105 dias sequestrado 5

Delegado estabelece vínculos entre acusados

Eduardo Velozo Fuccia

O grupo que sequestrou Cristiano é dividido em duas células, cuja ligação entre si está provada, garante o delegado Carlos Alberto da Cunha. Uma delas, liderada por Mia, tem o Jardim Miriam como base de atuação. A outra está radicada em São Vicente e dela fazem parte, entre outras pessoas, os soldados Maduro e Marques.
“Desde o primeiro dia sabíamos do sequestro e passamos a investigá-lo, mas sem aparecer. Trabalhamos com total discrição para não colocar em risco a vida da vítima. Durante as negociações, apuramos a participação de algumas pessoas, mas deixamos de efetuar prisões porque não sabíamos onde era o cativeiro”, diz o delegado da Deas.
As primeiras pistas indicavam o envolvimento de um homem apelidado por Grilo e de policiais militares. “A partir daí, ficou evidenciado o comportamento atípico de Maduro, que trabalhava como segurança na empresa da vítima e no dia do sequestro, apesar de estar de folga, pediu para ser escalado”, revela Cunha.
Checando a vida de Maduro, a equipe da Deas chegou ao nome do soldado Marques, seu parceiro de viatura.
“Coincidentemente, levantamos que Marques financiou o carro até hoje utilizado por Anderson Aparecido Schimidt, o Grilo, que foi o elo entre os policiais militares e o bando de Mia”, acrescenta o delegado.
Pesquisas realizadas deram aos investigadores da Deas a certeza de que o informante Grilo, horas antes do sequestro, ficou próximo do local do crime e se comunicou por telefone várias vezes com o soldado Marques, com ele se encontrando antes e após o arrebatamento da vítima.
Os policiais também viram na casa de Grilo um Peugeot 307 preto, que está em nome de Ana Paula, cunhada de Mia. Em fevereiro deste ano, Mia foi preso em Praia Grande dirigindo esse carro e portando munições de fuzil. Porém, ele foi para a cadeia com nome falso, sendo logo solto. O automóvel foi restituído à dona pela Justiça.
Apesar de Ana Paula ser a proprietária do Peugeot, o carro foi comprado com o dinheiro de Mia e por ele era usado. “Ela confirmou essa situação e a devolução do veículo ao cunhado após conseguir liberá-lo. Essa acusada ainda admitiu saber do envolvimento de Mia e da sua irmã Arlete em sequestros e roubos”, informa Cunha.
Um celular usado pelos sequestradores durante as negociações do resgate, conforme o delegado, foi parar nas mãos da mãe de Ana Paula e Arlete, sogra de Mia. Ela mora no Jardim Miriam, no mesmo endereço onde está cadastrado o Peugeot, e enviou depois o telefone para parentes residentes no município de Jataúba (PE).
“Duas células, de São Vicente e do Jardim Miriam, se associaram para cometer o sequestro. O carro e o celular demonstram a ligação entre elas. Do grupo da Capital também faz parte Mael, braço direito de Mia. Ele negociou o resgate e a sua voz gravada nas ligações foi reconhecida pela sua mulher”, detalha o delegado.
Outra informação importante foi prestada por Grilo. “Ele nos confirmou informalmente que a ideia inicial da quadrilha era roubar o malote de dinheiro da empresa, mas houve a alteração do plano e ficou decidido sequestrar Cristiano. Com essa mudança, Grilo alega que foi sacado do esquema pelos parceiros”.

