Verdadeiramente, necessário seria refundar a carreira dos Delegados estaduais …Não é caso isolado, o guloso abaixo, além de não saber fazer , é muito conhecido na região por sua “tipagem” e arrogância no úrtimo…Manda meter algema em desempregado devedor de pensão alimentícia; por ser extorsionário deveria ter sido acorrentado para dar exemplo 10

Com efeito , delegado que se argola com GCM e “emprestados” TEM MESMO QUE TOMAR NO MEIO DO CU…

Infelizmente , afirmo por constatação pessoal , nas regiões de Campinas e de Americana , há muitos delegados correndo junto com o pessoal da prefeitura ; por vezes contratados por meio das tais “frente de trabalho ” criadas para se fazer rachadinha .

E de cair o cu quando até se vê uma prostituta de Fazendinhas fazer vez de escrivã-chefe…

O lado bom , a grande maioria dos funcionários municipais não se refestelam com esse tipo de delegado bandido com pose de santidade …

Fazem um bom trabalho pela sua comunidade; não se deixando contaminar por pestilentos engravatados!

Por que a PM não matou o PM traficante ? 1

Com Operação Syren, GAECO mira esquema de tráfico que tinha apoio de agentes públicos

Polícia Federal, 5º Batalhão de Choque (Canil) e as Corregedorias das Polícias Militar e Civil deram apoio aos promotores

25 MAR 24

Na manhã desta segunda-feira (25/3), foi deflagrada a Operação Syren, ação conjunta entre o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), a Polícia Federal, o 5º Batalhão de Choque (Canil) e as Corregedorias das Polícias Militar e Civil. A operação é resultado de investigação que visa a desarticular associação criminosa voltada para o tráfico de drogas. Um investigador do DENARC e um policial militar integravam a associação criminosa.

De acordo com os seis promotores de Justiça que participaram da operação, mais de 100 agentes das forças de segurança deram cumprimento a três mandados de prisão, além de mandados de busca e apreensão nos Estados de São Paulo (capital, Itapevi, Campinas, Americana, Santa Bárbara e Araçatuba), Paraná (Araucária), Mato Grosso do Sul (Corumbá) e Bahia (Caraíva). Foram apreendidas, na residência dos policiais, joias, dinheiro e 3,8 kg de haxixe. 

METENDO O CAÔ – Tarcísio de Freitas anuncia 23% de aumento salarial para as Polícias 1

REAJUSTE: Governador anuncia aumento de 23% para servidores

 

Tarcísio de Freitas, do Estado de São Paulo, tornou pública sua iniciativa ao cumprir promessas feitas ao final do ano de 2023

A notícia soou muito bem, ao ser anunciada a majoração dos vencimentos dos servidores da segurança pública em 23%, acrescentando o governador, ao anúncio, em homenagem à categoria: “Estes homens estão na linha de frente e merecem ser valorizados”.

Assim aconteceu, ao final da última quinta-feira (14), a manifestação do governador Tarcísio de Freitas, do Estado de São Paulo, tornando pública sua iniciativa ao cumprir promessas feitas ao final do ano de 2023 de melhorar a remuneração dos policiais.

Tarcísio de Freitas tem deixado claro, nas suas ações, que São Paulo, maior Estado do país, não pode conviver com as ameaças que a bandidagem sempre impõe aos paulistanos.      

AUTOR – https://www.otempo.com.br/blogs/luiz-tito/governador-anuncia-aumento-de-23-para-servidores-i-1.3349458

GAECO manda para a grade Delegado bolsonarista chefe do 1º DP da “Chicago” da RMC…Obviamente , nem o titular de Indaiatuba nem o Seccional de Campinas desconfiavam do bom moço…Da Corregedoria de Campinas é bom nem falar 8

Delegado, policiais e guardas de Indaiatuba são presos em operação contra esquema de extorsão por meio de falsas investigações

Titular do 1º Distrito Policial do município foi preso durante a operação, segundo o Gaeco. Crimes investigados são extorsão, corrupção e organização criminosa. Ação também foi realizada em Itu.

Por Jorge Talmon, Marcello Carvalho, EPTV e g1 Campinas e Região

26/03/2024 07h47  Atualizado há 4 minutos

 

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Policiais civis e guardas de Indaiatuba são alvo de operação do MP; delegado foi preso

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público (MP), realizou, na manhã desta terça-feira (26), uma operação contra policiais civis e guardas municipais em Indaiatuba (SP). O delegado titular do 1º Distrito Policial, José Clésio Silva de Oliveira Filho, foi preso, segundo o Ministério Público.

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De acordo com o Gaeco, os crimes investigados são extorsão, corrupção e organização criminosa. No total, foram cumpridos, em Indaiatuba e Itu (SP), 17 mandados e busca e apreensão, além de 13 de prisão temporária.

Os endereços são ligados a policiais civis, guarda municipais e também advogados. Três funcionários comissionados da Prefeitura de Indaiatuba também foram detidosVeja quem são os presos:

  • Delegado titular do 1º DP de Indaiatuba
  • Dois investigadores (uma mulher na casa dela em Itu)
  • Um escrivão
  • Dois guardas municipais
  • Três advogados
  • Três funcionários comissionados de Indaiatuba

O Ministério Público ainda afirmou que a residência do delegado e também a sede do 1º Distrito Policial de Indaiatuba foram alvos de busca e apreensão.

