FALA SÉRIO:”O fato de a maioria ser de delegado não quer dizer que o conselho será corporativista” 12

Deputados querem que só polícia investigue polícia

Conselho formado principalmente por delegados ficaria responsável por[br]regular ação de policiais em todo o País; para MP, vai crescer a impunidade

27 de maio de 2010 | 0h 00

Denise Madueño / BRASÍLIA – O Estado de S.Paulo

Proposta de emenda constitucional aprovada ontem pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara acaba com o controle externo da atividade policial pelo Ministério Público e cria o Conselho Nacional de Polícia. O novo órgão, formado em sua maioria por policiais, acumulará poderes. Será responsável por elaborar a regulamentação da atividade, apurar denúncias contra policiais e abrir processos disciplinares.

A votação na comissão teve momentos tensos. O deputado Marcelo Itagiba (PSDB-RJ), delegado da Polícia Federal e um dos principais defensores da proposta, iniciou um bate-boca com o deputado José Genoino (PT-SP). Visivelmente alterado, Itagiba se levantou da cadeira e, aos berros, em direção a Genoino, mandou o deputado, que o interrompera, “calar a boca!”. Itagiba ouviu de volta: “Cala a boca, o quê!? Aqui você não é delegado, não!”, reagiu Genoino. A sala estava tomada por delegados que pressionavam pela aprovação da proposta.

Contrário ao projeto, Genoino argumentou que o conselho fere o pacto federativo, porque tira o controle da polícia hoje exercido pelos governadores. A indicação para o conselho é do presidente da República e, além disso, o relatório anual sobre a situação das polícias no País passará a ser encaminhado ao Congresso Nacional pelo presidente da República. “A polícia não é um poder autônomo, mas comandado por um poder civil eleito pelo povo. A polícia tem o poder do uso da arma”, afirmou Genoino.

O deputado Flávio Dino (PCdoB-MA) afirmou que a proposta retira o poder hierárquico do governador sobre a polícia, que ficará submetida apenas ao conselho. “Teremos uma instituição de Estado (polícia) sem nenhum controle externo”, afirmou Dino. Entre as consequências, o deputado aponta que o delegado ficará “senhor absoluto de todo o processo”. O Conselho Nacional de Polícia, segundo o projeto, será formado por 17 integrantes, 10 deles delegados de polícia.

Ministério Público. O presidente da Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp), César Mattar Júnior, afirmou que a mudança aumentará a impunidade de policiais infratores. Ele aponta a aprovação da proposta como uma reação à atuação do Ministério Público, que vem punindo os policiais que cometem irregularidades. “A polícia não quer se submeter ao controle de ninguém. O controle deixará de ser externo, passará a ser interno e quem perde é a sociedade”, afirmou Mattar Júnior.

O presidente da Associação dos Delegados de Polícia do Brasil (Adepol), Carlos Eduardo Benito Jorge, criticou o controle externo da polícia feito pelo Ministério Público que, segundo ele, “só apura o que tem holofote, o que tem repercussão“. Ele argumentou ainda que o controle a ser exercido pelo conselho será mais abrangente porque haverá representantes da sociedade. “O fato de a maioria ser de delegado não quer dizer que o conselho será corporativista”, disse.

Partidos. A proposta, do deputado Régis de Oliveira (PSC-SP), foi aprovada com o apoio do PMDB, do PSDB, do PSB, do PP e do PSC. Genoino, Dino e o deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA) tentaram adiar a votação, mas foram derrotados. “O conselho é para reprimir o abuso de delegados de polícia”, disse Oliveira. 

REAÇÕES

Janice Ascari
Procuradora da República em São Paulo
“A polícia não quer e nunca quis o controle externo. O que esse projeto busca é diminuir o poder do Ministério Público, a exemplo de outros 1.200 projetos e emendas em tramitação”

Marilda Pansonato
Presidente da Associação dos Delegados de SP
“Ainda é o início de um processo, mas para nós essa aprovação já representa uma vitória. Não somos contra o controle, só não concordamos com a forma como ele é feito”

Carlos Alberto Camargo
Ex-comandante da PM de São Paulo
“Vejo com muita preocupação essas tentativas de burlar controles. Esse contexto “baicharelesco” da polícia só existe no Brasil. Isso precisa acabar.

Governador sanciona aumento salarial da polícia de SP; ADPESP MOSTRA A TAPEAÇÃO 9

2010/05/27 at 20:35 – REPÓRTER AÇO

Jack Palance rides again.

