PARABÉNS AO DOUTOR MAURÍCIO JOSÉ LEMOS FREIRE… 2

Polícia Quarta, 4 de junho de 2008, 17h38 Atualizada às 18h13 CNH: afastados corregedor do Detran e mais 2 delegados
Vagner Magalhães

Direto de São Paulo
A Delegacia Geral de Polícia de São Paulo afastou do cargo três delegados devido às investigações feitas pelo Ministério Público Estadual, que desmontou uma suposta quadrilha acusada de fraudar a confecção de carteiras nacionais de habilitação.

Um deles é Francisco Norberto Rocha de Moraes, corregedor do Departamento Estadual de Trânsito (Detran).

No entendimento delegado-geral, Maurício José Lemos Freire, eles foram afastados porque a atuação deles deveria ter sido mais incisiva quando tomaram conhecimento das irregularidades.

A quadrilha, de acordo com o Ministério Público, enviava os documentos fraudados para oito Estados.

A operação Carta Branca, desarticulada ontem, prendeu 21 pessoas, entre elas dois policiais civis (um delegado e um investigador).

Os outros dois delegados afastados são Vladimir Oliveira e Francisco Gastão de Castro Filho, que fizeram uma correição (inspeção) em Ferraz de Vasconcelos e serão substituídos.

Os três passarão a cumprir funções internas dentro da polícia durante o decorrer das investigações.

“Não basta realizar relatórios de correições e encaminhar comunicados oficiais. É preciso ir além, tomar medidas preventivas e levar ao conhecimento da Delegacia Geral de Polícia todas as suspeitas graves, independente das providências entendidas cabíveis adotadas pelos diretores”, disse.

De acordo com o delegado, a substituição não significa um julgamento prévio da participação deles no caso.

“Todas essas mudanças ocorrem para melhorar o desempenho da polícia e também para garantir total isenção às investigações, conduzidas agora pela Corregedoria Geral da Polícia Civil.

Não representam qualquer pré-julgamento dos policias que deixam o cargo”, afirmou Freire.

Maria Inês Valente substituirá o corregedor do Detran, enquanto Dirceu Junior Atiê e Ricardo Ambrósio Fazane assumem os outros dois cargos.

De acordo com o Ministério Público de São Paulo, 1.231 carteiras foram emitidas com falsidade ideológica nos últimos dois anos. As carteiras de habilitação eram vendidas para Estados do Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

O preço, segundo a PRF, variava entre R$ 1,5 mil e R$ 2,2 mil.

No dia 29 de abril, houve uma inspeção da Corregedoria do Detran no Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretran) de Ferraz de Vasconcelos, para verificar um lote de carteiras de habilitação falsas que iriam para o Rio Grande do Sul.

A direção do Detran de São Paulo informou que não foi comunicada oficialmente sobre qualquer irregularidade envolvendo funcionário público do órgão.

$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$

SE TODOS OS MEMBROS DO CONSELHO FOSSEM COMPROMETIDOS COM A POLÍCIA CIVIL – TAL COMO O ATUAL DELEGADO GERAL MAURÍCIO JOSÉ LEMOS FREIRE – NÃO NOS ENCONTRARÍAMOS EM SITUAÇÃO TÃO VEXATÓRIA.

UMA POLÍCIA RODOVIÁRIA – sem menosprezo: patrulheiros – ARROMBANDO AS NOSSAS PORTAS É O FIM DE LINHA.

E O ATUAL DIRETOR DO DETRAN – VERDADEIRAMENTE – NÃO PARECE SER O MESMO QUE COLOCOU O PROMOTOR “BLAT” NO DEVIDO LUGAR…

PARECE NÃO ESTAR NEM AQUI…

NEM AÍ…

NÃO SEI DE NADA.

QUEM É O DEPUTADO LADRÃO QUE APADRINHA DELEGADO LADRÃO?

