oportunidade para tranqüilizar a sociedade paulista, pois seus bombeiros e policiais militares, com certeza, continuarão a protegê-la com o mesmo denodo como vêm fazendo, geração após geração há mais de um século e meio, apesar do não reconhecimento atual das autoridades governamentais do Estado.
Cel. Res. PM Luiz Carlos dos Santos
Associação dos Oficiais da PMESP
Cel. Res. PM Hermes Bittencourt Cruz
Associação dos Oficiais da Reserva e
Reformados da PMESP

GENTE DE CORAGEM DE BARRETOS 5

Na foto: Em Barretos delegados participaram de passeata amordaçados.
AQUI….TEM GENTE…QUE CANTA….
TÔ NEM AI….TÔ NEM AI…..
ISSO VALE PRÁ TODOS OS POLICIAIS….
TODOS…TODOS…TODOS…TODAS…TODAS…
TENHO VERGONHA….
IMAGINE EU NA MINHA RODINHA DE AMIGOS….
MAS O CHECÃO ESPECIAL COMENDO SOLTO….
OU ALGUÊM BANCANDO…
TÁ TUDO CERTO….

O TJD DEVE PAGAR BEM 7

Caro Roberto:
Não sou delegado, sou advogado, mas tenho profundo respeito pelo movimento grevista proposto pela classe.Decerto, os que se insurgiram contra o quadro de corrupção ululante pelo qual passa a polícia de São Paulo, foram justamente os policiais honestos.E o quê me causa maior repulsa, indignação, asco, e vergonha de ser brasileiro, é que ao mesmo tempo em que os policiais honestos estavam em greve. Outros policiais, CONTRÁRIOS AO MOVIMENTO DE CLASSE E DESAGRAVADOS POR TAL COMPORTAMENTO, ESTAVAM TRABALHANDO.MAS O QUÊ É PIOR NÃO ESTAVAM EM SEUS LOCAIS DE TRABALHO, ESTAVAM FAZENDO LOBBY JUNTO AO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DESPORTIVA DA FEDERAÇÃO PAULISTA DE FUTEBOL. LOCAL ONDE, EMBORA NÃO SEJA LIGADO AO TRABALHO DÁ MUITO IBOPE.http://www.futebolpaulista.com.br/tjd.php?sec=15&sub=&cod=16937http://www.futebolpaulista.com.br/tjd.php?sec=15&sub=&cod=16926
ESTAVAM ARDUAMENTE “TRABALHANDO” OS DELEGADOS- Ivaney Cayres de Souza- Acyr José de Almeida.- Emilio Françolin Júnior
DOS OUTROS NÁO SEI QUAIS SÃO DELEGADOS:1ª Comissão Disciplinar: Presidente – Dr. Acyr José de Almeida.Auditores: Drs.Rui Augusto Martins; Emilio Françolin Júnior; Sonia Andreotti Carneiro Frúgoli; Aloizio Rodrigues.2ª Comissão Disciplinar: Presidente – Dr. Luis Antonio Martinez VidalAuditores: Drs.Vitor Monacelli Fachinetti Júnior; Adalberto Montes; Paulo Valed Perry Filho; Mauro Marcelo de Lima e Silva.3ª Comissão Disciplinar: Presidente – Dr. Mauricio Neves Fonseca; Geraldo Jabur; Antonio Luis Ravani; Marcos Cesar Amador Alves; José Marcelo Previtalli Nascimento.
PRESIDENTE – T.J.D: Dr. Ivaney Cayres de Souza.
24 de Setembro de 2008 23:32

Promotor ao receber das mãos de um miliciano um B.O.P.M. despachou finalizando: "… apresente este a autoridade policial civil ao final da greve." 5

:: BASTA!
Mais uma vez os representantes da ADPESP se reuniram em São Paulo. O objetivo da reunião foi fazer uma avaliação do movimento e preparar novas estratégias para semana que vem. O comparecimento foi grande e as notícias animadoras. Nossa manifestação cresce a cada dia. A cada investida do Governo aumenta a adesão. Os policiais civis de São Paulo estão fazendo história mostrando ao governo que são uma Polícia de fibra e coragem. O Interior tem adesão totalo DECAP beira os 90%. O Governo não quer acreditar divulgou hoje19/9que nossa greve diminuiu. Parece que ele não sai à rua nem lê jornal. Tenta conter o movimento com “factoides”. Chegou notícia ao Comando de Greve que determinado Promotor ao receber das mãos de um miliciano um B.O.P.M. despachou finalizando: “… apresente este a autoridade policial civil ao final da greve.” Hoje se manteve o índice de adesão que continua acima dos 80%. A partir da próxima semana os manifestantes preparam ações pontuais para dar sustentação ao movimento. Mantenha-se firme. Eles assimilaram o golpe. É hora de mostrar força e manter o movimento. A pressão pode aumentaros manifestantes têm força e coragem para agüentar. Afinal é uma manifestação da Polícia Civil de São Paulo. É bom respeitar. Neste final de semana o Comando de Greve atenderá por meio dos representantes da ADPESP e do SINDPESP. FERNANDO BEATO.

