Brasil – O país dos Gansos…Como pode alguém recém-formado em educação física prestar concurso para investigador ou agente federal e se achar mais realista do que o rei ? 33

A PEC-51, a carreira única e a manutenção de castas

sex, 03/01/2014 – 07:12 – Atualizado em 03/01/2014 – 07:14
Por Leo Oliveira
Desde a apresentação da PEC 51, que versa sobre, principalmente, o reajuste das instituições policiais brasileiras em polícias de ciclo completo, carreira única e desmilitarizadas, houve desde pronto diversas manifestações contrárias.
Em especial, muitos delegados federais olham com asco a carreira única, atribuindo que esta seria, na verdade, um “trem da alegria” para que Agentes, na visão deles uma carreira auxiliar, ascendessem para o cargo de Delegado.
Sobre isso, é importante frisar certos pontos.
Em primeiro lugar, os Agentes Federais NÃO são carreira auxiliar na Polícia Federal. Em termos legais, tanto Delegados, quanto Agentes, Escrivães, Papiloscopistas e Peritos Criminais Federais são cargos que compõem uma mesma carreira, a chamada Carreira Policial Federal. Isso pode ser constatado de modo amplo no art. 144 §1º da CF e de modo específico no art. 1º da Lei 9266/97.
Em termos práticos, carreiras auxiliares não exercem as atribuições que levam execução da atividade fim de um órgão ou “poder”. Os Magistrados, e só esses, julgam, dão a palavra final e decidem sobre o destino da vida de pessoas, empresas, entidades, seus bens e patrimônios. Ou já viram uma sentença assinada por um oficial de justiça? O Procuradores e promotores membros dos MP’s, e só esses, são detentores da Ação Penal (Dominus Litis), ou já viram um técnico do parquet acusando no tribunal do Júri?
A função precípua de todo a polícia do mundo é INVESTIGAR, produzir, colher e demonstrar provas e indícios que mostrem a materialidade do crime e indiquem sua autoria. E quem faz isso, por óbvio, de forma absoluta, não pode ser considerado auxiliar. Em resumo: “QUEM INVESTIGA?”, quem faz a atividade policial fim por essência? A resposta, na prática, é o Agente. Isso porque o atual responsável (no caso o Delegado) não se dispõe a ir a campo realizar a investigação (salvo raras exceções). Ele espera que o Agente retorne com o resultado da diligência e relata o IPL baseado nessas informações e nas oitivas. Logo, a função investigativa em si é feita pelo Agente.
Isto é fácil de observar quando comparamos com carreiras policiais de outros modelos do mundo: os Detectives ou Special Agents, por exemplo, como responsáveis por uma investigação, não requerem que outro cargo realize as diligências, eles mesmos vão a campo buscar a informação. Função análoga no Brasil é feita pelo Agente e não pelo Delegado.
De fato, a carreira auxiliar da Polícia Federal na verdade é a dos Agentes Administrativos, pertencentes ao Plano Especial de Carreiras. Estes, sim, não atuam na atividade fim, de investigação policial, mas na atividade meio.
Resolvido este ponto, quanto ao fato de o Delegado não exigir experiência policial anterior no seu processo seletivo: retomando as comparações, o cargo de Promotor e Juiz REQUEREM EXPERIÊNCIA MÍNIMA de 3 anos na área. Ou seja, é necessário ter experiência profissional afim anterior (ex:http://www.cespe.unb.br/concursos/MPE_TO_12_PROMOTOR/arquivos/ED_1_2012_MPE_TO___ABT.PDF)… ehttp://www.cespe.unb.br/concursos/TRT5_12_JUIZ/arquivos/ED_2_2012_TRT_5___JUIZ_DO_TRABALHO_ABERTURA_REPUBLICA____O.PDF) .
