DO PODER CORRUPTIVO DA MÍDIA…Protógenes – Delegado de Polícia – a primeira das vítimas de Dantas, de Greenhalgh e, agora, da revista Veja 6

A revista Veja, não é novidade, há muito perdeu a finalidade informativa e cultural.
É um mero veículo publicitário; pelo qual seus profissionais matam reputações mediante paga ou promessa de pagamento.
A forma com que analisaram o inquérito “produzido” pelo Delegado da Polícia Federal leva à conclusão de que a revista, verdadeiramente, defende os interesses de Daniel Dantas e Cia.
Abordar o inquérito de forma até a desqualificar a redação do subscritor do relatório é infantilidade; em desespero de causa.
Aliás, Delegado não é literato; o eventual estilo peculiar de redação deve ser respeitado.
Delegado não possui revisores qualificados como Jornalistas e Ministros de Tribunais Superiores.
Nem sequer a Veja sabe que o inquérito produz apenas “elementos de produção de prova”. A prova encontra existência formal e material sob o crivo do contraditório, ou seja, junto ao Poder Judiciário.
Se inquérito fosse – por si – prova conclusiva, bastaria ao Juiz aplicar a pena.
Nada mais seria necessário.
Querer suscitar que interesses escusos moviam os responsáveis pelas investigações, sem contudo explicitar que interesses outros seriam esses, é torpeza.
Ora, nada mais natural do que um Delegado esconder da hierarquia corrupta e intimamente ligada ao governo – grande interessado em abafar o caso – o desenvolvimento das apurações.
Também , nada mais natural, do que socorrer-se de outros órgãos para levar adiante o inquérito.
Vez que a hierarquia suprimiu-lhe recursos humanos e materiais.
Torpe, também, a alegação de que o inquérito DANIEL DANTAS foi produzido pela banda ruim da Polícia Federal.
Banda ruim; insubordinada e movida por vontade de vingança e ideologias.
Uma facção xiita.
Todavia esquecem que o Ministério Público e o Poder Judiciário não são arrastados por ideologias enredadas por Delegados de Polícia.
Especialmente – como afirma a VEJA – ideologia de um Delegado que atenta contra as leis criminais e contra as leis gramaticais.
Com efeito, a classe média é formada por incautos que até poderão se refestelar com o conteúdo ideológico das matérias da Veja.
Mas não se pode afirmar a mesma coisa dos membros do MP e da Magistratura.
Estes não se deixam levar por ideólogos de plantão.
Entretanto nada melhor para um Juiz – venal – pisar no terreno ideologicamente preparado pela revista, ao vaticinar:
“É um exemplo de como não deve ser conduzido um trabalho policial com ambição de ter impacto no resultado final do julgamento sobre seus alvos, como mostra a reportagem. O inquérito tem relatos imprecisos sobre os investigados e intermináveis transcrições literais de grampos telefônicos a partir dos quais são feitas suposições e emitidas opiniões. Ao fim e ao cabo, o amadorismo demonstrado pelo delegado Protógenes, como diz a Carta ao Leitor da presente edição da revista, facilitará, provavelmente, a impunidade dos acusados. Daniel Dantas e o especulador Naji Nahas decerto têm muito a explicar à Justiça, mas nada do que realmente interessa ou possa levá-los a uma condenação está no inquérito que motivou a prisão de ambos e dos demais envolvidos.”
Esta sentença me fez lembrar da crítica feita pela mesma revista Veja ao livro de José Carlos de Assis, a Dupla Face da Corrupção, ao publicarem algo do tipo: não há nada de novo e que já não seja do conhecimento público.
Em outras palavras: não servia pra nada.
Não valeria o dinheiro gasto.
Mataram a venda de um bom livro ; a carreira de um grande jornalista.
E no caso do Delegado Protógenes, amadoristicamente, a Veja se fundamenta em uma Carta ao Leitor.
Por certo, artigo providencialmente escrito e publicado pelos interessados em desqualificar o trabalho da autoridade policial. E dar sustentação jurídica ou ideológica à reportagem.
Será que os profissionais – ou amadores da Veja – duvidam da inteligência dos leitores?
Enfim, a Veja preparou o solo para a absolvição de Daniel Dantas e Cia, tudo será uma questão de oportunamente se chegar ao ministro certo; no momento certo.
E caso não tenha preparado o solo para absolvição do mega corruptor, verdadeiramente, justificou os dois alvarás de soltura expedidos pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, Ministro Gilmar Mendes.
É claro que a Veja escolhe a parte frágil para desqualificação moral e funcional.
É fácil bater em Delegado de Polícia.
Revistas e Jornais nunca se tornam casos de Delegacia, mas em contrapartida a todo instante prestam contas ao Poder Judiciário.
Assim deixam o Juiz e o Promotor, que referendaram as representações formuladas pelo Delegado, como terceiros de boa-fé.
Apenas inocentes úteis; enganados pelo enredo mal elaborado e redigido pelo Delegado de Polícia.
Ele – Delegado de Polícia – verdadeiramente a primeira das vítimas de Dantas, de Greenhalgh e, agora, da Veja.