Falsa blitz detonou ação

Eduardo Velozo Fuccia

Cinco homens participaram do arrebatamento da vítima, conforme as investigações. Reconhecido fotograficamente por testemunhas, Mia era um deles, usava touca e portava um fuzil. O bando ocupava um Vectra preto, produto de roubo dias antes na área do Jardim Miriam, e outro carro, tipo sedan, não identificado. O bando simulou uma falsa blitz da Polícia Federal para dominar Cristiano e algemá-lo com as mãos para trás.
Um dos sequestradores trajava terno e se passou por delegado. Os demais vestiam camiseta preta com a inscrição Polícia Federal em amarelo. Com exceção de Mia, que empunhava armamento de cano longo e grosso calibre, os demais portavam pistolas. A investida aconteceu às 5h40, em frente à distribuidora de produtos hortifrutigranjeiros de Cristiano, na Cidade Náutica, São Vicente.
Testemunha ocular da ação, o soldado Maduro nada fez e não foi importunado pelos sequestradores. “Apuramos que ele ficava dentro da empresa, em local onde tinha ampla visão de tudo, mas não podia ser visto. Curiosamente, na hora do sequestro, ele estava na frente, viu os carros do bando parados do outro lado da rua e não suspeitou de nada”, observa o delegado Carlos Alberto da Cunha.
Essa conclusão decorre do relato de testemunhas e da minuciosa análise da filmagem captada por uma câmera da distribuidora da vítima. As imagens ainda mostram outras situações altamente suspeitas, conforme a avaliação do delegado da Deas. “Quando Cristiano chegava com o seu Corsa, Maduro tira e põe o boné na cabeça cinco vezes em 27 segundos. Mal estacionou o veículo, a vítima foi abordada”.
As cenas também gravaram Poucas horas após a fuga da quadrilha, o Vectra foi abandonado parcialmente queimado na Vila Mirim, em Praia Grande, a uma quadra da base de pousos e decolagens de helicópteros da Polícia Militar. Por volta das 9 horas, houve o primeiro contato dos criminosos com a família de Cristiano. Eles anunciaram o sequestro, exigiram o pagamento de resgate e disseram que eram “profissionais”.
A quantia exigida e o valor definido ao final da negociação não foram divulgados. “Só podemos dizer que a importância inicial era exorbitante e que a quadrilha, apesar de se intitular profissional, se comportou de modo bastante amador ao simular, entre outras coisas, uma blitz policial. Desse modo, ela motivou a família de Cristiano a procurá-lo em diversas delegacias até receber o primeiro contato”, diz o delegado.
Mia e Mael já eram procurados da Justiça antes do sequestro de Cristiano. Mia tem passagens por roubo, homicídio, extorsão mediante sequestro e formação de quadrilha, entre outros crimes. Na folha de antecedentes de Mael constam passagens por homicídio e roubos, sendo ainda suspeito de praticar assaltos a condomínios de luxo em São Paulo apurados pelo Departamento de Investigações Criminais (Deic).
A captura dessa dupla é considerada fundamental para a descoberta do paradeiro da vítima e a identificação de outros participantes do crime. Cunha reconhece que a cada dia que passa aumenta a preocupação com o que possa ter ocorrido com o empresário, mas mantém uma convicção. “As investigações prosseguem até a localização de Cristiano. Só acredito em morte após a comprovação”.

Dupla é presa clonando cartões no aeroporto de Congonhas 3


Publicado em 13/07/2012

Bandidos já tinham sido presos na Bahia e no Rio de Janeiro cometendo o mesmo crime. As principais notícias do Brasil e do Mundo você acompanha de segunda a sábado, às 19h20, no Jornal da Band. Este vídeo também pode ser visto no portal band.com.br ou no canal da Band aqui no Youtube.

Reportagem de Sandro Barboza
Imagens de Josenildo Tavares, Antônio Barbosa e arquivo Band
Edição de Camila Moraes

Governador recebe representantes da Adpesp no Palácio dos Bandeirantes 54

 

O governador Geraldo Alckmin recebeu nesta quinta-feira (12/7) uma comissão formada por membros da Diretoria da Adpesp e por Delegados representantes de todo o estado de São Paulo. Os Delegados homenagearam o governador com uma placa alusiva ao seu apoio às últimas iniciativas da Associação em prol da classe de Delegados.
O Dr. André Luis Luengo foi o escolhido para representar todos os colegas no momento da entrega da placa. Os secretários Júlio Semeghini, da pasta do Planejamento, Sidnei Beraldo, da Casa Civil e Antônio Ferreira Pinto, da Segurança Pública, também acompanharam a homenagem, assim como a Delegada Geral Adjunta Ana Paula Soares.

Durante a cerimônia, a presidente lembrou o empenho do governador pela aprovação da PEC-19/2011 que deu aos Delegados independência funcional, em decorrência do reconhecimento da Carreira Jurídica.

