UM BOM CONSELHO NÃO SE DESPREZA…SECRETÁRIO LAURO MALHEIROS NETO DE FORMA DIGNA PEDE EXONERAÇÃO 1

06/05/2008 – 16h23 – Atualizado em 06/05/2008 – 17h03
Secretário-adjunto de Segurança de SP pede demissão
Lauro Malheiros Neto estaria envolvido em achaques a quadrilha que age nos presídios.Secretário nega as acusações; ele entregou o cargo nesta tarde.
» Escutas mostram como policiais cometiam extorsão
» Policiais são presos acusados de extorsão e seqüestro
O secretário-adjunto de Segurança Pública de São Paulo, Lauro Malheiros Neto, pediu demissão nesta terça-feira (6). A informação foi confirmada ao G1 nesta tarde pela Secretaria da Casa Civil (SSP).

Nos últimos dias, o secretário-adjunto vinha sendo apontado como um dos envolvidos em um esquema de achaques e seqüestros de integrantes da quadrilha que age a partir dos presídios paulistas.

Malheiros nega as denúncias. Nesta tarde, a SSP divulgou a carta de demissão (leia a íntegra) do secretário-adjunto. Na nota, ele afirma “preciso deixar o cargo que agora ocupo para poder me dedicar a repelir a ação sórdida das pessoas que me atacam, com interesses criminosos e subalternos e levá-los a responder na Justiça pelas suas calúnias que têm por objetivo a vingança rasteira contra a minha pessoa.”

Antes de ser escolhido secretário-adjunto, Lauro Malheiros Neto foi delegado. Ele trabalhou no Departamento de Polícia Judiciária da Capital (Decap), no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e no Departamento de Investigação sobre o Narcotráfico (Denarc).

Extorsão
O esquema de extorsão de dinheiro dos bandidos foi revelado por escutas telefônicas. Dois investigadores de Suzano, na Grande São Paulo, seriam os responsáveis pelo crime. Eles foram presos nesta quarta-feira (30), em São Paulo, acusados de extorsão e seqüestro.

Na ação mais ousada da dupla, eles teriam mantido em cativeiro, em uma delegacia em Suzano, o enteado de Marcos Camacho, o Marcola, chefe da quadrilha que age nos presídios de São Paulo.

O advogado do investigador Augusto Pena, um dos policiais suspeitos, contesta a prisão temporária do cliente. Ele afirma que, desde quando começaram as investigações, há dois anos, o investigador nunca foi interrogado. “O Augusto nega as acusações. Ele estava tentando produzir provas de sua inocência quando foi preso”, diz.


Carta de demissão
Leia a íntegra da carta de demissão do secretário-adjunto:

“São Paulo, 6 de maio de 2008. Senhor Governador: Nos últimos dias fui surpreendido por notícias caluniosas que foram publicadas pela imprensa, procurando me vincular a policiais que são objeto de investigação criminal. Tais fatos noticiados fazem parte de uma campanha sórdida desfechada contra mim por pessoas que tiveram seus interesses contrariados no exercício da minha atividade de Secretário Adjunto da Segurança Pública.

Quero dizer a V. Exa. que em nenhum momento pratiquei qualquer ato que pudesse desonrar sua administração ou trair a confiança da população paulista e repilo com indignação a tentativa de me envolver em algo que não me diz respeito.

No entanto, como homem público, tenho a plena compreensão de que é impossível neste momento ter a tranqüilidade necessária para continuar a exercer o importante cargo de Secretário de Estado Adjunto da Segurança Pública.

Tal pasta é de essencial importância na vida das pessoas e requer que os seus dirigentes tenham dedicação e foco integrais na condução dos problemas de Estado, o que eu estou impossibilitado de fazer agora, pelas circunstâncias narradas.

Assim, quero dizer que fui honrado pelo convite feito por V.Exa. para ocupar este cargo e pela amizade de muitos anos que tenho pelo Secretário Ronaldo Marzagão.

Entretanto, preciso deixar o cargo que agora ocupo para poder me dedicar a repelir a ação sórdida das pessoas que me atacam, com interesses criminosos e subalternos e levá-los a responder na Justiça pelas suas calúnias que têm por objetivo a vingança rasteira contra a minha pessoa.

Por isso, lamentando não poder continuar a ajudar o honrado governo de V.Exa., peço que seja aceito o pedido de exoneração do meu cargo.

Aproveito a oportunidade para reiterar a V.Exa. meu apreço e admiração.
Lauro Malheiros Neto
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SERIA DIGNO SOLICITAR EXONERAÇÃO DO CARGO…POUPANDO-SE A IMAGEM DA POLÍCIA, DO GOVERNO ESTADUAL E DO PSDB
“Vocês se recordam deste episódio, envolvendo o secretário – adjunto da Segurança Pública , Lauro Malheiros:Nove policiais militares fizeram, entre 19 de janeiro a 10 de fevereiro, a escolta pessoal da ex-mulher e da filha de seis anos do atual secretário-adjunto da Segurança Pública de São Paulo, Lauro Malheiros Neto, informa matéria de André Caramante publicada na Folha (íntegra disponível para assinantes do UOL e do jornal).De acordo com decreto da Secretaria da Casa Militar do Estado de São Paulo, órgão responsável pela guarda pessoal de autoridades do Estado, a escolta é prevista apenas para o governador, primeira-dama e seus familiares; vice-governador e familiares; ex-governadores e familiares e outros dignitários, em visita oficial ao Estado.”Não obstante hipótese de ato de improbidade administrativa continuou no cargo. O Secretário Ronaldo Bretas Marzagão – responsável pela indicação -não entendeu cabível exonerar o seu adjunto. Agora o Ilustre advogado LAURO MALHEIROS NETO – ex-Delegado de Polícia – aparece nas manchetes em face do suposto envolvimento de Investigador de Polícia – cliente do escritório Malheiros Filho – em roubo de carga apreendida. Policiais roubaram carga de R$ 1 mi,diz testemunha São PauloO desaparecimento de uma carga do jogo eletrônico PlayStation avaliada em R$ 1 milhão de dentro do depósito do Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado (Deic) é o novo alvo dos promotores do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaerco) de Guarulhos. A suspeita dos promotores é de que o investigador Augusto Pena tenha furtado a carga e a revendido em partes para pelo menos dois compradores.Ao jornal O Estado de S. Paulo, a testemunha-chave do Gaerco, Regina Célia Lemes de Carvalho, ex-mulher de Pena, disse que ele repassou R$ 100 mil do dinheiro obtido com a carga ao secretário-adjunto da segurança, Lauro Malheiros Neto.Regina, que briga com o ex-marido pela guarda do filho, foi quem procurou o Gaerco com 200 CDs repletos de escutas telefônicas que, segundo os promotores confirmaram, eram usadas por Pena para extorquir dinheiro da cúpula do Primeiro Comando da Capital (PCC). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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Embora não se possa dar crédito às acusações – considerando-se a ilibada conduta do Sr. Secretário-adjunto – os efeitos das manchetes são preocupantes.As acusações acabarão empregadas para arranhar a imagem do Exmº Governador deste Estado, o Doutor José Serra.E não se perca de vista que o nosso Governador – conforme prestígio junto ao povo – figura como futuro Presidente da República.O espontâneo pedido de exoneração será demonstração de lealdade e honestidade do Secretário-adjunto.(POSTAGEM DE 2/5/08)

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