A dúvida interior é uma das fraquezas mais destrutivas de nossa natureza humana. A dúvida se faz presente em todas as áreas da vida – do relacionamento amoroso ao profissional – e com certeza se manifesta em relação a todos os assuntos do nosso cotidiano. O duvidar é uma das nossas tendências emocionalmente mais dolorosas, uma vez que todos os valores e sentimentos que recebemos dependem de nossa compreensão de termos de fato o poder para transmitir valores e sentimentos para outrem. Quem dúvida da capacidade de amar não é capaz de sentir o amor que lhe é entregue. Quem dúvida da própria capacidade de mudar as coisas nunca será capaz de acreditar que as coisas possam ser modificadas. Ao subverter esta compreensão, a dúvida nos impede de obtermos o sucesso em qualquer campo da vida. Quem você pensa que é? Você não pode mudar o mundo!Uma pessoa não pode causar a diferença! As coisas simplesmente pioram cada vez mais, e não há nada que se possa fazer! Esta é a retórica da dúvida, e a maioria de nós a ouve o dia inteiro. Nada mais é do que a dúvida imposta pelas forças conservadoras – sejam as nossas, sejam as exteriores – a nossa vem do medo do fracasso. As externas buscam apenas nos impedir de realizar qualquer ação positiva; que ponha fim ao vetusto sistema que distribui privilégios a pequeno número de pessoas, enquanto submete a grande parcela de pessoas a uma vida miserável, sob vários aspectos. E quanto mais perto chegamos de agir de fato, mais dúvidas e questionamentos emergem á superfície. Todavia, quando mais nos assombrarem os medos e as dúvidas, certamente, mais próximos estaremos do sucesso. Mas, paradoxalmente os medos e as dúvidas freqüentemente têm a capacidade de nos impedir de avançar e de alcançar o sucesso. Quantos não fugiram do verdadeiro amor da vida pela dúvida, pelo medo da felicidade! As dúvidas e os medos a que somos bombardeados – interna e externamente – são o maior obstáculo para transformarmos a nossa condição de policiais desvalorizados e subestimados. Tenham toda a certeza que eles( aqueles que rosnam contra os defensores do direito de greve) estão com muito medo. Nada temos para perder em eventual conflito interno. A recuperação do poder de compra dos nossos vencimentos e melhores condições de trabalho não pode ter como paradigma o mercado de trabalho privado. Pura e simplesmente deve ter como parâmetros aquilo que de melhor se garante a outras autoridades e servidores do Estado. Basta de perdigotos mentais sobre as nossas faces. Chega do cercadinho mental da elite policial: “não é por aí…” “polícia é assim mesmo…” “bom cabrito não berra”…”Só pode fazer greve quem trabalha”; falácia de quem tem muito a perder no caso de reivindicação maciçamente organizada. Ora, vamos para o campo de batalha! Qual é o exército mais forte e poderoso? Nós ou as empresas de segurança de propriedade dos nossos cardeais? E apenas para esclarecer: empresas de consultoria de segurança e afins, prestadoras de serviço praticamente sem patrimônio imobilizado, podem ser instrumento bastante interessante para lavagem de dinheiro e dilapidação do erário. Definitivamente: Delegados de Polícia e Oficiais da Polícia Militar proprietários de empresas de segurança são uma desonra para as respectivas Instituições. Um grande exemplo de deslealdade para com o povo e para com o serviço público. Para estes a violência é ouro. Nada como o PCC para lhes gerar maior lucratividade. Afinal, quanto pior para a sociedade e para os policiais comuns, muito melhor para agentes públicos, desprovidos de espírito público, prestadores de segurança privada.