Acima da lei ?…Experimentem dizer em sala de audiência: ISTO É UMA PALHAÇADA! 78

quinta-feira, 12 de julho de 2012 – 18h16Atualizado emquinta-feira, 12 de julho de 2012 – 18h48

SP: desembargadora e filha são liberadas

As duas são suspeitas de terem cometido desacato a PMs em blitz da Lei Seca, na noite dessa quarta-feira, em São Paulo
Desembargadora teria cometido desacato a PMsReprodução/Primeiro Jornal

A desembargadora do TRT (Tribunal Regional do Trabalho), suspeita de ter cometido desacato a policiais militares durante uma blitz da Lei Seca, na noite dessa quarta-feira, foi liberada nesta tarde.
Yara Ramires da Silva de Castro e a filha Roberta Sanches de Castro passavam de carro pela avenida Paulista, quando foram paradas por uma blitz.
Após entregar os documentos, Roberta teria se irritado ao ser convidada para realizar o teste do bafômetro. Segundo os policiais, ela teria dito que a ação é uma palhaçada e sua mãe teria jogado o documento de identificação em direção a elas.
Ainda de acordo com os PMs, a filha da magistrada também tentou agredi-los. Ambas foram encaminhadas para a Corregedoria da PM, onde prestaram depoimento e formalizaram queixa de uma possível agressão. A equipe da PM foi ao 78º Distrito Policial, onde registrou boletim de ocorrência por recusa de teste de bafômetro e desacato.
Elas responderão em liberdade por desacato. Contra Roberta deve ser feito registro de infração de averiguação de embriaguez, pelo fato de ela ter se recusado a fazer o teste do bafômetro.

Tráfico de entorpecentes institucionalizado – Prefeitura de Santos distribui de 88.900 caixas de Ritalina para crianças e adolescentes…Hoje, Ritalina; amanhã: COCAÍNA! 7

Papo com editores

Maior consumo de Ritalina preocupa psicólogos e educadores

Da Redação

O aumento da prescrição de medicamentos para transtornos que prejudicam o rendimento escolar, como a dislexia e o Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), preocupa psicólogos e educadores. Entre 2008 e 2010, o volume de medicamentos do tipo adquiridos pela Prefeitura aumentou 150%, aponta o Conselho Regional de Psicologia na Baixada Santista (CRP).
A gestora do CRP na Baixada Santista, Mirnamar Pagliuso, destaca que o Sistema Integrado de Saúde e Administração de Materiais (Sisam) da Prefeitura comprou, em 2008, 35.100 caixas de medicamentos à base de metilfenidato (princípio ativo da Ritalina, cuja caixa com 20 comprimidos custa em média R$ 20,00).
“Em 2010, o Sisam acusou o consumo de 88.900 caixas desses medicamentos na rede pública. Comparado a 2008, houve um aumento muito grande na compra desses remédios”, atesta Mirnamar.
Diante disso, a Subsede do CRP-SP criou, em setembro de 2011, o Núcleo Baixada Santista do Fórum sobre Medicalização da Educação e da Sociedade, que promove reuniões mensais.
“Cada vez mais, os problemas sociais, afetivos e até culturais são medicalizados, ou seja, transformados em deficiências tratadas com medicamentos. Por isso, estamos lançando uma campanha nacional para aprofundar o debate sobre o tema”, afirma Mirnamar.
Créditos: Vanessa Rodrigues
Crianças e adolescentes usam Ritalina e outros medicamentos para melhorar o rendimento escolar
Banalização
O crescimento do índice de crianças e adolescentes que usam Ritalina e outros medicamentos para melhorar o rendimento escolar também é atestado na rede particular.
“Desde o ano passado, diminuiu um pouco o número de alunos que usam Ritalina. Mas, principalmente entre 2009 e 2010, percebemos uma banalização na prescrição deste remédio para crianças com algum déficit de aprendizagem”, afirma a diretora pedagógica do Colégio do Carmo, Renata Maria Smolka e Gaia.
Ainda segundo a pedagoga, todo ser humano tem dificuldades e potencialidades para determinadas tarefas e áreas do conhecimento.
“É claro que há crianças que têm TDAH ou outro transtorno que precisa ser, de fato, tratado à base de medicamentos. Mas, a meu ver, a prescrição desses remédios deve ser o último estágio de um processo que também deve envolver a família e a escola”, finaliza Renata.
A próxima reunião do Núcleo Baixada Santista do Fórum sobre Medicalização da Educação e da Sociedade será realizada dia 26, às 19h30, na Subsede local do CRP-SP. Os encontros são abertos para pais e também para educadores. A Subsede do CRP-SP fica na Rua Cesário Bastos, 26, no bairro Vila Belmiro, em Santos. Mais informações pelo telefone 3235-2324.
SMS: Só 25% recebem prescrição
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informa que, confirmado o diagnóstico, cerca de 25% dos pacientes que passam pelo psiquiatra recebem prescrição para uso do medicamento.
Antes disso, as crianças e jovens com suspeita de TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade) são encaminhados, respectivamente, para um dos três Centros de Valorização da Criança (SVC) ou ao Centro de Referência Psicossocial do Adolescente (Secerpa), onde são acolhidos e acompanhados pelas equipes multiprofissionais, formadas por psicólogos, fonoaudiólogos, assistentes sociais e acompanhantes terapêuticos.
Nesses locais, são realizados atendimentos individuais e em grupo, inclusive com a participação de familiares. Só depois ocorre o atendimento do médico.
Em relação aos números citados – 35.100 itens (2008) e 88.900 (2010) – a SMS atesta que se referem aos medicamentos entregues pelo almoxarifado às unidades responsáveis pela distribuição na rede municipal: Núcleos de Apoio Psicossocial (Naps), Seção Núcleo de Atenção ao Tóxicodependente (Senat) e Ambulatórios de Especialidades (Ambesp).

