PROPRINOTREM TUCANO – Ministério Público de São Paulo não é muito sério, diz Mario Cesar Carvalho…( O jornalista que recebe envelope ) 15

08/12/2013 – 02h00

Ex-diretor da Siemens agora é aliado da empresa que ele dizia violar a ética

MARIO CESAR CARVALHO
DE SÃO PAULO

Ele só queria se aposentar na Alemanha. Pelo menos era o que dizia. Depois que a empresa rejeitou o pedido e começou a levantar suspeitas sobre sua conduta ética, o que tinha tudo para ser um pacato aposentado virou um homem-bomba, autor dos papéis que provocaram a batalha em curso entre PT e PSDB.

A trajetória errática é a do engenheiro Everton Rheinheimer, 61, o ex-diretor da Siemens no Brasil que acusa a multinacional alemã e empresas como a francesa Alstom e a canadense Bombardier de conluio em licitações e de subornar políticos e servidores públicos para obter contratos do Metrô e da CPTM entre 1998 e 2008, ao menos.

Rheinheimer (pronuncia-se “rainraimer”) é um acusador persistente. Seu caso contra o Metrô e a CPTM começou em junho de 2008, quando enviou uma carta ao ombudsman da Siemens na Alemanha para dizer que a empresa “vem subornando políticos (na sua maioria) do PSDB”.

Em nova denúncia neste ano, ele deu nome aos bois: cita o tucano Edson Aparecido, chefe da Casa Civil do governador Geraldo Alckimin, e o deputado federal Arnaldo Jardim (PPS-SP) como políticos que teriam recebido propina –o que ambos negam.

Começa aí uma série de dúvidas que persistem até hoje. Por que ele escreveu essas acusações? Como sabia do suborno? Será que tem provas do que diz? O que ele quer?

Rheinheimer nasceu em São Leopoldo (RS), no primeiro dia de 1952, mas chegou à Siemens brasileira em 2001 como expatriado, vindo da matriz na Alemanha, para gerenciar o setor de transporte.

Em 2007, voltou para a Alemanha para um cargo que não queria assumir, o que levou-o a deixar a multinacional. Tinha 21 anos de Siemens e já havia trabalhado para a companhia na Alemanha, China e nas Filipinas.

São essas as pouquíssimas informações seguras que existem sobre o executivo, que prefere transitar em meio à névoa –ele nunca deu uma entrevista e a única imagem conhecida dele é uma foto 3 x 4, feita há mais de 20 anos.

Fotomontagem/Editoria de Arte/Folhapress
Na montagem, a única foto conhecida de Everton Rheinheimer e os documentos cuja autoria é atribuída a ele
Na montagem, a única foto conhecida de Everton Rheinheimer e os documentos cuja autoria é atribuída a ele

O PAGADOR

Não se sabe por que a Siemens recusou o pedido de aposentadoria na Alemanha, mas colegas e adversários de Rheinheimer dão algumas pistas. Ele teria entregue dinheiro de propina ao consultor Arthur Teixeira, apontado pela Polícia Federal como intermediador do suborno para os políticos, e a empresa não queria mais funcionários desse tipo em sua folha.

Como a Siemens atravessou um escândalo mundial em 2007 envolvendo propina, funcionários que sabiam demais passaram a ser indesejáveis. Outra versão é que o ex-diretor teria desviado para si recursos destinados a pagamento de suborno, o que parece ser uma tentativa de inimigos de desmoralizá-lo.

O que o próprio executivo escreveu, num documento revelado há 15 dias, é que mandou a carta em 2008 ao ombudsman “para me defender de rumores sobre meu envolvimento neste escândalo”.

Não se sabe bem o que ele quer dizer com “envolvimento” (pode ser tanto o pagamento de propina como o desvio). Mas é certo que adotou a estratégia do acusado que vira acusador para tentar escapar das acusações.

PARCERIA

Rheinheimer teve um parceiro nas acusações: o deputado estadual licenciado Simão Pedro (PT), atualmente secretário de Serviços da Prefeitura de São Paulo.

Em 2010, o então deputado e o ex-diretor foram ao Ministério Público pedir que as suspeitas sobre o Metrô e a CPTM fossem investigadas. Em documento não assinado de abril deste ano, Rheinheimer critica o desempenho dos promotores.

