DELEGACIA GERAL AFASTA MAIS 14 DELEGADOS DIRETORES DE CIRETRANs 1

Após denúncias de fraudes, delegados de 14 Ciretrans são afastados, diz TV
06/06 – 19:11, atualizada às 19:30 06/06 – Redação
SÃO PAULO – Delegados de 14 Circunscrições Regionais de Trânsito (Ciretrans) de São Paulo foram afastados nesta sexta-feira, segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP). As informações são do SPTV.
Nesta quarta-feira, o delegado geral da Polícia Civil de São Paulo, Maurício Freire divulgou a substuituição do corregedor divisionário do Departamento de Trânsito (Detran), Francisco Norberto Rocha de Morais, e de outros dois delegados do órgão.
Segundo Freire, essas alterações estão sendo feitas para garantir transparência nas investigações da Operação Carta Branca, que prendeu, nesta terça-feira, 19 pessoas acusadas de praticar irregularidades na emissão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
De acordo com as investigações realizadas pelo Gaerco de Guarulhos, a Ciretran de Ferraz de Vasconcellos, sob o comando do delegado de Polícia Juarez Pereira Campos, emitiu, nos dois últimos anos, pelo menos 1.231 carteiras de habilitação ideologicamente falsificadas. Freire ressaltou que as pessoas que adquiriram as habilitações falsificadas “não deixam de cometer um delito”.
O corregedor do Detran será substituído por Maria Inês Valente. Ele será transferido para a Academia de Polícia, no setor de Cursos Complementares. Os outros delegados, Vladimir Constatino Oliveira e Francisco Gastão Luppi, serão substituídos por Dirceu Gelk Júnior e Ricardo Ambrósio Fazani. Segundo Freire, Vladimir e Francisco foram responsáveis pela fiscalização da corregedoria de Ferraz de Vasconcelos no dia 29 de abril e serão encaminhados para o Decap.
Ainda de acordo com Freire, “não há qualquer pré-julgamento da Delegacia Geral. Essas alterações estão sendo feitas pela transparência das investigações. Por isso eles estão saindo”.
Sobre uma suposta falha dos sitema do Detran, Freire afirmou que há defeito, principalmente, em relação à impressão digital, que aceita a mesma para várias pessoas. Segundo investigações do Ministério Público, 1305 carteiras foram emitidas com 74 digitais.
Operação Carta Branca
Dezenove pessoas foram presas em uma operação conjunta realizada pela Polícia Rodoviária Federal, Ministério Público Estadual de São Paulo e Corregedoria da Polícia Civil para desmantelar uma quadrilha acusada de praticar irregularidades na emissão da Carteira Nacional de Habilitação. Pessoas portadoras de CPF do Estado de Minas Gerais pagavam cerca de R$ 1.800 pelo documento falso.
A operação, intitulada “Operação Carta Branca”, foi deflagrada às 2h30 desta terça-feira na capital paulista e na região metropolitana. Além de prender os suspeitos, a força-tarefa apreendeu diveros documentos, prontuários de CNH e dinheiro que ligavam os suspeitos ao crime.
A ação contou com uma força-tarefa composta por Promotores de Justiça que compõem os Grupos de Atuação Especial Regional de Prevenção e Repressão ao Crime Organizado (Gaercos) de Guarulhos, Campinas, ABC, Santos e Vale do Paraíba, São José do Rio Preto, Sorocaba e GAECO de São Paulo, além das promotorias de justiça criminais de Guarulhos, juntamente com Policiais da Corregedoria Geral da Polícia Civil de São Paulo, agentes da Secretaria da Fazenda do Estado e da Agência Nacional de Petróleo, contando ainda com o apoio de mais de 150 policiais rodoviários federais.
São acusados de envolvimento com as fraudes donos de auto-escolas, clínicas médicas, Ciretrans – que são os departamentos de trânsito nos municípios – despachante, psicólogos, médicos, investigadores e delegados.
A quadrilha também agia nos Estados do Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraná, Rio Grande do Sul, Goiás e Rondônia.
Veja a lista completa dos suspeitos presos na operação em Ferraz de Vasconcelos
Juarez Pereira Campos (delegado titular de Ferraz de Vasconcelos)Ana Lúcia ,Máximo Campos (esposa de Juarez e proprietária de duas auto-escolas)Flávio de Almeida Fernandes (sócio de Ana Lúcia)Aparecido da Silva Santos (chefe do Ciretran de Ferraz de Vasconcelos)Paulo Luís Batista (despachante)Marcus Vinicius Coelho (funcionário da Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos)Miguel Antônio Pereira (proprietário de três auto-escolas)Alessandra de Souza Santos Barbosa (funcionária de auto-escola)José Antônio Gregório da Silva (despachante responsável pela distruibuição para todo o País)Elaine Gavazzi (proprietária de auto-escola)Cátia Campos Iglesias (funcionária de auto-escola)Sandro Rodrigues Lanutti Villanova (proprietário de auto-escola)Ademar Quadros Fernandes (proprietário de auto-escola)Mauro Pereira Lobo (proprietário de auto-escola)Roseli Aparecida de Souza (proprietária de auto-escola)Rosana Maria Gerotto de Azevedo (médica)Maria Ângela Ferreira (psicóloga)Vanessa Santos Silva (psicóloga)Omar Latife Abdel Hadi Ibrahim (proprietário de uma concessionária de veículos)

