DANTAS, UM BANQUEIRO DA COISA NOSSA 2

Dantas, um banqueiro da Coisa Nossa
Wálter Fanganiello Maierovitch
Especial para Terra Magazine
Puxa, conseguimos. No mundo das finanças já tivemos o Banqueiro de Deus e o Banqueiro da Cosa Nostra. Agora, temos o Banqueiro da Coisa Nossa.
O mafioso Michele Sindona ficou conhecido como “Banqueiro da Cosa Nostra”. Ele conseguiu unir os interesses da máfia, da maçonaria, da Igreja e do então potente partido da democracia cristã italiana. Nos anos 70, Sindona foi entronizado como sendo o banqueiro mais ousado da Europa.
Quando o Franklin Bank (uma espécie de Naji Nahas Bank da época) quebrou, Sindona percebeu que ficara com a brocha, sem escada, pois a base de sustentação do seu império político-econômico entrara definitivamente no vermelho: bacarotta.
Sindona fugiu da polícia. Esta tinha mandado de prisão da Justiça e algemas: como era muito liso e especializado numa nova ciência chamada vitimologia, alguns policiais contam que também levaram, de reserva, uma camisa-de-força.
Lógico, Sindona procurou porto-seguro, onde a polícia e a Justiça não contavam e nem entravam. O local era a Sicília, ou melhor, a terra-madre da Cosa Nostra.
O efeito dominó que derrubou o banqueiro da Cosa Nostra, atingiu Roberto Calvi, chamado “Banqueiro de Deus”.
Calvi presidia o Banco Ambrosiano, que recebia grana recolhida pelo IOR (Instituto de Obras Religiosas), gerenciado pelo inesquecível cardeal Paul Marcinkus: recentemente recebido no inferno, de quimono e faixa-preta, como usava, debaixo da batina, à época que era guarda-costa do papa.
O Banco Ambrosiano também abrigava a conta do diabo, ou seja, guardava e aplicava o dinheiro da Loja Maçônica P2 (Propaganda 2). E os livros ainda ensinam que o Vaticano considerava a maçonaria o anti-Cristo.
Com os assassinatos dessas duas figuras do mundo criminal faltava, na literatura que relata os dos métodos mafiosos, um sucessor à altura.
Só para recordar, Sindona foi envenenado na cadeia, ao tomar uma xícara de café com cianureto. Calvi foi pendurado numa ponte londrida em grotesca simulação de enforcamento. A propósito, o primeiro perito-médico que chegou à Blackfrears Bridge foi logo avisando que não era suicídio, pois um enforcado sempre morre com o pênis em estado de ereção e esse não era o caso de Calvi.
O sucessor de Sindona e Calvi é brasileiro, nascido na Bahia. É Coisa Nossa. Seu nome: Daniel Dantas. Está(estava) preso, por enquanto, em carceragem da Polícia Federal. Tem até gente que se atreve a afirmar que não deveria ser algemado.(nota: o Presidente do STF)
Dantas, caso residente na Itália, poderia estar a ocupar o ministério das finanças da Cosa Nostra. Talento para o mal, artes e poder compulsivo para corromper não lhe faltam.
(Wálter Fanganiello Maierovitch foi Juiz em São Paulo)

MINISTRO GILMAR MENDES MANDA SOLTAR O BILIONÁRIO DANIEL DANTAS 1

STF manda soltar Daniel Dantas

Ministro Gilmar Mendes concedeu habeas corpus pedido pela defesa.
Decisão beneficia Verônica Dantas, irmã de Daniel, que também está presa.

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O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, mandou soltar nesta quarta-feira (9) o banqueiro Daniel Dantas e a irmã dele, Verônica. Ambos foram presos durante a Operação Satiagraha da Polícia Federal (PF), que investiga desvio de verbas públicas e crimes financeiros.
Também foram beneficiadas pela decisão outras nove pessoas presas na operação, entre funcionários, acionistas e diretores do banco Opportunnity. São eles: Daniele Silbergleid Ninnio, Arthur Joaquim de Carvalho, Carlos Bernardo Torres Rodenburg, Eduardo Penido Monteiro, Dório Ferman, Itamar Benigno Filho, Norberto Aguiar Tomaz, Maria Amália Delfim de Melo Coutrin e Rodrigo Bhering de Andrade.
Gilmar Mendes mandou expedir de imediato o alvará de soltura em favor dos beneficiados, que será enviado à Polícia Federal em São Paulo. Ele afirmou que não há “fundamentos suficientes” para justificar a prisão temporária dos pacientes. Depois de receber as informações da Justiça Federal de São Paulo, o presidente do STF sustentou que a coleta de provas já foi cumprida e que não há hipótese legal para a manutenção da prisão para interrogatório.
“Não há fundamentos suficientes que justifiquem o decreto de prisão temporária dos pacientes, seja por ser desnecessário o encarceramento para imediato interrogatório, seja por nada justificar a providência para fins de confronto com provas colhidas”, destacou Gilmar Mendes.
Gilmar Mendes concedeu um pedido de habeas corpus solicitado pela defesa. Ele tomou a decisão após analisar informações encaminhadas pela 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo sobre a prisão temporária do banqueiro e da irmã e sobre as medidas de busca e apreensão feitas pela PF.