SEPESP realiza na sexta reunião sobre “Operação Cumpra-se a LEI” 98

 Destaque

Na sexta, dia 13, o SEPESP realizará uma reunião sobre a “Operação “Operação Cumpra-se a LEI”, cuja cartilha está disponível no site do Sindicato.   Segundo o Secretário Geral do Sindicato, Heber Souza, o encontro debaterá estratégias de mobilização e articulação do movimento. “Contamos com a presença expressiva dos colegas. A cartilha da operação também já estará disponível para distribuição. Um forte abraço”, disse o diretor.

A reunião é aberta a todos os Escrivães e será às 18h, na sede da entidade.

Agenda Reunião “Operação Cumpra-se a Lei” no SEPESP Data: 13 de julho (sexta-feira)

Horário: 18h

Endereço: Rua Brigadeiro Tobias, 118, 24º andar, sala 2412, Santa Ifigênia, ao lado do Metrô São Bento.

Assessoria de Comunicação do SEPESP Agência: Mídia Consulte Comunicação   Editora: Viviane Barbosa Mtb 28121

Web: www.sepesp.org.br

E amanhã é dia de BANDIDO 45

Enviado em 09/07/2012 as 11:09 – O HOMEM QUE SABIA DEMAIS

Editorial – Jornal Agora 09/07/2012

O sumiço de PMs

Entre 2008 e 2011, a Polícia Militar de São Paulo tirou quase 3.000 policiais das ruas, de acordo com um relatório do TCE (Tribunal de Contas do Estado).

Com mais PMs dentro dos batalhões e menos gente para correr atrás de bandido, fica difícil dar um jeito de verdade na violência. Pelas contas do TCE, os policiais nas ruas passaram de 60.347 em 2008 para 57.630 em 2011.

Até outro dia, o governo atribuía o aumento da violência ao aumento da população. Se esse argumento serve na hora de contar os mortos, também deveria valer na hora de contar os policiais.

Ou seja, mais gente no Estado deveria significar mais policiais nas ruas. Mas o que aconteceu foi justamente o contrário disso.

Além do mais, boa parte desse aumento do pessoal administrativo foi provocada por politicagem.

A área de um sujeito mais influente logo ganha um batalhão, que precisa de gente atrás de mesas, e portanto longe das ruas, para fazer a coisa funcionar.

Enquanto isso, o povo fica do lado de fora, à disposição dos ladrões. Entre maio de 2011 e maio deste ano, por exemplo, o número de roubos de veículos aumentou 24% no Estado.

Pode até ser que não tenha a ver só com a queda na quantidade de PMs nas ruas, mas já mostra que era hora de botar mais gente para patrulhar as áreas mais perigosas.

O ponto positivo do relatório, porém, foi ter provocado alguma reação do comandante-geral da PM. Segundo ele, já existe um plano de aumento do efetivo nas ruas das cidades paulistas.

Tomara que esse plano possa ser colocado em prática logo. E que a corporação consiga ver onde é que está faltando PM e onde é que está sobrando bandido, para equilibrar as coisas.

http://www.agora.uol.com.br/editorial/ult10112u1117173.shtml

A Polícia Militar é a instituição que população menos confia, de acordo com estudo do Ipea 57

A maioria dos brasileiros considera o trabalho feito pela Polícia Militar lento ou ineficiente nos atendimentos de emergências por meio de denúncias ao 190. O dado consta no estudo Sips (Sistema de Indicadores de Percepção Social), divulgado pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) nesta quinta-feira (5). De acordo com a pesquisa, 53,3% dos entrevistados disseram que a PM não atende de forma rápida e eficiente. A pesquisa foi realizada em 3.775 domicílios em 212 cidades do Brasil.
Segundo o estudo, apenas na região Sul essa porcentagem equivale a menos da metade dos entrevistados (48,2%). Já no Norte e no Nordeste, o índice ultrapassa a média nacional: 62,6 e 57,6%, respectivamente. Na região Sudeste, 40,3% dos questionados disseram ser o serviço rápido e eficiente.