Para Delegado NÃO É NECESSÁRIA EXPERIÊNCIA policial nenhuma, podendo um aluno que acabou de sair da faculdade sim ser o responsável por uma investigação criminal (ex:http://www.cespe.unb.br/concursos/DPF_12_DELEGADO/arquivos/ED_1_2012_DPF_DELEGADO.PDF). E como já foi dito pelo próprio Superintendente da PF de São Paulo, “investigação não se aprende em faculdade de Direito e nem se executa em gabinete”. Assim, apenas faculdade de direito não garante em nada que o aprovado em concurso de Delegado tenha capacidade para presidir uma investigação, e com a prática usual de o Delegado não ir a campo realizar a diligência, continuará sem dominar os aspectos fundamentais da investigação.
Novamente comparando com modelos internacionais, os Detetives precisam ter tempo de experiência policial prática antes de serem considerados habilitados ao cargo de responsável pelas investigações. O que é, no mínimo, normal. Apenas no Brasil ainda se perpetua esse modelo em que chefias são alcançadas sem a experiência necessária para esse cargo.
Numa proposta de carreira única, o delegado nem precisa deixar de existir, mas a terminologia que for dada para ser chefe de investigação venha a respeitar um posicionamento hierárquico que deflua da organização estrutural e funcional do órgão que corresponda aos feixes de atribuições de cada cargos (não carreira) ou funções providos em confiança, em decorrência da natureza dos seus encargos, porque inexiste, por si só, subordinação funcional entre os ocupantes de cargos efetivos. (PARECER Nº GQ – 35 da AGU: http://www.agu.gov.br/sistemas/site/PaginasInternas/NormasInternas/AtoDetalhado.aspx?idAto=8206&ID_SITE
Quanto à formação em Direito. Concordo que deve haver precaução com a manutenção da legalidade das investigações, mas exigir que apenas o formado em direito possa ser responsável por uma investigação é um excesso. Nos outros modelos policiais fora do Brasil, não há essa exigência. O que é, no mínimo, curioso, se tal formação fosse realmente imprescindível. De fato, há uma preocupação que os investigadores tenham formações em diversas áreas, que possam ser aproveitadas nas investigações dos diversos tipos de crime. Não só isso, se fosse necessário ser formado em Direito para garantir a legalidade de todas as atividades policiais, TODO policial deveria ter essa formação, o que vemos mundialmente não ser verdade. A legalidade, por sua vez, pode ser mantida via controle interno pelas corregedorias e externo pelo MP, que já detém essa função. Ainda mais, o trabalho policial é altamente direcionado para dar subsídio para o Ministério Público iniciar a ação penal, e é ele quem decidirá pela tipificação e quais elementos são necessários para embasar tal ação.
Ademais, a necessidade e exigência de conhecimentos sobre legislação é pré-requisito para o ingresso e o exercício das atividades de todas as carreiras de Estados, e desconheço um cargo de nível superior (lembrando aqui que TODOS os cargos policiais da Polícia Federal exigem nível superior) que não tenha essa exigência nos seus programas de concursos para ingresso.
Mesmo nas funções de polícia administrativa, o Agente, quando atua como “agente de migração”, se vale do uso de inúmeras e complexas legislações e atos administrativos internos e tratados internacionais para decidir sobre entrada e saída de viajantes estrangeiros, ou multá-los por infrações administrativas pertinentes à esse trânsito, processos de permanência e inquéritos de expulsão; O Escrivão com todos os normativos aplicáveis a atividades cartorárias; O Agente atuando na análise da concessão, fiscalização e punição de atos relativos ás atividades de segurança privada, químicos, e controle de armas; Os auditores da receita no uso de complexa legislação tributária quando aplica uma milionária multa ou suspende as atividades de uma empresa; Auditores do Bacen no uso da legislação financeira nacional; O fiscais alfandegários, agrícolas, de portos, etc, nas suas atividades que interferem na produção de milhares de empresas, sempre usando diversos dispositivos normativos.