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Aliás, o ministro, pela TV, mostrava-se visivelmente insatisfeito com a “espetacularização das prisões”.

Talvez, daqui a algum tempo dirão ao Delegado…

” Trouxa, você não quis um milhão! Só ficou um pouco mais caro pra nós”

ATÉ QUANDO, JOÃO KISS PATERNO? ATÉ QUANDO A ADPESP DEFENDERÁ LADRÃO?

“ATé QUANDO, SERRA? mais noticias

O Governador Serra não quer uma Polícia Civil eficiente, digna e idônea. Por isso, ele a mantém na miséria. Essa é a estratégia adotada pelo PSDB há mais de 15 anos.

Uma Polícia Civil paulista de primeiro mundo, independente e capaz, pode causar frustração a muitos poderosos. A Policia Federal está aí como exemplo a seguir. Somos mal remunerados e recebemos o pior salário da União.

O Sr. Serra quer ser presidente da Republica, porém, não conseguirá alcançar tal objetivo, enquanto nutrir esse verdadeiro ódio pelos policiais, idosos e aposentados, vendo neles grave obstáculo a sua administração mesquinha.”(sic)

João Kiss Paterno ( publicado no site institucional da Adpesp)

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O doutor João Kiss Paterno autorizado pela diretoria da Adpesp, da qual faz parte, publicou a manifestação acima. E quem não conhece a diretoria da associação dos delegados, ou seja, como verdadeiramente a entidade se comporta em relação ao governo, em relação à cúpula da Polícia Civil, poderia acreditar que houvesse real intenção de criticar o governador.
Não é real.
Tanto que empregaram um Delegado aposentado; que se estivesse na ativa jamais faria tal manifesto em tom ofensivo ao Excelentíssimo Governador José Serra.
Aliás, aqui emprego o tratamento formal por força da lei que regula o tratamento protocolar às autoridades no âmbito da Administração Pública. Tratamento protocolar que deveria ser respeitado pela Adpesp.
Ora, caso a Adpesp pretendesse lançar crítica ao Exmº Governador , por certo, empregaria instrumento formal subscrito pelos diretores executivos.
Jamais um manifesto de um delegado aposentado, o qual isoladamente não possui nenhuma força.
Nenhuma representatividade.
E de forma clara deveria acusar que obstáculo para uma Polícia Civil eficiente, digna e idônea, sempre foram delegados de polícia.
Digo dos covardes, corruptos e inéptos delegados descompromissados com a Sociedade e com a Instituição.
Com efeito, enquanto existirem delegados com patrimônio de R$ 4.000.000,00 ; R$ 5.000.0000,00, e até de R$ 80.000.000,00( oitenta milhões de reais), não tem cabimento empregar o site da Adpesp com manifestos para inglês ver.
Pois fazer crítica é contestar conscientemente os fatos que estão sendo desenvolvidos; pelo que não há sentido em mandar rezar missa pelos 200 anos da Polícia Civil no Brasil, sabendo-se que historicamente – como tudo nesta terra – nunca fomos grande coisa. E nós – Delegados de Polícia – nunca fomos grande coisa por culpa pessoal, por escolha. Não por culpa deste ou daquele governador. Embora, alguns, possam ter agradecido a nossa torpeza e incompetência.

Diga-se de passagem, o site da associação parece ter sido transformado em mural privado.
Quando não se faz agravo ao governo, se faz desagravo em prol de delegado ladrão.
Melhor se seguissem o exemplo do subscritor.
Criem seus blogs; neles escrevam e divulguem aquilo que bem entenderem…
Mas em nome próprio.