11 de setembro de 2008
Seguindo as orientações de associações de classes que representam os integrantes da Polícia Civil em todo o Estado, os policiais civis de Assis estão ser organizando entre si para participarem a partir de hoje, 11 de setembro, de uma greve por tempo indeterminado. A intenção é pressionar o governo paulista a atender as reivindicações de reajustes salariais entre outras que foram apresentadas pela última vez em uma audiência de conciliação ocorrida na sexta-feira da semana passada, dia cinco, no Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, em São Paulo.
Como não houve acordo entre os representantes sindicais dos policiais civis e os membros da comitiva do governo estadual, as associações de classe voltaram a se mobilizar no início desta semana e decidiram reiniciar a greve.
Em reunião ocorrida na segunda-feira, foi decidido a manutenção do estado de greve com a chamada “Operação Padrão”, que consiste em uma lista contendo 15 diretrizes a serem seguidas pelos policiais. Ainda não é possível avaliar se a operação terá algum impacto prejudicial no atendimento ao público.
Esta decisão deve ser mantida até que o TRT-SP julgue o dissídio coletivo dos policiais civis paulistas.
Na audiência de conciliação do dia cinco, o Governo apresentou proposta de incluir na folha de pagamento, do ano que vem, 500 milhões de reais. Tal valor traduz-se em um aumento nos vencimentos da ordem de 7,5%.
As entidades, por sua vez, propuseram 15% para ativos e inativos, retroativos à data base 1º de março de 2008, mais 12% em 2009 e mais 12% em 2010, além de incorporação do ALE em 5 vezes, até de 2010.
Não houve acordo. O tribunal propôs, então, que fosse concedido um aumento de 12% para o ano que vem e mais 10% para 2010. Tanto as entidades quanto o Governo recusaram a proposta.