Os policiais civis presos foram levados para a corregedoria da Polícia Civil em Campinas (SP) e os demais para o 1º DP de Indaiatuba. Foram apreendidas armas, dinheiro e documentos.

LEIA MAIS:

A defesa do delegado José Clésio Silva de Oliveira Filho disse que não iria se manifestar ainda porque os autos do processo estão em segredo de Justiça.

Quais eram os crimes?

Segundo o Gaeco, a organização criminosa, formada pelos policiais civis, guardas e advogados de Indaiatuba, invadia estabelecimentos comerciais e extorquia empresários.

O grupo forjava boletins de ocorrência, inquéritos e relatórios de investigação para sustentar exigência de pagamentos como preço de “resgate” de eventuais prisões decretadas ou garantias de não investigação. Veja aqui detalhes do esquema.

Ainda de acordo com o MP, “mais de uma dezena de empresários” foram vitimas de extorsão no período de um ano. Pelo menos 15 promotores de Justiça, 10 servidores do Ministério Público, 94 policiais militares e 19 policiais civis participaram da operação.

O Ministério Público solicitou o bloqueio de valores e sequestro de bens que giram em torno de R$ 10 milhões.

A operação recebeu o nome de “Chicago”, que remete à cidade americana dos anos 20 e 30, quando gangsters governavam a cidade “à base de violência, desprezando a lei e criando fortunas com os crimes”.

Gaeco faz operação contra policiais civis e guardas municipais em Indaiatuba — Foto: Jorge Talmon/EPTV

Gaeco faz operação contra policiais civis e guardas municipais em Indaiatuba — Foto: Jorge Talmon/EPTV

Governador Tarcísio de Freitas escolhe e firma compromisso de fé ao Deus de todos os povos …

SP: governador Tarcísio de Freitas assina adesão à definição internacional de antissemitismo…Atos de ódio contra judeus e negação do Holocausto devem ser severamente repudiados

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Governador Tarcísio de Freitas durante encontro no Palácio dos BandeirantesDivulgação

 

Mais artigos de O Dia

O Diaredacao@odia.com.br

Publicado 16/03/2024 12:22

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, assinou, nesta sexta-feira (15), um documento de adesão à definição de antissemitismo da Aliança Internacional para a Recordação do Holocausto (IHRA), durante o encontro com representantes da comunidade judaica no Palácio dos Bandeirantes.

Participaram da reunião Marcos Knobel, presidente da Federação Israelita do Estado de São Paulo (Fisesp), Ricardo Berkiensztat, presidente executivo da Fisesp, Cláudio Lottenberg, presidente da Confederação Israelita do Brasil (CONIB), Sérgio Napchan, diretor da CONIB, Rafael Erdreich, cônsul-geral de Israel, e Hana Nusbaum, do StandWithUs Brasil.

Também estiveram presentes o vice-governador Felicio Ramuth, o chefe da Casa Civil do Governo, Arthur Luís Pinho de Lima, o comissário da Organização dos Estados Americanos (OEA), Fernando Lottenberg, e o advogado Daniel Bialski, entre outros representantes de entidades da comunidade judaica brasileira e do poder público.

Marcos Knobel aponta que este é mais um importante avanço diante dos crescentes atos de ódio contra judeus e a negação do Holocausto registrados em todo o mundo. “Essa atitude do governo de São Paulo em aderir à definição do IHRA é de fundamental importância no combate ao antissemitismo e a todas as formas de discurso de ódio. Mais do que isso, mostra o respeito do governador Tarcísio de Freitas à comunidade judaica que vive em São Paulo, um estado que sempre esteve de braços abertos para nos acolher”, comentou.

Para o presidente da Fisesp, é dever de toda a sociedade combater o ódio, a intolerância e a desinformação. “É papel do poder público e de todos nós, brasileiros, garantir o direito à vida, ao respeito e à coexistência pacífica entre as pessoas”, concluiu.

“O governador Tarcísio de Freitas assinou a adesão, em nome de nosso Estado, para aquele que é talvez uma das maiores referências no combate ao anti-semitismo. Nosso Estado, a partir de agora, aderiu à IHRA, o que representa uma grande contribuição na luta contra a banalização do Holocausto e do anti-semitismo. Neste momento de alta sensibilidade, somos muito gratos ao Governador por esse ato que representa senso de proteção e, acima de tudo, o conceito de cidadania e responsabilidade com a comunidade judaica brasileira”, concluiu o presidente da CONIB, Claudio Lottenberg.

A resolução da IHRA atualmente conta com a adesão de 40 países, entre os quais sete na América Latina, e tem como meta “combater a crescente negação do Holocausto e do combate irrestrito ao antissemitismo” em nível mundial.

Um dos objetivos principais da assinatura de um documento dessa natureza é fazer com que o estado fique autorizado, capacitado e orientado a usar a Definição de trabalho de Antissemitismo da IRHA como recurso educacional para abordar e prevenir atividades relacionadas a preconceitos, discriminação, e neste caso motivados por antissemitismo, e evoluir na direção de uma legislação contundente no sentido de punir situações dessa natureza.

