“Lado a lado com os representantes dos delegados da Polícia Civil, que usam adesivos pedindo a aprovação da PEC, estão representantes de entidades dos agentes da Polícia Federal contrários à emenda e com adesivos que têm um X vermelho sobre o número da PEC.
– Não há, no mundo, nenhuma polícia com carreira jurídica. A polícia é uma carreira só. Querem ter prerrogativa dos promotores, foro privilegiado, quinto constitucional. Reconhecemos que em muitos estados os salários dos delegados estão baixos, mas não se aumenta salário mudando a carreira – disse o presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais, Marcos Vinício Wink”
A investidura em quaisquer cargos públicos se dá – tão-só – mediante concurso PÚBLICO, conforme o Art. 37, II, da Contituição Federal.
Não existe a menor possibilidade do antigo “acesso”, expediente torpe no regime constitucional pretérito que dizia: A “PRIMEIRA” INVESTIDURA EM CARGO PÚBLICO SE DARÁ MEDIANTE CONCURSO.
A primeira, por exemplo, como continuo; depois acabava aposentando-se Delegado Federal.
O tal provimento derivado é o acesso; este só poderia ser pleiteado caso se modificasse a estrutura das Policiais Civis dos Estados e da União, através de um plano de carreira que estabelecesse a complementaridade de uma carreira por outra: ex.: inicialmente agentes, intermediariamente peritos e , finalmente, Delegados.
Os agentes da Polícia Federal – salvo melhor juízo – estão vivendo nas décadas de 60 e 70.
Querem – de volta – a sua “reserva de mercado” como antes, ou seja, pelo menos metade das vagas nos concursos de Delegados.
As quais eram preenchidas pelos tipos de sempre: policiais ignaros, corruptos, bêbados e viciados em cocaína; sempre apadrinhados pela milicagem e pela politicalha.
Salvo – como sempre – uma ínfima parcela de esforçados “apadrinhados” pelo Criador.
Mas estamos em 11 de junho de 2008.
Burro eu, ou muito inteligentes eles.
Não há meio termo.
Todos querem; ninguém levará!
Ah, lembremos: há várias limitações em relação às proposições apresentadas. Aparentemente com o fim de inviabilizar qualquer progresso funcional.
Com efeito, o policial – na média – é por demais mesquinho.
Não querem progredir, querem aviltar quem lhes retirou do fundo.
Nós, Delegados Paulistas.
Nós que valorizamos a Polícia Federal; que – não faz muito tempo- era um órgão pífio.
Nós, Paulistas, que pagamos a maior parcela dos seus grandes vencimentos.
Burro eu!
Cujo parco dote intelectual jamais nos habilitaria em todos aqueles exames de aptidão física; imprescindível para o exercício das atribuições do cargo de agente policial federal.
