Quarta-Feira, 06 de Agosto de 2008
Estado veta anúncio de policiais na TV
Vídeo com pedido de aumento para polícia seria exibido na Globo
Bruno Tavares
O governo de São Paulo conseguiu barrar na Justiça a veiculação de uma peça
publicitária elaborada em conjunto por nove associações e sindicatos de
policiais civis do Estado. A categoria está em campanha salarial desde o mês
passado e planejava exibir ontem, no intervalo do Jornal Nacional, da Rede
Globo, um vídeo de 34 segundos sobre o tema. A liminar em favor da
Procuradoria-Geral do Estado foi concedida anteontem pelo desembargador
Ricardo Dip, do Tribunal de Justiça (TJ) de São Paulo.
Em seu despacho, o magistrado acatou a tese do procurador-geral, Marcos
Fábio de Oliveira Nusdeo, de que a peça “extrapola os limites do direito à
informação e livre manifestação, objetivando causar pânico à população”. Nas
imagens, quatro atores vestidos como policiais civis batem à porta de um
gabinete com a inscrição “governador”, clamando por uma audiência.
“Governador, queremos falar dos salários, os mais baixos do País”, diz uma
atriz. “Governador, precisamos falar sobre a segurança da população”, diz
outro ator.
A Associação dos Delegados da Polícia Civil de São Paulo (Adpesp) já
recorreu da decisão. “É uma censura. Nem a ditadura militar fez isso”,
protestou o delegado Sérgio Roque, presidente da Adpesp. “Não queremos
apenas melhores salários. Nossa proposta é de uma completa reestruturação da
Polícia Civil, mas o governador, mal assessorado, não quer nos ouvir.” A
inserção no Jornal Nacional custaria R$ 150 mil às associações de classe.
Os policiais planejam entrar em greve a partir do dia 13. A categoria quer
aposentadoria especial e o direito de eleger o delegado-geral. A principal
reivindicação, porém, é salarial. Os delegados paulistas têm uma das mais
baixas remunerações do País (R$ 4.247), atrás apenas de Minas, Bahia e Pará.
Estado veta anúncio de policiais na TV
Vídeo com pedido de aumento para polícia seria exibido na Globo
Bruno Tavares
O governo de São Paulo conseguiu barrar na Justiça a veiculação de uma peça
publicitária elaborada em conjunto por nove associações e sindicatos de
policiais civis do Estado. A categoria está em campanha salarial desde o mês
passado e planejava exibir ontem, no intervalo do Jornal Nacional, da Rede
Globo, um vídeo de 34 segundos sobre o tema. A liminar em favor da
Procuradoria-Geral do Estado foi concedida anteontem pelo desembargador
Ricardo Dip, do Tribunal de Justiça (TJ) de São Paulo.
Em seu despacho, o magistrado acatou a tese do procurador-geral, Marcos
Fábio de Oliveira Nusdeo, de que a peça “extrapola os limites do direito à
informação e livre manifestação, objetivando causar pânico à população”. Nas
imagens, quatro atores vestidos como policiais civis batem à porta de um
gabinete com a inscrição “governador”, clamando por uma audiência.
“Governador, queremos falar dos salários, os mais baixos do País”, diz uma
atriz. “Governador, precisamos falar sobre a segurança da população”, diz
outro ator.
A Associação dos Delegados da Polícia Civil de São Paulo (Adpesp) já
recorreu da decisão. “É uma censura. Nem a ditadura militar fez isso”,
protestou o delegado Sérgio Roque, presidente da Adpesp. “Não queremos
apenas melhores salários. Nossa proposta é de uma completa reestruturação da
Polícia Civil, mas o governador, mal assessorado, não quer nos ouvir.” A
inserção no Jornal Nacional custaria R$ 150 mil às associações de classe.
Os policiais planejam entrar em greve a partir do dia 13. A categoria quer
aposentadoria especial e o direito de eleger o delegado-geral. A principal
reivindicação, porém, é salarial. Os delegados paulistas têm uma das mais
baixas remunerações do País (R$ 4.247), atrás apenas de Minas, Bahia e Pará.