“Apesar de toda a informação detalhada e das provas fornecidas por mim (…), a investigação do MP-SP não prosperou”.

Promotores que cuidam das investigações na esfera estadual tentaram convencê-lo a depor como testemunha oculta, cuja identidade só seria conhecida pelo juiz, mas ele recusou a oferta.

A promotora Beatriz Lopes de Oliveira, que negociou com o executivo em 2010, rebate as acusações de incompetência do Ministério Público: “Ele não aceitou depor, dizia que tinha provas, mas nunca apresentou nada. Sem provas, nenhum juiz concederia uma autorização de busca ou escuta telefônica”.

No mês passado, Rheinheimer teve informações de que os acordos no Ministério Público não são muito sérios. Horas após fazer um depoimento sigiloso, viu parte do que dissera ser divulgado pela Rede Globo de Televisão.

Foi por isso que escolheu a Polícia Federal como depositária das informações mais bombásticas que ele diz ter.

Foi à PF que o ex-diretor citou pela primeira vez em caráter oficial nomes de políticos que teriam recebido propina do esquema. O documento é mantido em sigilo, mas dois nomes já foram citados em documentos apócrifos: o do tucano Edson Aparecido, chefe da Casa Civil de Alckmin (PSDB), e o do deputado federal Arnaldo Jardim (PPS-SP). Ambas refutam com veemência as suspeitas.

O acordo da Siemens com a Cade (Conselho Administrativa de Defesa Econômica), no qual a multinacional acusa a si própria e a um grupo de empresas de agirem como cartel, trouxe outras mudanças súbitas na vida dele.

Pela primeira vez em cinco anos, Rheiheimer tem advogados pagos pela Siemens, que acompanham seus depoimentos no Ministério Público e na Polícia Fedreral. Recentemente, a Siemens pagou o ex-diretor para viajar à Alemanha, com a missão de achar documentos que sustentem suas acusações.

O resultado dessa mudança é que o ex-diretor virou parceiro –mas também refém– da empresa a quem acusava de violar a ética nos negócios.

Um Comentário

  1. Quando as denúncias são contra o PCCSDB o MP-SP(GAECO-STASI Paulista) fica mansa, legalista , sigilosa e tudo que ela não faz em outras investigações.

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  4. me desculpem a ignorância….mas num tô entendendo….
    o que tem a ver ocartel com a filmagem do ex-secretino de insegurança??????
    será que os dicumentios que ele tinha no invelopi eram a respeitio disso???
    me ajudem aí…..

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  5. 2ª parcela do 13º será creditada em 16/12/2013

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  6. Se esse governador tiver, se tiver, sentimentos, eu acreditaria em 0 (ZERO)%.
    Rancor, desprezo, vontade de humilhar e a astúcia de sempre prejudicar a polícia civil de SP nunca lhe faltou e é seu melhor passatempo.
    Todos os cidadãos de SP já estão ficando cientes desse tratamento privilegiado que ele promove em relação à polícia militar e essa perseguição à polícia civil. Nós, os restopóis, somos os que mais sofremos essa implacável neurose por parte do governador para nos prejudicar, de qualquer forma.
    Eu não vi até agora, sequer, algum deputado estadual abrir a boca na assembléia legislativa sugerindo a equiparação da ajuda de custo alimentação no mesmo valor que ele deu a PM (581 reais).

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  7. Escriludida – 2ª parcela do 13º será creditada em 16/12/13 disse:
    09/12/2013 ÀS 10:45
    2ª parcela do 13º será creditada em 16/12/2013
    ……………………………………………………………………………………………………………………………………..
    Corrigindo um GRANDE equívoco, será creditado no dia 20/12/13

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  8. 11/12/2013 – 12h40
    Alckmin pede rapidez nas investigações sobre seus secretários

    PAULO GAMA
    DE SÃO PAULO

    O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), pediu nesta quarta-feira (11) rapidez nas investigações sobre o cartel que atuou em licitações do Metrô e da CPTM para que “pessoas sérias” não sejam envolvidas indevidamente no caso.

    Reportagem da Folha de hoje mostrou que um ex-executivo da Siemens afirmou, em depoimento à Polícia Federal, que dois secretários de Alckmin eram destinatários de propinas pagas pelo esquema.