Ou seja, os exemplos deixam claro, que saber direito e a necessidade de o quanto se exigir esse conhecimento numa carreira é variável e não é isso que torna um cargo mais importante que o outro. O tanto desse conhecimento na carreia pública é adquirido de acordo com a necessidade em 3 momentos: 1- O que se exige como programa de concurso, que deve se valer da real necessidade desses conhecimentos no exercício da atividade, 2 – Da formação que se dá ao servidor que ingressa no cargo (PF’s na ANP, Auditores e analista da receita em seus cursos de formação, etc) e na prática. 3 – não menos importante para o servidor, a LICC, que exige que ninguém pode alegar desconhecimento da lei, muito menos o responsáveis públicos pela aplicação dela.
Em resumo, todo servidor público deve possuir conhecimento de direito, legislação, atos administrativos, etc. A formação em Direito é necessária para Advocacia, Ministério Público, Magistratura, Defensorias e Procuradorias Públicas etc., porque são atividades que envolvem primordialmente discutir e decidir sobre aplicação da lei. Não é o caso da Polícia. A Polícia tem sim que observar e aplicar a lei, mas sua função primordial é investigação e segurança pública, e não discussão da lei em si.
Concluindo, a carreira única nada mais é que um ajuste do modelo policial brasileiro aos modelos internacionais que já se comprovaram mais eficientes. A carreira única garantirá que o policial responsável pela investigação tenha conhecimento prático da atividade e seja o mesmo que realize a diligência, que toda chefia seja ocupada por servidor necessariamente experiente e que todo policial tenha perspectiva de crescimento no órgão, diminuindo a evasão e as chances de corrupção. O princípio constitucional do concurso público será garantido para ingresso no início da carreira e a progressão se dará através de processo seletivo com requisitos objetivos.
Ou seja, não há motivo para resistência a essa mudança, a não ser para se manter uma segregação social-funcional que privilegie castas ao invés da eficiência. E disso o Brasil já está farto.
CARREIRA JURÍDICA – Verdade
Os membros das carreiras jurídicas, ao menos conforme lição que tivemos quando acadêmico de direito, seriam aqueles que “promovem” a justiça e “falam” no processo, “operando” o Direito.
Portanto, aqueles profissionais que fazem parte da trilogia processual e que são essenciais à Justiça! Vejamos: Advogados(atuam na tríade processual, apesar de não serem “carreira pública”), Advogados públicos(Defensores – DPU, DPE), Procuradores Estaduais, AGU(Procuradores Federais e Advogados da União), Ministério Público da União(MPF; MPT; MPM; MPDFT), Ministério Público Estadual(Promotores e Procuradores de Justiça), Magistrados(Juízes e Desembargadores Estaduais e Federais, inclusive o de “Paz”).
Não existe definição doutrinária ou conceitual, do que seja “carreira jurídica”. Mas, a Constituição, traz quais as carreiras essenciais à promoção da justiça, e nela não está a de delegado de polícia.
Logo, conclui-se que as carreiras jurídicas são apenas as referidas na Constituição Federal.
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Sobre o autor

