Bolsonaro não enquadra ninguém…O atentado por ele sofrido – vindo de um mulambento – bem demonstra que policiais e militares brasileiros são absolutamente incompetentes…Ainda bem – para a vítima – que o atentado não foi executado pelos supostos aliados do PT: MERCENÁRIOS DA FARC!…( Onde estavam os agentes da Polícia Federal? ) 45

Após desgaste, Bolsonaro enquadra vice e Guedes

Tânia Monteiro e Leonencio Nossa, com colaboração de Vera Rosa, Pablo Pereira e José Maria Tomazela

Brasília

 

  • Suamy Beydoun/Agif/Estadão Conteúdo

    O vice de Bolsonaro, general Hamilton Mourão

    O vice de Bolsonaro, general Hamilton Mourão

O candidato do PSL ao Planalto, Jair Bolsonaro, determinou que o vice na chapa, general Hamilton Mourão (PRTB), e o conselheiro na área econômica, Paulo Guedes, reduzam suas atividades eleitorais. A campanha quer estancar o desgaste provocado por declarações polêmicas dos dois aliados.

Nesta quarta-feira (19), o perfil de Bolsonaro no Twitter teve de reiterar o compromisso com a redução da carga tributária após notícia de que Guedes estuda como proposta para eventual governo a criação de um imposto nos moldes da antiga CPMF, o que põe em xeque o discurso da campanha.

Declarações e a movimentação eleitoral do candidato a vice também constrangeram Bolsonaro e a cúpula da campanha nos últimos dias. Do quarto do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde se recupera do atentado a faca que sofreu, Bolsonaro acompanhou pelo noticiário Mourão defender uma Constituição elaborada por não eleitos e a ideia de que filhos criados por mães e avós, sem a presença do pai, correm mais risco de entrar para o tráfico.

Ao visitar Bolsonaro no hospital na terça-feira (18), o general da reserva ouviu uma determinação. O presidenciável pediu que o vice suspendesse a agenda de viagens. O candidato ao Planalto avaliou que a campanha entrou num momento decisivo e que não podia correr mais riscos, segundo relataram à reportagem integrantes da equipe.

O general da reserva encurtou uma viagem ao interior de São Paulo, que iria até sexta-feira (21), e cancelou um evento, no domingo (23), em Porto Alegre. Ele ficará em sua casa no Rio para uma “reavaliação de discurso”, informou um assessor. Mourão pretende, ainda segundo a assessoria, descansar depois de 15 dias de viagens e eventos.

Somente no fim da manhã desta quarta-feira o vice deu uma palestra na Faculdade de Direito de Bauru (SP), concedeu entrevista em uma estação local de TV e almoçou com um grupo de cerca de 40 empresários da região, líderes políticos e assessores.

Na campanha do PSL, a crítica recorrente é que, após a internação de Bolsonaro, Mourão foi para a “linha de frente” sem experiência política. O general da reserva, segundo um interlocutor da equipe, assumiu uma agenda de cabeça de chapa sendo candidato a vice. A avaliação interna é de que Mourão pôs em risco o favoritismo de Bolsonaro.

‘Lema’

Já a movimentação de Guedes obrigou a uma reação de Bolsonaro. “Nossa equipe econômica trabalha para redução de carga tributária, desburocratização e desregulamentações”, escreveu Bolsonaro no Twitter. “Chega de impostos é o nosso lema! Somos e faremos diferente. Esse é o Brasil que queremos.” O post foi “retuitado” por Carlos e Flávio Bolsonaro, filhos do candidato.

As declarações de Bolsonaro foram feitas depois de o jornal Folha de S.Paulo afirmar que o economista citou a uma plateia restrita pontos do que seria sua política tributária, com a criação de um imposto nos moldes da CPMF e a unificação da alíquota do Imposto de Renda.

Guedes disse na quarta ao site BR18 que estuda duas propostas que passam pela unificação de tributos nos âmbitos federal e da Previdência que incidiriam sobre todas as transações financeiras, de forma semelhante à antiga CPMF. “O sistema atual é muito complexo, destrói milhões de empregos e impede a criação de postos de trabalho”, afirmou o economista.

A proposta deu munição para os adversários de Bolsonaro. Na propaganda de TV que irá ao ar a partir de hoje, Alckmin vai explorar o tema e o que chama de “contradições” do rival.

Conselheiro de Bolsonaro, o presidente da União Democrática Ruralista (UDR), Luiz Antonio Nabhan Garcia, disse nesta quarta que participou de reunião fechada da campanha na terça-feira na qual não se falou em CPMF. “Estão criando coisa.”

