A tchurma da boquinha 25

22/01/2013-04h00

‘Bancada da bala’ militariza gabinetes na Câmara Municipal de SP

GIBA BERGAMIM JR. DE SÃO PAULO

Sai a farda, entra o paletó e a gravata. No lugar da pistola, caneta e tablet. Em vez do quartel, o gabinete na Câmara.

Junto com os “vereadores-PMs” que tomaram posse neste ano –já apelidados de “bancada da bala”– veio um grupo que antes dividia com eles o dia a dia da caserna.

Estão nos gabinetes de Álvaro Camilo (PSD), ex-comandante-geral da PM, Paulo Telhada (PSDB), ex-comandante da Rota, e Conte Lopes (PTB), capitão aposentado que também atuou na Rota e foi deputado estadual.

Coronel da reserva, Camilo trouxe três ex-subprefeitos da gestão Gilberto Kassab (PSD).

O chefe de gabinete é o coronel Danilo Antão, seu braço direito na PM, que chefiou a Subprefeitura do Ipiranga. Os outros são os coronéis da reserva Nevoral Bucheroni, que comandou as subprefeituras de Pinheiros e Sé, e José Francisco Giannoni, ex-subprefeito de Santana.

Marlene Bergamo/Folhapress
Da esq. para a dir. Nevoral Bucheroni, Danilo Antão, José Francisco Giannoni e Álvaro Camilo
Da esq. para a dir. Nevoral Bucheroni, Danilo Antão, José Francisco Giannoni e Álvaro Camilo

Camilo chamou ainda o tenente-coronel Alexandre de Felice, o único que não atuou na prefeitura. “Trouxe pessoas que sabem muito bem a demanda da população.”

Ele diz que irá levar à Câmara as discussões sobre o combate aos bailes funk na periferia e a manutenção da Operação Delegada, em que PMs atuam na fiscalização do centro fora do horário de serviço.

O coronel Telhada trouxe colegas da Rota –tropa de elite da PM. Uma soldado que era sua secretária no quartel e dois sargentos reformados. Telhada terá como foco de seus a segurança na cidade.

Conte Lopes trouxe para a Câmara um major da reserva que atuou com ele na polícia e na Assembleia.

Afif diz que se sentiu excluído de decisões em SP por entrar no PSD 1

http://www.jornalfloripa.com.br/politica/index1.php?pg=verjornalfloripa&id=2561

O vice-governador de São Paulo, Guilherme Afif Domingos, assumiu publicamente
nesta quarta-feira que sofreu pressão e foi afastado das decisões no Palácio dos
Bandeirantes. Ele foi substituído na Secretaria de Desenvolvimento Econômico
após desliga-se do DEM para entrar no PSD.

Mesmo assim, ele não fez reclamações públicas pela sua situação na gestão
Geraldo Alckmin (PSDB). Nesta quarta-feira, após a primeira reunião da executiva
nacional do PSD, a reportagem da Folha questionou a Afif se sentia
alijado das decisões no Palácio dos Bandeirantes.

“Não tenho sido mais, pelo contrário. Naquele primeiro momento, lógico, você
tem uma posição traumática e foi muito mais uma reivindicação do DEM querendo a
pasta”, respondeu em referência a sua saída da secretaria.

“Deixou-se passar aquele primeiro momento emocional e o governador me chamou
para me dar uma missão das mais importantes. Eu me sinto absolutamente integrado
e satisfeito em trabalhar em aliança com o Geraldo Alckmin.”

Embora o prefeito da capital e presidente da legenda, Gilberto Kassab, venha
evitando afirmar se será governista ou oposição, Afif disse que em São Paulo a
legenda será a favor da gestão Alckmin.

“Vice-governador é governista, não tem como não ser [risos]. Isso é muito
claro e eu não mudei em nada a minha visão. A dissidência nossa foi com o DEM e
não foi com a aliança”, disse.

Afif acrescenta que ele e Kassab foram “fundamentais” para que Alckmin fosse
eleito no primeiro turno.