LEO OLIVEIRA  é o cognome de um rapaz que , em breve , completará 50 anos. Não foi criado pela vovó , mas sempre foi fortinho graças ao mingau da mamãe e ao Biotônico Fontoura. Bom rapaz , estudou nos melhores colégios estaduais. Fez NPOR; é oficial R2. Prestou vários vestibulares, mas acabou abraçando aquilo que mais gostava: EDUCAÇÃO FÍSICA.

Montou uma academia…Foi a falência!

Já balzaquiano prestou concurso para a Polícia Federal, foi aprovado com louvor nos exames físicos. 

Acredita ser uma rematada injustiça não poder ascender ao cargo de Delegado de Polícia e um grande absurdo ser chefiado por delegados sem experiência policial anterior.

Seu maior sonho é transformar as polícias em estafetas do Ministério Público.

Um Comentário

  1. Pela lógica desse calça-branca, se ele tivesse ingressado como guardinha do fórum certamente reivindicaria o direito de ser promovido a juiz, sem concurso.

    KKK quanta merda temos de ouvir…

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  2. POVÃO NAS ESTRADAS, FACULDADES, AEROPORTOS, PRAIAS, RESTAURANTES E AGORA NOS CARGOS DE COMANDO, O BRASIL SE PREPAROU PARA ISSO?

    Farei um primeiro aparte na nossa Polícia Civil Bandeirante:

    Os tiras N.U puros são em sua maioria medrosos na hora de irem dar uma cana não raro desprovidos de tirocínio policial, não são astutos e invariavelmente são ludibriados pela vagabundagem que ‘arreia’ no ouvido desses coitados tudo aquilo que lhes convém e pasmen, estes ainda colocam no papel.

    Ultimamente as melhores investigações tem sido feita por Carcereiros Policiais que são Nível Fundamental.

    As últimas turmas de Investigadores NU puros na verdade prestam concurso para Investigador devido terem fracassado na área de seu diploma de origem. Antigamente os Tiras 2º Grau concorriam com milhares de candidatos e tinham de ser astutos na preambular e ainda mais na oral(não vamos entrar na famigerada discussão de apadrinhados isto são outros quinhentos) que tinham que entrar na raça para se superar e superar os ‘percalços’ – em resumo – o cara tinha que ser de bom raciocínio.

    Hoje balizaram o ingresso na Polícia Civil por baixo e tornaram os Investigadores Burocratas que são mais servíveis no Cartório ou no Balcão de Atendimento Policial(com a devida vênia aos mais antigos alocados nessas repartições policiais devido a falta de QI – quem indica).

    Por que não prestigiar Escrivães e Investigadores com determinada cota de acesso à Carreira de Delegado de Polícia? Deveria haver uma reserva afim de que a experiência do cotidiano investigatório sob o olhar de um outro prisma, possa ser compartilhada com os dirigentes da instituição.

    Agora fazendo uma abordagem à nível nacional:

    Se a porteira abrir na Federal poderá ser o próximo passo para que toda engenharia de pessoal militar seja revista, contudo é inegável que tentarão mexer num vespeiro, um sistema elitizado de comando herdado da época de nossa colonização, afinal tanto na esfera civil quanto na esfera militar do funcionalismo público nacional, estadual e municipal desde que nossa terra passou a ser organizar há o ingresso no cargo de comando e o ingresso no cargo de comandado e para conseguir alterar isso será bem difícil.

    O PT primeiro fez o povão entrar para sua casa própria, depois fez ter seu carro, depois fez o povo conseguir chegar na faculdade, depois compartilhou aeroportos, restaurantes e praias, será que agora conseguirá colocar o POVÃO nos cargos de comando das instituições republicanas brasileiras?

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  3. São Paulo terá disputa acirrada nas eleições de 2014
    Por iG São Paulo , Aldo Fornazieri* | 06/01/2014 06:00
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    Comentários

    Parcela do eleitorado paulista anseia por mudanças, mas não conseguiu vislumbrar, até o momento, uma alternativa

    As eleições para o governo do Estado de São Paulo, em 2014, deverão implicar uma dura batalha. O cenário atual indica que o governador Geraldo Alckmin entrará na disputa na condição de favorito. Mas depois de quase 20 anos de governos tucanos e de um certo marasmo na política estadual, abrem-se brechas para mudanças. A permanência de um mesmo partido por muitos anos no poder provoca um desgaste natural e uma acomodação política e administrativa. O governo e o partido perdem parte de sua vitalidade. O escândalo do cartel do Metrô também provoca desgaste no governador, mas não ao ponto de tornar-se um fator capaz de decidir as eleições.

