O GOVERNO E O DESEMBARGADOR TOMAM O POVO POR INCAPAZES… 2

Sim, incapazes de discernir sobre aquilo que busca causar pânico e afrontar a ordem e segurança pública.
Para eles a população é ingênua e manipulável pela televisão…
Talvez tenham razão, basta ver a quem escolhemos como representantes legislativos, governadores e presidentes.
O brasileiro é tomado como idiota; necessitado de quem lhe diga aquilo que pode – ou não – ver e ouvir.
Com efeito, quem assiste ao Jornal Nacional e, logo após, “A Favorita”, achará o vídeo institucional apropriado para crianças, ou seja, de censura livre.
Farsa!
Farsa!

Um Comentário

  1. Espero que um dos poemas de AUGUSTO DOS ANJOS não vinge após o dia 13.
    Qual seja:

    VÊS,
    NINGUÉM ASSISTIU AO FORMIDÁVEL ENTERRO DE TUA ÚLTIMA QUIMERA,

    SOMENTE A INGRATIDÃO, ESTA PANTERA,
    FOI TUA COMPANHEIRA INSEPARÁVEL.

    ACOSTUMA A LAMA QUE TE ESPERA.

    O HOMEM, QUE NESTE MUNDO MISERÁVEL,
    VIVE ENTRE FERAS,
    SENTE INEVITÁVEL VONTADE,
    DE TAMBÉM SER FERA.

    TOMA UM FÓSFORO,
    ACENDE TEU CIGARRO,
    O BEIJO, AMIGO,
    É A VÉSPERA DO ESCARRO.

    A MÃO QUE AFAGA É A MESMA QUE APEDREJA,
    E SE A ALGUÉM INDA CAUSA PENA TUA CHAGA,
    APEDREJA ESSA MÃO VIL QUE TE AFAGA,
    ESCARRA NESSA BOCA QUE TE BEIJA !!!

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  2. …E a saliva daqueles infelizes
    Inchava em minha boca
    De tal arte

    Qu’eu para não cuspir por toda a parte
    Ia engolindo aos poucos
    Minha hemoptise…

    Biografia
    Augusto dos Anjos nasceu no engenho Pau d’Arco, no município de Cruz do Espírito Santo, estado da Paraíba. Foi educado nas primeira letras pelo pai e estudou no Liceu Paraibano, onde viria a ser professor em 1908. Precoce poeta brasileiro, compôs os primeiros versos aos 7 anos de idade.

    Em 1903, ingressou no curso de Direito na Faculdade de Direito do Recife, bacharelando-se em 1907.Em 1910 , casa-se com Ester Filiado. Segundo Ferreira Gullar, entrou em contato com leituras que iriam influenciar na construção de sua dialética poética à sua visão de mundo. Com a obra de Herbert Spencer, teria aprendido a incapacidade de se conhecer a essência das coisas e compreendido a evolução da natureza e da humanidade. De Ernst Haeckel, teria absorvido o conceito da monera como princípio da vida, e de que a morte e a vida são um puro fato químico. Arthur Schopenhauer o teria inspirado a perceber que o aniquilamento da vontade própria seria a única saída para o ser humano. E da Bíblia Sagrada que também não contestava a essência espiritualistica, usando-a para contra-por, de forma poeticamente agressiva, os pensamentos remanescentes de sua época e, principalmente, os ideais iluministas/materialistas que, endeusando-se, levantavam-se na sua época. Essa filosofia, fora do contexto europeu em que nascera, para Augusto dos Anjos seria a demonstração da realidade que via ao seu redor, com a crise de um modo de produção pré-capitalista, proprietários falindo e ex-escravos na miséria. O mundo seria representado por ele, então, como repleto dessa tragédia, cada ser vivenciando-a no nascimento e na morte.

    Dedicou-se ao magistério, transferindo-se para o Rio de Janeiro, onde foi professor em vários estabelecimentos de ensino. Faleceu em 30 de outubro de 1914, às 4 horas da madrugada, aos 29 anos, em Leopoldina, Minas Gerais, onde era diretor de um grupo escolar. A causa de sua morte foi a pneumonia.

    Durante sua vida, publicou vários poemas em periódicos, o primeiro, Saudade, em 1900. Em 1912, publicou seu livro único de poemas, Eu. Após sua morte, seu amigo Órris Soares organizaria uma edição chamada Eu e Outras Poesias, incluindo poemas até então não publicados pelo autor.

    [editar] Curiosidades biográficas
    Um personagem constante em seus poemas é um pé de tamarindo que ainda hoje existe no Engenho Pau d’Arco.
    Seu amigo Órris Soares conta que Augusto dos Anjos costumava compor “de cabeça”, enquanto gesticulava e pronunciava os versos de forma excênctrica, e só depois transcrevia o poema para o papel.
    De acordo com Eudes Barros, quando morava no Rio de Janeiro com a irmã, Augusto dos Anjos costumava compor no quintal da casa, em voz alta, o que fazia sua irmã pensar que era doido.
    Embora tenha morrido de pneumonia, tornou-se conhecida a história de que Augusto dos Anjos morreu de tuberculose, talvez porque esta doença seja bastante mencionada em seus poemas.

    [editar] Obra poética
    A poesia brasileira estava dominada por simbolismo e parnasianismo, dos quais o poeta paraibano herdou algumas características formais, mas não de conteúdo. A incapacidade do homem de expressar sua essência através da “língua paralítica” (Anjos, p. 204) e a tentativa de usar o verso para expressar da forma mais crua a realidade seriam sua apropriação do trabalho exaustivo com o verso feito pelo poeta parnasiano. A erudição usada apenas para repetir o modelo formal clássico é rompida por Augusto dos Anjos, que se preocupa em utilizar a forma clássica com um conteúdo que a subverte, através de uma tensão que repudia e é atraída pela ciência.

    A obra de Augusto dos Anjos pode ser dividida, não com rigor, em três fases, a primeira sendo muito influenciada pelo simbolismo e sem a originalidade que marcaria as posteriores. A essa fase pertencem Saudade e Versos Íntimos. A segunda possui o caráter de sua visão de mundo peculiar. Um exemplo dessa fase é o famigerado soneto Psicologia de um Vencido. A última corresponde a sua produção mais complexa e madura, que inclui Ao Luar.

    Sua poesia chocou a muitos, principalmente aos poetas parnasianos, mas hoje é um dos poetas brasileiros que mais foram reeditados. Sua popularidade se deveu principalmente ao sucesso entre as camadas populares brasileiras e à divulgação feita pelos modernistas.

    Hoje em dia diversas editoras brasileiras publicam edições de Eu e Outros Poemas

    …E a saliva daqueles infelizes
    Inchava em minha boca
    De tal arte

    Qu’eu para não cuspir por toda a parte
    Ia engolindo aos poucos
    Minha hemoptise…

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