Já vimos este filme.

Fonte: BOL

Governador sanciona aumento salarial da polícia de SP; associação diz que é engodo

27/05/2010 – 20h11 | da Folha.com

O governado Alberto Goldman (PSDB) sancionou nesta quarta-feira (26) lei que aumenta o salário dos policiais civis, militares e científicos do Estado.

De acordo com a Secretaria da Segurança Pública, o aumento será de até 23,82%, caso dos soldados de 2ª classe da PM em cidades com até 200 mil habitantes. Agentes policiais, carcereiros, auxiliares de papiloscopistas e atendentes de necrotério em cidades semelhantes terão os vencimentos elevados em 20,98%.

Quando enviou o projeto para votação na Assembleia Legislativa, o governo dizia atender duas reivindicações: a incorporação integral do Adicional por Local de Exercício (ALE) e a extinção dos menores níveis do adicional.

O objetivo era corrigir distorções administrativas, como o maior interesse dos policiais em trabalhar nas cidades grandes.

“O maior aumento é para o policial que está mais próximo da população, na ponta da linha, protegendo a sociedade e garantindo a segurança pública”, disse, na época, o secretário Antônio Ferreira Pinto.

De acordo com a SSP, a redução de três para dois níveis de ALE custará ao Estado R$ 236,6 milhões por ano –por mês, a lei implicará em aumento de despesa de R$ 17,7 milhões.

Engodo

O projeto de lei provocou insatisfação na Polícia Civil, que desde sua apresentação ameaçou greve e começou operação padrão.

“Não houve nenhum avanço, isso não é aumento. O número de policiais que foram contemplados é muito pequeno. Na verdade, é mais um engodo, esse aumento inexiste, não aconteceu”, afirma a presidente da Adpesp (associação dos delegados), Marilda Pansonato Pinheiro, que já havia chamado o projeto de “esmola”.

A associação reivindica a aprovação de um projeto de restruturação da categoria, que fez parte do acordo que encerrou a greve da polícia, em 2008. Policiais civis e militares chegaram a se enfrentar no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista.

“Infelizmente, ainda não tivemos nenhum aceno pra que haja negociação, nosso projeto de restruturação continua parado na Casa Civil. Desnaturaram o projeto, um dos funcionários da Casa Civil se posicionou de forma contrária, e dessa forma não tem como seguir adiante”, diz Pinheiro.

A Adpesp convocou uma assembleia extraordinária para esta quinta, para discutir os rumos do movimento de reivindicação.

O PODER JUDICIÁRIO DE SÃO PAULO – INDUZIDO EM ERRO POR AUTORIDADES ESTADUAIS – POR TRÊS VEZES ORDENOU A ELIMINAÇÃO DESTE BLOG; AUTORIZANDO O CONSPURCO DO LAR DO BLOGUEIRO PARA APREENSÃO DE CORPO DE DELITO…SAIBAM O QUE NOS FEZ A UNIÃO POR MEIO DA ADVOCACIA-GERAL 38

Mediante singela notificação, de nº 8/2010, de 26/05/10, demonstrou –  JUSTIFICADAMENTE – a necessidade da imediata retirada de notícia e comentários lesivos ao Poder Judiciário, Juízes e à União.

De pronto, o material foi expurgado.

Como é bom saber que Ela ainda existe…

A DEMOCRACIA

LEGAL PRESIDENTE SERRA! EM PROCESSOS PROMOVIDOS PELA ADMINISTRAÇÃO DE SÃO PAULO TAMBÉM ALEGAREMOS:”FIZEMOS ANÁLISE”…ORA, IMPOSSÍVEL A “GROSSA CORRUPÇÃO POLICIAL” – ABUNDANTE DE 1995 A MARÇO DE 2009 – SEM A CUMPLICIDADE DE “QUADROS” DO GOVERNO 6

Por Alfredo Junqueira, Agencia Estado, Atualizado: 26/5/2010 19:20

Serra nega acusação a Bolívia e diz que fez análise

O pré-candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, disse que não fez uma acusação a Bolívia sobre a questão do tráfico de drogas, mas uma análise. Em entrevista no Rio de Janeiro hoje, Serra disse que o governo boliviano é cúmplice dos traficantes que enviam, segundo ele, cerca de 90% da cocaína produzida em seu país para ser consumida no Brasil. De acordo com o tucano, é impossível que as autoridades da Bolívia não saibam que esta quantidade de drogas atravessa as fronteiras entre os dois países.