E QUEM VENDERIA A CIRETRAN DE FERRAZ DE VASCONCELOS?

06/06/2008 –
Escuta revela que máfia da CNH prestava serviço ao PCC

São Paulo – A máfia das carteiras de habilitação fazia serviços até mesmo para integrantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). É o que mostra uma das interceptações telefônicas feitas pelos promotores do Grupo de Atuação Especial e Repressão ao Crime Organizado (Gaerco), do Ministério Público Estadual. Segundo a escuta, realizada às 9h31 de 25 de março deste ano, a quadrilha de falsificadores havia recebido a encomenda de uma carteira de habilitação de um homem ligado ao crime organizado.
DEMISSÃO
Carlos Thadeo, chefe-de-gabinete do líder do PTB na Assembléia Legislativa, deputado Campos Machado, se demitiu ontem do cargo, no mesmo dia em que seu nome foi citado nos telefonemas grampeados na “Operação Carta Branca”, que apura a venda de carteiras falsas de habilitação.
Na conversa, um homem que se identificou como ‘Dênis, sócio do Benê’ fala com Paulo Luís da Silva, o Mongol, funcionário da Ciretran de Ferraz de Vasconcelos e um dos presos na Operação Carta Branca. Dênis cobrou a entrega da carteira de habilitação de um cliente que ele identificou como André Ferreira dos Reis. “O cara é do PCC lá e eu estou passando o maior perreio com ele aí”, afirmou. “Eu sei quem é”, responde Mongol.
No total, 19 pessoas acusadas de envolvimento em irregularidades na emissão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) foram presas na Operação Carta Branca, realizada pela Polícia Rodoviária Federal, Ministério Público Estadual e Corregedoria da Polícia Civil.
Entre os detidos há ainda despachantes, médicos, psicólogos, donos e funcionários de 17 auto-escolas, em 11 cidades da Grande São Paulo.
Os promotores do Gaerco também descobriram que a máfia da CNH tentou ‘comprar’ a Ciretran de Ferraz de Vasconcelos para ter o direito de nomear o delegado que desejasse, de forma que a repartição trabalhasse só para os integrantes da organização criminosa.
As informações são do Jornal da Tarde.

QUEM COBRAVA R$ 70.000,00 POR PROMOÇÃO PARA 1ª CLASSE? 2

06/06/2008 – Assessor citado no caso Detran se demite
A cidade era a base da quadrilha.
Nas escutas, Thadeo conta que conseguiu garantir a permanência de Marcão, um dos 19 presos na última terça, no cargo que ele tinha como funcionário da prefeitura de Ferraz, lotado na Ciretran local.
O interlocutor é o empresário Nasser Abdel Hadi Ibrahim, irmão de Omar, também preso pela PF, acusado de lavar dinheiro da quadrilha.
Na conversa com Nasser, Thadeo comemora o feito de manter Marcos no cargo afirmando que é membro do Partido Trabalhista Brasileiro.
O ex-assessor disse à Folha anteontem que já foi professor de Nasser e que o conhece há 25 anos.
Em outro grampo, Nasser conversa com Marcos sobre porcentagens na venda de CNHs.
Thadeo pediu afastamento por carta a Machado, que aceitou. No texto, ele diz que sai “diante das repercussões negativas de fatos” e que não quer causar “desconforto ao meu líder e amigo [Machado]”.
Procurado ontem, Thadeo não ligou de volta. Anteontem, ele disse que a família Nasser atua como cabo eleitoral de Machado em Ferraz. O deputado também é citado na gravação, como amigo de Marcos.
Machado enviou ontem uma carta à Procuradoria Geral de Justiça negando conhecer o “Marcos” da gravação. No texto, ele alega que seu nome foi usado “indevidamente” e pede ao Ministério Público para apurar o caso e o “eventual envolvimento” de Thadeo. Segundo a investigação, a quadrilha vendeu 1.300 CNHs falsas em dois anos por R$ 1.300 a R$ 1.800 e movimentou R$ 1,3 milhão.