Questionados se a Polícia Militar aborda as pessoas de forma respeitosa nas ruas, a população do Norte foi a que fez a pior avaliação: 62% consideram a abordagem desrespeitosa. O índice ficou dez pontos acima da média nacional, de 51,5%. No Nordeste, 54,1% também disseram não se sentir respeitados pela PM.
Já no Sul, a avaliação foi mais positiva: 52,9% dos entrevistados concordaram com a afirmação de que os policiais militares abordam as pessoas de forma respeitosa nas ruas. A região também apresenta a menor porcentagem de pessoas que discordaram totalmente disso, com apenas 6,2% dos registros.
Confiança na PM Entre as instituições Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, a PM é a que menos transmite segurança na avaliação da população. De acordo com o estudo, 21,4% dos entrevistados disseram que “não confiam” no trabalho da corporação. Em segundo lugar ficou a Polícia Civil com 20,6% dos votos. Já a Polícia Federal é a corporação em que as pessoas “mais confiam”, com apenas 10,5% de não aprovação.
População nordestina é a que tem mais medo da violência

 Na região Norte, apenas 31,1% dos entrevistados dizem confiar nas suas polícias militares, e 28,2% afirmam não confiar nem um pouco nelas. Em oposição, a população do Sul diz ser a mais confiante nas suas polícias militares, pois é a única região na qual a soma daqueles que confiam ou confiam muito chegou à casa dos 40%. Além disso, apenas 12% dos entrevistados do Sul declararam não ter nenhuma confiança na Polícia Militar. A avaliação de confiança na Polícia Civil segue um padrão muito semelhante, por região, à avaliação da Militar.

Ainda de acordo com o estudo, os jovens, na faixa entre 18 e 24 anos, são os que mais desconfiam da PM, com 26,9% dos registros. Essa porcentagem diminui à medida que cresce a faixa etária, até chegar a 14,2% entre os mais idosos da amostra, com 65 anos ou mais. O mesmo acontece com a proporção de entrevistados que afirmam confiar muito na Polícia Militar: apenas 3,7% estão entre os mais jovens. Esse índice sobe para 10,1% entre os mais velhos.
Comparação

Comparada aos dados da pesquisa anterior, feita em 2010, a confiança nas instituições policiais dos Estados aumentou um pouco. No caso das polícias militares, apenas 25,1% da população afirmou “confiar” e 4,2% afirmavam “confiar muito” na Polícia Militar em 2010. Essas porcentagens subiram, respectivamente, para 31,3% e 6,2% em 2012.
O mesmo aconteceu com a percepção sobre as polícias civis, em que 26,1% diziam “confiar” e 4%, “confiar muito” em 2010. No último levantamento, esses percentuais passaram para 32,6% e 6%, respectivamente.

http://noticias.r7.com/cidades/noticias/maioria-dos-brasileiros-considera-policia-militar-ineficiente-20120705.html

“O trabalho que a Guarda Municipal vem fazendo é de higienização.” 30

MP pede indenização de R$ 20 mi por violência da GCM

BRUNO PAES MANSO – Agência Estado

Agressão a moradores de rua. Incapacidade ou desinteresse em dar encaminhamentos sociais depois das abordagens à rede de assistência. Inconstitucionalidade da lei municipal que estabelece aos guardas-civis a tarefa de lidar com moradores em situação de rua. Com esses argumentos, promotores ingressaram com uma ação para tentar impedir que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) de São Paulo continue trabalhando com a população de rua. E pediram indenização de R$ 20 milhões.

Metade do dinheiro, segundo o pedido da Promotoria de Justiça de Direitos Humanos da Capital, seria destinada a um fundo de interesses difusos para reparação a danos morais coletivos da população de rua. A outra metade seria concedida individualmente aos moradores de rua que entrassem com ações individuais e comprovassem danos decorrentes de abordagens dos guardas municipais.

“O trabalho com moradores de rua exige criação de vínculo, capacidade de dialogar. Isso é trabalho de assistente social, não de polícia”, defende o promotor de Direitos Humanos Alexandre Marcos Pereira.

