Há muita gente que advoga a obrigatoriedade de o policial portar arma de fogo até no banheiro doméstico , o que implica dizer que até mesmo nos momentos de deleite sexual a arma deve estar sob o travesseiro ou sobre o criado-mudo !

Para nós esse suposto dever é tão falacioso quanto ser policial 24 horas por dia , posto receber-se o RETP …
Mas a nossa opinião não importa, jamais importou e nunca terá importância ; o que vale é a posição da maioria!
Assim , a título de debate, a muito rigorosa ex-delegada- geral adjunta , se for julgada conforme a mesma balança com que julga o semelhante , especialmente aqueles “semelhantes” menos afortunados pela sorte de “heranças funcionais “, diga-se, com certa “frustração e recalque” : herança transmitida para filhos e até colaterais…
Sendo bem explicito: filho de delegado emérito sai na frente , chega na frente e permanece sempre na frente; a mesma regra vale para sobrinhos , genros , noras , etc.
Valendo também entre conjugues, afinal família que é promovida unida permanece unida…
Pelo menos até que a morte os separe; sem querer tripudiar da tragédia alheia !
Mas sem perder a linha da proposição , se for um dever a delegada cometeu uma transgressão disciplinar , pois, assim como o marido , também deveria estar dissimuladamente armada …
E assim , em vez de uma observadora a certa distância , poderia ter evitado a morte do consorte …
Ou será que o nosso rancor nos faz exigir demais ?
Ah, mas ela é só uma franzina mulher que apenas sabe manejar os livros …( embora nem sempre com justiça ) !
Não!
Não se trata der uma mulher franzina, se trata de ocupante da classe mais elevada das carreiras da Polícia Civil, ou seja, Delegada de Polícia de classe especial, presumidamente galgada por merecimento , vale dizer: por suas qualidades muito acima da média da grande maioria dos pares que jamais poderão ultrapassar a 1ª classe !
E não deve haver diferenças de gênero , ou seja, entre homens e mulheres policiais ; até pelo fato de haver igualdade salarial .
Mesmos direitos , mesmo deveres !
Se o delegado é obrigado a portar arma mesmo em momento de lazer , a sua esposa , também delegada , deveria portar arma de fogo…
E se estivesse…Se…se…se…( a partícula de que é feito o inferno )
Talvez o resultado teria sido outro , não é?
Por fim , este cruel objurgatório é feito conforme a balança da maioria dos delegados pertencentes à elite policial quando julgam o “inferior” …