Um motorista foi flagrado com uma CNH comprada, na madrugada de anteontem, em Minas Gerais. Ele teria pago R$ 1.440 pelo documento emitido na Ciretran de Ferraz.
O Ministério Público ouviu ontem alguns dos presos e também pediu a quebra de sigilo bancário, para saber se eles tiveram enriquecimento ilícito. Promotores do caso deram 120 dias para que o Detran (Departamento Estadual de Trânsito) reformule o sistema de emissão de habilitações.
Colaborou o “Agora”
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Eu disse, apenas , R$ 70.000,00 por uma promoção por merecimento.
Mais comissões sobre o faturamento!
Verdadeira pechincha!
Assim agem os políticos que se colocam como AMIGOS DA POLÍCIA CIVIL…
Se nossos amigos são de tal jaez, como serão os nossos inimigos?

da Folha de S.Paulo
Carlos Thadeo, chefe-de-gabinete do líder do PTB na Assembléia Legislativa, deputado Campos Machado, se demitiu ontem do cargo, no mesmo dia em que seu nome foi citado nos telefonemas grampeados na “Operação Carta Branca”, que apura a venda de carteiras falsas de habilitação.
Nas gravações feitas pela Polícia Federal com autorização judicial e obtidas pela Folha, Thadeo admite que interveio pela permanência na Ciretran (Circunscrição Regional de Trânsito) de Ferraz de Vasconcelos (Grande SP) de um dos envolvidos no esquema de fraude de CNHs.

AÇÃO CIVIL DO MINISTÉRIO PÚBLICO CONTRA O DEPUTADO LUCIANO BATISTA 11

Ação do MP bloqueia bens de deputado de São Paulo
O Ministério Público de São Vicente , no litoral sul de São Paulo, ajuizou uma ação civil pública que resultou no bloqueio judicial dos bens do ex-vereador e hoje deputado estadual Luciano Batista e da mulher dele, Solange Maria da Silva Batista.
A ação é resultado de investigação da promotora de Justiça da Cidadania Flávia Maria Gonçalves e do promotor Cássio Roberto Conserino, do Gaerco (Grupo de Atuação Especial Regional para a Prevenção ao Crime Organizado), de Santos, que desde janeiro de 2007 apuram denúncia de que o casal apresenta evolução patrimonial desproporcional aos seus rendimentos.
A investigação comprovou que, nos últimos anos, Luciano Batista e sua mulher adquiriram três apartamentos em edifícios de alto padrão em São Vicente, além de vários veículos zero quilômetro, todos modelos de luxo, como Audi e BMW, além de motocicletas.
Na ação civil pública por improbidade administrativa, o juiz Eurípedes Gomes Faim Filho, da Vara da Fazenda Pública da Comarca de São Vicente, deferiu a antecipação dos efeitos da tutela e bloqueou os bens do casal, que não podem ser negociados.
Os promotores pedem ainda a perda desses bens, perdas de funções públicas, a suspensão dos direitos políticos pelo prazo de 10 anos, pagamento de multa e proibição de contratarem com o poder público pelo prazo de 10 anos.
Outro lado
Para Batista, a denúncia é absurda e não tem fundamentação.
“A promotora usou expediente equivocado, pois a partir de uma denúncia anônima começou a fazer uma devassa na minha vida”, disse ele para a Folha Online.
Ele diz que não possui os bens alegados na ação civil pública. “Não tenho os apartamentos que ela alega ter.
Tive, sim, dois apartamentos em seqüência, não ao mesmo tempo.” Batista afirma que também não tem vários veículos de luxo.
“O mesmo vale para os veículos: tive um Audi que foi instrumento de entrada para uma BMW que comprei depois.” Segundo ele, todos seus bens foram declarados para a Receita Federal. “Os bens estão todos declarados na Justiça Federal, tudo devidamente registrado e declarado no IR”, disse.
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AQUILO QUE O POVO QUER SABER
Como é que se faz para viver como milionário antes dos 40 anos . Especialmente uma pessoa nascida pobre, em bairro periférico e sem grande cultura.
E a população vendo: o político de BMW tipo James Bond, a mulher de AUDI e Harley Davidson; os filhos para a escola também de Audi.
Tudo com os salários de Vereador ou Deputado.
Afinal, quanto ganham?
Pelo que aparentam devem ganhar CEM MIL REAIS POR MÊS…
NO MÍNIMO!