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    Desta forma, parcela do eleitorado paulista anseia por mudanças de rumos na condução política e administrativa do Estado. Mas este eleitorado não conseguiu vislumbrar, até o momento, uma alternativa capaz de geral confiança suficiente para que se transforme em uma aposta segura. As oposições procurarão gerar essa alternativa no próprio decurso da campanha.

    Assim, a conjuntura eleitoral no Estado de São Paulo será ambígua: parte da sociedade quer a continuidade do atual governo e parte da sociedade quer mudanças. Isto abre a perspectiva de uma disputa acirrada e para uma decisão no segundo turno, algo que não vinha ocorrendo desde 2002.

    Quem se credenciará para ser o principal oponente de Alckmin também é uma questão em aberto. O PT, cujo candidato deverá ser o ministro Alexandre Padilha, é um partido forte e tem estrutura de campanha. Já Paulo Skaf, que deverá ser o candidato do PMDB, vem semeando sua candidatura há alguns anos com uma forte presença na mídia em anúncios da Fiesp.

    Salvo surpresas, que sempre podem ocorrer em eleições, o quadro principal de candidaturas deverá girar em torno desses três nomes. Há que se prestar atenção sobre os rumos do PSB: para encorpar a candidatura presidencial de Eduardo Campos, a lógica recomenda que lance um candidato próprio em São Paulo.

    É preciso acompanhar também os prováveis protestos de rua, que deverão ocorrer já durante a copa. Eles poderão influir sobre o rumo das campanhas e sobre as opções de voto. E tendo em vista o baixo prestigio dos políticos e a crise de representatividade das instituições, é bastante provável que haja um aumento dos votos nulos e branco e do abstencionismo no dia das eleições.

    *Aldo Fornazieri é cientista político e professor da Escola de Sociologia e Política

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  4. Sou operacional. Formado em direito, com aprovação na OAB e vários cursos. Hoje tenho experiência de sobra para gerenciar uma delegacia, contudo não acredito que tal pec seja a melhor forma de resolver o oceano de problemas da segurança pública. O concurso para delpol não é fácil. Quem trabalha tem pouco tempo para estudos, pensando um pouco mais encontraremos soluções mais equilibradas para solucionar esse mal. Quero muito ser delegado, mas aprovado justamente e não guindado. A pec não passa. A atividade da polícia civil, queiram ou não também é jurídica. Trata com liberdades, patrimônios e se não for familiarizado com o tema pode-se cometer arbitrariedades indeléveis. Quantos de nós atendemos pms nos plantões da vida dizendo que é caso de flagrante e analisando superficialmente vimos ser fato atípico. Vamos pensar gente, não gostaria que a liberdade de meu amigo ou familiar fosse decidida por um professor de educação física.

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  5. O Lindenberg Farias (PT-RJ) proporá também a PEC do Judiciário para carreira única.

    O cara ingressa como carregador de processos e pode chegar a juiz.

    Nada como a esperteza petista!

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  8. VAI ESTUDAR. VOCE TA PIOR QUE O FLUMINENSE. QUER GANHAR NO TAPETÃO. TAO ESTUDIOSO QUE FEZ FACULDADE DE EDUCACAO FISICA. TAO ESTUDIOSO QUE PASSOU PARA AGENTE DA PF. ESTUDA E PASSA PRA DELEGADO DA PF, JUIZ FEDERAL, PROMOTOR, BISPO, O QUE QUISER… CADA UM

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  9. Na polícia de São Paulo essa Pec já vale na prática, não são necessárias delongas.

    Agora, ad argumentandum, se o concurso publico de provas e títulos já demonstra no Brasil a fragilidade da impessoalidade em face do nepotismo endêmico lato sensu, imagine-se com a aprovação desta Pec. Aí o carnavale será o ano todo. Quando eu estava na faculdade, há aproximadamente 10 anos, a gente aprendia a deplorar este instituto e vinculavamos ele aos desmandos de antes da CF/88. Tratava-se de instituto antidemocrático, autoritário, diziamos, e os professores reafirmavam este posicionamento. Era algo que não caia nem nas provas, pois o mais relapso aluno sabia de cor que o tal concurso interno era uma, eufemisticamente, excrescência. Hoje, o cara pintada envolvido em diversos casos de corrupção, o propõe sem qualquer vergonha de ser ridicularizado…. que nada, o ridículo sou eu. Nada neste país tem foros de longevidade, tudo de esboroa no ar, como fezes ressecadas.

