Doce abuso! 20

25/02/2013 – Adpesp ajuíza ação para retirada imediata de todos os Delegados de DETRANS e CIRETRANS

ADPESPDeolho
A Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (Adpesp), através do seu departamento Jurídico, ajuizou Ação Civil Pública, com pedido de liminar, para que sejam suspensas as nomeações dos Delegados de Polícia para os quadros do DETRAN, CIRETRAN’s e Seções de Trânsito. A ação da entidade também exige que os profissionais que já estejam lotados retornem imediatamente aos seus cargos e funções originais como de direito, determinadas pela Constituição. O pedido tramita na 12ª Vara da Fazenda Pública do Estado de São Paulo.
A ação tem como fundamento o desvio de função caracterizado pelas nomeações de Delegados de Polícia para o exercício de atribuições junto a esses órgãos, considerando a inexistência que qualquer normativa legal que lhes atribua tal incumbência, ainda mais despida da remuneração respectiva e compatível com o acréscimo de competências.
“Com esta medida, a Adpesp pretende fazer cessar o abuso praticado contra toda a classe, que sofre com o trabalho exaustivo e de grande responsabilidade realizado naqueles órgãos de trânsito, que lhe é arbitrariamente imposto, na maioria das vezes cumulada com suas funções originárias, sem qualquer acréscimo em sua remuneração, como se não nos bastasse amargar o 25º lugar no ranking salarial entre os 27 entes federados”, declara a presidente Marilda Pansonato Pinheiro.
Em um momento como esse, de crise na Segurança Pública, os profissionais da classe, treinados para investigar, presidir Inquéritos e acompanhar os atos de Polícia Judiciária, não deveriam estar desempenhando funções burocráticas e administrativas no Detran, considerando o fato de o órgão ter sido transformado em autarquia e, no momento, estar vinculado à Secretaria do Planejamento.
Ao invés de investigar, prender e oferecer Justiça imediata como primeiro garantidor de direitos, o Delegado de Polícia passa os dias assinando papeis e CNHs, avaliando infrações administrativas, atendendo público e desempenhando outras tarefas que não condizem com suas reais funções, enquanto os crimes ficam insolúveis e a sociedade desamparada. Para agravar ainda mais a situação, a grande maioria dos Delegados cumulam Delegacias e não recebem nada por isso. Trata-se de um verdadeiro trabalho escravo que contribui a um locupletamento ilícito para o Estado. E, mais uma vez, quem paga conta?

Demora da perícia em acidente que matou cinco pessoas em Itabirito ainda provoca mal-estar entre Polícia Civil de MInas Gerais e Polícia Rodoviária Federal 20

Demora da perícia em acidente que matou cinco pessoas em Itabirito ainda provoca mal-estar entre PC e PRF.

Publicação: 24/02/2013 00:12 Atualização: 24/02/2013 07:13
Guilherme Paranaiba

“Foram quase sete horas para vencer um trecho em que normalmente não se demora mais de duas”, conta o carregador Waldir Cesar de Paula Lopes, de 40 anos, que estava em uma van na quarta-feira de Cinzas, voltando de Entre Rios de Minas, Região Central, para a capital, quando foi surpreendido por um engarrafamento de quase 20 quilômetros na BR-040. Ele ficou preso com a família por causa de um acidente em Itabirito que matou cinco pessoas. Segundo Waldir, o trânsito ficou lento desde Congonhas e causou um transtorno fora do comum aos motoristas que usaram a rodovia na volta do carnaval.
O acidente ocorreu às 7h15, a perícia chegou ao local às 11h42 e a pista só foi reaberta às 14h. As quase sete horas de interrupção do trânsito revoltaram os motoristas, e até agora, a demora não foi devidamente esclarecida. A Polícia Civil, responsável pela perícia, atribuiu o atraso a uma falha de comunicação. De acordo com as explicações oficiais, a informação inicial sobre o acidente que chegou aos peritos foi de que o fato teria ocorrido em Nova Lima, cidade atendida pela perícia da capital. Porém, o perito que saiu do Instituto de Criminalística não encontrou nada e retornou a BH. “Quando foi ratificado o local, o perito de Ouro Preto foi chamado e o mesmo que tinha ido para Nova Lima foi designado pela chefia para retornar e atender a ocorrência”, diz o chefe da Divisão de Perícias da Polícia Civil, André Gomes.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) contesta a versão dos peritos e diz que a comunicação sobre o acidente foi feita pela equipe que chegou ao local por volta das 7h40 e que os bombeiros e outras autoridades chegaram sem problemas ao trecho. A PRF informa que o aviso oficial à Central de Operações da Polícia Civil (Cepolc) foi dado às 7h40, mas a perícia afirma que só foi chamada às 9h53.
Segundo a assessoria de imprensa na Polícia Civil, o desastre da BR-040 motivou uma reunião interna, comandada pelo delegado chefe da instituição, Cylton Brandão da Mata. O objetivo foi apurar o que aconteceu na manhã do dia 13 de fevereiro para melhorar a atuação em caso de necessidade da perícia e qualificar as informações. Ainda de acordo com a assessoria, o chefe da Polícia Civil deixou claro que o helicóptero da corporação está a serviço de todas as demandas necessárias e deve ser usado em casos como esse. Para isso, um gestor operacional da Cepolc será designado.
DIFICULDADES