“Nós somos a parte que o elegeu. O DEM que lá permaneceu, só permaneceu com o tempo de televisão. A essência do partido está no PSD e o PSD é um partido que faz parte da aliança e vai continuar fazendo parte. E eu cumpro esse papel e até tenho missões delegadas pelo governador.”

O PSD vai ser mantido nos primeiros meses com doações de colaboradores,
segundo o vice-governador. Ele acrescenta que o partido vai buscar coligações
para aumentar sua participação no tempo de televisão e que cogita entrar na
justiça para garantir esse benefício.

“Agora nós vamos buscar juridicamente o tempo de televisão, acho que podemos
reivindicar de decisão dos tribunais.”

Afif ficará responsável por organizar seminários nos 27 estados brasileiros
para “discutir com a base”.

“Eu não vou ser um operador político, até porque não tenho esse perfil. Vou
ser um formulador de conteúdo e isso se faz ouvindo e debatendo com a
sociedade.”

A situação das polícias científicas 9

ESTADÃO.COM.BR

Quinta, 29 de Setembro de 2011, 08h20

Além da falta generalizada de laboratórios e equipamentos especializados e de um déficit de 30 mil peritos para atender às necessidades das Secretarias da Segurança Pública, o Brasil ainda não dispõe de uma lei federal que regulamente o setor, definindo um modelo de polícia científica para todos os Estados. A maioria dos Institutos Médico-Legais funciona em prédios deteriorados, carece de pessoal especializado, não segue procedimentos uniformes nas perícias e não dispõe de condições mínimas de realizar exames complementares com o objetivo de permitir às polícias a conclusão de inquéritos criminais.

O diagnóstico é da Associação Brasileira de Criminalística (ABC), a entidade que representa os peritos das polícias estaduais, e foi publicado pelo jornal O Globo. Atualmente, o País tem 6,5 mil peritos. Para seguir as determinações da ONU, que prevê 1 perito por 5 mil habitantes, seria necessário quintuplicar o número desses profissionais.

Para atender uma população de 3,1 milhões de habitantes, por exemplo, o Piauí tem apenas 21 peritos. Pelas estimativas, só a capital, Teresina, necessitaria de pelo menos 88. “Você acha que, no sertão, mandam para perícia o corpo de toda vítima de assassinato? Nem solicitam, porque sabem que não vai ter quem faça, a não ser que seja familiar de alguém importante”, afirma o presidente da ABC, Iremar Paulino.

Alagoas, que foi apontado como o Estado com os maiores índices de criminalidade pelo último Mapa da Violência, do Ministério da Justiça, tem 34 peritos. “Em Sergipe, até um ano atrás, o Estado nunca tinha feito concurso para perito”, diz Guaracy Mingardi, pesquisador do Núcleo de Estudos da Violência da USP e membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

No Nordeste, a maioria dos peritos está concentrada nas capitais. A situação na região é tão crítica que, em alguns Estados, os serviços de criminalística não estão aparelhados nem mesmo para analisar manchas de sangue, sendo obrigados a enviar para os Institutos Médico-Legais de outros Estados amostras para exame de DNA. Nos casos de homicídio, faltam até funcionários para isolar o local do crime, impedindo a contaminação de provas.

A polícia científica é decisiva para a elucidação de crimes – e, por tabela, para a atuação da Polícia Judiciária e do Ministério Público. O assassinato da juíza fluminense Patrícia Acioli foi esclarecido graças a uma perícia conduzida de maneira exemplar. Além do exame cuidadoso do local, do carro e do corpo da vítima, foram analisados dados de mais de 3 milhões de telefones celulares. Foi a partir desses dados que a política identificou – com provas – o envolvimento de policiais militares no planejamento e na execução do crime.

No entanto, em quase todos os Estados esse tipo de trabalho é exceção, e não regra. Para as Secretarias da Segurança Pública, o desafio é fazer os Institutos Médico-Legais funcionarem independentemente da condição social das vítimas de estupro, homicídio e latrocínio. “O crime envolvendo a juíza Patrícia Acioli não foi tratado como mais um. Quando a máquina se esforça, as respostas aparecem”, diz Erlon Reis, da Associação de Peritos do Rio de Janeiro.