Guedes já foi anunciado por Bolsonaro como ministro da Fazenda em eventual governo. Segundo um integrante da campanha, o economista surpreendeu por não combinar com o presidenciável uma manifestação de impacto imediato no mercado.

Bolsonaro já declarou que Guedes é seu “Posto Ipiranga”, mas que nunca deu a ele “carta branca”. O candidato disse também que falta ao economista traquejo político. “Aprendo com ele e ele aprende comigo”, afirmou ao jornal “O Estado de S. Paulo” em maio.

Questionado sobre o assunto nesta quarta, Mourão disse que “criar um imposto seria dar um tiro no pé”, mas que o tema deve ser decidido por Guedes e Bolsonaro. O general da reserva negou que haja uma crise na campanha. “Nada disso, isso é uma tentativa de criar uma divisão que não existe. Estamos coesos.”

À noite, em São José do Rio Preto (SP), Mourão evitou falar com a imprensa. Cercado de seguranças, apenas declarou que a polêmica da CPMF “não afeta a campanha”. As informações são do jornal “O Estado de S. Paulo”.

Receber uma facada de um afro mulambento deve doer mais do que a própria lesão, né?

Feriu o orgulho e as vaidades!

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Bolsonaro é uma ameaça para Brasil e América Latina, diz “The Economist” 10

Bolsonaro é uma ameaça para Brasil e América Latina, diz “The Economist”

Colaboração para o UOL, em São Paulo

  • Reprodução

A prestigiada revista britânica “The Economist” traz na capa desta semana o candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) e diz que ele é uma ameaça, não só para o país, mas para toda a América Latina.

Em editorial publicado nesta quinta-feira (20) com o título “Jair Bolsonaro, a última ameaça da América Latina“, a revista analisa o momento atual do Brasil e afirma que “a economia é um desastre, as finanças públicas estão sob pressão e a política está completamente podre”.

A publicação compara o brasileiro, líder nas pesquisas, ao presidente americano Donald Trump e afirma que, “se a vitória for para Bolsonaro, um populista de direita, o Brasil corre o risco de tornar tudo pior”.

Procurado pelo UOL para comentar a reportagem da revista inglesa, o presidente em exercício do PSL, Gustavo Bebianno, destacou que o texto afirmou que Bolsonaro “would be” [seria, em português], verbo auxiliar usado na condicional.

“Os outros [candidatos] seriam ‘must be’ [devem ser]. ‘Should be’ [deveria ser] seria fraco. É só esse o comentário”, declarou Bebianno.

Bolsonaro continua internado após ser esfaqueado no dia 6 deste mês.

Bolsonaro, cujo nome do meio é Messias, promete a salvação; na verdade, ele é uma ameaça para o Brasil e para a América Latina

Trecho do editorial da “Economist”

A crise econômica brasileira é um dos fatores apontados pela “Economist” para o crescimento de Bolsonaro nas pesquisas.

“Os populistas recorrem a queixas semelhantes. Economia fracassada é uma delas –e no Brasil a falha foi catastrófica. Na pior recessão de sua história, o PIB encolheu 10% entre 2014 e 2016 e ainda não se recuperou. A taxa de desemprego é de 12%”, escreveu a revista. Na capa da publicação está escrito “Bolsonaro presidente” em português.

O editorial cita o guru econômico de Bolsonaro, Paulo Guedes, e lembra que ele estudou nos Estados Unidos. “Ele [Guedes] defende a privatização de todas as empresas estatais brasileiras e a simplificação brutal dos impostos”, afirma o texto.

As falas polêmicas de Bolsonaro também foram citadas pela publicação. “Ele tem uma longa história de ser grosseiramente ofensivo. Disse que não iria violentar uma congressista porque ela era ‘muito feia’ e que preferiria um filho morto a um gay”.

Ainda segundo a revista, Bolsonaro tem uma “preocupante admiração pela ditadura” e o compara ao ex-ditador chileno Augusto Pinochet [1915-2006] por misturar autoritarismo e liberalismo econômico.

“Ele pode não ser capaz de converter seu populismo em ditadura ao estilo de Pinochet, mesmo que quisesse. Mas a democracia do Brasil ainda é jovem. Até mesmo um flerte com autoritarismo é preocupante”, diz.

Essa não é a primeira vez que a revista inglesa se manifesta sobre a candidatura de Bolsonaro. Sob o título de “Brasília, nós temos um problema”, o editorial publicado no começo de agosto já dizia que o militar é um risco à democracia brasileira e seria um presidente desastroso.