Problemas relacionadas à perícia são mais evidentes em trechos das estradas que não são atendidos por Belo Horizonte, como foi o caso de Itabirito. O certo seria deslocar um perito de Ouro Preto, mas os erros na comunicação fizeram com que o trabalho partisse da capital. Em outras cidades a situação é semelhante, como em Nova União, Sabará, Ribeirão das Neves, Esmeraldas, Betim, Igarapé, Juatuba, entre outras na Grande BH que têm trechos de estradas federais. Nesses casos, em todas as regionais que têm peritos, exceto BH, apenas um funcionário trabalha em um plantão de 12 horas, atendendo qualquer tipo de ocorrência que demande perícia, como homicídio, crime contra o patrimônio, acidente de trânsito, entre outras.
A reportagem ouviu vários peritos, que trabalham tanto na capital quanto no interior, e registrou opiniões diferentes sobre o fato. Diretor do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil de Minas Gerais, Experidião Porto trabalha na regional de Bom Despacho, Centro-Oeste, atendendo 22 municípios. “Temos um raio de atuação de 600km e trabalhamos sempre sozinhos, dirigindo uma viatura com problemas mecânicos e 180 mil km rodados. Como vou chegar a um acidente na BR-262 se estou atendendo uma descoberta de cadáver em uma cidade distante?”, diz ele.
O perito André Gomes faz plantão no setor de crimes contra o patrimônio em BH, além de coordenar as equipes. Ele já trabalhou nas regionais de Santa Luzia, Contagem e Betim e confirma as informações de que apenas um perito atua no plantão, sozinho e com veículos em mau estado de conservação. Porém, garante que a quantidade de funcionários de plantão é suficiente. “Já trabalhei dessa forma e garanto que dá para atender a demanda. Situações de exceção ocorrem, mas não podemos pautar nossos quadros pelas exceções. Já tivemos casos em que o perito avisou a chefia que não daria tempo de chegar ao local de uma ocorrência e o chefe se deslocou para fazer a perícia”, garante ele.
Apesar de ter certeza que o plantão dá conta do recado, o chefe da Divisão de Perícias da PC afirma que há problemas principalmente no expediente, em regionais como Betim. Para tentar melhorar esse quadro, começam em 18 de março as inscrições para o concurso de perito da Polícia Civil, com 95 vagas. “É claro que pontualmente vamos solucionar problemas em plantões, mas a maior parte dos concursados vai reforçar o expediente”, informa André Gomes. A expectativa é de que os novos peritos comecem a trabalhar no fim de 2013, depois de passarem por curso na Academia de Polícia (Acadepol).