 

Após a entrevista à Rádio Globo, Serra reafirmou que autoridades do país vizinho não agem como deveriam para conter o envio de drogas para o Brasil e disse que há, pelo menos, corpo mole do governo boliviano. Questionado se não temia provocar um incidente diplomático com o governo de Evo Morales, o tucano disse que não. “A melhor coisa diplomática é o governo da Bolívia passar a combater ativamente a entrada de cocaína no Brasil. Não apenas o Brasil combater do nosso lado, como o governo boliviano tratar de agitar também”, afirmou Serra.

 

As afirmações foram feitas quando o pré-candidato defendia o maior envolvimento do governo federal no combate à criminalidade e a criação do Ministério da Segurança Pública. Serra explicou que poderá enviar um proposta de emenda constitucional ao Congresso para garantir a maior participação da União na questão. O tucano também fez críticas à Força Nacional de Segurança Pública, que, segundo ele, não funciona.

 

O tucano ainda defendeu a manutenção do reajuste de 7,7% para aposentados e pensionistas, como foi aprovado pelo Congresso Nacional. Ele evitou comentar o debate sobre o fim do fator previdenciário, mas ressaltou que respeitará a decisão do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O tucano ainda anunciou ser favorável a uma nova reforma da previdência, pois, segundo ele, “os aposentados ficaram para trás”.

 

PTB

O pré-candidato do PSDB ainda garantiu que o apoio do PTB a sua coligação não vai interferir no seu modo de governar, caso seja eleito, e que não promoverá loteamento de cargos na administração federal. O novo aliado, que se une ao DEM e ao PPS na aliança liderada pelos tucano, é presidido pelo deputado federal cassado Roberto Jefferson, um dos pivôs do escândalo do mensalão.

 

Após o programa de rádio, Serra foi ao Catete, na zona sul, onde se encontrou com dezenas de pessoas que passavam pela movimentada avenida do bairro. Foi cumprimentado principalmente por idosos, que o reconheciam como “criador dos genéricos”. O tucano também ouviu gritos de apoio às adversárias Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PV), e até um xingamento de “vampiro”. Serra pegou o metrô para um encontro com o arcebispo do Rio, Dom Orani Tempesta, na residência oficial do religioso.

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Acho que trocarei a denominação deste Blog para FLIT ANALISANTE. Que tal?

O pré-candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, em entrevista, afirmou que a Bolívia é cúmplice na entrada de cocaína no Brasil 8

Serra vê “corpo mole” da Bolívia com cocaína que chega ao Brasil

RIO DE JANEIRO (Reuters) – O pré-candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, mudou seu foco de críticas nesta quarta-feira para o papel da Bolívia no tráfico de drogas. Em entrevista, afirmou que a Bolívia é cúmplice na entrada de cocaína no Brasil.

Segundo o ex-governador de São Paulo, de 80 a 90 por cento da cocaína consumida internamente tem como origem o país vizinho.

“Você acha que poderia entrar toda esta cocaína no Brasil sem que o governo boliviano fizesse pelo menos corpo mole? Acho que não”, disse Serra a jornalistas.

Ele advertiu que suas declarações não são uma acusação e sim “uma análise”.

“Não temo um incidente diplomático. A melhor coisa diplomática para o governo da Bolívia é passar a combater ativamente a entrada da cocaína no Brasil”, acrescentou.

O presidente da Bolívia Evo Morales, é um dos aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na América Latina.

Serra acredita que a polícia brasileira também poderia ser mais eficiente no combate ao ingresso da droga pela fronteira.

Ele reiterou o compromisso de que, se eleito, atuar no combate à criminalidade e manteve a promessa de criar o Ministério da Segurança Pública. A pasta, segundo ele, teria entre suas incumbências o combater à entrada de drogas.

Se necessário, disse que vai alterar a Constituição para viabilizar a ação mais efetiva do governo federal na área da segurança pública.

“Se necessário, a gente altera a Constituição. Eu acho (que seria fácil) porque para a família brasileira as duas coisas mais importantes são segurança e saúde. Não acredito que alguém se oponha a isso”, afirmou, ao lembrar que atualmente o combate à violência é atribuição dos Estados.