Por causa da negligência dos governos estaduais com serviços de perícia criminal, o Brasil é um dos países com menor taxa de elucidação de crimes em todo o mundo. Em média, as polícias brasileiras conseguem elucidar apenas 5% dos crimes; nos Estados Unidos, o índice é de 65%; na França, 80%; e na Inglaterra, ele é superior a 90%. Em São Paulo – o Estado que dispõe da melhor infraestrutura em matéria de criminalística e medicina legal -, a taxa de resolução de homicídios é de 10% a 12%. No Rio de Janeiro, ela é de 3% a 4%.

Além da escassez crônica de recursos, contribuem para a situação crítica em que se encontram as polícias científicas animosidades corporativas e obstáculos jurídicos. Os delegados, por exemplo, não admitem que as polícias científicas sejam independentes da Polícia Civil como recomendam os especialistas. E, invocando o princípio constitucional da autonomia federativa, muitos Estados se opõem à adoção de um modelo único para o setor.

Comandante-geral da Polícia Militar do RJ deixa o cargo : ‘É meu dever moral assumir as responsabilidades’, diz coronel Mário Sérgio 2

Rio – O coronel Mário Sérgio Duarte comentou na manhã desta quinta-feira os motivos que o fizeram pedir a exoneração do cargo de comandante-geral da Polícia Militar. Mário Sérgio criticou os problemas na corregedoria da PM que, segundo ele, muitas vezes não repassa para o comando as informações sobre processos envolvendo os agentes. As informações foram concedidas durante entrevista na rádio Band News FM.

“Compreendo que é o meu dever moral assumir as responsabilidades sobre as minhas escolhas. Não é possível dizer ‘eu não sei’, eu não vi'”, afirmou ele.

>>LEIA MAIS: Íntegra da carta com pedido de exoneração

De acordo com Mário Sérgio, o tenente-coronel Cláudio Luiz Silva de Oliveira, apontado como mandante da morte da juíza Patrícia Acioli, vinha obtendo redução nos índices de criminalidade na região de São Gonçalo, quando comandava o batalhão da área. Quando questionado sobre os 12 processos administrativos contra Oliveira, ele afirmou que sempre há possibilidade de erro nas indicações para cargos importantes. O ex-comandante da PM alegou ainda uma mudança de análise sobre o que seria a postura correta de um policial nos últimos anos.

“Nós vivemos nos últimos anos momentos diferentes na segurança pública. Muitas vezes os policiais eram empurrados para autos de resistência. Ou se acreditava na política de guerra ou na hipótese de lutas sociais. Criamos um programa para evitar a morte de pessoas. Tentamos mudar uma política de morte, de premiação pelo sangue”, argumentou.

Sobre seu relacionamento com Oliveira, Mário Sérgio ressaltou que não há relação pessoal entre os dois. Ele contou que eles fizeram juntos o curso do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) em 1989. “Em algum momento mantivemos uma relação profissional”, disse.

O ex-comandante afirmou que existem muitas limitações no quesito investigação, por isso as ações contra policiais que cometeram crimes são sempre reativas. “As informações sobre estes processos não são passadas (ao comando da PM) pelas outras instâncias. Temos problemas de corregedoria. Na polícia, às vezes descobrimos agentes que cometeram crimes inimagináveis”, revela.

Exoneração

O  anúncio da exoneração de Mário Sérgio foi feito na noite desta quarta-feira, logo depois de  ele receber a visita do secretário de Segurança, José Mariano Beltrame,  no hospital onde está internado. Mário Sérgio deixa o cargo um dia  depois da prisão do ex-comandante do 7º BPM (Alcântara), tenente-coronel Oliveira.

Mário Sérgio sai reconhecendo sua responsabilidade na nomeação de  Claudio Luiz Silva de Oliveira no Batalhão de São Gonçalo | Fotos: Carlo  Wrede / Agência O Dia

Mesmo contraindicado em relatório da Subsecretaria de Inteligência  para assumir o comando de qualquer batalhão, o oficial foi chefiar o 7º  BPM por ordem de Mário Sérgio.