Os donos da rodovia

O barulho das rodas no asfalto dá a impressão de estar em uma arquibancada assistindo uma corrida de Fórmula 1. Se fosse para enquadrar esses veículos em alguma competição, o mais lógico seria a Fórmula Truck, já que os caminhões de minério é que são os protagonistas da BR-040, especialmente no trecho entre Congonhas e Itabirito, na Região Central, Nova Lima, na região metropolitana, e Belo Horizonte. A maioria trafega pela rodovia sem lona de proteção, o que contribui para manter a sinalização suja e aumenta o risco de pedradas nos vidros dos carros pequenos ou nos motoqueiros. Em cinco minutos que a reportagem do EM ficou na entrada do Viaduto Márcio Alves Martins, substituto do antigo Viaduto das Almas, foram 13 caminhões, sendo 11 sem lona e dois com uma rede protetora que não barra a passagem da poeira. Chega a espantar a velocidade em que circulam os veículos pesados da mineração que seguem no sentido BH. Apesar de a descida impor respeito, o que se percebe é uma confiança excessiva nos freios, já que os motoristas não se preocupam em conter os pesos pesados e chegam a invadir o acostamento para aproveitar a curva antes do viaduto.
Morador da capital, o conselheiro fiscal do Condomínio Retiro do Chalé, em Brumadinho, na Grande BH, Eugênio Botelho, reclama da forma como os condutores dirigem os caminhões. “Esses veículos de minério trafegam como se fossem loucos e falta iluminação em alguns trechos da BR-040, piorando ainda mais a situação durante a noite. Essa é a rotina diária nas proximidades do Retiro do Chalé”, afirma. O executivo comercial Fábio de Carvalho, de 43 anos, chama a atenção para o estrago feito pelos caminhões na pista da direita da BR-040. “Como o asfalto já está completamente desgastado, eles acabam andando em alta velocidade pela pista da esquerda, contribuindo para piorar a situação do outro lado e aumentando a insegurança dos demais motoristas de carros menores”, diz.
O empresário Ailton Faria, de 52, reclama dos caminhões de minério, pois já trocou três vezes o para-brisa da caminhonete que precisa dirigir diariamente na BR-040 por Lafaiete, Congonhas e Itabirito. “Quando eles circulam sem lona, é cada pedrada que bate no vidro que a gente assusta”, diz ele.
AUTUAÇÕES FREQUENTES Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), os caminhões de minério têm sido autuados com frequência por duas razões. Uma é pela ausência da proteção que barra o minério nas caçambas além da falta de lavagem dos veículos antes de saírem das minas. A outra é o excesso de peso, confirmado pela comparação entre a nota fiscal e a capacidade dos caminhões e também por meio das balanças particulares.
Ainda segundo a PRF, quando uma empresa é recorrente em uma infração, os dados são encaminhados ao Ministério Público Federal para providências jurídicas. Atualmente se arrasta na Justiça uma ação civil pública movida pelo MPF para obrigar o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) a instalar balanças na rodovia, entre BH e Congonhas.
Já o Ministério Público estadual, tem autuado diretamente três grandes mineradoras. Em junho do ano passado o órgão entrou com ação de cobrança de R$ 9,6 milhões somando as três, depois que a Justiça estabeleceu regras para circulação de caminhões de minério e as empresas descumpriram. A Justiça de Congonhas deu parecer favorável à ação de cobrança do MP, definindo o bloqueio eletrônico do valor pedido. Mas as empresas entraram com agravo de instrumento no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), que entendeu ser cabível a multa, só que apenas ao fim do processo. O MP tem respondido aos agravos, mas aguarda julgamento do mérito da decisão do TJ, que se deu em caráter liminar a favor das empresas.

Enquanto isso…
…obras não saem do papel

Veja no vídeo abaixo o arriscado trabalho do Perito Criminal em local de acidente de trânsito.
Postado por às 17:49

O edital de licitação que previa a restauração dos 130 quilômetros da BR-040 entre Ouro Preto e Ressaquinha, na Região Central de Minas, foi cancelado em virtude das inúmeras questões levantadas pelas empresas interessadas. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) lançou um pregão eletrônico para fazer o mesmo serviço, com data de abertura em 4 de março. As empresas interessadas participam do pregão e no mesmo dia já é possível saber quem foi o vencedor, aquele que ofereceu menor preço. Já o leilão da BR-040, entre a divisa de Minas com Goiás e Juiz de Fora, na Zona da Mata, antes previsto para 26 de janeiro, foi adiado sem novo cronograma. A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) informou que analisa de forma mais profunda questões levantadas pelos interessados.

Blog do  Experidião.
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IMAGEM DESGASTADA – A “Fiel ” torcida conquista mais um título para o Corinthians: TIME DO MAL! 39

Enviado em 25/02/2013 as 1:47 por TIME DO MAL

O advogado vai ter um trabalho árduo para conseguir provar a CULPA do seu cliente nesse caso.