Atual governadoria conscientemente dá continuidade a antigos erros; logo é ainda mais culpado do que aqueles que o antecederam 6

Polícia Civil de SP enfrenta problemas com defasagem de investigadores

Faltam cerca de 17 mil profissionais na corporação do estado de SP 

  •  Polícia 
  • Polícia Civil de SP enfrenta problemas com defasagem de investigadores

Por

Naian Lucas Lopes

Polícia Civil enfrenta problemas
Tânia Rêgo/ Agência BrasilPolícia Civil enfrenta problemas

A situação da Polícia Civil, especialmente no interior de São Paulo, tem sido motivo de preocupação para os policiais civis devido à falta de profissionais nas delegacias. Atualmente, a corporação enfrenta uma defasagem de cerca de 17 mil profissionais, sendo os investigadores e escrivães os mais afetados pela carência de pessoal.

Apenas 63% das vagas existentes para policiais civis estão preenchidas. A expectativa entre os policiais é que esse cenário comece a mudar com a realização do concurso público promovido pelo governo do estado de São Paulo.

A esperança é que a contratação de novos profissionais ajude a suprir as demandas nas delegacias, uma vez que a atual defasagem tem prejudicado significativamente o trabalho da corporação.

Investigações importantes têm sido impactadas pela falta de equipe, o que também afeta o registro de boletins de ocorrência. Em algumas cidades, como exemplo, não há mais plantões nos fins de semana, resultando em ocorrências sendo encaminhadas para outras localidades.

Essa situação tem gerado um grande problema operacional para a Polícia Civil, levando a cobranças diretas ao secretário de Segurança Pública e ao governador Társia Freitas para acelerar as contratações e minimizar os impactos negativos.

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A expectativa é que essa questão seja resolvida até 2026. Enquanto isso não acontece, os policiais civis seguem enfrentando desafios sem equipe suficiente e precisam lidar com as demandas da melhor forma possível.

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Da Cunha , “a tua conta já deu” …Deveria ter permanecido camundongo magro roendo pelas beiradas da Baixada … 9

Ameaças, agressões à ex, sequestro encenado e afastamento da polícia; deputado Da Cunha coleciona polêmicas

Em outubro de 2023, Da Cunha virou réu em uma ação de violência doméstica contra a nutricionista Betina Grusiecki, com quem mantinha união estável há três anos. O deputado negou ter agredido a ex-mulher à Justiça.

Por g1 Santos

18/03/2024 05h11  Atualizado há uma hora

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Ex-mulher grava vídeo do momento em que diz ter sido agredida e ameaçada pelo deputado Carlos da Cunha

Um vídeo do deputado federal Carlos Alberto da Cunha, “Delegado Da Cunha”, de 46 anos, supostamente agredindo e ameaçando de morte a ex-companheira foi exibido pelo Fantástico, da TV Globo. O material, agora, faz parte de um pacote de polêmicas que o parlamentar tem colecionado. De 2021 para cá, ele chamou policiais de ratos e foi afastado da polícia, perdeu a posse de arma e distintivo, confessou ter encenado um sequestro foi acusado de agressão (veja abaixo).

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Em outubro de 2023, Da Cunha virou réu em uma ação de violência doméstica contra a nutricionista Betina Grusiecki, de 28 anos, com quem mantinha união estável há três anos. Ela o acusa por ameaça, agressão e injúria. O deputado negou ter agredido a ex-mulher à Justiça.

Coleção de polêmicas:

  1. Ratos na polícia
  2. Delegado da favela
  3. Licença por dois anos
  4. Sequestro encenado
  5. Sem armas e distintivo
  6. Agressões contra a ex
  7. Relacionamento com Betina
  8. Da Cunha contra a violência doméstica

Nas imagens, apresentadas pelo Fantástico, é possível ouvir o deputado fazer graves ameaça contra a vida de Betina. “Eu vou te matar. Vou te encher a tua cara de tiro”. O som batidas que podem ser ouvidas, conforme relatou a mulher ao Ministério Público, seria da cabeça sendo jogada pelo delegado contra a parede do banheiro.

Da Cunha e Betina tinham relacionamento há anos — Foto: Reprodução

Da Cunha e Betina tinham relacionamento há anos — Foto: Reprodução

Ainda no processo, Da Cunha negou o episódio em que teria batido com a cabeça da ex na parede. Ele citou apenas que o momento do casal não era bom. “Os dois estavam fora do prumo. Os dois estavam desestabilizados”. O laudo do Instituto Médico Legal (IML), porém, constatou escoriações no couro cabeludo e lesões corporais leves em Betina.

O advogado do deputado, Eugênio Malavasi, afirmou não ser possível confiar na veracidade do vídeo antes de uma análise. “Eu vou pedir a submissão desse vídeo à perícia. Porque esse vídeo não foi periciado. Não estou falando que é inverídico, mas não passou pelo crivo do Instituto de Criminalística. Não foi submetido a perícia oficial.”

Procurada pela Globo, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) justificou que, devido à atividade parlamentar, Da Cunha está afastado da atividade de delegado. Informou ainda que, contra ele, há cinco procedimentos em andamento pela Corregedoria da instituição, todos sem decisão definida.