 “O trabalho que a Guarda Municipal vem fazendo é de higienização.”

Entre esses pontos onde é “proibida” a permanência de moradores de rua está o circuito das autoridades, que inclui os prédios do Tribunal de Justiça, Ministério Público do Estado, Prefeitura, Pátio do Colégio e Fórum João Mendes.

Maldade. No centro da cidade, histórias de abusos de guardas-civis são comuns. Há oito meses na rua, Pedro Fabrício, por exemplo, reclama que no inverno a truculência é ainda mais dramática. Cobertores doados por entidades assistenciais são recolhidos e jogados em caminhões. “Eles chegam pegando nossas coisas. Quando está em cima do caminhão, pode esquecer. Já era.”

Outro morador de rua, Mario Celso de Araújo, diz que o problema é maior porque documentos também são recolhidos e extraviados. “Perdi minha identidade porque um GCM jogou fora.”

A diretora-geral do Centro Acadêmico 11 de Agosto, Julia Cruz, conta que testemunhou uma dessas abordagens truculentas na semana passada. GCMs levavam o cobertor de um grupo que estava na frente da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), no Largo São Francisco. Eles tentaram resistir e acabaram presos. Um deles apanhou dos guardas municipais.

“Na delegacia, iam mandar o pessoal fazer exame de corpo de delito. Mas o próprio GCM ia levar. Conseguimos impedir a ilegalidade”, diz.

Procurada pela reportagem, a Secretaria Municipal de Segurança Urbana – responsável pela GCM – diz que ainda não foi notificada da ação, mas nega truculência e diz que denúncias de agressão são sempre apuradas e punidas pela Corregedoria da Guarda. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

EXCEDENTE DO CONCURSO DE AGENTE DE TELECOMUNICAÇÃO POLICIAL – POLÍCIA CIVIL/SP 65

Boa noite!

Gostaria de sugerir um reportagem ao FLITPARALISANTE à respeito dos EXCEDENTES DO CONCURSO DE AGENTE DE TELECOMUNICAÇÕES POLICIAL – PC/SP.

                A polícia Civil do Estado de São Paulo está realizando um concurso para o preenchimento de 289 vagas para o cargo de Agente de Telecomunicações. Tal evento reuniu cerca de cento e dez mil inscritos(110.000), pessoas que se preocupam com a segurança da sociedade e com o déficit que apresenta tal cargo público.

                O edital propunha etapas bem definidas e que foi executada com excelência pela Acadepol.

                Por fim, dos quase cento e dez mil inscritos, apenas 466 pessoas foram aprovadas.

                Em observância ao déficit de pessoal para a execução do serviço policial e ao sofrimento ocasionado pela criminalidade à sociedade do Estado de São Paulo, eu, como candidato aprovado, porém não-classificado, motivei-me a levar ao conhecimento de desse canal de comunicação tal acontecimento.

                Nesse passo, convido-o a verificar o diário oficial do dia vinte oito de abril de dois mil e doze(28/04/2012), no caderno Suplementos, página 11, no qual discorre sobre  382 cargos vagos para o cargo mencionado.

                Tal fato, leva-me a questionar à respeito da convocação de pelo menos 382 pessoas, já que há a real necessidade de mais Agentes de Telecomunicações para o devido serviço policial.

                Desse modo, a fim de levar ao entendimento pleno de meu questionamento, informo:

                Edital – 289 vagas   /   Aprovados – 466   /    Cargos Vagos – 382

                Portanto, acreditando na força desse canal de comunicação, quero contar com seu auxílio para que nós aprovados, porém não-classificados, possamos ser convocados, a fim de salvaguardar a sociedade do Estado de São Paulo da criminalidade, ao exercer a função de polícia judiciária.

                Agradeço a oportunidade!

Polícia para quem precisa de polícia. Coluna Carlos Brickmann 17

  (*) Coluna exclusiva para a edição dos jornais de Domingo, 8 de julho de 2012

Lembre do hino da Seleção de 1970: “Noventa milhões em ação”. Hoje, a população brasileira é superior a 190 milhões. Na época, a população do Estado de São Paulo era de 17,7 milhões de habitantes. Hoje, é de algo como 42 milhões.

 Em 1964, o governador paulista Adhemar de Barros anunciava que a Força Pública, nome utilizado à época pela PM, tinha 60 mil homens. Hoje, tem pouco mais de 80 mil. Comparando: a população do Estado se multiplicou, o efetivo da PM cresceu só uns 30%. Pior: dos 80 mil homens da PM, cerca de 23 mil estão fora das ruas, em atividades diversas (e, se calcularmos quantos PMs estão de férias, em folga, em licença médica, o número de policiais nas ruas vai cair ainda mais). A população cresce depressa, a PM cresce bem devagarzinho.