Só no Brasil atual, onde mentiras são forçosamente aceitas como verdades, a frase acima não é surreal.

Experimentem levantar o RDO do citado Cleuter Barreto Barros, em julho de 2011.

O sujeito foi levado até a Central de Flagrantes, juntamente com outros fascínoras, porque estava atirando pedras sobre veículo que passavam na Marginal do Tietê. Um empresário teve os vidros quebrados, parou e acionou a PM, que deteve esse imbecil e seus comparsas, levando-os até o Plantão.

As pessoas que passavam com seus veículos pelo local, entre uma e duas horas da madrugada, em frente à sede da Gaviões da Fiel, não portavam bandeiras de clubes rivais, não gritavam nada, tampouco eram torcedores de futebol. Simplesmente precisavam passar por aquela via pública, quando tiveram seus veículo atingidos por pedras de tamanhos diversos, atirados pelo Cleuter e seus coleguinhas da Gaviões.

O que tem isso a ver com as prisões lá na Bolívia ?

Quase nada, a não ser o fato que ele e seus coleguinhas de facção criminosa, estavam treinando para ASSASSINAR alguém, assim como conseguiram concretizar com o menino Kevin em Oruro.

Por sorte, uma das pedras atiradas naquela madrugada, não atingiu a cabeça de um bebê no colo da mãe, no banco de passageiros de algum veículo que por ali passasse, quem sabe a caminho de um hospital, farmácia ou de volta ao lar.

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Para o Delegado licenciado, atual presidente do TIME DO MAL, a morte do menino Kevin foi um “caso fortuito”.

Não foi não, Dr. Mario Gobbi.

O marginal Cleuter Barreto Barros, já treinava em julho de 2011, basta o senhor consultar os arquivos criminais da sua própria instituição…se é que pretende voltar à ela, depois de assumir o comando do Bando de Criminosos.

Ah…ia me esquecendo, o seu Curíntia não tem nada a ver com o ato criminoso do assassino, não é ?

Só gostaria de saber onde é que essa gentalha arrumar dinheiro para viajar até o Japão, onde passaram cerca de 20 dias, voltar ao Brasil, arrumar dinheiro e licença dos patrões para ir até a Bolívia, onde ficaram sem trabalhar por mais uma semana e depois já estavam com outra viajem engatilhada para Tijuana, na fronteira do México dom os EUA nas próximas semanas. Sem falar na compra desses sinalizadores assassinos, que custam em média, R$ 120,00 cada um.

Dr, Mário Gobbi, o senhor poderia ter um gesto de grandeza e ensinar a gente, que trabalha o ano inteiro sem feriados, Natal, Carnaval, em períodos noturnos, recebendo essa merréca de salário e com RETP miserável, como é que se faz para conseguir viajar o ano inteiro pelo mundo, com patrões tão condescendentes e compreensíveis, com dinheiro recebido unicamente pelo labor cotidiano dessa gente que dignifica o nosso povo ?

Cúpula da Secretaria de Segurança e Polícia Civil são coniventes com a corrupção no DENARC por defenderem a sistemática da prevenção e prorrogação de “competência” do órgão…Prender no interior e arrastar a formalização dos autos para a Capital é indício da roubalheira; ainda mais deixando investigador direcionar a lavratura dos flagrantes 21

Domingo, 24 de fevereiro de 2013 – 13h44

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Mansão no Guarujá

Policial preso com cocaína é investigado em homicídios

Eduardo Velozo Fuccia

A mansão com piscina em um condomínio de luxo em Guarujá, onde um colombiano e um argentino foram mortos a tiros em circunstâncias bastante nebulosas, em 26 de novembro de 2011, era frequentada naquela época pelo policial Alexandre Cassimiro Lages, do Departamento de Investigações sobre Narcóticos (Denarc). Na sexta-feira retrasada (15/2), o agente foi preso acusado de desviar 308 quilos de cocaína apreendidos por esse setor especializado da Polícia Civil paulista. Mas o vínculo entre o investigador, a mansão da Baixada Santista e Bernardo Castaño Estrada, o colombiano morto, não param por aí. Em 8 de outubro de 2011, 49 dias antes de o estrangeiro ser assassinado, ele serviu como testemunha de um flagrante de tráfico de drogas do Denarc, do qual participou Lages, em um posto de combustíveis no Km 67 da Rodovia Anhanguera, em Jundiaí. Nessa ocasião foram apreendidos 101 quilos de cocaína, sendo presos dois brasileiros e dois bolivianos.

