PASSEATA DE BAURU PELA MELHORIA DOS SALÁRIOS DOS POLICIAIS CIVIS

24/08/2008
Policiais civis realizam passeata pelo Calçadão por reajuste salarial

Wagner Carvalho
Cerca de 150 policiais civis de Bauru participaram ontem de uma passeata por reajuste salarial. De acordo com Márcio Cunha, delegado regional do Sindicato dos Investigadores de Polícia do Estado de São Paulo (Sipesp) e um dos coordenadores do movimento em Bauru, a manifestação foi realizada porque não foi cumprido o acordo fechado no último dia 14. Ficou acertado que o Governo se reuniria com uma comissão (composta por representantes de associações policiais, sindicatos e governo) para deliberar sobre a melhoria dos salários. O prazo venceu na quarta-feira sem acordo entre as partes.

Participaram do protesto ontem, delegados, investigadores, escrivães e trabalhadores de todas as outras carreiras da Polícia Civil. A manifestação teve início por volta das 10h, em frente ao Plantão Policial, e seguiu pelas quadras dos Calçadão da Batista até a Praça Rui Barbosa.

Enquanto caminhavam, os policiais faziam panfletagem e empunhavam faixas de protesto como “A Polícia Civil Acredita na Justiça”. Nas camisetas, estampavam a palavra “Basta” e a foto de Serra empunhando uma arma e a frase: “O exterminador da Polícia Paulista”.

Cunha disse que ato aconteceu de forma simultânea em diversas cidades e que o estado de greve deve continuar. Dessa maneira, o policial não executará atividades de outras funções além da sua. Amanhã policiais civis de Bauru seguirão de ônibus para São Paulo para participar de uma manifestação em frente ao Palácio dos Bandeirantes. Além disso, serão espalhados pela cidade diversos outdoors com frases de protesto e com as reivindicações dos policiais.

Cunha disse que o estado de greve da categoria deverá permanecer até o dia 4 de setembro, encarado como o “Dia D” para as pretensões da classe. De acordo com o sindicato, nessa data, será realizado o julgamento do dissídio coletivo da classe pela Justiça. Uma nova paralisação, caso as reivindicações dos policiais não sejam atendidas, não é descartada pelo movimento grevista.

Os policiais estão pedindo ao Governo do Estado um aumento de cerca de 60% em seus rendimentos que garantiria para todos a reposição salarial. Também está sendo solicitada a incorporação das gratificações com base no que recebem os policiais da Capital. “Existe uma abismo muito grande entre o que recebe um policial da Capital e o que recebe o do Interior”, justifica Cunha.