LUIZ EDUARDO GREENHALGH SERÁ PUNIDO PELA OAB…OU ADVOGAR AGORA É EXPLORAR INFLUÊNCIA E PRESTÍGIO POLÍTICO-PARTIDÁRIO?

Gabinete da Presidência
As interceptações revelam um telefonema de Greenhalgh para o chefe de gabinete da Presidência da República, Gilberto Carvalho.
O ex-deputado queria saber se a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) estava seguindo Humberto Braz no Rio.
Na conversa aparece o nome de Luiz Fernando, que seria o diretor-geral da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa.
Segundo o monitoramento dos delegados, o telefonema aconteceu às 18h do dia 29 de maio. Gilberto Carvalho: – O general me deu o retorno agora, é o seguinte: não há nenhuma pessoa designada na presidência na Abin com esse nome. A placa do carro não existe, é fria, tá? Eles aqui acham que a única alternativa é que tenha sido caso de falsificarem documento. Eles não consideram possível que seja da Abin. Eu não falei com o Luiz Fernando ainda, mas não tem jeito. A Polícia Federal não usa a PM, eles não se misturam de jeito nenhum, tá? Então eu acho que o mais provável é que o cara tava armando mesmo alguma coisa, mas com documento falso, que também no Rio é muito comum, porque daqui não tem, eu pedi, insisti, pedi que visse com máximo cuidado, tal.
Greenhalgh: – Seria bom dar um toque no Luiz Fernando também, hein?
Gilberto: – Eu vou dar, eu vou dar. Amanhã cedo eu tenho que falar com ele, vou levantar isso para ele também.
Greenhalgh: – Tá, tá bom. Tem um delegado chamado Protógenes Queiroz que parece que é um cara meio descontrolado, viu?
Gilberto: – Ah é?
Greenhalgh: – É.
Gilberto: – Ele tá onde, o Protógenes agora?
Greenhalgh: – Tá aí, aí em Brasília.
Gilberto: – Ah, aqui em Brasília.
Protógenes Queiroz é o delegado que comanda a investigação contra o grupo de Daniel Dantas.
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Parece que meio descontrolado se tornou o doutor Greenhalgh.
Pois do diálogo acima a conclusão é que ele(Greenhalgh) perdeu a medida da moralidade.
Esqueceu aquilo que se denomina ética profissional.
Ora, desde quando buscar tal tipo de informação e providências é exercício da advocacia.
Acaso o tal Gilberto fosse alguma autoridade da Polícia Federal ou do Ministério da Justiça, e o dialogo se restringisse a eventuais reclamações por abusos, até poderia se aceitar, com muitas reservas, a alegação de exercício profissional.
Não foi o caso.
Evidentemente ele – traficando influência e seu prestígio partidário – estava pedindo a cabeça do Delegado; com isto, visando a obstrução das investigações.
Nada sutilmente ofendeu a autoridade policial – o delegado Protógenes Queiroz – com a expressão “é um cara meio descontrolado, viu” , ou seja, desequilibrado.
O doutor Greenhalgh, noutras épocas, quando combatia a ditadura também deve ter sido alcunhado como “desequilibrado” ou “descontrolado”.
Afinal, é a velha manobra de quem quer desqualificar o responsável pela investigação, pela denúncia; pela sentença, inclusive.
O diálogo acima não difere dos defensores dos membros do PCC.
Resta saber se a OAB se dignará adotar enérgicas providências em face da conduta ilícita do advogado Greenhalgh.
Se nada fizer ficará desacreditada; pelos próprios advogados, inclusive.