Créditos: Rogério Soares

Mansão no Jardim Acapulco, onde dois traficantes foram assassinados

O processo sobre o flagrante realizado no posto de beira de estrada tramitou pela 1ª Vara Federal de Jundiaí. Os quatro réus foram condenados por tráfico internacional a 7 anos de reclusão cada um. Eles recorreram, mas lhes foi negada a possibilidade aguardar soltos ao julgamento do recurso, distribuído à 5ª Turma do Tribunal Regional Federal (TRF) da 3ª Região. Todos os acusados pleiteiam a absolvição, atribuindo a propriedade da droga exclusivamente ao colombiano ligado ao investigador Lages. Os bolivianos Miguel Mendez Chavez e Alex Mauricio Perrogon Vieira chegaram ao Brasil dois dias antes de serem presos. Eles disseram que vieram ao País para tratar da compra de uma máquina agrícola com os brasileiros Ary Flávio Swenson Hernandes e Luís Antônio Niedo. Porém, o que mais deixa a história intrigante, fazendo-a lembrar enredo de filmes de organizações mafiosas, é o fato de os estrangeiros terem se hospedado na casa alugada por Bernardo, no Jardim Acapulco, em Guarujá. Chavez disse que fora “enganado” pelo colombiano, que inclusive lhe ocultou o verdadeiro nome, identificando-se como “Henrique”. Ary e Luís Antônio, por sua vez, argumentaram que não poderiam ser condenados apenas com base nos “testemunhos mentirosos” de policiais, principalmente devido ao vínculo entre o investigador Lages e Bernardo. Por fim, a dupla brasileira classificou a operação do Denarc de “mero estratagema ardiloso”, conforme ficou enfatizado na sentença. O juiz federal substituto José Tarcísio Januário reconheceu em sua decisão “eventual interesse espúrio do citado investigador (Lages)” e a suposta condição de informante do colombiano ou até mesmo de dono da cocaína apreendida. No entanto, condenou mesmo assim os dois bolivianos e os dois brasileiros sob o fundamento de que “o fato de não ter sido preso algum dos coautores de um determinado delito não invalida a prisão dos outros”. O advogado Eugênio Malavasi, que não atuou no processo e foi constituído por Chavez para interpor o recurso de apelação ao TRF, diverge do ponto de vista do juiz. “As suspeitas de uma relação promíscua entre a pretensa testemunha Bernardo e o investigador do Denarc contaminaram a prova. Com a posterior prisão do policial, ficaram ainda mais evidenciados os indícios de que o flagrante contra o meu cliente foi forjado”. Leia a matéria completa na edição deste domingo de A Tribuna.

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Em certos casos – quando a coisa acabou dando em cadeia ( para policiais )  – verificou-se que os delegados  responsáveis apenas compareceram para  assinar a papelada ( e abrir a gaveta ). 

Ninguém vê nada, ninguém sabe de nada…Todos apunhalados pelas costas.

Com efeito, o Denarc faz a apreensão e – em vez de apresentar na Delegacia local – transporta a droga e objetos relacionados para a sede do DENARC, local para o qual também são conduzidos os traficantes e “testemunhas”.

Poderíamos evitar  desvios simplesmente cumprindo a regra processual: os policiais do DENARC  sempre cientificarão, previamente, a autoridade local; para quem se fará a apresentação de todo o material apreendido e à autoridade local caberá a lavratura do auto de flagrante e demais documentos.
Apenas para exemplificar: não faz sentido se prender alguém em Ribeirão Preto e apresentá-lo na Capital, lavrando-se o auto de flagrante que deverá, em seguida, ser remetido para Ribeirão Preto, local em que o flagranciado será denunciado e processado.
Entretanto o Poder Judiciário vê mera irregularidade no deslocamento da lavratura do auto de flagrante.
E “experts” defendem a prorrogação de competência dos Departamentos Estaduais; um grande absurdo.
O DENARC pode ter competência para investigar e operar em todo o Estado, mas a formalização da apreensão e da prisão pelo flagrante cabe, apenas, ao Delegado do local da prisão ou mera apreensão da droga.
A quebra das normas torna tudo suspeito, facilitando-se os “acertamentos” dentro do Departamento; a subtração e, conseqüente, substituição e revenda da droga.