5 milhões de seguidores e problemas

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Justiça proíbe deputado Da Cunha de se aproximar de mulher após acusação de agressão

O delegado Da Cunha, que soma mais de 5 milhões de seguidores, já vinha de um histórico de situações polêmicas até chegar à acusação de agressão pela ex. Justamente a exposição nas redes sociais o levaram à primeira queda. Em 2021, durante a participação em um podcast, comentou sobre a existência de corrupção na Polícia Civil e, como consequência, foi afastado.

Ainda em 2021, pediu afastamento por dois anos por motivos pessoas, mas as situações polêmicas ainda o circundavam. Ele também veio a confessar, no mesmo ano, ter publicado vídeos no Youtube de ações encenadas. (confira em detalhes abaixo)

‘Ratos’ na polícia

A tempestade na vida do delegado de Polícia Civil começou em 2021, quando participou do podcast com o vereador e ex-PM Gabriel Monteiro (PSD) e falou que “há grande corrupção no alto escalão da PM do Rio de Janeiro”. Em seguida, o deputado disse que existem “ratos” dentro da polícia.

Em seu canal no YouTube, o delegado afirmou que foi afastado das ruas por conta dessa alegação. Além do afastamento, de acordo com ele, lhe foi imposta a entrega das armas e do distintivo.

 

‘Delegado da favela’

Delegado Da Cunha teve a posse e porte de arma de fogo suspensa — Foto: Reprodução/Instagram

Delegado Da Cunha teve a posse e porte de arma de fogo suspensa — Foto: Reprodução/Instagram

O pedido de entrega das armas causou revolta no delegado que, ainda no canal, comentou ser complicado um policial ficar exposto e sem arma. Ele citou ter uma pessoal e com autorização.

À época ele disse: “Então eu passo anos e anos da minha vida combatendo o PCC, combatendo sequestrador, o mundo inteiro sabe que eu sou delegado, e quer que eu entregue as armas? Que eu fique sem arma na rua? Como eu trabalho e me defendo sem arma? Vai cuidar de mim? Se prepara que vou entrar na Justiça para discutir essa decisão”, disse em uma transmissão ao vivo.

Ainda de acordo com o delegado, apesar de ter entregue três armas a que tinha direito como autoridade policial, ele ainda tem uma arma particular, da qual tem autorização de uso. “Não sou delegado de pelúcia, eu sou delegado da favela”, falou, na ocasião.

 

Licença por dois anos

Enquanto respondia a um procedimento administrativo disciplinar junto ao órgão corregedor, Da Cunha pediu uma licença por dois anos por motivos particulares. O advogado do parlamentar informou à época que a decisão havia sido tomada porque com retirada das armas o cliente corria riscos, mesmo trabalhando em atividades burocráticas.

 

Sequestro encenado

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Assista a trecho do flagrante reconstituído pelo delegado Da Cunha

O delegado confessou publicamente que encenou o vídeo do flagrante de um sequestro em uma comunidade da capital paulista, em julho de 2020. Ao g1, na época, o delegado afirmou que encenação trata-se de uma reconstituição prevista em lei.

O flagrante citado por ele aconteceu na comunidade Nhocuné. Os policiais descobriram que um homem era mantido refém no chamado tribunal do crime, na mira de criminosos ligados à facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Após retirá-lo do local, o delegado o colocou de volta no cativeiro e ‘encenou’ a ação policial que havia acabado de acontecer.

Ele filmou as cenas para publicar em seu canal no Youtube, que atualmente conta com 3,6 milhões de seguidores. A gravação foi publicada e distribuída a diversos veículos de comunicação, como se fosse a verdadeira operação. A descoberta da encenação aconteceu com os depoimentos de policiais envolvidos na operação e outras testemunhas ao Ministério Público.

 

Armas e distintivo

 Delegado Da Cunha comemorou a devolução do distintivo e funcional nas redes sociais — Foto: Reprodução/Instagram

Delegado Da Cunha comemorou a devolução do distintivo e funcional nas redes sociais — Foto: Reprodução/Instagram

Em julho de 2023, portanto, depois de dois anos, Da Cunha recebeu de volta as armas e o distintivo. Devido ao cargo político, o parlamentar não pode reassumir o cargo como delegado.

“O sentimento é de Justiça. Minha carreira como delegado de polícia e todo o trabalho limpo que desempenhei ao longo de quase duas décadas foram colocados em dúvida por acusações orquestradas e que, ao longo do processo, se mostraram frágeis e inócuas”, disse à época, em entrevista ao g1

O delegado de Santos(SP) alegou que foi vítima de perseguição política, se referindo à antiga gestão do Estado de São Paulo.

 

Agressões contra a ex

As supostas agressões contra Betina ocorreram no dia 14 de outubro, no aniversário de Da Cunha. A ex-companheira disse que ele voltou alcoolizado para casa depois de um passeio com os filhos e passou a ofendê-la.

Em certo momento do vídeo, Da Cunha diz “Pode parar. Pode parar, senão vou te matar aqui”. Após discutirem, em depoimento à Justiça, Betina explica que o deputado a empurrou com força para o banheiro, segundo ela, pelo pescoço, a sufocando e fazendo com que perdesse a consciência.

A vítima diz ter desmaiado e, caída no chão, conseguiu retomar a consciência, quando o viu batendo a cabeça dela contra a parede. Nesse momento a voz dele surge no vídeo dizendo “Desmaia aí. Desmaia aí. A tua conta já deu.”

