A revista Veja, João Alkimin, o Delegado Guerra e o Secretário Ferreira Pinto. 48

Constituição Federal, artigo 220 :

“A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo, não sofrerão qualquer restrição. Nenhuma lei conterá dispositivo que possa constituir embaraço à plena liberdade de informação jornalística em qualquer veículo de comunicação social. É vedada toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística.”

Quando publiquei a filmagem do Secretário de Segurança Pública, Ferreira Pinto em encontro noturno no shopping Pátio Higienópolis com o jornalista Mário César Carvalho, do jornal Folha de São Paulo em que o Secretário entrega ao mesmo um envelope pardo e nos dias subsequentes o jornal Folha de São Paulo em matéria assinada por Mário Cesar Carvalho ataca a Tulio Khan acusando-o de manipular estatisticas da Segurança Pública, a revista Veja pronta e vigorosamente sai em defesa do Secretário, inclusive me outorgando o título de porta voz da banda podre e, diz que o Secretário foi vitima de espionagem.
Algumas semanas depois, a mesma revista Veja vem com uma reportagem onde demonstra de maneira cabal seus métodos, inclusive com a invasão da intimidade do ex Ministro José Dirceu e informa a seus leitores que aquilo era “esforço de reportagem”, como se cometer crime de invasão de domicilio e privacidade fosse reportagem.
Vejam as diferenças, o Secretário encontrava-se em local público, fora do horário de serviço, com jornalista. O ex Ministro José Dirceu encontrava-se hospedado em hotel cujas dependências de acordo com o Código Penal são equiparadas a residência. Portanto, quem cometeu crime?
O Delegado Conde Guerra repercutiu notícia dada em primeira mão pela Rede Globo de Televisão e foi por isso demitido, contrariando inclusive sua demissão áquilo que é determinado pela Constituição, pois o fato de ser Delegado de Policia não lhe tira a condição de cidadão que tem o direito de em jornal eletrônico informar, noticiar aquilo que é de interesse de todos, ou seja, a imoralidade que permeia alguns setores não só da Segurança Pública,mas de toda sociedade.
Esperei algum tempo para voltar a escrever e o motivo foi ler na integra os documentos que deram azo a demissão de Conde Guerra, realmente é de causar ânsia de vômito.
Agora aparecem notícias de que o jornalista Policarpo Jr., da mesma revista Veja, aquela que se diz paladina da moralidade pública,manteve estreita relação com o contraventor Carlinhos Cachoeira e imediatamente quase todos saem em defesa do mesmo, inclusive meu colega de programa e pessoal amigo Carlos Brickmann. Concordo com ele quando diz que para busca de informações devemos procurar as pessoas certas,mas indago,mais de 200 vezes? Em horários diversos? Será que até aquele momento ninguém sabia quem era Carlinhos Cachoeira?Que informações tão importantes poderia ter o contraventor para a revista Veja? Ora, senhores! É óbvio que suas informações tinham como único escopo denegrir e atacar seus desafetos e a revista Veja cumpriu com vigor e rigor esse papel. Essa é a mesma revista Veja que veio com longa matéria dizendo que o Secretário Ferreira Pinto era nosso Eliott Ness, que vem a ser o contador que liderava um grupo de Policiais celebrizado no cinema como “Os intocáveis” e que terminou na vida real seus dias bêbado, atropelando e matando um transeunte, como xerife de uma pequena cidade no interior dos Estados Unidos.
Portanto, podemos levar em conta o que diz a revista Veja ou a Rede Globo de Televisão, que agora saem em defesa de Roberto Civita? Acredito que não. Pois é a mesma Rede Globo que algum tempo atrás fantasiou um repórter de Policial Federal para filmar o filho de Maluf sendo preso.
Então, palmas para Conde Guerra que teve coragem,dignidade e continua pagando um alto preço por vir a publico denunciar mazelas da Administração.
Por falar em Secretário, uma ultima indagação se faz necessária, quando da divulgação do vídeo do Secretário, imediatamente Ferreira Pinto afastou o Delegado Desgualdo, dizendo que o mesmo havia traído a Administração. Posteriormente foi visto jantando com o mesmo, deu-lhe uma divisão para chefiar e agora extinguiu a tal divisão, tirando-lhe inclusive carro e motorista.
Será que o Delegado Desgualdo perdeu a proteção do Governador? Que é sabidamente seu amigo de longos anos… Ou será que o Governador determinou que assuma uma diretoria? Só o tempo dirá. Mas digo eu, se fosse humilhado como foi o Delegado Desgualdo teria me aposentado com dignidade e não me sujeitado a esmolas do Secretário.
João Alkimin

Deputados federais são acusados de desacato 8

13/05/2012-11h30

FELIPE SELIGMAN FERNANDO MELLO RUBENS VALENTE DE BRASÍLIA

Deputados federais são alvos de inquéritos no STF (Supremo Tribunal Federal) por suposta prática de desacato. Autoridades policiais, judiciais e até mesmo outros parlamentares afirmam que já foram desrespeitados por congressistas.