 Quem revelou estes números espantosos foi um órgão oficial, o Tribunal de Contas do Estado. O comandante-geral da PM, coronel Roberval França, diz que não é bem assim: uns dois mil dos soldados afastados da rua cuidam dos centros de atendimento de emergência, recebendo chamados da população.

 Alguém poderia explicar a este colunista por que se treina uma pessoa para policiamento de rua, utilização de armas, táticas de enfrentamento, para depois colocá-la no atendimento a chamados telefônicos? E isso se refere a dois mil homens: e os outros 21 mil afastados das ruas? Fazem tarefas burocráticas, que uma secretária, sem treino militar, cobrando menos, faria melhor.

 Fora o governador, alguém pode se surpreender com a falta de policiamento?

 Tudo dominado

 E, se o problema fosse apenas o da falta de policiais, a insegurança não seria tão grave quanto é. O crime organizado tem bases sólidas. Hoje, uma pessoa presa não “escolhe” entrar ou não para o PCC: é obrigada a obedecer às ordens dos chefes dos bandidos. Os parentes que vão visitá-los recebem listas do que devem levar à prisão, o que inclui objetos proibidos, e são instruídos sobre a melhor maneira de contrabandeá-los. E ai dos presos, reféns do crime organizado, se a família não cumprir as tarefas: eles sofrerão as consequências.

 Tudo em silêncio

 O comando da segurança pública paulista diz que o PCC foi desarticulado, e que usa eventuais incidentes isolados para fingir força. É a mesma tática do silêncio usada há quase 30 anos, quando surgiu a organização Serpentes Negras, desmentida enfaticamente pelo Governo estadual da época; e usada pouco mais de dez anos depois, quando Fátima Souza, repórter da Rede Bandeirantes, relatou o surgimento de nova organização criminosa, o PCC.

 Tenta-se desmoralizar o repórter, os editores do jornal recebem a palavra das autoridades de que não há nada daquilo, que os crimes visivelmente articulados são apenas coincidentes. Isso evita que tenham de combater a articulação criminosa. Dá menos trabalho.

 Cala que eu te escuto

 Nos parlamentos de todo o mundo, há sempre uma parcela de teatro. Aqui também; a diferença é que em Brasília a coisa ficou tão exposta que ninguém mais sente necessidade de guardar as aparências. A tal CPMI do Cachoeira, por exemplo, decidiu abertamente só convocar o empreiteiro Fernando Cavendish, da Delta, depois que se fez um acordo para que ele permaneça calado.

 Tudo bem, se ele abrir a boca pode sobrar para muita gente, dos mais diversos partidos; mas ninguém se preocupou em manter esse acordo na penumbra.

 Discrição para quê, se todos sabem que ali ninguém quer ir fundo para evitar marola?

 Os dois riscos

 Além de Cavendish, foram convocados também Paulo “Preto” Vieira de Souza, que foi diretor da Dersa, estatal paulista que cuida de estradas; e Luiz Antônio Pagot, ex-diretor do DNIT, Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. Os dois são potes até aqui de mágoa, mas se foram convocados é porque devem se comportar. “Paulo Preto” advertiu seus amigos do PSDB que não se abandona um amigo ferido, e Pagot disse que quer falar.

 Mas “Paulo Preto” tem tradição de política tucana e Pagot é ligado ao governador Blairo Maggi, do PR – partido que, conforme o Estado, é aliado ao PSDB ou ao PT. Pode haver surpresas. Mas até agosto, quando serão ouvidos, tudo estará mais calmo.

 Discriminação, não

 A Rede TV! acaba de levar uma surra jurídica memorável: foi condenada por unanimidade a indenizar, com 200 salários mínimos, o modelo Carlos Cunha Gonçalves, por comentários discriminatórios sobre sua vida profissional e pessoal, que expuseram ao ridículo seu nome e imagem. A ação contra a Rede TV! foi movida pela advogada Tania Lis Tizzoni Nogueira.

 Um detalhe incomum: em vez de apenas seguir o voto do relator, como é habitual quando há concordância na sentença, o revisor, desembargador Grava Brasil, fez questão de apresentar seu voto, detalhando os motivos que o levaram a condenar a emissora e rejeitar a discriminação. É a segunda vez que a Rede TV! é derrotada neste processo.

