06 de fevereiro de 1979 na capa do jornal O Nacional – Passo Fundo – RS
“Brigadiano mata motoqueiro: TIRO NAS COSTAS”
Um fato grave que bem dá conta da violência, da irresponsabilidade e da falta de equilíbrio emocional que domina certas pessoas, encarregadas de mantera ordem, “proteger” a população e que por isso mesmo, tem sempre uma arma
carregada na cintura, não para matar, mas para dar ao povo esta proteção, foi o que aconteceu com o menino CLODOALDO TEIXEIRA, residente na ruaAntônio Araújo, 170, esquina da Lava Pés.
Ele foi morto com um tiro de revólver, acionado por um soldado PM, que juntamente com outros policiais militares, estava numa viatura da Brigada Militar, e que perseguia a vítima.
Segundo uma das versões correntes da cidade, prestada por um dos advogados da família da vítima, o menor, depois de um acidente de pequena monta com um PM, sempre seguindo no percurso da firma Honda até sua casa, na rua Lava Pés com Antonio Araújo, foi perseguido por uma patrulha da brigada militar, quando vindo da Av. Brasil, Clodoaldo, tripulando uma moto Honda, entrou na rua Lava Pés, já próximo de sua casa, foi acertado por um disparo fatal, a uns 30 metros de sua casa, caindo do veículo mortamente ferido. Enquanto os PMs afastavam-se
rapidamente do local, o pai da vítima, Sr. Nelson Teixeira, socorria a vítima que já chegou sem vida no Hospital da Cidade.
REVOLTA
Desde de que se confirmou a notícia do menino Clodoaldo Teixeira, a cidade ficou em grande agitação. Os motoqueiros da cidade, os quais conheciam muito bem a vítima, rumaram todos para o Instituto Médico legal e depois para a Delegacia de Polícia, onde já se encontravam em número de cem aproximadamente, com suas motos e seus gritos de protesto e revolta, afastaram se da polícia quando souberam que o oficial do dia da BM, solicitado pela políciacivil a apresentar os PMs envolvidos na ocorrência, disse que estava “pensando” no assunto. Por volta das 21h o trânsito, no centro da cidade, estava completamente tumultuado, com um número ainda maior de motoqueiros,
fazendo uma passeata de protesto, portanto, inclusive, nas motos fitas pretas.
BERTOL, S.
Tarso de Castro: editor de O Pasquim. Passo Fundo: UPF Editora, 2001.

Meganha é Meganha. Seja na época ou Estado que for…
CurtirCurtir
Abaixo a ditadura das milicias estaduais, seus estrelinhas deveriam trabalhar e pagarem para terem serviçais pago pelo arrecadado dos impostos.
Acorda Brasil
zamperetti fiori
cidadão e,
ex-árbitro de futebol
CurtirCurtir
Em 1979,um filme abalou a crença no sistema judiciário dos EUA, vale ver,”JUSTIÇA PARA TODOS” com Al Pacino.Qualquer semelhança com o judiciário brasileiro é mera coincidência.
CurtirCurtir
Na semana em que vídeos de depoimentos foram exibidos na televisão, policiais militares liberaram por R$ 10 mil um motorista suspeito de atropelamento com morte, um PM matou o colega dentro do batalhão e outro é suspeito de matar um adolescente de 14 anos, a fragilidade e a falta de controle dos órgãos de segurança pública do Brasil foram expostas à população quase com a mesma repercussão que os crimes que as cercam. Essa é a avaliação de quatro profissionais e especialistas no assunto ouvidos pelo Terra.
Na opinião do especialista em segurança pública e membro do Conselho Nacional de Política Criminal Marcos Rolim, condutas inadequadas tornaram-se endêmicas nas polícias brasileiras, motivadas, entre outras razões, pela histórica ausência de controle nas instituições. As militares sempre tiveram um controle interno bastante forte, mas nunca eficiente. Isso porque os próprios comandos estão comprometidos com a corrupção e a violência, o que põe em xeque o controle como um todo”, diz.
No entanto, na avaliação do pesquisador João Marcelo de Lima, integrante do Grupo de Estudos de Segurança Pública da Universidade Estadual Paulista (Gesp), os meios de controle das polícias brasileiras – corregedorias e ouvidorias – são corrompidos por causa do corporativismo e, por consequência, protegem os PMs, principalmente os de alto escalão. “Em quase 30 anos, o que vemos é uma polícia que não presta conta, além de agir por interesses próprios, corporativos ou do próprio policial. Não há órgão fiscalizador externo eficaz”, afirma ele, colaborador do portal Observatório da Segurança Pública.
CurtirCurtir