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  10. Concordo em quase tudo,

    Só me preocupa que a PC seja controlada pelo MP porque ele é a acusação por excelência e isso desequilibra os pesos.

    Seria bem mais interessante tornar o delegado um juiz de instrução e a delegacia passaria a funcionar também como uma vara de instrução, anterior à primeira instância, com o MP e a OAB com pesos e forças iguais, colaborando para a versão mais próxima dos fatos ser apresentada.

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  11. Na Polícia Rodoviária Federal, que não é militar, a carreira é única e funciona muito bem. Não adianta chorar, esta PEC 51 será aprovada em 2014.

    Vossas Excelências passaram a ser ex.V.Ex., KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK

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  12. MUITAS PESSOAS EXERCENDO CARGOS, SENDO QUE NÃO TEM CONDIÇÕES PARA TAL, MUITOS MAIS DO MESMO, SEM FUNÇÃO, SALÁRIOS ALTOS, PRATICAMENTE DINHEIRO JOGADO FORA, POUCOS TRABALHANDO, POPULAÇÃO TOTALMENTE DESPROTEGIDA. NÃO SEI SE A PEC 51 VAI DAR CERTO, MAS COM CERTEZA, FARÁ MAIS PESSOAS TRABALHAREM E DIANTE DISSO MELHORARÁ ALGO, POIS DA FORMA QUE HOJE SE ENCONTRA, SINCERAMENTE, NÃO DÁ MAIS, A PROPÓSITO, O ANALFABETO FOI UM DOS MELHORES QUE PRESIDIRAM ESTE PAÍS.

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  13. Alguma coisa precisa MUDAR…..

    Alguma “coisa” precisa mudar nesse modelo Brasileiro de (in)Segurança Pública….

    as Polícias Militar e Civil, nesse “Modelo” de Segurança Pública, SÓ existe aqui no Brasil, há mais de trinta anos;

    – um “modelo” ultrapassado, arcaico, defasado, desgastado, ineficiente, letárgico…. (entre outros atributos nefastos)

    – e precisa MUDAR….

    – o Brasil, a Sociedade, a Justiça, as LEIS, a Segurança, todos precisam de MUDANÇA….

    SE, se pretende para o futuro das gerações uma sociedade moderna, igualitária, democrática, etc., etc., etc.,
    (aquele velho discurso que todos conhecemos, mas nunca se vê em prática).

    PRECISAMOS de um novo “MODELO” de Segurança Pública, que contenha, “também”, mudanças na Justiça e nas Leis
    (senão nenhum modelo prosperará);

    ACREDITO que a PEC-51, chamada de PEC “Boa Idéia”, não prosperará por causa do “lobby” contrário….MAS,
    MAS,
    Mas, tudo é possível…..
    “Os Delegados contavam com a aprovação da PEC 37, mas, na esteira dos movimentos ditos “sociais”, em meio a “baderna social” do primeiro semestre de 2013, o Congresso fêz “rejeitar” a PEC 37, e o MP “ganhou mais força e valor próprios”….

    – Pode ser que a PEC 51 venha à ser aprovada, ou mesmo modificada…. tudo é possível….

    PRECISAMOS rever, repensar a Segurança Pública neste País
    (e obrigatoriamente as reformas tem que ocorrer nas LEIS penais e na Justiça também, senão não funciona)

    PARA QUÊ…???? existir uma Polícia – MILITAR, militarizada…..????
    onde o “inimigo do Estado” é considerado como um “inimigo de Guerra”, e se travam guerras nas ruas todos os dias…

    a POLÍCIA deveria existir para tratar o “bandido” o “ladrão” como INFRATOR das Leis, e detê-lo, levá-lo à prisão para estar sujeito às Leis que forem ofendidas, violadas….., ou estou errado…????