 Veja bem

 O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, PSB, e o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, PSD, até divergem às vezes, mas estão jogando juntos.

carlos@brickmann.com.br www.brickmann.com.br

PUTA DA VIDA COM FUNCIONÁRIO PÚBLICO – Candidata que denunciou propina partidária diz que o pensamento geral na Procuradoria Geral do Estado “é que pobre é porco” 38

Eu fiz estágio na Procuradoria Geral do Estado e via isso com os procuradores e outros estagiários, eu me empenhava com o meu melhor sorriso pra tentar fazer que o dia daquelas pessoas fosse mais razoável, os chamados assistidos, eles já estavam lá porque não tinham dinheiro para pagar um advogado, tinham que responder um questionário humilhante para ser entedido como pobre na acepção jurídica do termo, isso mesmo, pobre na acepção jurídica do termo! Poooorra, ficavam na fila que nem idiotas, em péssimas condições, tinham os dramas deles (porque ninguém quer abrir ação por prazer)(hobby: abrir ação!!!) e ainda tinham que aguentar os olhares inquisitivos e de recriminação dos procuradores e estagiários (nem todos, porque de lá também aprendi muita humanidade, mas os “nem todos” eram minorias), porque pensamento geral é que pobre é porco, “ihhh lá vem o drama”, “o que será que aprontou”, contar casos deles como trechos de comédias, chacotear do drama e aflições deles e assim ia, é humilhante.

Eu tentava fazer o meu melhor, até tomava bronca por isso, mas não queria nem saber, deixava os assistidos usarem o banheiro do andar, havia uma “regra” que assistidos não podiam usar o banheiro do andar porque sujavam muito, pooooorra, faça me o favor, isso é absurdo, a máquina de xérox devia ser de uso interno, pro inferno, chegava gente com documentação que precisava xerocar, eu então que podia já que estagiava lá, xerocava tudo o que tinha pra xerocar, fazia tudo o que tinha pra fazer em UM ATENDIMENTO porque sabia que xérox e condução são coisas caras, perder um dia de trabalho é uma foda, ainda mais como muitos dos empregadores que temos por aí que acham que tudo é golpe de funcionário pra perder um dia de trabalho, e se fosse que olhasse onde esta o problema dentro do trabalho que esta fazendo o funcionário faltar então. E aí vai…

Logo, as dificuldades são várias, mas creio que o elemento humano faz a coisa ficar pior e mais pesada por pura falta de querer exercitar o bem.

Como eu estou numa fase da vida que estou me propondo a trabalhar pelos os outros, não fazer da política um projeto individual, sou uma pré-candidata pelo o PSDB, queria a opinião de vocês.

Privatizar essas porcarias de órgãos públicos é muito absurda a ideia?

Privatizar é algo polemico e controverso, mas minha opinião é que privatização é algo que pode ser tido como um contrato que pode se romper caso não seja cumprido como se deve, com preços bons, resultados e etc. Vejam só minha viagem: já se cobra custas processuais mesmo, com essas custas não poderia contratar empresas especializadas para treinar funcionários públicos, otimizar os serviços públicos, por tiazinhas do banheiro, por ar condicionado ué (por que não???), cumprir com rigor o horário de atendimento e tudo mais que se deve pra fazer um bom atendimento e com qualidade? É muita viagem?

Ok, você leitor é contra a privatização porque é contra e pronto, mas o que podia fazer então pra melhorar a pessoa funcionário público para fazer com que ele atenda melhor?

O que você faria para otimizar os serviços públicos?

Independente da questão privatizar, o que eu quero dizer é que muito dos serviços públicos já podiam melhorar e muito se apenas fossem otimizados com técnicas de empresas privadas, seja treinar o funcionário público para que ele como um ser reciclado atenda melhor, seja mais rápido e eficiente, mais atencioso, enfim, faça dos órgãos públicos locais que dão orgulho de ser brasileiro e indicar, creio que isso até estimularia a concorrência porque empresas privadas teriam que se desdobrar para conseguir clientes, imagina só hospitais públicos disputando de igual pra igual com um Albert Einstein?

Eu acho possível, é só querer, só realmente tirar todo esse preconceito que a gente veste, essas “verdades” todas que só nos emburrecem.

Queria pedir a participação de todos, por favor.

Por Daniela Schwery; leia mais em:

http://danielaschwery.wordpress.com/2012/05/28/p-da-vida-com-funcionario-publico/