PEDAGOGIA POLICIAL: TOME PORRADA DO SUPERIOR, DESCONTE NO PAISANO E QUANDO BÊBADO NA SUA ESPOSA…ELA É MESMO UMA VADIA PARA GOSTAR DE POLÍCIA 4

PM/07/17 às 13:36 – zero dois

Ordem absurda e Abusiva contra a nossa democracia e mais, contraria a nossa C.F/88.

Liberdade de Locomoção – direito de ir, o direito de vir e o direito de ficar ou permanecer.

A propósito, na regulamentação do uso de vias públicas, em função do poder de polícia, o poder público pode proibir ou limitar o uso de determinadas vias, ou estabelecer horários para a utilização, mas não pode, sem autorização legislativa, modificar a destinação do bem, nem discriminar os usuários.

A ordem constitucional brasileira resolveu tratar da liberdade de ir e vir, englobando as duas idéias em um só vernáculo, como direito de locomoção, cuja nomenclatura, já contempla o direito de ir, o direito de vir e o direito de ficar ou permanecer.

Este disciplinamento repousa no artigo 5º, inciso XV, da Carta da República, segundo o segundo o qual:

“ A liberdade de locomoção no território nacional em tempo de paz contém o direito de ir e vir (viajar e migrar) e de ficar e de permanecer, sem necessidade de autorização. Significa que “podem todos locomover-se livremente nas ruas, nas praças, nos lugares públicos, sem temor de serem privados de sua liberdade

* O texto a seguir foi retirado do blog UNIVERSO POLICIAL.

Obediência e disciplina, qual o limite ?

Não queremos implodir a obediência e a disciplina das instituições policiais, mas tudo deve ter um limite. Também não queremos impor verdades. Queremos refletir sobre algumas bases da formação policial. Até que ponto os cursos podem alienar uma pessoa, diminuí-la como ser humano, como um ser dotado de razão? Até que ponto se deve obedecer?

Vamos começar apresentando uma história contida num artigo do jornalista Marcos Rolim. Como não temos provas de que ela seja verdadeira, fizemos uma adaptação para preservar a imagem de instituições e de cargos. O jornalista narra:

Um dos meus alunos no curso de especialização em segurança pública da Faculdade de Direito, policial da Instituição X, me relatou um fato ocorrido com seu familiar, um jovem cujo sonho era ser policial: o rapaz havia sido selecionado pela Instituição X. Um dia, sua turma recebeu ordem para efetuar a limpeza de um enorme e imundo banheiro coletivo. Os alunos se esforçaram muito e deixaram o local brilhando. Exaustos, depois de horas de trabalho, viram quando o instrutor colheu quilos de estrume dos cavalos, entrou no banheiro e espalhou a carga pelo chão. O mesmo instrutor determinou, então, que a limpeza fosse refeita, já que o banheiro continuava imundo. O jovem recusou-se a cumprir a ordem humilhante. Recebeu várias ameaças e, naquele momento, desligou-se da instituição. Ao relatar o fato ao superior imediato do instrutor, ouviu dele a seguinte pérola: De fato, você não tem vocação para ser policial.

A história também aborda a questão da vocação, mas deixemos isso para outra oportunidade. Vamos nos ater à obediência e à disciplina, concentrar nos fatos narrados e tratá-los como novela. Sabemos que não aconteceu, mas vamos considerar que tenha acontecido, hipoteticamente.

Nada de humilhante em lavar um banheiro ou de limpar estrume de cavalo, embora eu creia que essa “matéria” não deve constar na grade curricular de nenhum curso de formação policial. O policial, no seu cotidiano profissional, vai lidar com coisas muito mais sujas, podres e fedorentas do que estrume de cavalo. Como falou um sargento no blog Segurança Pública – Idéias e Ações, limpar coco de eqüino é “mamão com açucar” comparado com o que os policiais se deparam nas ruas. O que eu achei estranho, e que é o foco desta postagem, foi a atitude do instrutor em, depois de o banheiro já ter sido limpo, ele ter colhido quilos de estrume de cavalo, entrado no banheiro e espalhado a carga pelo chão. Imagine o número de adjetivos carinhosos os alunos não devem ter pensado ou falado entre si sobre o instrutor… Deve ter sobrado até para a mãe dele, coitada.