DOUTOR EDSON CARDIA SUBSCREVE PEDIDO DE SOCORRO AO EXMº PRESIDENTE DA CÂMARA – DEPUTADO ARLINDO CHINAGLIA 9

Excelentíssimo Senhor Doutor Arlindo ChinagliaMD. Deputado Federal e Presidente da Câmara dos Deputados. Cumprimentando-o cordialmente, vimos por meio desta levar ao conhecimento de Vossa Excelência a grave crise institucional instaurada no Estado de São Paulo, cuja população está sendo representada por intermédio de sua augusta pessoa.

O Governo do Estado de São Paulo, há 14 anos vem massacrando os trabalhadores policiais civis, negando-lhes a devida atenção e, sobretudo o respeito merecido.Temos o Pior Salário do Brasil.

O Estado que alcança o maior Produto Interno Bruto do país paga o mais sofrível salário aos seus policiais.

Durante 14 anos imploramos diálogo para debater sobre melhorias salariais e tivemos sempre as portas fechadas.

Após esgotados todos os recursos, outro caminho não restou senão adotar a greve como instrumento de defesa e reivindicação.

O Governo não dialoga e, pior, no claro intuito de confundir a população, propalando inverdades e anunciando reajustes que nunca foram concedidos e, mais, trapaceando com números.

Chega a adotar atitudes temerárias que arriscam a segurança da população, demonstrando que não está, de forma alguma, comprometida com este importantíssimo aspecto inerente aos anseios do povo de São Paulo.

Seu Secretário da Segurança Pública, num empreendimento indescritivelmente inábil, desastrado e certamente irreversível quando, atrelado aos seus propósitos inconfessáveis, acirrou duas corporações policiais, uma contra a outra, revigorando hostilidades quase sepultadas e colocando todo o Estado à mercê de uma tragédia.

Nos acusa de intransigência quando sua postura é que se reveste desta característica ao se furtar ao diálogo, pleiteado pelas categorias trabalhadoras policiais, como dito há 14 anos.

Já cedemos muito em nossas pretensões.

Temos planilhada defasagem salarial de aproximadamente 200%.

Imploramos a recomposição salarial (não se trata de aumento) de 60%.

Ofertamos no dissídio do TRT da 2a. Região reajustes de 15%, 12% e 12%, no presente, em 2009 e 2010 respectivamente.

Nem assim logramos êxito.

O Governo do Estado de São Paulo que implementa salários na forma de gratificações não incorporáveis, está matando o futuro de quem protege sua população.

Nossos pleitos são simples e viáveis.

Jogando com números, ele propõe a extinção do primeiro patamar de acesso nas carreiras policiais, a chamada 5a. Classe que não traria benefícios porquanto o número de policiais nesse estágio é ínfimo.

Sobretudo há um desígnio podre nesse empreendimento porque com este artifício inominável deslocaria para efeitos meramente políticos da última posição salarial do país para a 17a., se tanto.

Outras gratificações que diz conceder não contemplam nem todas as carreiras policiais e nem todos os delegados de Polícia, senão pequena parcela deles.

Outras medidas que afirma ter concedido ou que pretende conceder são falácias, que examinadas à luz da ciência econômica, ou mesmo da aritmética, jogam no pântano de suas artimanhas a questionável intenção.

Por isso tudo, Exmo. Sr. Presidente, clamamos pelo seu socorro, não em nosso nome nem em nosso favor, mas em nome e em prol do povo paulista a quem nos cumpre proteger e, por isso, também melhores condições de trabalho integram o rol de nossos reclamos.

Confiantes, subscrevemos:

Edson Cardia – pelo Sindicato dos Delegados de Polícia de SP
24 de Setembro de 2008

HOMENAGEM AOS NOSSOS COVARDES CHEFETES – O SEPULTAMENTO DA CARREIRA 13

GÊNESE DO DELEGADO DE POLÍCIA COVARDE(Adpesp -fev/2007)

Entre 1964 e 1984, a ditadura destruiu a economia, institucionalizou a corrupção e fez da tortura e da execução sumária, práticas políticas.

Envileceu os órgãos policiais e, principalmente, destruiu o perfil do Delegado de Polícia, até então, mais que um cargo policial: verdadeira Instituição.

Não encontrando o apoio das autoridades Paulistas – elite moral e intelectual, ainda que conservadora, as quais veementemente repudiaram a criminosa perseguição de cunho ideológico, enredada pelos militares e colaboradores – aniquilaram a hierarquia mediante a nomeação, pura e simples, de homens descompromissados com os princípios do direito e justiça.