    PARA QUÊ….??? existir uma Polícia – CIVIL, que deveria SER, na sua essência, uma Polícia JUDICIÁRIA, no sentido literal de apurar as infrações penais e sua autoria e apresentar à Justiça o resultado do seu trabalho, ainda que na forma ultrapassada do Inquérito Policial…..????

    Sou favorável, em parte, à PEC – 51… não somente pelo que integra uma “nova concepção” de Polícia, instituindo, inclusive uma “POLÍCIA MUNICIPALIZADA”, mas porque representa a primeira tentativa de “mudança do modelo atual”, merece um mínimo de credibilidade….

    a PEC – 51 pode até NÃO ser aprovada, mas de saudável, traz as polêmicas, as discussões, os debates….
    a PEC – 51 abrirá caminho para a visão de um novo modelo de Segurança Pública….

    Por fim,

    (apenas um “parêntesis”)

    – da mesma forma que muito “soldado” experiente SERIA melhor que muito OFICIAL por aí….
    – conheço muitos valorosos policiais civis, operacionais mesmo (linha de frente), conheço muito “puliça” que SERIA muito melhor do que muitos Delegados de Pelúcia que existem nos plantões da vida!!!

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  14. O atual sistema possibilita que um Delegado recém-formado na ACADEPOL com 25 anos de idade, três de advocacia e nenhuma experiência policial emita ordens de serviço para investigadores e escrivães com 30 anos de experiência e vivencia em todo tipo de situação.

    QUEM É O GANSO DA HISTÓRIA AFINAL?

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  15. Aristocracia, segundo a acepção filosófica, significa o grupo dos melhores. Grupo este que sempre lidera os demais. Aos medíocres só resta a resignação.

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  16. Segunda-feira, 06/01/14 – 19:28

    Polícia Civil abre concurso para escrivão em todo o Estado

    A Polícia Civil abre nesta segunda, 6, as inscrições para o concurso público que preencherá 788 vagas para escrivão em todo o Estado de São Paulo. O edital foi publicado no dia 12 de dezembro, no Diário Oficial do Estado e os interessados têm até 31 de janeiro para fazer o cadastro, no site da Vunesp. A taxa é de R$ 63,92.

    Para concorrer ao cargo os candidatos devem ter idade igual ou superior a 18 anos, não registrar antecedentes criminais, estar em dia com as obrigações eleitorais e militares e ter diploma de graduação. É preciso também ser habilitado para a condução de veículos na categoria “B”.

    As vagas estão divididas entre capital (25%), Grande São Paulo (25%) e interior (50%). Além das 788 novas contratações, mais 287 vagas remanescentes do último concurso para escrivão serão preenchidas com a nomeação de candidatos, totalizando 1.075 futuros escrivães.

    Portal do Governo do Estado

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  17. Vai acontecer, tenha calma, vai ficar bom para todos so duas carreiras vai se sentir prejudicadas mais e a cara deles.

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  18. “um recém formado em educação física”? Pq a referência negativa dessa área? Chupa pau de advogado, médico e engenheiro… vai rotular no inferno, maldito!

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  19. Quanta asneira!

    Esses agentes federais, QUANDO TRABALHAM, acham que sao os únicos. Não tem escrivão nessa bosta?
    se o agente é quem deve ir a campo, pq tão exigindo que delpol vá?
    o rabo abana o cão agora?

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  20. Os delegados deviam ser alocados em outra instituição como juízes de instrução que realmente são.