Não temos dúvida de que o policial deve ser formado para situações extremas, nas quais sua vida e a de seus companheiros estarão em dificuldade. O policial deve ser treinado para atuar nas situações mais adversas possíveis; a violência, a brutalidade e a morte fazem parte do cotidiano profissional. Destemor, bravura e coragem são qualidades imprescindíveis a um policial. Não somos contra treinamentos que visam desenvolver essas qualidades. Exemplos: Barraca de gás, rastejar na lama e exercícios físicos desgastantes.

Bom, voltando ao tema principal, os alunos deviam limpar a carga de estrume espalhada no chão do banheiro? Analisando o fato juridicamente, em tese, a ordem era ilegal e se enquadraria, no mínimo, em constrangimento ilegal e abuso de poder. Do ponto de vista pedagógico, no meu entender, é uma forma sutil de lavagem cerebral, de alienação, uma adaptação negativa ao sistema, uma forma velada de diminuir o ser humano, de tratá-lo com um ser inferior, como alguém que não pensa, como um ser irracional.

Tudo tem um limite. Embora obediência e disciplina sejam qualidades indispensáveis a um policial, elas não podem ser cegas. O policial não pode ter uma atitude passiva diante de certas situações. É preciso que se desenvolva o espírito crítico, e não o contrário. Contestar não é crime. Obedecer cegamente é loucura. Não havia qualquer sentido ou razão em espalhar a carga de estrumes no chão do banheiro que já estava limpo. O objetivo não seria incutir na cabeça do aluno que ele deve cumprir ordens, mesmo que essas ordens não tenham o menor sentido? Não seria perpetuar aquela velha frase: Pondera não, aluno, ordem é ordem, não se discute!

Enquanto tudo evoluiu, enquanto a cada cinco anos a humanidade dobra o seu conhecimento, as instituições vão continuar estáveis?

Eu não sou dono da verdade. Talvez eu esteja totalmente errado. Mário Sérgio, coronel da PMERJ, disse que talvez o fato tivesse um fim pedagógico, que ele definiu de “Pedagogia da Bosta”. Mas, no meu ponto de vista, se a história contada pelos Marcos Rolim fosse verdadeira, ela demonstraria o que a Instituição X quer ensinar para os futuros profissionais de Segurança Pública: Obedeçam, cachorrinhos, bichos sem-valor!

Um Comentário

  1. http://falandoaverdadecomsegadasvianna.wordpress.com/2010/07/17/uma-injustica-a-ser-corrigida-a-luta-continua/#comment-261

    Uma injustiça a ser corrigida – A luta continua
    17 17UTC julho 17UTC 2010 – 6:07 PM
    Publicado em Uncategorized
    Recebi este e-mail do guerreiro Sergio Borges, o ‘Borjão‘ , e o reproduzo para os companheiros e colegas pensem sobre o que se passa com um guerreiro injustiçado:

    Acabei de assistir, revendo um filme da história de Mandela; e, quando assistia-o levado pela emoção das injustiças da vida; lembrei que a a cerca de um ano, presenciei uma cena lamentável. Estava eu conversando com um Maj. PM no pátio do QG da PM, responsável por um setor cujo pedia-o uma cópia de um documento; em dado momento, passava por nós um soldado sem interromper a nossa conversa, a uma distância de cerca de dois metros; o citado oficial interrompeu-a, e, em voz alta e de forma ríspida e tom arrogante o chamou a sua presença, como os “FAZENDEIROS CORONÉIS” da época do Brasil império chamava seus escravos; o soldado veio a passos largos, apresentando-se ao oficial. O Maj. perguntou-lhe, você não me viu aqui? sim, respondeu o soldado, visivelmente nervoso e sem saber de certo o que este oficial queria com esta indagação; nem eu também entendi o porque desta atitude. Então o Maj. perguntou: “- Então porque não prestou continência regulamentar ao passar por mim?”. O soldado havia dito que já havia prestado a continência por duas vezes naquele dia, e não havia feito por mal. Olhando o soldado de cima a baixo com expressão de desprezo por aquele homem (um subalterno, mas também PM e ser humano); determinou-o que se retirasse de sua presença, advertindo-o que isto não ocorresse mais. Senti-me mais humilhado do que o próprio soldado; pois ficou clara a mensagem; era para mim, já que não podia usar o regulamento devido a minha condição e talvez me desestimular a voltar para esta instituição; mas a PM não pertence aos oficiais, nem as praças, mas sim ao povo; nem tão pouco é instrumento do poder do Executivo para ser aplicada as lições de Maquiavel; o soldado foi apenas usado sem saber, para cumprir este propósito. É este regulamento da PMERJ e de todas as PMs do Brasil que vigora. O que tem a ver está história com Mandela? O Maj era Negro, o soldado de cor branca e eu um ex-pm buscando meu direito; esta é a maior prova que todos somos iguais quando seres humanos; não importa a cor da pele, mas quem está no poder; daí imediatamente pensei em Ihering quando usa a citação de Heinrich von Kleist, no romance Michael Koolhaas: “antes ser um cão que um homem, se tenho de ser pisado.” Sabe o senhor que os “cães” quando maltratados tendem a morder; estranhamente não ao seu dono, cujo o maltratou, entretanto mordem aqueles cujos encontram tão logo com este(s) se depara(m). Doutor Claudio Sarkis, se alguém quiser, humanizar o PM no seio da sociedade para que haja como homem e não fera, em primeiro plano têm que tornar-los seres humanos e não cães, quando na intimidade da relação oficiais versos praças versos regulamento (RDPM).

    Se quiser citar esta história, fique a vontade, ela é verdadeira.

    http://asflorentinasdojardimamerica.blogspot.com/2010/07/o-comandante-geral-da-pmerj-fala-sobre.html#comments

    http://asflorentinasdojardimamerica.blogspot.com/2009/05/pmerj-200-anos-so-einstein-o-fisico.html

    Pediram que enviasse isto ao senhor para se quiser comentar:
    http://falandoaverdadecomsegadasvianna.wordpress.com/2010/07/16/injustica-tem-de-ser-corrigida-uma-boa-noticia/

    Mari Torres
    Salve, salve, OAB, ja era tempo de alguem se posicionar com relaçao a esse caso. Tomara que daqui por diante nao haja mais injustiça com inocentes. Parabens Dr, Claudio Sarkis, a sua posiçao foi mais que descente, foi humana acima de tudo.
    Esse rapaz ja sofreu muito, ja foi massacrado o suficiente.Mari Torres – AMEPM e
    Diretora de Ação Social da Galeria de Heróis.
    http://falandoaverdadecomsegadasvianna.wordpress.com/2010/07/12/uma-injustica-que-precisa-ser-corrigida/ (Veja os comentários do 1ª postagem).

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  2. “…Ihering quando usa a citação de Heinrich von Kleist, no romance Michael Koolhaas: “antes ser um cão que um homem, se tenho de ser pisado.” Sabe o senhor que os “cães” quando maltratados tendem a morder; estranhamente não ao seu dono, cujo o maltratou, entretanto mordem aqueles cujos encontram tão logo com este(s) se depara(m)…”

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  3. Muito provavelmente essa historia do “instrutor” jogando a bosta no chao aconteceu numa das estrebarias da Policia Civil…

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