“…Devo esclarecer à população do Estado do Rio de Janeiro que a  escolha do seu nome, como o de cada um que comanda unidades da PM, não  pode ser atribuída a nenhuma pessoa a não ser a mim”, diz a carta com o  pedido de exoneração enviada ao secretário de Segurança Pública e ao  governador Sérgio Cabral.

A Secretaria de Segurança ainda não divulgou quem será o novo  comandante-geral, mas Beltrame já apresentou três nomes ao governador: o  coronel Aristeu Leonardo, do 2º Comando de Policiamento de Área (CPA)  da Zona Oeste; o coronel Alberto Pinheiro Neto, responsável pela  Coordenadoria de Assuntos Estratégicos (Caes), que cuida dos projetos  para a Copa do Mundo de 2014 e Olimpíadas de 2016; e o coronel Ricardo  Quemento Lobasso, da Diretoria Financeira.

O pedido de exoneração de Mário Sérgio foi feito a Beltrame, que esteve  por duas horas no Hospital Central da PM, no Estácio, onde o  ex-comandante da corporação está internado. O oficial teria se  antecipado a uma decisão que já estaria sendo articulada pelo governo em  função da relação pessoal de Mário Sergio com o tenente-coronel  Claudio. Por serem ‘caveiras’, os dois não teriam uma boa relação com a  tropa. Em nota, Beltrame lamentou a saída de Mário Sérgio e disse que dá  autonomia às chefias das polícias.

Mensalão da UPP e caso Juan

Envolvimento de policiais da UPP de Santa Teresa com o tráfico,  denunciado com exclusividade por O DIA, dia 11 deste mês, também causou  desgastes ao então comandante-geral, Mário Sérgio. Reportagem apontou  esquema de corrupção, onde propinas fixas, mais de R$ 53 mil por mês,  eram pagas a trinta policiais na Coroa, Fallet e Fogueteiro, para que o  tráfico atuasse livremente.

Após denúncias, os policiais foram afastados  junto com o oficial chefe da UPP. Outro episódio que arranhou a imagem  da corporação foi o caso Juan, em junho. Corpo do menino, de 12 anos, só  foi encontrado dez dias após ter sido morto em operação do 20º Batalhão  no bairro Danon. Quatro PMs foram presos.

CNJ diz que 35 desembargadores são suspeitos de crimes 1

Destes, 20 já sofreram punições do conselho, que podem ser anuladas pelo STF

Acusações contra juízes
e ação que pode retirar poder de investigação do CNJ causam guerra na cúpula do
Judiciário

FLÁVIO FERREIRA

DE
SÃO PAULO

 

Ao menos 35 desembargadores são acusados
de cometer crimes e podem ser beneficiados caso o STF (Supremo Tribunal Federal)
decida restringir os poderes de investigação do CNJ (Conselho Nacional de
Justiça), órgão que fiscaliza o Judiciário.
Os desembargadores são juízes
responsáveis por analisar os recursos contra sentenças nos tribunais de Justiça.
Formam a cúpula do Judiciário nos Estados.
O Judiciário foi palco de uma
guerra esta semana após declaração da corregedora nacional de Justiça, Eliana
Calmon, de que o Poder sofre com a presença de “bandidos escondidos atrás da
toga”.
A corregedora tenta evitar que o Supremo restrinja a capacidade de
investigação do CNJ ao julgar uma ação proposta pela AMB (Associação dos
Magistrados do Brasil).
O caso seria analisado na sessão de ontem, mas os
ministros adiaram o julgamento para buscar uma saída que imponha limites ao CNJ
sem desgastar a imagem do Judiciário.
Dentre os 35 desembargadores acusados
de crimes, 20 já foram punidos pelo conselho -a maioria recorre ao STF para
reverter as punições. Os demais ainda respondem a processos no âmbito do
CNJ.
Dependendo do que decidirem os ministros do STF, os desembargadores
acusados poderão pedir em juízo a derrubada das punições e das investigações em
andamento.
Os casos envolvem suspeitas de venda de sentenças, favorecimento a
partes pelo atraso no trâmite de processos e desvios de recursos, entre outras
acusações.

