EXTORSÃO E REPRESSÃO PODEM CAUSAR DERROTA NAS URNAS


Dois são detidos em protesto de camelôs na região central de SP
Cerca de 200 ambulantes fazem ato contra fiscalização na região do Brás nesta quinta
Um agente de fiscalização se feriu durante o protesto, segundo a GCM.
Ricardo Marques/Folha Imagem
Ambulante é imobilizado por policiais em protesto na região do Brás que teve início na manhã desta quinta (17) (Foto: Almeida Rocha/Folha Imagem)Cerca de 200 camelôs fazem um protesto desde a manhã desta quinta-feira (17) contra o aumento na fiscalização que impede o comércio ilegal na região do Brás, um dos centros de comércio popular da capital, segundo informações da Polícia Militar.
Segundo a assessoria da Guarda Civil Metropolitana, ao menos um agente de fiscalização da subprefeitura da Mooca se feriu depois de ter sido agredido. De acordo com a polícia, durante o protesto dois camelôs foram presos e encaminhados para o 12º Distrito Policial, no Pari, na região central. O ato prossegue na tarde desta quinta, diz a polícia.
________________________________________________________________
Gestores públicos – ou melhor políticos em geral – parecem sempre confusos quanto a escolher trabalhar com ladrão ou policial.
Tanto que, por vezes, acabam escolhendo o “polícia-ladrão” como modelo de funcionário exemplar.
Ora, buscar propina de ambulantes e clandestinos em geral sempre foi prática corrente em toda e qualquer administração da Capital.
Em todo Brasil, talvez.
Os fiscais exigem propina pelo lado da municipalidade, a polícia pelo lado do Estado e , também, da União.
Nestes dois casos digo da jogatina e da pirataria.
Fiscal “toma” dinheiro dos “silvo-santos” paulistas; policiais tomam dinheiro dos chineses e demais comerciantes que fornecem as mercadorias.
Fiscal toma dinheiro do dono do boteco; policial toma dinheiro do contraventor.
Tal simbiose fabrica até Delegados e Comandantes Gerais das Polícias.
Claro que atendendo aos interesses do político; nunca aos interesses Políticos, leia-se: interesses públicos.
Depois – eles gestores – se dizem traídos, pois nunca sabem de nada…
Nunca recebem nada (propina).
E para dar um lustro de honestidade e rigor, ao final, convocam Coronéis da Polícia Militar.
Isto para “aquela muito famosa e severa” fiscalização e punição dos responsáveis.
Tudo desconversa…
Só esperamos que não sejam daqueles que monopolizam a segurança do comércio do centro paulistano.
Daqueles que quando não resolvem no tiro, resolvem na paulada.