E amanhã é dia de BANDIDO 45

Enviado em 09/07/2012 as 11:09 – O HOMEM QUE SABIA DEMAIS

Editorial – Jornal Agora 09/07/2012

O sumiço de PMs

Entre 2008 e 2011, a Polícia Militar de São Paulo tirou quase 3.000 policiais das ruas, de acordo com um relatório do TCE (Tribunal de Contas do Estado).

Com mais PMs dentro dos batalhões e menos gente para correr atrás de bandido, fica difícil dar um jeito de verdade na violência. Pelas contas do TCE, os policiais nas ruas passaram de 60.347 em 2008 para 57.630 em 2011.

Até outro dia, o governo atribuía o aumento da violência ao aumento da população. Se esse argumento serve na hora de contar os mortos, também deveria valer na hora de contar os policiais.

Ou seja, mais gente no Estado deveria significar mais policiais nas ruas. Mas o que aconteceu foi justamente o contrário disso.

Além do mais, boa parte desse aumento do pessoal administrativo foi provocada por politicagem.

A área de um sujeito mais influente logo ganha um batalhão, que precisa de gente atrás de mesas, e portanto longe das ruas, para fazer a coisa funcionar.

Enquanto isso, o povo fica do lado de fora, à disposição dos ladrões. Entre maio de 2011 e maio deste ano, por exemplo, o número de roubos de veículos aumentou 24% no Estado.

Pode até ser que não tenha a ver só com a queda na quantidade de PMs nas ruas, mas já mostra que era hora de botar mais gente para patrulhar as áreas mais perigosas.

O ponto positivo do relatório, porém, foi ter provocado alguma reação do comandante-geral da PM. Segundo ele, já existe um plano de aumento do efetivo nas ruas das cidades paulistas.

Tomara que esse plano possa ser colocado em prática logo. E que a corporação consiga ver onde é que está faltando PM e onde é que está sobrando bandido, para equilibrar as coisas.

http://www.agora.uol.com.br/editorial/ult10112u1117173.shtml

A Polícia Militar é a instituição que população menos confia, de acordo com estudo do Ipea 57

A maioria dos brasileiros considera o trabalho feito pela Polícia Militar lento ou ineficiente nos atendimentos de emergências por meio de denúncias ao 190. O dado consta no estudo Sips (Sistema de Indicadores de Percepção Social), divulgado pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) nesta quinta-feira (5). De acordo com a pesquisa, 53,3% dos entrevistados disseram que a PM não atende de forma rápida e eficiente. A pesquisa foi realizada em 3.775 domicílios em 212 cidades do Brasil.
Segundo o estudo, apenas na região Sul essa porcentagem equivale a menos da metade dos entrevistados (48,2%). Já no Norte e no Nordeste, o índice ultrapassa a média nacional: 62,6 e 57,6%, respectivamente. Na região Sudeste, 40,3% dos questionados disseram ser o serviço rápido e eficiente.

Questionados se a Polícia Militar aborda as pessoas de forma respeitosa nas ruas, a população do Norte foi a que fez a pior avaliação: 62% consideram a abordagem desrespeitosa. O índice ficou dez pontos acima da média nacional, de 51,5%. No Nordeste, 54,1% também disseram não se sentir respeitados pela PM.
Já no Sul, a avaliação foi mais positiva: 52,9% dos entrevistados concordaram com a afirmação de que os policiais militares abordam as pessoas de forma respeitosa nas ruas. A região também apresenta a menor porcentagem de pessoas que discordaram totalmente disso, com apenas 6,2% dos registros.
Confiança na PM Entre as instituições Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, a PM é a que menos transmite segurança na avaliação da população. De acordo com o estudo, 21,4% dos entrevistados disseram que “não confiam” no trabalho da corporação. Em segundo lugar ficou a Polícia Civil com 20,6% dos votos. Já a Polícia Federal é a corporação em que as pessoas “mais confiam”, com apenas 10,5% de não aprovação.
População nordestina é a que tem mais medo da violência

 Na região Norte, apenas 31,1% dos entrevistados dizem confiar nas suas polícias militares, e 28,2% afirmam não confiar nem um pouco nelas. Em oposição, a população do Sul diz ser a mais confiante nas suas polícias militares, pois é a única região na qual a soma daqueles que confiam ou confiam muito chegou à casa dos 40%. Além disso, apenas 12% dos entrevistados do Sul declararam não ter nenhuma confiança na Polícia Militar. A avaliação de confiança na Polícia Civil segue um padrão muito semelhante, por região, à avaliação da Militar.

Ainda de acordo com o estudo, os jovens, na faixa entre 18 e 24 anos, são os que mais desconfiam da PM, com 26,9% dos registros. Essa porcentagem diminui à medida que cresce a faixa etária, até chegar a 14,2% entre os mais idosos da amostra, com 65 anos ou mais. O mesmo acontece com a proporção de entrevistados que afirmam confiar muito na Polícia Militar: apenas 3,7% estão entre os mais jovens. Esse índice sobe para 10,1% entre os mais velhos.
Comparação

Comparada aos dados da pesquisa anterior, feita em 2010, a confiança nas instituições policiais dos Estados aumentou um pouco. No caso das polícias militares, apenas 25,1% da população afirmou “confiar” e 4,2% afirmavam “confiar muito” na Polícia Militar em 2010. Essas porcentagens subiram, respectivamente, para 31,3% e 6,2% em 2012.
O mesmo aconteceu com a percepção sobre as polícias civis, em que 26,1% diziam “confiar” e 4%, “confiar muito” em 2010. No último levantamento, esses percentuais passaram para 32,6% e 6%, respectivamente.

http://noticias.r7.com/cidades/noticias/maioria-dos-brasileiros-considera-policia-militar-ineficiente-20120705.html