INVESTIGADOS
Considerando também os juízes de
primeira instância, cerca de 115 investigados podem ser beneficiados caso a ação
da AMB seja vitoriosa.
A entidade defende a tese de que o CNJ não pode abrir
processos contra juízes sem que eles antes sejam investigados pelas
corregedorias de seus próprios tribunais.
O debate ocorre sob alta
temperatura e opõe Eliana Calmon e o presidente do STF, ministro Cezar Peluso
(que também preside o CNJ). Peluso reagiu duramente à declaração de Calmon,
coordenando a redação de uma nota de repúdio às frases da corregedora, que
considerou genéricas e injustas.
Ontem, o ministro Gilmar Mendes defendeu a
corregedora ao dizer que sua declaração foi motivada pelo resultado positivo do
trabalho da corregedoria do CNJ.
Mendes disse que vê com bons olhos a tensão
entre os órgãos do Judiciário. “Vamos fazer do limão uma limonada”, disse sobre
o debate.

MAÇONARIA
Um dos principais casos analisados pelo
CNJ envolve desembargadores do Mato Grosso, afastados pelo CNJ sob acusação de
desviar verba do Tribunal de Justiça local para socorrer uma instituição da
maçonaria. O processo está suspenso por meio de liminar. Os envolvidos negam as
acusações.

Ministros do STF buscam acordo para limitar ação do
CNJ

Supremo adia julgamento e discute critérios para conter
conselho sem esvaziar completamente suas funções

Ideia é definir
novos parâmetros para CNJ investigar casos de magistrados acusados de crimes nos
Estados

FELIPE SELIGMAN
DE
BRASÍLIA

Os ministros do STF (Supremo Tribunal
Federal) querem impor limites ao poder que o CNJ (Conselho Nacional de Justiça)
tem atualmente para investigar juízes acusados de cometer crimes, mas buscam uma
maneira de fazer isso sem esvaziar completamente as funções do órgão.
Os
ministros decidiram ontem adiar o julgamento de uma ação da AMB (Associação dos
Magistrados Brasileiros) que tenta derrubar a resolução do conselho que
estabelece regras para investigar e punir magistrados sob suspeita. A AMB
considera a atuação do CNJ inconstitucional, por ferir a independência do Poder
Judiciário.
Em conversas reservadas, integrantes do tribunal concluíram nos
últimos dias que é possível encontrar uma solução consensual, que tenha o apoio
da maioria dos ministros e assim evite a repercussão negativa que uma decisão
radicalmente contrária à atuação do conselho teria.
A ideia é definir
parâmetros para indicar em que circunstâncias e de que maneira o CNJ poderia
entrar em ação. O voto em que o STF definiria essas questões já tem um esqueleto
pronto, mas falta acertar os detalhes.
Uma das propostas prevê que o
conselho, ao receber denúncia de irregularidades cometidas por um magistrado,
estabeleça um prazo de alguns dias para que a corregedoria do tribunal estadual
em que ele atue abra processo contra ele. Se isso não acontecer, o CNJ poderia
então investigar o caso.
Nos casos em que o tribunal abrir investigação sobre
o magistrado sob suspeita, o conselho poderia também estabelecer prazos para que
ela produza resultados. Quando isso não ocorrer, o CNJ assumiria o controle do
processo e passaria a investigar a própria corregedoria estadual.
Essas
ideias começaram a ser discutidas no início da semana passada. O ministro Luiz
Fux é quem está mais perto do voto considerado ideal pelos colegas. Ele só
deverá ser levado ao plenário do Supremo quando a maioria dos ministros
concordar com os critérios estabelecidos.