AGENTES PENITENCIÁRIOS DE SÃO PAULO REFUGIAM-SE NAS PRISÕES 2

SP: com medo de morrer, agentes dormem em CDP
Quinta, 5 de junho de 2008, 21h29
Por medo de morrer, dezenas de funcionários têm dormido em alojamentos dos Centros de Detenção Provisória (CDP) 1 e 2 de Osasco, na região metropolitana de São Paulo. Segundo o sindicato da categoria, a execução de três agentes e a descoberta de uma lista com 11 nomes jurados de morte causaram pânico, fazendo com que cerca de 60 carcereiros passassem a morar nas unidades prisionais.
A prisão de suspeitos das mortes não foi capaz de aliviar o clima de tensão. Procurada, a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) disse que não comenta o fato.
Entre 17 de abril do ano passado e maio deste ano, três agentes penitenciários dos CDPs de Osasco foram assassinados com sinais de execução no caminho entre suas casas e o trabalho.
Segundo o presidente do Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado (Sifuspesp), João Rinaldo Machado, após a morte do último carcereiro, chegou às mãos dos agentes a lista de 11 nomes marcados para morrer, entre eles um diretor-geral e um diretor de disciplina da casa de detenção.
A Polícia Civil informou na quarta-feira sobre a prisão de suspeitos da morte dos agentes, mas o sindicato afirma que não foi suficiente.
“Garanto que 50% dos funcionários não estão indo embora por receio de serem perseguidos no caminho para suas casas. Não temos proteção nenhuma”, diz o diretor de saúde do Sinfusfesp, Luiz da Silva Filho. Segundo ele, a situação também é tensa em outros presídios de São Paulo. “As cadeias estão superlotadas e o Judiciário é lento em liberar quem já cumpriu pena. Tudo pode acontecer”, diz.
A solução para a insegurança foi a transferência dos ameaçados.
Em reunião nesta quinta-feira, foi acertada na SAP a mudança de quatro agentes penitenciários para unidades prisionais consideradas mais seguras.
Os diretores jurados de morte já haviam sido transferidos.
Alguns, mesmo marcados, recusam a transferência por morarem próximo a Osasco.
Para os que ficam, a solução é pernoitar, mesmo em condições precárias, no próprio local de trabalho.
“O local não oferece a menor condição de conforto e até de higiene. Estão todos amontoados. Os carcereiros vivem tão mal quanto os próprios detentos”, disse João Rinaldo Machado.
Rigor
Segundo o Sinfusfesp, desde os ataques de 2006 da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), 32 agentes penitenciários foram mortos com indícios de execução.
Até o momento, apenas cinco destes crimes foram solucionados pela polícia, diz o sindicato.
A razão para as represálias aos agentes do CDP de Osasco seriam as condições precárias da unidade e o maior rigor no tratamento dispensado na casa.
“O sentenciado acha que a culpa pelas regras impostas na unidade é do agente e desconta em quem está mais perto”, diz Filho.
Para ele, após a rebelião, ocorrida em abril, a cadeia, que tem capacidade para 780 e abrigava mais que o dobro disso, deveria ser desativada para uma reforma.
“As condições são muito precárias, há condenados vivendo com presos aguardando julgamento em uma cadeia de transição”, denuncia.
Atualmente, a população prisional do Estado de São Paulo é de quase 200 mil detentos. O sindicato estima em 30 mil o número de servidores. Segundo cálculos do sindicato, divididos em turnos, cada funcionário precisa cuidar de 32 presos. De acordo com o Sinfusfesp, seria necessária a contratação de 15 mil novos agentes penitenciários para suprir a carência.
Redação Terra