Homens motivados por interesses e ambições pessoais inconfessáveis; de fácil manobra e totalmente subserviente ao grupo de poder.

A quantidade dos cargos foi multiplicada; tornando a carreira heterogênea, caldeando-se humanistas com bestas, letrados com ignaros, vez que, após o golpe, pulularam as faculdades virtuais(cursos final de semana).

O Delegado de Polícia de São Paulo, de elevado padrão moral e profissional, após o golpe militar foi transformado num pigmeu.

Aos tronos da carreira foram guindados aquilo que de pior existia noutros quadros(guarda civil, polícia marítima, investigadores corruptos e truculentos).

A “elite” policial, os mais comprometidos com a perseguição ideológica, ocupou os quadros e instalações do DEOPS, órgão que – além do prestígio político – pelas atribuições administrativas acometidas: polícia de estrangeiros, emissão de passaportes, fiscalização de navios, etc., passou a captar vantagens ilícitas.

Paradoxalmente, até o golpe militar, o DEOPS era o órgão defensor da economia popular; detestado, principalmente, pelo empresariado desonesto, pelos monopólios agropecuários e pelos especuladores imobiliários(locadores de imóveis).

Neste ponto da história policial o Delegado se prostrou estereotipado: “bêbados truculentos” ou “filhotes da ditadura, bem nascidos, mas intelectualmente despreparados”.

O Delegado de Polícia Judiciária foi banido, dando lugar ao Delegado do governo: personificado como o operacional, o polícia de rua, bom de tiro e de “porrada”.

Destes como ícone maior um mero “guarda civil truculento”(Fleury), para o qual os militares deram título e poderes de autoridade policial.

Desqualificados e desequilibrados, ávidos por poder e riqueza, destruíram vidas e mancharam a tradição legalista dos Delegados de carreira.

A seleção para provimento dos cargos invertida: primeiramente nomeava-se na condição de Delegado de Polícia substituto; depois de dois anos, aqueles que quisessem submetiam-se às provas para efetivação na Carreira.

Muitos, exercendo a função por “status” ou segundo emprego, nunca se submeteram às provas; aposentando-se, ao final, na 4ª classe, com todas as vantagens asseguradas.

A formação intelectual, de 1966 a 1982, praticamente foi suprimida… um entrave, vez que o bom Delegado não podia pensar.

Dos selecionados se exigia a interpretação estrita da legislação penal – rejeitando-se interpretações doutrinárias, jurisprudenciais e, especialmente, a pessoal consciência jurídica do candidato, requisitos para doutos – vedados para policiais submetidos ao comando militar.

Aqueles que não contribuíram para a configuração da ideologia que o golpe aplicou, ministrando a tortura e ignorando totalmente os direitos humanos, foram perseguidos e funcionalmente postos de lado.

Muitos heróis, espontaneamente, sepultaram suas carreiras, mantendo-se firmes quanto ao ideal de reprimir crimes, nunca pessoas e ideias.

A maioria, entretanto, mesmo sem colocar a mão na sujeira, foi omissa: “meros subscritores de ordens de recolha”(prisões para averiguações, tolerada mediante distorcida interpretação da constituição) e dos autos e documentos produzidos pelos cartórios e pela “tiragem”.

Os “contínuos e tiras engravatados” passaram a dirigentes da nova Polícia Civil; e transformando-se o Delegado de Polícia autêntico em figurante “para inglês ver”, o órgão acabou estruturalmente corrompido.

Posto isto, ainda que sinteticamente, os Delegados de Polícia mais jovens – na instituição e na carreira de 1988 até a presente data, ainda que movidos por uma revolta contra a desvalorização funcional, realimentada por políticas governamentais – permanecem alheios ou indiferentes às causas determinantes do desprestígio do cargo, muito maior neste do que em outros Estados.

No estado de São Paulo, parcela dos Delegados de Polícia, especialmente a maioria dos ocupantes das classes finais e funções de comando, ingressou durante ou ao final da ditadura militar – antes de l985 – conservando-se naquele cercadinho intelectual; cujo imperativo é a autopreservação.

Ainda há ranço do militarismo na Carreira e, muito, poderoso.

Provavelmente estes remanescentes, muitos apenas por inconsciente cultura conservadora, sejam o maior obstáculo para que os mais novos reconquistem o perfil e reconhecimento legal como operadores do direito .

As esperanças da grande maioria das autoridades estão voltadas para o Governador José Serra , político de formação humanista.

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DEZESSETE MESES DEPOIS DA POSTAGEM A ÚNICA MUDANÇA:

SEM NENHUMA ESPERANÇA…SEM NENHUM HUMANISMO NO GOVERNO.

E A HIERARQUIA SE MOSTRA MAIS ARBITRÁRIA E MAIS MAFIOSAMENTE CORPORATIVA.