23/08/2013 08h05 – Atualizado em 23/08/2013 08h05
Adpesp organizou ato em protesto por melhores condições na quinta-feira.
Fernando Dultra criticou defasagem no número de policiais civis na cidade.
Do G1 Piracicaba e Região

O delegado de Piracicaba (SP) Fernando Dultra afirmou que o efetivo da Polícia Civil na cidade atualmente representa um terço do número de policiais que atuavam na cidade em 1993. Ele atua na Delegacia de Investigações Gerais do município e é o representante local da Associação dos Delegados da Polícia Civil do Estado de São Paulo (Adpesp).
A associação organizou, nesta quinta-feira (22), uma passeata pelo Centro da cidade em protesto por melhores condições salariais e estruturais. A principal crítica do grupo, composto por policiais de Piracicaba e da região, é voltada ao governo estadual e à falta de valorização da profissão.
O número total do efetivo, incluindo investigadores, carcereiros e escrivães, não foi informado pelo representante da Adpesp por motivo de segurança. Dultra, no entanto, explicou a defasagem apontando números de titulares nas delegacias.
“Há 20 anos a DIG tinha sete delegados e hoje só tem dois. Dos 19 delegados distribuídos nos distritos policiais do município, nove já podem se aposentar. O que mais pesa é a falta de material humano”, afirmou. No censo de 1991, Piracicaba tinha 278.715 habitantes e, em 2010, a população aumentou para 364.571.

Piracicaba (Foto: Thomaz Fernandes/G1)
Pautados pela imprensa
O delegado afirmou que a Polícia Civil não tem condições de fazer as investigações da maioria dos casos registrados em boletins de ocorrência. “Nossas investigações são definidas pela mídia atualmente. Em função da falta de efetivo, acabamos dando prioridade a casos de grande repercussão. A maioria das pessoas se torna vítima duas vezes, quando sofre o crime e quando espera horas para registrar o boletim de ocorrência”, completou.
O aumento da violência, segundo o delegado, é o principal efeito colateral da dificuldade da Polícia Civil em investigar crimes menores. “Se o autor do furto não é preso, lá na frente ele vai cometer um crime mais grave”, afirmou.
A presidente da Adpesp, Marilda Aparecida Pansonato Pinheiro, esteve na cidade nesta quinta e reforçou as palavras de Dultra. A delegada afirmou que os crimes de repercussão são, de fato, os que são investigados a fundo. “A Polícia está sendo pautada pela mídia, nós não temos efetivo suficiente para investigar tudo de maneira apropriada. Nos tornamos ‘fazedores de BO’.”
O negocio tá muito devagar!!
As passeatas devem ocorrer no estado inteiro!!!!
Muito fragmentado, isso perde a força.
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Alguém já viu em algum lugar na mesma instituição o nível superior ganhar menos que o nível médio?
Só na polícia civil de São Paulo!!!!!!!!
Investigadores e Escrivães (nível superior) ganham menos que agente tel, fotógrafos, desenhistas, papi, etc.
Não são eles que ganham bem!!
Somos nós (investigadores e escrivães) que ganhamos muito mal!!
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Pingback: Efetivo policial em Piracicaba é 1/3 do que havia há 20 anos, diz associação…Nos tornamos ‘fazedores de BO” | GOTADÁGUA
Não vi a matéria citar nenhuma vez “PSDB de São Paulo, JOSÉ SERRA, GERALDO ALCKMIN, só “governo”.
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Estamos todos fudi…….!!! Com esses sindicatos!! Que só ficam com essas conversinhas !!!!!!
Isso tá rolando desde 2008 e não passa de conversinha, ameaças de greve.
Os associados já não botam mais fé nessa palhaçada!!
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OPERAÇÃO BLECAUTE É SÓ PARA AS CARREIRAS DE DELEGADO DE POLÍCIA, ELES NÃO ESTÃO UNIDOS COM AS OUTRAS CARREIRAS NA LUTA POR AUMENTO JUSTO, VEJAM O SITE DA ADPESP E TOMEM SUAS CONCLISÕES.
OS OPERACIONAIS NÃO FORAM SE QUER CHAMADOS, E AINDA VEJO NAS FOTOS INVESTIGADORES E ESCRIVÃES NAS MANIFESTAÇÕES, NÃO DEVEMOS PARTICIPAR DISSO, SE ELES QUEREM FAZER GREVE PESSOAL QUE FAÇAM SOZINHOS.
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