Lixo autoritário – FIM AO MILITARISMO NAS POLÍCIAS E BOMBEIROS : Não estou aqui propondo uma revolução, uma manifestação nem muito menos uma greve, odeio ser militar, mas somos, e tudo podemos propor e resolver com o regulamento, com leis e com normas que estão à disposição de todos 9

Bombeiros espionam Facebook e e-mails para prender militares que criticaram a corporação

 Leslie Leitão, do Rio de Janeiro
Justiça Militar quer saber como mensagens privadas foram parar com a Corregedoria do Corpo de Bombeiros. Grupo de 19 enfermeiros passou quatro dias em detenção
Na última segunda-feira, um grupo de 20 bombeiros militares do Rio de Janeiro foi surpreendido com ordens de prisão. Todos são enfermeiros da corporação, encarregados, por exemplo, de socorrer vítimas de acidentes nas estradas.
O erro que motivou a punição: todos debatiam, pelo Facebook e por e-mail, questões consideradas internas dos quartéis. Os 20 passaram quatro dias detidos em vários batalhões e foram libertados na quinta-feira, por força de uma liminar expedida pela Justiça Militar, assinada pela juíza Ana Paula Monte Figueiredo Pena Barros, concedendo habeas corpus ao grupo.
A decisão da juíza, em face do pedido do advogado Carlos Azeredo, que representou um dos bombeiros, virou o feitiço contra o feiticeiro. Para a magistrada, as provas apresentadas pela Corregedoria do Corpo de Bombeiros para embasar as prisões foram colhidas de forma ilegal, pois os e-mails, as páginas de Facebook e todas as mensagens trocadas pelo grupo são privados, não passíveis de monitoração pela instituição militar.
Diz a juíza, em seu despacho: “O ilustríssimo corregedor interno da corporação determina a instauração da sindicância para apurar conduta dos militares envolvidos, visto que os mesmos postaram comentários inadequados em rede social, bem como através de e-mail, tornando público comentários que concorrem para o desprestígio da corporação’, tudo sem mencionar como foram obtidos tais comentários e conteúdos de e-mails”.
A juíza ainda faz uma observação: “Ressalte-se, o e-mail em tela não pertence à corporação, não se trata de e-mail funcional, mas sim privado, pertencente ao Hotmail. Sequer no relatório da Sindicâncias encontra-se demonstrado como foram acessados o grupo fechado no Facebook e os e-mails (…)”.
A página em questão, denominada GSE CBMERJ – sigla de Grupo de Salvamento e Emergência – Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro – foi criada com alguns cuidados. Entre eles o de deixar claro que o objetivo da iniciativa não era o de comandar greves ou ‘amotinar’ militares – um zelo para evitar que a iniciativa fosse confundida com o movimento grevista que resultou na prisão e na expulsão de bombeiros do Rio e da Bahia, em 2011.
Uma cópia desses e-mails foi anexada ao processo.
Na mensagem do dia 6 de setembro de 2012, a cabo Viviane Ferreira Carvalho, escrevendo para os colegas, diz o seguinte: “Não estou aqui propondo uma revolução, uma manifestação nem muito menos uma greve, odeio ser militar, mas somos, e tudo podemos propor e resolver com o regulamento, com leis e com normas que estão à disposição de todos”.
A bola, agora, está com a corregedoria. A juíza afirma, ainda, que o corregedor “deverá explicitar, especificamente, o modo como foram acessados o grupo fechado da rede social Facebook e a conta de e-mail pertencente a Viviane Ferreira Carvalho”.
Em resposta à reportagem do site de VEJA, o Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro respondeu que as prisões foram decididas pois “surgiram indícios do cometimento de condutas irregulares por parte dos militares. Diante dos indícios, foi instaurado procedimento apuratório em que ficou configurado o cometimento das seguintes transgressões disciplinares: proferir ofensas contra o comandante de suas unidades através de grupo de rede social virtual; e disparar correspondência eletrônica incitando quebra na cadeia de comando e desrespeito do comando de suas unidades.
A corporação não explica como a corregedoria teve acesso às mensagens pessoais e ao grupo fechado do Facebook. “Este esclarecimento será feito à Auditoria de Justiça Militar do Rio de Janeiro”, limita-se a informar a assessoria dos bombeiros. (Veja).