    Delator cita propina para tucanos, e caso de cartel vai ao STF
    Secretários de Alckmin negam acusação de recebimento de propina

    O depoimento levou a Justiça Federal em São Paulo a enviar a investigação para o STF (Supremo Tribunal Federal). Os secretários de Alckmin citados como tendo recebido suborno são Edson Aparecido (PSDB), chefe da Casa Civil, e Rodrigo Garcia (DEM), do Desenvolvimento Econômico. Ambos negam as acusações.

    “Nós queremos que a investigação se faça com seriedade e rapidez, até para não colocar o nome de pessoas sérias envolvidas”, afirmou.

    Questionado se via necessidade de que os dois se afastassem dos cargos durante a investigação, Alckmin disse que “não se pode agir sem ser justo”: “O que nós precisamos é investigar”.
    …………………………………………………………………………………………………………………………………………………………..
    Entenda o caso acessando: http://www1.folha.uol.com.br/poder/2013/12/1383986-alckmin-pede-rapidez-nas-investigacoes-sobre-seus-secretarios.shtml

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  9. Polícia Civil abre 1.384 vagas para Investigador

    Foi publicado no Diário Oficial do Estado (DOE), página 148, desta quarta-feira (11) o edital de abertura de 1.384 vagas para a carreira de Investigador de Polícia – IP 1/2013. As vagas serão distribuídas na seguinte conformidade: 25% (vinte e cinco por certo) para a Capital do Estado de São Paulo, 25% (vinte e cinco por cento) para a Região da Grande São Paulo, exceto Capital e 50% (cinquenta por cento) para o interior do Estado, reservando-se o percentual de 5% (cinco por cento), ou seja, 69 (sessenta nove) vagas, aos candidatos com deficiência, nos termos da Lei Complementar nº. 683/92.

    O Investigador de Polícia tem o total de vencimentos a partir de R$ 3.160,08 (três mil cento e sessenta reais e oito centavos), correspondentes à soma dos valores do salário-base e da gratificação pelo Regime Especial de Trabalho Policial – RETP.

    Entre os requisitos, o candidato precisa ter diploma de graduação, expedido por entidade de ensino oficial ou reconhecida, devidamente registrado ou, na falta deste, certificado de colação de grau e idade igual ou superior a 18 anos.

    As inscrições deverão ser realizadas exclusivamente pela internet, pelo site http://www.vunesp.com.br no período das 10 horas de 13 de janeiro de 2014 às 16 horas de 14 de fevereiro de 2014. A taxa de inscrição é de R$ 63,92 (sessenta e três reais e noventa e dois centavos).

    O concurso será realizado em 6 (seis) fases, a saber:

    1) Prova preambular com questões de múltipla escolha, de caráter eliminatório e classificatório, constituída de questões objetivas, consistentes em testes de múltipla escolha, abrangendo disciplinas objeto do programa definido no Anexo II;

    2) Prova escrita com questões dissertativas; de caráter unicamente eliminatório;

    3) Prova de aptidão psicológica – PAP; de caráter unicamente eliminatório;

    4) Prova de aptidão física – PAF; de caráter unicamente eliminatório;

    5) Comprovação de idoneidade e conduta escorreita mediante investigação social, de caráter unicamente eliminatório;

    6) Prova de títulos, de caráter unicamente classificatório.

    A prova preambular será constituída de 100 (cem) questões com 5 (cinco) alternativas cada uma e será aplicada na data prevista de 13 de abril de 2014 com locais e horário a serem divulgados oportunamente.

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  10. Alckmin diz ver ‘objetivo eleitoral’ em denúncias sobre cartel
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    SÃO PAULO – O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse hoje ver “objetivo nitidamente político eleitoral” em parte das denúncias relativas ao cartel que agiu em licitações do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metro politanos (CPTM).

    Ele fez a afirmação ao contestar a tradução de uma carta anônima escrita em inglês e enviada em junho de 2008 ao ombudsman da Siemens, empresa que denunciou a existência do conluio, que aponta irregularidades em licitações dos metrôs de São Paulo e Brasília.

    No inquérito do qual a carta faz parte, há também uma versão em português do documento, com o acréscimo de um parágrafo que aponta o PSDB como destinatário de propina. Tucanos têm tratado a diferença como evidência de que os documentos foram falsificados.

    “Primeiro havia uma carta anônima, depois se disse que a denúncia envolvia pessoas do PSDB. Depois foram verificar que texto foi alterado. O texto em português foi modificado. Foi enxertado o trecho com objetivo nitidamente político eleitoral”, afirmou Alckmin.