Fraudes derrubam corregedor do Detran e dois delegados
Suspeita é de que os afastados achacassem membros da quadrilha que foi desbaratada na terça-feira
da Redação – estadao.com.br
SÃO PAULO – O corregedor e dois delegados da Corregedoria do Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran-SP) foram transferidos, na tarde desta quarta-feira, 4. A medida foi anunciada pelo delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Maurício Freire, um dia depois de uma operação do Ministério Público e da Polícia Rodoviária Federal ter prendido 19 suspeitos de integrar um esquema que fraudava e falsificava habilitações em sete Estados. A suspeita da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo é de que os delegados achacassem membros da quadrilha que foi desbaratada na terça-feira, 3, durante a Operação Carta Branca.
O esquema de corrupção envolvia a falsificação e a venda de carteiras de habilitação para pelo menos sete Estados e foi desbaratado com a prisão de 19 policiais, despachantes, médicos, psicólogos, proprietários e funcionários de 17 auto-escolas e Centros de Formação de Condutores (CFCs) em 11 cidades da Grande São Paulo. A Operação Carta Branca foi desencadeada após um ano de investigações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e do Grupo de Atuação Especial e Repressão ao Crime Organizado (Gaerco) do Ministério Público Estadual.
O esquema de propinas envolve delegados e investigadores das Circunscrições Regionais de Trânsito (Ciretrans) de Ferraz de Vasconcelos, na Grande São Paulo, e do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) de São Paulo – incluindo a Corregedoria, suspeita de achacar os envolvidos no esquema. Em duas oportunidades, donos de auto-escolas e funcionários de Ciretrans acabaram flagrados conversando sobre a arrecadação de dinheiro para os corregedores.
Ou seja, quem tinha obrigação de fiscalizar participava da corrupção.
Conforme a investigação, o esquema conta com apoios políticos e influenciaria até a escolha de delegados para ocupar cargos de trânsito.
Entre os chefes dessa quadrilha estaria o delegado Juarez Pereira Campos, que dirigiu a Ciretran de Ferraz e foi preso ontem. “Essa é só a ponta do iceberg. Vendiam-se, aqui, carteiras para o Brasil inteiro”, disse o promotor Marcelo de Oliveira. Nas buscas realizadas, uma lista de propina foi achada com um investigador (Leia na página C3). Além disso, foram apreendidas dezenas de computadores e documentos, que encheram três caminhões. Foram encontradas centenas de habilitações de pessoas de outros Estados que seriam registradas em São Paulo. Outras milhares já teriam sido vendidas. Só na Ciretran de Ferraz, 8 mil processos estão sob suspeita. Um dos maiores indícios das fraudes foi detectado por meio de um dispositivo que obriga quem vai renovar a carteira a se identificar por meio da impressão digital. Assim, o Gaerco descobriu que 1.305 motoristas usaram apenas 64 digitais para tirar as carteiras. Uma mesma digital, por exemplo, foi usada para 150 carteiras de motorista. Só a falsificação desse lote rendeu R$ 2,3 milhões ao esquema. Escutas telefônicas mostram em detalhes como funcionava o esquema. Tudo era tabelado. Uma carteira para alguém de Minas era mais cara: chegava a R$ 1.800. O motivo era o fato de o esquema dos mineiros ter sido denunciado pela imprensa em 2007. Uma carteira para um goiano ficava mais barata. Para um paulista, tirar a carteira só fazendo o exame médico custava R$ 1.100. Para o Rio, a modificação na carteira de habilitação simples para a de motorista profissional custava até R$ 1.350, sem que o candidato precisasse fazer os exames, mesmo que aquela fosse a sua primeira habilitação.
Deputado
Todas as vezes que algum problema acontecia, o grupo recorria aos seus contatos no Detran de São Paulo ou na política.
Isso ocorreu quando a carta de Joal da Silva foi apreendida em Franca (SP), sob a suspeita de falsificação .
Ele era analfabeto, mas assinava com letra legível o documento.
O problema não terminava aí: quem assinou por Joal ainda errou o nome, escrevendo João.
Um inquérito foi aberto, o que contrariou o grupo.
Em conversa gravada, os suspeitos dizem que o responsável pelo caso devia “se virar, mover o deputado dele”, caso contrário seria engolido, pois já estava tudo “acertado com o delegado de Joaquim”. Dizem que a pessoa já havia derrubado um “seccional”, em referência ao titular responsável pela polícia na região. O esquema teria influência na polícia, pois seria capaz até de provocar o afastamento de delegados. Eis mais um motivo usado pelos promotores para que fosse decretada a prisão temporária, por cinco dias, dos acusados. “Soltos, eles destruirão provas e tentarão corromper agentes públicos.”