Em seguida, Betina disse ter atirado contra Da Cunha um secador de cabelo. O aparelho abriu um corte no supercílio do deputado e os dois ficaram cobertos de sangue.

 

Relacionamento com Betina

Deputado Delegado Da Cunha e nutricionista Betina tinham união estável há três anos — Foto: Reprodução

Deputado Delegado Da Cunha e nutricionista Betina tinham união estável há três anos — Foto: Reprodução

Os dois se conheceram em 2020 e resolveram morar juntos. Porém, com o passar do tempo, Betina disse à Justiça que o deputado Da Cunha começou a desqualificá-la e agredir com xingamentos. Insatisfeita, ela ameaçava romper o relacionamento, provocando irritação ao parlamentar.

Para a advogada de Betina Grusiecki, Gabriela Manssur, o relacionamento entre os dois tinha altos e baixos. Pelo fato dela ser constantemente agredida verbalmente, tentava por diversos momentos se separar de Da Cunha. Porém, ele pedia perdão e, pelas insistências, os dois retomavam.

“Ela não conseguia romper o relacionamento. (…) ela muitas vezes ficava com pena e isso acabou enfraquecendo a Betina, porque ela começou a adoecer, o que dá margem para agressões mais graves e mais intensas”.

A advogada afirmou que a cliente jamais manifestou interesse em requerer bens materiais do deputado.

A Betina, em nenhum momento, entrou com qualquer ação, ainda que ela vivesse com ele em união estável, requereu partilha de bens, requereu alimentos ou qualquer outra providência no âmbito material. Não. Ela simplesmente quer proteção, justiça e tranquilidade para continuar vivendo a vida dela”. A Justiça concedeu medidas protetivas contra o deputado para Betina e para os pais.

 

Da Cunha contra violência doméstica

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Vídeo mostra Da Cunha falando sobre violência doméstica antes de ser acusado de agressão

Um vídeo obtido pelo g1 mostra Da Cunha (PP), acusado de agredir a companheira até ela desmaiar, falando sobre a importância do combate a violência doméstica (assista acima).

No conteúdo, publicado em agosto de 2020, o delegado conversou com o ex-deputado federal Arnaldo Faria de Sá sobre a lei Maria da Penha e o Estatuto do Idoso. Na conversa, ele citou as vítimas de violência doméstica e idosos como “minorias que estão desprotegidas”.

 

Quem é Da Cunha?

Delegado da Cunha faz sucesso nas redes sociais ao mostrar cotidiano da Polícia Civil — Foto: Reprodução/Facebook

Delegado da Cunha faz sucesso nas redes sociais ao mostrar cotidiano da Polícia Civil — Foto: Reprodução/Facebook

Em 2022, Da Cunha foi eleito deputado federal por São Paulo, sendo o 24ª candidato mais votado. Ele contabilizou 181.568 votos pelo Progressistas. O delegado começou a fazer sucesso na internet com vídeos que mostram operações policiais e o dia-a-dia dos agentes.

Proposta do Partido dos Trabalhadores para reestruturar e melhor remunerar os policiais civis de São Paulo 15

Projeto quer reestruturar carreira dos agentes da Polícia Civil de SP

Proposta do deputado estadual Reis (PT) foi aprovada na CCJR da Alesp e pede que salários dos policiais sejam pagos por meio de subsídios de forma obrigatória

Por

Bruno Andrade

A Polícia Civil atua com um déficit de 56 mil agentes
Tânia Rêgo/ Agência BrasilA Polícia Civil atua com um déficit de 56 mil agentes

A Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) da  Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) aprovou, no dia 6 de março, um projeto de lei complementar que pede a reestruturação do plano de carreira dos policiais civis do Estado.

O autor do projeto, deputado Reis (PT), afirma que a intenção é tornar a ocupação mais atrativa para novos servidores. “O governo ainda não mandou nenhum projeto quanto a isso e estamos apresentando a proposta com base na  Constituição Federal  para que os policiais possam receber seus salários por subsídio e nivelados por cima”, defende.

idade

A remuneração bruta média de um policial civil no Brasil é de R$ 13.342,36, considerando as carreiras de escrivão, investigador e delegado. No Estado de São Paulo, essas carreiras recebem salários brutos de R$ 10.247,42, R$ 9.830,92 e R$ 25.872,96, respectivamente.

Servidores públicos estaduais não podem receber mais do que o governador do Estado, que atualmente tem um salário de R$ 34,6 mil. “Fui favorável que nós pudéssemos dar um aumento salarial para o governador”, disse o deputado estadual durante a Comissão.

“Acontece aqui, no Estado de São Paulo, mas acontece também nas cidades e na Prefeitura de São Paulo: o último aumento para o prefeito tinha sido em 2011 e, à medida que você vai reajustando o salário dos demais servidores, o salário do prefeito fica congelado, e as [demais] pessoas [do funcionalismo público], muitas vezes, tem que devolver parte do salário por causa do teto – ninguém pode ganhar mais que o prefeito, ninguém pode ganhar mais que o governador do Estado”, explica.