    O governador disse também que não tem receio de que as acusações contaminem sua campanha pela reeleição, em 2014. “Nós não temos preocupação eleitoral, nós temos preocupação com a verdade”. Alckmin disse concordar com o senador Aécio Neves (MG), presidente do PSDB, que defendeu ontem “ampla investigação” e prometeu punir tucanos se ficar comprovado o envolvimento deles com o cartel.

    Reportagem da “Folha de S.Paulo” de ontem mostrou que um ex-executivo da Siemens mencionou em depoimento à Polícia Federal dois secretários de Alckmin como destinatários de propina paga pelo esquema. “A Justiça é pa ra todos, doa a quem doer. O que defendemos é investigação isenta, contra mentira, contra falsidade”, disse Alckmin.

    Eleições

    A proibição do financiamento de campanhas políticas por empresas privadas “não atrapalha a eleição, mas muda” o cenário para 2014, disse Alckmin, hoje, em Campinas (a 93 km de São Paulo).

    Alckmin, que concorrerá à reeleição provavelmente contra o ministro da Saúde, Alexandre Padilha (PT), o ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab (PSD) e Paulo Skaf (PMDB), presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), foi evasivo ao falar sobre quais mudanças seriam essas.

    “Não atrapalha a eleição, muda”, disse o governador, durante inauguração de um voo da Azul de Viracopos para Araraquara (a 273 km de São Paulo). “Não vejo problema. A situação é igual para todos”.

    Atualmente, as empresas são as grandes financiadoras das campanhas políticas no Brasil. Em 2010, 98% dos dois principais candidatos à Presidência da República – Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) – vieram de empresas.

    O STF (Supremo Tribunal Federal) está julgando ação da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) para limitar as doações de campanha a apenas pessoas físicas. Segundo a OAB, as doações de empresas privadas a campanhas políticas é inconstitucional.

    Dois ministros afirmaram ontem ser a favor da tese: o presidente do STF, Joaquim Barbosa, e o ministro Luiz Fux. O julgamento será retomado nesta quinta. “A reforma política não avançou no Congresso, então o Supremo está interpretando a lei”, disse Alckmin. “Há que se respeitar a decisão do Judiciário”.

    (Folhapress)

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  11. 12/12/2013 15h20 – Atualizado em 12/12/2013 16h47
    Apuração sobre cartel em SP chega ao STF e envolve deputado e mais 9
    Inquérito foi para o STF porque investiga deputados com foro privilegiado.
    3 secretários do governo de SP, deputados licenciados, são investigados.
    Mariana Oliveira
    Do G1, em Brasília