TEATRO
Mas nem todos
concordam em chegar a um acordo. O ministro Marco Aurélio Mello, historicamente
avesso a esse tipo de negociação a portas fechadas, é contra a ideia. “Não cabe
acerto prévio”, afirmou. “Nós compomos um tribunal, não um teatro”. Relator da
ação proposta pela AMB, ele deverá proferir o voto mais duro contrário à atuação
do conselho quando o julgamento for retomado.
Criado em 2005 para exercer o
controle externo do Poder Judiciário, o CNJ puniu até hoje 49 magistrados, entre
eles um ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça), Paulo Medina.

Atualmente, o conselho pode abrir procedimentos disciplinares mesmo nos
casos em que o tribunal estadual já investiga o magistrado sob suspeita.

Frase

“Não
cabe acerto prévio. […] Nós compomos um tribunal, não um teatro”

MARCO AURÉLIO MELLO
ministro
do Supremo Tribunal Federal

‘Não tenho que me desculpar’, diz Calmon 2

MÔNICA BERGAMO

COLUNISTA DA FOLHA

A corregedora nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon, afirmou ontem à Folha que
não recuará das declarações que fez sobre a magistratura brasileira.
“Eu não tenho que me desculpar. Estão dizendo que ofendi a magistratura, que ofendi
todos os juízes do país. Eu não fiz isso de maneira nenhuma. Eu quero é proteger
a magistratura dos bandidos infiltrados”, disse.
“A quase totalidade dos 16
mil juízes do país é honesta, os bandidos são minoria. Uma coisa mínima, de 1%,
mas que fazem um estrago absurdo no Judiciário”, reiterou a corregedora.

Segundo a ministra, todos precisam perceber que “a imagem do Judiciário é a
pior possível, junto ao jurisdicionado [público que recorre aos
tribunais]”.
“Eu quero justamente mostrar que o próprio Judiciário entende e
tenta corrigir seus problemas.” Sobre o julgamento de ação no STF (Supremo
Tribunal Federal) que poderá limitar os poderes do CNJ (Conselho Nacional de
Justiça), ela disse que está muito triste.
“As portas estão se fechando.
Parece haver um complô para que não se puna ninguém no Brasil.” A expectativa
era de que a ação, proposta pela AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros),
fosse discutida na sessão plenária do STF de ontem, mas não entrou na pauta de
julgamentos.
Em recente entrevista, Calmon fez ataques a seus pares ao
criticar a iniciativa de juízes de tentar reduzir o poder de investigação do
CNJ.

ALESP vota a favor de quatro emendas com conteúdo da Adpesp 22

29/09/2011 –

Foi debatido há pouco, no final da noite desta última quarta-feira (28), o PLC 48/2011. A informação partiu dos diretores da Adpesp, que acompanharam, direto da Assembleia Legislativa, os diálogos do projeto até a aprovação final do texto. O PLC 48/2011 foi pauta para o Congresso de Comissões, formado pelas Comissões de Constituição e Justiça, Segurança Pública e Administração Pública.