É o que mostram processos que são divulgados neste domingo no projeto Folha Transparência, conjunto de iniciativas do jornal para tornar públicos documentos que estão sob controle do Estado.

No dia 29 de setembro de 2009, um policial militar fez um boletim de ocorrência, acusando o hoje deputado federal Assis Melo (PC do B-RS) de desacato.

De acordo com o policial, ele foi chamado até uma escola onde uma mulher dizia ter sido agredida por um assessor de Melo, que na época ocupava o cargo de vereador.

O policial disse ter pedido que o político e o assessor dele o acompanhassem até o posto policial, mas teria ouvido como resposta do hoje deputado que “ele [o policial] não era ninguém”.

Em depoimento prestado à Justiça, o policial afirmou que os dois fugiram do local, mas antes o deputado o chamou de “brigadiano de merda” e “morto de fome”.

Melo nega. Afirma que, em dois depoimentos anteriores, o policial militar não havia acusado o congressista de tê-lo ofendido e que a mudança nas versões é “inverídica”. ‘semideus’

O deputado Arthur Lira (PP-AL) é investigado, por suspeita de ter desacatado um oficial de Justiça que foi entregar uma intimação relacionada a uma briga judicial dele com a ex-mulher.

De acordo com a acusação, quando o oficial foi intimá-lo na Assembleia Legislativa de Alagoas, ouviu como resposta: “Recebo já esta merda”.

O deputado então se recusou a receber a intimação, segundo o processo. Na época Lira era deputado estadual e líder da oposição. Um desembargador que despachou no caso afirmou que o fato de Lira ser deputado “não o transforma em semideus”.

Lira diz que nunca desacatou o oficial de Justiça e que não teve oportunidade de se manifestar no inquérito.

Com a diplomação de Lira como deputado federal, o caso foi remetido para o Supremo Tribunal Federal.

A Procuradoria-Geral da República, em outubro de 2011, ofereceu transação penal, ou seja, a troca da pena por outra, como a prestação de serviços diversos.

Entre os processos, há ainda casos em que a briga se dá entre pares. O deputado Silvio Costa (PDT-PE) é réu em ação movida pelo ex-deputado Raul Jungmann, por conta de uma entrevista que deu a uma rádio, na qual chamou Jungmann de “um corrupto de Pernambuco”.

Costa diz que chamou o então colega Jungmann de bandido “no posto de deputado e não de popular”, o que lhe garantiria imunidade.

A Folha também levantou casos em que a demora na investigação gerou prescrição.

O deputado Fábio Ramalho (PV-MG) foi investigado por uma suposta agressão verbal a policiais quando chegava a uma casa noturna no interior de Minas Gerais.

“Vocês são assassinos e só sabem matar pessoas algemadas. Por que vocês não me matam? Eu vou chamar o delegado de polícia e o juiz de direito, que são meus amigos, para saber o que vocês estão caçando aqui enquanto a cidade está cheia de bandidos”, teria dito Ramalho, segundo os policiais.

Ramalho disse que não foi chamado a se manifestar. O caso, que aconteceu em 2003, prescreveu em 2009 e por isso foi arquivado pela Justiça.

DEPUTADOS NEGAM

Os deputados negam ter desacatado autoridades policiais ou judiciais.

A assessoria de imprensa do deputado Assis Melo (PC do B-RS) afirma que, em dois depoimentos anteriores, o policial militar não havia acusado o congressista de tê-lo ofendido.

“Somente num terceiro depoimento foi que ele incorporou essas palavras de baixo calão, para querer configurar como desacato e não mais desobediência. Essa mudança de depoimento é inverídica”, afirmou.

De acordo com a assessoria, a ocorrência inicial foi classificada como desobediência, porque ele se recusou a acompanhar o policial.

“O deputado se negou, pois não existia mandado da Justiça. Não era a condução nem a uma delegacia, mas a um módulo da policia.”

Segundo o deputado, o tribunal fez uma proposta de acordo de transação por cestas básicas, mas ele se negou a aceitar “por conta de ter a convicção de que não é verdadeiro o depoimento, é calúnia, difamação, afirmação infundada”.

A assessoria do deputado Arthur Lira (PP-AL) diz que ele nunca desacatou o oficial de Justiça que tentou entregar uma intimação a ele durante sessão na Assembleia Legislativa (na época ele era deputado estadual). O deputado afirmou ainda que não teve oportunidade de se manifestar no inquérito.

Em sua defesa, o deputado Silvio Costa diz que chamou o então colega Raul Jungmann de bandido “no posto de deputado federal e não de popular”, o que lhe garantiria imunidade. Afirmou ainda que os temas tratados eram de interesse nacional.

O deputado Fábio Ramalho (PV-MG) disse que não foi chamado a se manifestar no inquérito em que era investigado. Mas lembrou que os fatos prescreveram em 2009 e que o caso foi arquivado.

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