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  21. “Ultimamente as melhores investigações tem sido feita por Carcereiros Policiais que são Nível Fundamental.
    Hoje balizaram o ingresso na Polícia Civil por baixo e tornaram os Investigadores Burocratas que são mais servíveis no Cartório ou no Balcão de Atendimento Policial”

    Macau;
    Não se faz um bom policial (quanto mais para investigar) da noite para o dia…Por isso,é óbvio que um carcereiro ou agente que já esta há 20 ou 30 anos na P.C leve vantagem sobre um “calça branca” que entrou na P.C há 1 ou 2 anos no quesito de investigação.O grau de escolaridade não tem nada a ver e sim experiencia,só isso…Quanto aos atuais concursos da P.C para investigador sugiro que se intere mais sobre as etapas do certames atuais.Como os atuais concursos para investigador transformaram esses mais “burocratas”(como vc afirmou) se agora há teste físico e teste de perfil psicológico eliminatórios no certame??Isso com certeza prepara melhor os candidatos para atuarem nas ruas,pois se preparam fisicamente e psicologicamente para isso.Agora experiencia e “traquejo” para pegar bandido isso é só com o tempo…

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  22. Vincent Hanna

    Amigo precisa ver se há interesse em adquirir experiência seja na rua seja antecipando etapas seguindo a caminhada dos antigões naquilo que é salutar, e tem outra, teste psicológico e físico realmente pode até capacitar o candidato mas é somente isso, afinal tudo dependerá da DISPOSIÇÃO de ir pra cima! Do contrário jamais adquirirão o TRAQUEJO para grudar vagabundo mesmo dispondo do tempo que houver.

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  23. Concordo que sem força de vontade não se chega a lugar nenhum.Afinal vocação ainda é e acredito que sempre será o fator mais importante nessa carreira.

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  24. Macáu disse:
    06/01/2014 às 23:11

    POVÃO NAS ESTRADAS, FACULDADES, AEROPORTOS, PRAIAS, RESTAURANTES E AGORA NOS CARGOS DE COMANDO, O BRASIL SE PREPAROU PARA ISSO?

    Farei um primeiro aparte na nossa Polícia Civil Bandeirante:

    Os tiras N.U puros são em sua maioria medrosos na hora de irem dar uma cana não raro desprovidos de tirocínio policial, não são astutos e invariavelmente são ludibriados pela vagabundagem que ‘arreia’ no ouvido desses coitados tudo aquilo que lhes convém e pasmen, estes ainda colocam no papel.

    Ultimamente as melhores investigações tem sido feita por Carcereiros Policiais que são Nível Fundamental.

    As últimas turmas de Investigadores NU puros na verdade prestam concurso para Investigador devido terem fracassado na área de seu diploma de origem. Antigamente os Tiras 2º Grau concorriam com milhares de candidatos e tinham de ser astutos na preambular e ainda mais na oral(não vamos entrar na famigerada discussão de apadrinhados isto são outros quinhentos) que tinham que entrar na raça para se superar e superar os ‘percalços’ – em resumo – o cara tinha que ser de bom raciocínio.

    Macáu, nao me leve a mal, mas a prova oral a que vc se refere é aquela feita numa sala em reservado? Não sei se vc sabe, mas as últimas provas orais foram feitas num auditório, em público(outros candidatos, familiares, curiosos etc assistindo), uma câmera mirando o nariz do candidato, 7 autoridades à frente. ou seja, alguns segundos para responder a questão, sob pressão, ansiedade, nervosismo.

    E outra: os últimos concursos tiveram redação.

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  25. Esquece os investigadores, até detetive particular fazem um trabalho melhor que o deles, eles só existem porque ficam na sombras das outras carreiras.

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  26. a PC esta engessada de vez, najuras calça branca querem atender SP inteiro em apenas um distrito, os plantões lotam em alguns DPs e outros ficam totalmente vazios , e pior, nada é investigado direito, pois em vez de dar cana nos malas, ficam fazendo Bos de outras áreas e não criminais o dia todo, não sobra tempo para prender ninguem.

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