Quatro emendas, com conteúdo oferecido pela Adpesp, foram inseridas no relatório. Agora, é certo que a OAB terá participação em todas as fases do concurso, e que o texto do artigo 9º será suprimido. A diretoria reiterou que o PLC não satisfaz o que foi solicitado originalmente pela Associação, mas, concordou que o debate do relatório representou algum avanço.
Confira as emendas na íntegra:
EMENDA Nº 6 , AO PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 48, DE 2011 de autoria do Deputado Carlos Giannazi.
Pela manutenção do Exame Oral para concurso de Delegado de Polícia.
O artigo 5º passa a ter a seguinte redação:
“Artigo 5º – O concurso público a que se refere o artigo 3º desta lei complementar será realizado em 7 (sete) fases, a saber:
I – prova preambular com questões de múltipla escolha;
II – prova escrita com questões dissertativas;
III – exame oral;
IV – prova de aptidão psicológica;
V – prova de aptidão física;
VI – comprovação de idoneidade e conduta escorreita, mediante investigação social;
VII – prova de títulos, a ser estabelecida em edital de concurso público.
Parágrafo único – As fases a que se referem os incisos I a VI deste artigo serão de caráter eliminatório e sucessivas, e a constante do inciso VII, de caráter classificatório.”
EMENDA Nº 23, AO PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 48, DE 2011, de autoria do Deputado Campos Machado.
Dando clareza ao inciso I do artigo 22 quanto ao tempo de serviço na carreira.
Dê-se aos incisos I e II do artigo 22º do projeto de lei complementar em epígrafe, as seguintes redações:
“Artigo 22º
I – para a 2ª Classe, contar com, no mínimo, 15 (quinze) anos de efetivo exercício na carreira, considerando o tempo de estágio probatório;
II – para a 1º Classe, contar com, no mínimo, 25 (vinte e cinco) anos na carreira.
EMENDA Nº 25, AO PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 48, DE 2011, de autoria do Deputado Campos Machado.
Assegurando a participação de um Advogado indicado pela Ordem dos Advogados do Brasil nos concursos para Delegado de Polícia.
Inclua-se onde couber, o seguinte artigo ao Projeto de lei Complementar nº 48, de 2011:
Nas comissões instaladas para realização de concursos para o cargo de Delegado de Polícia, será assegurada a participação de um advogado indicado pela Ordem dos Advogados do Brasil, Secção de São Paulo.
EMENDA Nº 40, AO PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 48, DE 2011, de autoria da Liderança do Partido dos Trabalhadores.
Retirando do texto a palavra “titular”.
Dê-se ao artigo 9º do projeto a seguinte redação:
“Artigo 9º – A evolução funcional dos integrantes da carreira de Delegado de Policia dar-se-á por meio de promoção, que consiste na elevação à classe imediatamente superior da respectiva carreira.

 

DEIC confirma que roubo ao Itaú está praticamente esclarecido 4

29/09/2011

Segurança é preso por roubo milionário a Itaú da Paulista

Josmar Jozino
do Agora

 

O Deic (Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado) esclareceu o roubo milionário ao banco Itaú da avenida Paulista, na região central de São Paulo, que completou um mês ontem.

O Agora apurou que um vigilante suspeito de envolvimento no crime está preso.

Outros dois vigilantes também podem ser presos. Nove ladrões foram identificados. O vigilante preso contou tudo o que sabia sobre o crime e, por isso, teve a prisão temporária decretada.

Dois delegados confirmaram à reportagem que o crime está praticamente esclarecido.

O caso está sob segredo de Justiça. O Agora questionou o Itaú sobre a eventual participação de funcionários ou vigias no crime, mas o banco divulgou nota dizendo que não se manifestaria.

Comissões analisam projetos das polícias em reunião conjunta 23

Enviado em 28/09/2011 as 19:31 – TANIA

Mas, espera aí!!!!!!  E o PLC 47?????? Não será analisado??????? Isso é aviltante.

Tânia

http://www.al.sp.gov.br/portal/site/Internet/menuitem.4b8fb127603fa4af58783210850041ca/?vgnextoid=f6b3657e439f7110VgnVCM100000590014acRCRD&id=fd3de88a500b2310VgnVCM100000600014ac____

28/09/2011 17h46
Comissões analisam projetos das polícias em reunião conjunta

Flash
Da Redação

Congresso das comissões de Constituição, Justiça e Redação, de Finanças, Orçamento e Planejamento, de Administração Pública e de Segurança Pública analisam desde as 17h desta quarta-feira, 28/9, os Projetos de Lei Complementar 48, 50 e 51, todos de 2011, do governador, que tratam de benefícios para as polícias Civil e Militar e para servidores da Secretaria de Administração Penitenciária. O PL 48 trata da reestruturação da carreira de delegado de Polícia, o PL 50 reclassifica os vencimentos das carreiras de Agente de Segurança Penitenciária e de Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária, e o PL 51 reclassifica vencimentos dos integrantes da Polícia Militar. Depois do parecer dessas comissões, as matérias estarão em condições de serem votadas pelo Plenário.

Aguarde mais informações.