    109 comentários
    O Supremo Tribunal Federal (STF) recebeu nesta quinta-feira (12) o inquérito que investiga a suposta formação de cartel entre fornecedores do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) durante os governos Mário Covas, José Serra e Geraldo Alckmin, todos do PSDB, em São Paulo.
    São alvos do inquérito o deputado federal Arnaldo Jardim (PPS-SP); os secretários estaduais de São Paulo Edson Aparecido (Casa Civil), José Aníbal (Energia) e Rodrigo Garcia (Desenvolvimento Econômico) – todos deputados federais licenciados; três ex-dirigentes da CPTM; duas parentes de um ex-diretor da companhia; e o lobista Arthur Gomes Teixeira.
    Arte denúncia de cartel em licitações do metrô do DF e de SP (Foto: G1)
    O inquérito foi enviado ao Supremo devido ao foro privilegiado do deputado Arnaldo Jardim e dos outos três licenciados – parlamentares só podem ser investigados em inquéritos autorizados pelo STF. Todos negam envolvimento com o caso.
    A investigação foi distribuída para a ministra Rosa Weber, relatora do inquérito, que ficará responsável por autorizar ou não a abertura formal da investigação.
    Na terça (10), a Justiça Federal de São Paulo remeteu o caso ao Supremo. Segundo a Justiça Federal, a decisão se baseia no fato de que há autoridades com foro privilegiado entre os investigados, mas não informou quem seria investigado.
    O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e a Polícia Federal investigam a suposta formação de cartel para licitações tanto em São Paulo quanto no Distrito Federal.
    A empresa alemã Siemens, que admitiu fazer parte do esquema, entregou ao conselho documentos nos quais afirma que o governo de São Paulo sabia e deu aval à formação de um cartel que envolveria 18 empresas.
    No fim de novembro, reportagem do jornal “O Estado de S. Paulo” mostrou que o ex-diretor da Siemens Everton Rheinheimer declarou ter “documentos que provam a existência de um forte esquema de corrupção no estado de São Paulo” durante os governos tucanos. No texto, o ex-funcionário disse que o arranjo “tinha como objetivo principal o abastecimento do caixa 2 do PSDB e do DEM”.
    De acordo o jornal, no dia 21 de novembro, Rheinheimer disse que o então deputado Edson Aparecido, atual secretário da Casa Civil do governo Alckmin, foi apontado pelo lobista Arthur Teixeira como recebedor de propina das multinacionais suspeitas de participar do cartel.
    Aparecido coordenou a campanha de Alckmin ao governo, em 2002, e à prefeitura da capital, em 2008. Segundo a reportagem, o ex-diretor da Siemens também citou o deputado federal Arnaldo Jardim (PPS-SP) como outro beneficiário.
    Edson Aparecido e Jardim disseram que vão processar o ex-diretor por calúnia. Tanto a cúpula do PSDB quanto a gestão de Geraldo Alckmin negam envolvimento de políticos e afirmam ter adotado rigor nas apurações.
    Falha em preços
    Em 9 de agosto, o governador Geraldo Alckmin anunciou a criação de uma comissão, formada por representantes de entidades e organizações da sociedade civil, para acompanhar as investigações sobre a formação de cartel.
    Na última segunda-feira (9), o grupo divulgou ter identificado falhas na metodologia para determinar preços pagos pela CPTM e pelo Metrô nas contratações.
    O principal problema apontado pelo chamado Grupo Externo de Acompanhamento das Apurações Administrativas é que, até 2008, CPTM definia preços aplicando correções monetárias em valores atingidos em licitações anteriores. Mesmo depois de uma mudança sugerida pelo Tribunal de Contas (TCE), a companhia se limitou a fazer pesquisa prévia junto aos mesmos fornecedores que depois participariam de licitações.
    “A CPTM não busca informar-se sobre preços efetivamente praticados em mercados estrangeiros para estimar seus preços de referência, permanecendo dependente daquilo que as próprias empresas participantes de suas licitações determinam, algo que se repete para o Metrô”, afirma o grupo, em nota.
    Por meio de nota, a Secretaria dos Transportes Metropolitanos informou que a “CPTM e o Metrô estão colaborando com todos os órgãos que investigam as denúncias de formação de cartel”.
    Segundo a secretaria, as empresas têm aprimorado continuamente seus processos licitatórios, seguindo sempre as imposições da Lei 8666/93. “Na CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), por exemplo, foi criada a área de Gerência de Custos, em 2008, com o objetivo de padronizar, aprimorar e acelerar os procedimentos de tomada de preços necessária para licitações”, completa.
    A secretaria afirma ainda que “todas as sugestões são bem-vindas e criteriosamente analisadas dentro do processo de constante aperfeiçoamento dos procedimentos adotados”.