Para o deputado Reis, a reestruturação da Polícia Civil de SP passa diretamente por um reajuste salarial de todo o funcionalismo público. “Você passa 10 anos sem dar aumento para o Executivo, aí vai dar um aumento de 70%, 80% para poder compensar os 10 anos, e a sociedade enxerga isso de uma forma muito ruim. Isso prejudica os funcionários públicos de carreira.”

As  Polícias Civis apresentaram uma queda de 2% no efetivo entre 2013 e 2023 – um déficit de 56 mil agentes, segundo o  Raio-X das Forças de Segurança Pública, estudo divulgado pelo Fórum Brasil de Segurança Pública em 28 de fevereiro.

Quadros efetivos insuficientes

 

Na maioria dos estados do país, as Polícias Civis enfrentam um quadro de fragilização institucional “que interfere diretamente no trabalho de investigação, inteligência e elucidação de crimes”, de acordo com o estudo.

“Como agravante deste cenário, é importante lembrar que, além das atividades relacionadas à investigação criminal em si, como coleta de provas, depoimentos, etc, a Polícia Civil também é encarregada de realizar serviços públicos administrativos, o que aprofunda ainda mais a sobrecarga de trabalho de seu quadro já defasado”, expõe a pesquisa.

Apenas 63% das vagas existentes para policiais civis estão preenchidas. Segundo os pesquisadores, os critérios para definição das vagas dos efetivos não são claras — problema que poderia ter sido resolvido em 2023, em meio às discussões sobre as Leis Orgânicas das Polícias Civis e Militares.

Os concursos para instituições de segurança precisam ser justificados pela necessidade de preenchimento das vagas abertas no quadro efetivo (previsto em lei de cada instituição).

 

Na maior parte dos Estados, os quadros efetivos estão defasados e não seguem a lógica das atuais formas de policiamento. Na prática, a disponibilidade de vagas nesses quadros depende mais das condições fiscais de cada região.

No entanto, o estudo mostra que, em 2023, 33 mil dos 739 mil policiais e guardas do país receberam salários acima do teto do funcionalismo, no valor de R$ 39.293.

deste artigo: https://ultimosegundo.ig.com.br/policia/2024-03-16/projeto-quer-reestruturar-carreira-dos-agentes-da-policia-civil-de-sp.html

Do anús do Ministério Público: Observa-se que – “alguns” – recônditos em seus banheiros: SÃO PURA MERDA! 6

anais da procuradoria

ATROCIDADES VERBAIS NO SILÊNCIO DO TELEGRAM

Conversas trocadas no aplicativo mostram um pouco do que pensam alguns procuradores da República: de sofrimento “merecido” de nordestinos a veto de soropositivos no SUS

João Batista Jr.|14 mar 2024_10h12

Poucos temas mobilizaram tanto o Ministério Público Federal quanto a Operação Lava Jato, que tinha suas principais atividades centralizadas em Curitiba, mas braços em outras capitais. Mesmo procuradores que não faziam parte dos trabalhos se aproximavam da força-tarefa do Paraná, coordenada por Deltan Dallagnol, e trocavam ideias frequentes sobre as investigações. Muitos deram palpites até no texto da denúncia contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no episódio do tríplex do Guarujá, como mostrou reportagem da edição de março da piauí, a partir da leitura de aproximadamente 952.754 mensagens enviadas e recebidas no aplicativo Telegram do celular de Dallagnol.

Além de serem reveladoras sobre a operação, a análise das conversas frequentes sobre múltiplos assuntos permite entender um pouco o que pensam procuradores influentes a respeito de temas de interesse da sociedade civil. 

Na tarde de 1º de dezembro de 2015, um dos grupos mais ativos entre os procuradores, o BD (de “brigada digital”), discutia metas fiscais e aumento de gastos públicos de forma genérica. O assunto esquentou quando Helio Telho, procurador do estado de Goiás, lançou mão de uma proposta com objetivo de economizar dinheiro público na área da saúde: “Se a pessoa quer fumar até pegar um câncer, devia lhe ser exigido renunciar ao direito de atendimento pelo SUS, notadamente ao de buscar, inclusive na Justiça, remédios de alto custo financiados com impostos pagos pelos outros cidadãos.” Seu colega José Robalinho Cavalcanti, lotado no Distrito Federal e nessa época presidente da Agência Nacional de Procuradores da República, usou ironia para rechaçar o comentário de Telho, em cinco mensagens sequenciais:

“Idem para tomar Coca-Cola. Idem para esportes radicais. Idem para todos os atos ditos não saudáveis. Mais ainda para as deficiências congênitas. Gastam muito. Minha mulher, que é diabética desde os 11, deveria ser presa se descontrolar a dieta rs. Desculpe, Hélio, mas prefiro não viver neste mundo. PS: Vamos banir as motocicletas. Que tal? Gastam hoje mais do que o fumo. Dos sistemas de saúde.” A procuradora Janice Ascari, de São Paulo, deu força. Lembrando dos malefícios do álcool, constatou: “Estaríamos todos em cana.”

Os argumentos foram contestados por Wellington Saraiva, procurador também pelo DF (e motociclista, segundo seu perfil no X, o antigo Twitter):

 “Para motocicletas, já pagamos DPVAT altíssimo, muito maior do que o dos carros. A comparação é impertinente. Moto é meio de transporte, que tem risco (como carro, avião, elevador e escada rolante), mas não é necessariamente patogênica nem teratogênico [prejudicial ao embrião]. Cigarro é patogênico e teratogênico, além de desnecessário. Álcool também não é necessariamente patogênico. Em doses moderadas, é até saudável. Outra comparação impertinente.”