Um Comentário

  1. Achei deveras edificante a leitura do blog do Nassif, onde ele esmiuça os interesses nem tão ocultas desse semanário que, sinceramente, penso em parar de assinar. Se bem que é bom que estejamos sempre lendo esse tipo de jornalismo nefasto que odeia a boa polícia e coloca todos em uma mesma panela, os bons e o maus.
    Guerra, admiro você pela coragem que vem demonstrando, se expondo até as entranhas mas com um objetivo claro, que é depurar, purificar, limpar essa lama que se chama Polícia Civil do Estado de São Paulo onde há vinte anos sou delegado, com “d” minúsculo mesmo.
    Posso dizer que não fui corrupto, não obstante tenha estado corrupto por algum tempo. Não é eufemismo não, é necessidade mesmo, mas só agora percebo o quanto contribuí para este lamaçal todo.
    Augusto dos Anjos nos falava sobre acostumar-se à lama e à inevitável necessidade de também ser fera, e poss fazer um mea culpa fizendo que já tive essa vontade.
    A diferença fundamental entre a Federal e a Civil de São Paulo é que lá, os Protogenes e Guerras da vida conseguem, ainda que por pouco tempo, expor as vísceras da corrupção, e bem ou mal o rastilho de pólvorá não será detido.
    Aqui existe um blog que tenta, como o beija-flor da fábula, apagar um incêndio descomunal com seu pequeno baldinho.
    Será que não e chegada a hora de uma tomada de posição daqueles que não são monstros e nem quere ser um?
    Certamente se ela chegar serei um dos primeiros a me alistar. Por enquanto continuo sendo um delegado acovardado, me escondendo no anonimato e usando um Delegado que resoveu mostar sua cara.

    herdrag

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  2. Dr. é quase que incrível, mas é a pura verdade. Hoje, foi noticiado aqui em Mogi das Cruzes que o delegado Juarez, “diabo loiro”, aquele da Ciretran de Ferraz de Vasconcelos e seu assistente Fernandinho, foram colocados em liberdade por decisão adivinha de quem ? DO FAMIGERADO S.T.F.. Dizem que pelo presidente. Depois de um escândalo desses, um trabalho excepcional do Gaerco é jogado latrina a dentro talvez pelo mesmo Ministro. Não dá pra acreditar na Justiça deste país mesmo !!!

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  3. Será que está em pleno vigor a DITADURA DOS MAL JUÍZES ? O povo deverá derrubá-la ?

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  4. herdrag:

    Não se sinta; muito menos se julgue acovardado. Pois não é.
    Não há coragem aqui, apenas muito medo misturado com muita indignação.
    Obrigado pelas suas palavras.

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  5. Muito triste esse episódio. Remeti uma carta ao Delegado Protógenes oferecendo o meu livro “Violência Corporativa e Assédio Moral” (Edições Armazém Digital, 2005). Ele vai precisar!

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