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  12. quinta-feira, 12 de dezembro de 2013Inquérito que investiga cartel em licitações do Metrô de SP chega ao STF
    78Comentar a postagem
    O inquérito da Justiça Federal que investiga o suposto esquema de fraudes em licitações no sistema de trens e metrô de São Paulo chegou nesta quinta-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF) e será relatado pela ministra Rosa Weber. A investigação foi remetida ao Supremo devido à inclusão do nome do deputado federal Arnaldo Jardim (PPS-SP) no inquérito. Como o parlamentar tem foro privilegiado, as acusações só podem ser analisadas pelo STF. Além de Jardim, pelo menos nove envolvidos são investigados, entre eles três secretários do estado de São Paulo. A ministra Rosa Weber terá que decidir se há indícios para abertura da investigação no Supremo.
    Constam também no inquérito os nomes de José Anibal (secretário de Energia de São Paulo), Edson Aparecido dos Santos (secretário da Casa Civil do governo de São Paulo) e Rodrigo Garcia (secretário de Desenvolvimento Social de São Paulo). Todos são deputados federais
    Os nomes de três ex-diretores da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) também aparecem na investigação: João Roberto Zaniboni, Ademir Venâncio de Araújo e Oliver Hossepian Salles de Lima. Duas pessoas ligadas a Zaniboni também tiveram os nomes incluídos, assim como Arthur Gomes Teixeira.
    No processo, são apurados os crimes de corrupção, evasão de divisas e lavagem de dinheiro. As investigações apontam que as empresas que concorriam nas licitações do transporte público paulista combinavam os preços, formando um cartel para elevar os valores cobrados, com a anuência de agentes públicos.
    Em novembro, atendendo a uma solicitação da Polícia Federal (PF), a Justiça Federal determinou o bloqueio de cerca de R$ 60 milhões em bens de suspeitos de participar do esquema, como forma de garantir o ressarcimento dos valores desviados. Foram afetadas pela decisão três pessoas jurídicas e cinco pessoas físicas, incluindo três ex-diretores da CPTM. A solicitação foi feita após a PF após tomar conhecimento de que autoridades suíças, que também investigam as suspeitas de corrupção, encaminharam um pedido de cooperação internacional ao Brasil.
    A combinação de preços entre as empresas que participaram de licitações para obras, fornecimento de carros e manutenção de trens e do Metrô também é alvo de investigação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), do Ministério Público Federal e do Ministério Público Estadual.
    O cartel é investigado pela Operação Linha Cruzada, feita pelo Cade em conjunto com a Polícia Federal. A investigação teve início a partir de um acordo de leniência da empresa Siemens com o conselho, que permitiu que a empresa denunciasse as ilegalidades. Documentos e cópias de e-mails trocados entre funcionários da Siemens estão sendo analisados pelo Cade e pela Justiça.
    Agência Brasil

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  13. OLHA, ESSE CARTEL E MUITO OUTROS CARTEIS ESTÃO NAS SECRETÁRIAS, É SÓ INVESTIGAR QUE IRÁ ENCONTRAR, NÃO PRECISA IR MUITO LONGE VEJAM OS CARRÕES E OS BLOQUEADORES DE CELULAR COMPRADOS PARA FAZER ESCOLTA DE PRESOS E CORTAR OS SINAIS DE TELEFONE.VEJAM AS PISTOLAS COMPRADAS DA TAUROS E MUITO MAIS.

    O TANTO DE DINHEIRO GASTOS SÓ NUMA SECRETÁRIA. IMAGINEMOS AS OUTRAS… É DINHEIRO DO POVO JOGADO NO RALO.

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  14. ATENÇÃO:

    SENHORES (AS) AGENTES DE TELECOMUNICAÇÕES

    NESSE MOMENTO, ESTÃO ACONTECENDO VÁRIAS MOVIMENTAÇÕES NA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA, NA SECRETÁRIA DE SEGURANÇA PÚBLICA, NA DELEGACIA GERAL DE POLÍCIA NO INTUÍTO DE ELEVAR O NÍVEL DE ESCOLARIDADE DOS AGENTES TEL’S.

    O QUE DEVEMOS FAZER, É NÃO DEIXAR A PETECA CAIR ! ! ! CONVERSEM COM OS SEUS DELEGADOS, SEUS CHEFES, COM O PESSOAL DA DELEGACIA GERAL, SECRETÁRIA DE SEGURANÇA PÚBLICA…. ETC.

    E PRINCIPALMENTE CONVERSEM COM OS DEPUTADOS ESTADUAIS, MANDEM EMAIL’S, LIGUEM OU VÃO NOS GABINETES (SEI LÁ).

    E POR ÚLTIMO, NÃO ESQUEÇAM DOS ASSESSORES DO NOSSO GOVERNADOR…

    NO SITE, DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA PESQUISEM POR LEI COMPLEMENTAR N. 47/ 2013, INICIATIVA DO DEPUTADO ESTADUAL. CARLÃO PIGNATÁRI….
    OUTRO DEPUTADO QUE ESTÁ A NOSSO FAVOR É DOUTOR FERNADO CAPEZ, QUE JÁ DEU SEU PARECER FAVORÁVEL QUANTO A CONSTITUCIONALIDADE…. DO PROJETO.

    E OUTRO LUGAR PARA QUE POSSAM OBTER MAIORES INFORMAÇÕES SOBRE O NÍVEL SUPERIOR É NO SITE DO SINDICATO, SINTELPOL….

    ABRAÇOS

    AGENTE DE TELECOMUNICAÇÕES

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