Robalinho rebateu: “E não acho impertinente não, mestre W. Posso citar dez comportamentos aceitos que fazem a indivíduos vários muito mais mal do que o cigarro à população em geral e são aceitos e até aplaudidos”, escreveu. Algumas mensagens a mais foram trocadas, até que o procurador Ailton Benedito de Souza, de Goiás, se manifestou em sobretaxar “quem fuma crack, maconha etc. Idem para quem pega HIV.”

O grupo levava a sigla de “brigada digital” por ser destinado a discutir temas a serem compartilhados nas redes sociais. Foi criado em 2013, quando os procuradores se organizaram para protestar contra a Proposta de Emenda à Constituição 37, que pretendia tirar o poder de investigação do Ministério Público. As discussões no campo do comportamento iam muito além e incluíam piadas duvidosas, como quando o procurador João Carlos de Carvalho Rocha, do Rio Grande do Sul, escreveu em março de 2015 no grupo Terra de Brutos: “Esse negócio de ser Gay, Lésbica, Botafoguense ou Transgênero é dureza. Rola muita incompreensão. Então respeito os caras”, em alusão aos empates em jogos com os times do Barra Mansa e Vasco da Gama, dias antes, pelo Campeonato Carioca.

Sem que nenhum integrante do grupo Terra de Brutos desse prosseguimento ao assunto, Telho quis expor sua visão sobre diversidade sexual: “50% irônico, 50% homofóbico, 100% matematicamente certo. A perpetuação da espécie depende do heterossexualismo.” Robalinho respondeu logo em seguida, para contestar a análise de seu colega e aprofundar o conceito de família. “Heterossexual convicto e absoluto que sou, ouso discordar rs. A perpetuação da espécie depende razoavelmente de relações sexuais heterossexuais esporádicas, sem contar hipóteses de inseminação artificial. Há inúmeros gays masculinos e femininos com filhos naturais; família é muito mais do que isso.” Robalinho ainda citou o Goiás de Telho, tradicional na agropecuária, em referência à inseminação artificial: “Nem todos os touros de raça pura e cara cobriram todas as vacas que tiveram filhos deles aí por Goiás, pois não? Rs.” Benedito de Souza se manifestou em defesa de Telho: “Robalovich, esses touros e esses vacas tampouco saem por aí praticando sexo homossexual bovino.”

Telho esticou a conversa (“Não dá para perpetuar espécie só com inseminação artificial”) para depois propor uma cota de heterossexuais no mundo para que a humanidade não entre em extinção: “Ademais, não me referi à família ou casamento. Me referia ao heterossexualismo. Se não houver um mínimo (uma cota) de heterossexualismo, a raça humana perecerá.”

Procurado pela piauí, Telho não se recorda das mensagens, diz não ser homofóbico e informa ter participado de uma Parada Gay no Rio ao lado de sua mulher. Ele também refuta ter sugerido que fumantes não pudessem ter acesso ao SUS. “Sem que eu possa ter acesso a todo o contexto, fica realmente difícil dizer algo. Não me lembro das mensagens, já faz muitos anos, sequer posso confirmá-las. O que eu posso dizer, lendo os trechos que você pinçou, é que a mensagem que você transcreveu não defende que o tabagismo não deva ser tratado pelo SUS, muito pelo contrário. Pessoas tabagistas que se recusam a tratar o tabagismo desenvolvem outras doenças cujo tratamento onera muito o SUS, é o que me parece dizer essa mensagem. Quanto à outra mensagem que você transcreveu, e de que também não me lembro e não posso confirmar, não me parece haver qualquer cunho homofóbico nela. Heterossexualidade e homossexualidade não são excludentes, ao contrário, podem e devem conviver e coexistir. Defender uma não significa excluir a outra. Só pensamentos binários é que interpretam que a defesa de um implica excluir o outro. Por exemplo, sou heterossexual e isso não me impediu de prestigiar e apoiar a parada LGBTQIA+ em Copacabana, em 2022, junto com minha mulher.” 

Robalinho, ao ser questionado sobre o teor dessas mensagens, diz não recordar de memória.

Oaborto virou tema de uma discussão acalorada no grupo BD. Foi quando compartilharam o link de uma reportagem sobre a ideia do deputado Laerte Bessa (PR-DF), relator do projeto de redução de maioridade penal na Câmara, que disse em entrevista para o jornal inglês The Guardian que no futuro será possível abortar quando se determinar, já no útero da mãe, se o feto tem tendências criminosas. O procurador Vladimir Aras, do Distrito Federal, viu nessa ideia bárbara uma desculpa de “abortistas para promover a lucrativa indústria do aborto”. Ailton Benedito mordeu a isca e começou a disparar mensagens sobre o assunto. Ele começou dizendo que as ações de planejamento familiar do SUS não têm eficácia alguma, para depois afirmar: “O estado nazista foi efetivo em minorar os desajustes.”