Uma imagens diz mais que mil palavras

Governo ( FEDERAL) quer revolução de conceito na área de segurança para a Copa 23

 Por Almir Leite- estadao.com.br

Complexo e caro, o plano tem como objetivo deixar um legado de tecnologia e de pessoal

SÃO PAULO – Uma revolução no conceito e, por consequência, na execução de ações na área de segurança de grandes eventos. A ambiciosa meta do governo federal tem como carro-chefe a Copa do Mundo de 2014, passando pela Copa das Confederações deste ano. Também contempla a Jornada Mundial da Juventude (este ano, no Rio) e a Olimpíada de 2016. O futebol, no entanto, foi a força motriz da iniciativa, que resultou na criação de um Plano Estratégico Nacional para a área.

Dinheiro parece não faltar. A previsão de gastos com segurança para a Copa das Confederações e a Copa do Mundo começou em R$ 1,17 bilhão e já chegou em R$ 1,879 bilhão, de acordo com a última versão da Matriz de Responsabilidades, com dados relativos ao mês de dezembro passado. O custo da Copa já bateu na casa dos R$ 26,5 bilhões e a expectativa é de que, no final, chegue aos R$ 33 bilhões.

O plano de segurança é complexo. São iniciativas como aprimoramento do controle de fronteiras, portos e aeroportos, ações antiterrorismo, vigilância e proteção não só nos estádios como em locais de grande concentração de pessoas, proteção ao turista, entre outros.

Nas arenas, o método de segurança vai mudar em relação ao que o torcedor brasileiro conhece. Haverá polícia, mas a segurança básica será função de agentes privados (leia arte abaixo).

AÇÕES INTEGRADAS

Outra iniciativa é a integração das forças de segurança (polícias militar, federal, guardas civis municipais, Forças Armadas, Corpo de Bombeiros, etc…) Para isso, estão sendo criados 14 Centros de Comando e Controle, 12 regionais e dois nacionais, que ficarão em Brasília e no Rio, este para backup das informações.

“Temos de integrar todas as forças e estamos fazendo isso nas 12 sedes da Copa”, disse o comandante da Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos (Sesge), criada em agosto de 2011 no âmbito do Ministério da Justiça. “Não é possível o plano ter sucesso sem essa integração. “Acreditamos que essa é uma boa forma de trabalhar para deixar um legado para o cidadão brasileiro, pois estamos criando uma cultura de atuação conjunta.”

O governo promete investir forte na aquisição de equipamentos de última geração, no treinamento de pessoal e no intercâmbio com agentes especializados em segurança de grandes eventos de vários países. Algumas compras já foram realizadas.

Os Centros de Comando farão, de acordo com o plano, a integração dos sistemas computadorizados, dos bancos de dados dos 12 estados-sede, dos órgãos federais e da Interpol, e os sistemas de radiocomunicação.

Por meio desses centros, as informações de todas as sedes estarão disponíveis em tempo real, o que permitirá respostas rápidas. Em caso de tumulto em uma fan fest, por exemplo, se for necessário reforço policial, ele será providenciado imediatamente.

NAS ARENAS

Além dos centros de responsabilidade do governo federal, haverá os que ficarão a cargo do Comitê Organizador Local da Copa do Mundo. Em cada estádio está prevista uma sala de monitoramento, que será dividida por membros de vários órgãos envolvidos com a segurança. “O Comitê Organizador tem um Centro de Controle que vai monitorar todos os procedimentos de sua responsabilidade e passar as informações diretamente para o governo”, disse o gerente-geral de segurança do COL, José Hilário Medeiros.

Ele explica, porém, que o comitê terá o monitoramento de todas as ações, independentemente do governo. Ao COL cabe cuidar da segurança interna dos estádios com atribuições como a contratação de agentes e treinamentos para que passem por cursos para trabalhar com o público.

Se tudo der certo, e todas as iniciativas forem de fato implantadas – e depois mantidas -, a segurança no Brasil entrará em nova fase. Pelo menos a relacionada especificamente com os grandes eventos, uma vez que os índices de violência urbana continuam alarmantes