Polícia Democrática: Alckimin: os votos do servidores estaduais vão te faltar….

Polícia Democrática: Alckimin: os votos do servidores estaduais vão te faltar….

Policial não pode fazer greve mas também não vota em tucano, ataca representante de PMs – (Deputado Major Olímpio) – durante audiência na Assembléia Legislativa de SP.
O artigo 142, inciso 4.º da Constituição Federal proíbe a greve e a sindicalização dos militares.
Porém, dentro da legalidade, aos poucos, os policiais tomam consciência da necessidade de organização e união pela melhoria das condições de trabalho.
Por muito tempo, fatores como a necessidade de um bico para complementar a renda, a privatização da segurança pública e a falta de suporte às famílias dos trabalhadores da segurança pública apenas eram motivo para lamentações.
Mas, nessa quarta-feira (10), associações de PMs, com apoio da CUT-SP, mostraram a disposição para reagir diante do descaso imposto por governos do PSDB há mais de uma década.
Logo na entrada do Auditório Franco Montoro, na Assembléia Legislativa de São Paulo (Alesp), uma faixa deixava claro qual seria o teor da audiência pública que contou com a presença de parlamentares, familiares de policiais e representantes da Central Única dos Trabalhadores-SP: “A família militar policial não faz greve, mas também não vota no PSDB.”
O Secretário de Comunicação da CUT-SP, Daniel Reis, destacou que sindicato de outros setores como saúde e educação sofrem intervenção e recebem multas por se manifestarem.
“O mais grave na relação entre os servidores e o governo é a postura autoritária de todas as gestões tucanas. Não há um canal de diálogo, tampouco um vínculo de respeito”, comentou.
Dinheiro em caixa
Presidente da mesa, o líder do PT na Alesp, deputado Roberto Felício, lembrou que os gastos com os salários dos servidores públicos está muito abaixo do limite de responsabilidade fiscal.
“O governo Serra pode gastar até 49% do orçamento com os funcionários do Estado, mas atinge somente 39%. Essa diferença, que corresponde a cerca de R$ 700 milhões, permitir incorporar gratificações e conceder aumento a todos os setores”, destacou.
Para o deputado do PV, Major Olímpio, “se não houver, agora, demonstração de insatisfação e descontentamento por meio de mobilização em todos os municípios do Estado, a situação continuará calamitosa”.
Ele cobrou ainda atitude da Associação de Cabos e Sargentos, ausente no encontro.
“A Secretaria da Fazenda paulista ameaça tirar benefícios de nossos companheiros e isso faz com que muitos tenham receio de participar da luta. Neste momento, em que recebemos uma proposta vergonhosa do governo sem um centavo de aumento para os inativos, devemos nos posicionar com firmeza”, acrescentou, arrancando aplausos do grande número de policiais aposentados presentes no plenário que durante boa parte da vida serviram ao Estado.
Marcos Martins, deputado do PT, destacou a falta de coerência e de responsabilidade do atual prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, e do governador José Serra, ao vetar a obrigatoriedade das portas de segurança nas agências bancárias. “Isso é um exemplo da displicência desses senhores tanto com os empregados dos bancos quanto com os próprios clientes. Precisamos de mobilização e criatividade para romper o marasmo que a grande maioria de deputados, à disposição do PSDB, impôs para esta Casa”, criticou.
Ao lado da populaçãoRuiz Carlos Cezário, presidente da Associação dos Praças da Polícia Militar do Estado de São Paulo, lembrou a discrepância entre a pressão que os soldados sofrem e o suporte que recebem para exercer a profissão. “A sociedade nos cobra diuturnamente postura e eficácia.
Enquanto expomos nossa família pensamos que se adoecermos não teremos assistência médica decente.
Hoje, temos dois inimigos: os marginais e o PSDB que cerceia nossas famílias de melhores condições de vida”.
O cabo Cezário encerrou o discurso lembrando de qual lado deve estar os policiais: “se há monólogo, o governo é ditatorial.
Isso acontece em São Paulo.
Não trabalhamos para Serra, mas sim para o povo”.
(fonte: Blog do Delegado Luciano H. Cintra)