Benedito vai além em sua explicação ao lembrar que no nazismo aqueles que não eram arianos “deveriam ser eliminados, inclusive antes do nascimento”. O aborto dos potenciais “monstros”, para ele, é uma forma de praticar eugenia. O procurador sugere que pai e mãe que abandonam o filho devem receber dez chibatadas diárias em praça pública. Mas como essa medida não é possível, ele faz uma outra proposta: “Acabar com o Bolsa Família e todos os benefícios assistências que incentivam a procriação faria bem às famílias.”

Luiz Lessa, então, finaliza o assunto com ironia: “O boquete é a solução.” 

Mulheres com projeção na política nacional eram alvo frequente de comentários machistas nos grupos de procuradores.

Ainda que Gilmar Mendes fosse o ministro do Supremo Tribunal Federal mais criticado nos grupos, Cármen Lúcia, então presidente do STF, recebeu os comentários mais ultrajantes. Em uma conversa, especulam sobre sua vida pessoal e o fato de não pintar o cabelo.

Livia Tinoco: Cármen Lúcia é franciscana. Mulher simples. De muita renúncia. Não tem filho para sustentar.

Janice Ascari: Nem gasta com cabeleireiro.

Lívia Tinoco: Nem com dentista. Tem uns dentes horríveis, Amarelos e tortos. Mereciam uma lente pra ajudar um pouco o sorriso. […] Já passou da hora de fazer um preenchimento e um botox

Janice Ascari: hahahahahahaha 

Wellington Saraiva: Alguém sabe se é casada, já casou, teve união com qualquer nível de estabilidade e se tem filhos? Não que isso tenha relevância profissional, mas tem…

Lívia Tinoco: Eu gosto tanto da Cármen Lúcia. Acho ótima magistrada. Mas em matéria de cuidados corporais ela é péssima. Parece até ser anti-higiênica.

Janice Ascari: Galega, pegou pesado hahaha

Luiz Lessa: A quantidade de publicações indica que ela não teve tempo para romance.

No dia 24 de junho de 2015, o assunto era o famoso discurso em que Dilma saudou a mandioca (como item essencial da alimentação em território do povo brasileiro). A frase virou piada e deu munição a toda sorte de ironia. Ailton Benedito de Souza cravou: “Deve estar sempre sonhando acordada com a mandioca.” 

Preconceitos de origem também surgiram depois da reeleição de Dilma Rousseff, puxada especialmente por votos da região Nordeste. Em julho de 2015, Benedito de Souza, mesmo em meio a colegas de todas as regiões do país no grupo, escreveu: “Por isso que não tenho pena dos nordestinos […] Quando os vejo sofrer pelas suas desgraças, considero-as merecidas.” Vladimir Aras, nascido em Salvador e integrante do Ministério Público Federal em Brasília, rebateu: “Menos, Ailton, menos.” Souza arrematou: “Apenas consequências das próprias escolhas, que somos todos livres para fazer.”

Em abril de 2016, o assunto foi o discurso de Janaína Paschoal na USP. Peterson  de Paula Pereira disse: “Constrangedor… Caso de internação. Tivesse ali pulava em cima e chamava ambulância.” Helio Telho, fazendo joça, exclamou: “Pet, confesse. Você está querendo se perder com a Janaina!” Em seguida, Vladimir Aras elocubrou: “Imagina o marido dessa mulher como sofre.” Janice sugeriu: “Ela podia se candidatar a deputada. Ganhava fácil e as sessões iam ser bem divertidas. Podiam até criar a Bolsa Rivotril.”

Alvos da Lava Jato eram tema de piada. A procuradora Laura Tessler, de Curitiba, escreveu: “Diz que o sítio é mesmo do Lula. A primeira foto mostra uma 51!!!” Depois da prisão coercitiva de Lula, Luiz Lessa repetiu uma das troças que circulavam na internet: “Finalmente as piadas falando que o Lula é analfabeto vão acabar. Hoje Lula entrou na Federal!!” O próprio Lessa, no dia seguinte, chamou a falecida esposa de Lula, Marisa Letícia, “de tribufu do inferno stalinista”.

piauí pediu entrevista a todos os procuradores citados, diretamente ou por meio da assessoria de imprensa do Ministério Público Federal, mas apenas Telho, Saraiva e Robalinho falaram com a reportagem. 

As conversas relatadas acima estão entre as mensagens que integram o acervo da Operação Spoofing, deflagrada pela Polícia Federal em julho de 2019. O objetivo dessa operação foi investigar o vazamento de contas de Telegram mantidas por participantes da Lava Jato, um escândalo que ficou conhecido como Vaza Jato. Divulgados em primeira mão pelo site Intercept Brasil, os lotes de mensagens vazadas por um hacker mostraram que os procuradores da Lava Jato – com Deltan Dallagnol à frente – faziam combinações com o então juiz Sergio Moro. Eles trocavam informações e acertavam planos de ação.

No final do ano passado, a reportagem da piauí teve acesso ao conteúdo integral das mais de 952 mil mensagens enviadas e recebidas pelo coordenador da força-tarefa, Deltan Dallagnol, entre maio de 2014 e abril de 2019. Com base nelas, foi publicada uma reportagem na edição de março da revista, que pode ser lida aqui, sobre as táticas e motivações de Dallagnol na operação.

Colaboraram Allan de Abreu, Felippe Aníbal, Lígia Mesquita, Matheus Pichonelli e Luiz Fernando Toledo