Serra fez um corpo-a-corpo pelos bairros do Catete e Largo do Machado, na zona sul do Rio, onde cumprimentou populares, tomou suco de laranja em uma lanchonete e fez uma viagem de metrô até a Glória.

(Reportagem de Rodrigo Viga Gaier )

Delegados paulistas no fim da fila:”Até mesmo os cargos administrativos da Justiça Federal e do Trabalho – escreventes, técnicos, secretárias – são remunerados acima do que recebem os delegados paulistas” 21

Delegados paulistas no fim da fila

27 de maio de 2010 | 0h 00

ALOÍSIO DE TOLEDO CÉSAR – O Estado de S.Paulo

Qualquer pessoa que vá a uma delegacia de polícia no Estado de São Paulo não deverá ter pressa, porque nelas o ambiente se mostra contaminado por situação preocupante: os delegados paulistas recebem o pior salário do Brasil, relativamente aos colegas dos demais Estados.

A expressão “o pior salário do Brasil” pode parecer exagerada, porém reflete a verdade real e angustiante vivida por esses delegados, os únicos profissionais que exercem carreira jurídica acompanhada de permanente risco de vida, representado pelo necessário enfrentamento com os criminosos.

Em vista de vencimentos que são de fato os mais baixos do Brasil, quase todas as delegacias de polícia estão numa espécie de greve branca, chamada de “operação-padrão”, com a realização apenas dos serviços essenciais. Fácil imaginar como isso afeta a vida de cada um de nós, nestes dias angustiantes de insegurança cada vez maior.

Para que se tenha uma ideia do ambiente vivido nas delegacias basta registrar que desde a última posse de novos delegados, por concurso público, seis meses atrás, 10% deles já pediram exoneração, seja porque optaram por outra carreira jurídica, seja porque migraram para trabalhar no mesmo cargo em outros Estados.

Em Brasília, por exemplo, um delegado recebe no início da carreira R$ 13.368,68, o mesmo que os delegados federais, enquanto os colegas de São Paulo, em último lugar na escala de vencimentos, chegam a apenas R$ 5.203.

Acima de São Paulo, nessa relação de vencimentos, estão todos os outros Estados, mesmo os mais carentes, como Piauí (R$ 7.141), Maranhão (R$ 6.653) e Ceará (R$ 7.210). Os delegados paulistas evitam divulgar essa lista por entenderem que serve para diminuí-los e humilhá-los perante os colegas dos outros Estados.

Desde 2008, quando fizeram uma greve de 59 dias (a maior da história da Polícia Civil), houve promessas do governo estadual de melhorias para a classe, não só no que se refere a vencimentos, como também, e principalmente, quanto à estrutura administrativa. Nenhuma delas foi cumprida e o clima interno nas delegacias acabou carregado pelo desânimo.

Em verdade, esse clima se reflete na segurança pública, tendo em vista, sobretudo, a circunstância de que 31% das cidades paulistas não têm sequer um delegado. Realmente, cidades-sede de comarca, com mais de 20 mil habitantes, continuam à espera de um delegado que não chega nunca. Enfim, são apenas 3.200 delegados para cobrir uma área com 42 milhões de habitantes.

Sem a presença do delegado, os inquéritos e processos criminais em curso ficam travados, circunstância que leva muitos deles a se tornarem inúteis pela ocorrência da prescrição, favorecendo os criminosos. Ainda que esteja provada a conduta criminosa, o Estado, pela figura do juiz, fica impedido de aplicar a penalidade cabível por estar prescrita a punibilidade.

Recentemente, notícias publicadas pelo Estado e pelo Jornal da Tarde apontaram a falta de acesso à internet por parte de unidades estratégicas da Polícia Civil, como o Deic e a maioria das unidades do interior. Muitos policiais envolvidos na luta para identificar a autoria dos delitos estão chegando ao ponto de ter de pagar o acesso do próprio bolso para fazer as investigações necessárias. Pode parecer paradoxal, mas, concomitantemente ao marasmo noticiado, fruto do desânimo, também se verifica o empenho motivado pelo orgulho profissional.

Em algumas delegacias, por força da “operação-padrão”, formam-se filas gigantescas e esse é um problema que se agrava, sem ter pela frente a menor esperança de melhora. Se os delegados recebem esses vencimentos inferiores aos dos colegas dos demais Estado, o mesmo ocorre com os escrivães e investigadores, criando condições para que segurança no Estado mais rico do País esteja cada vez mais debilitada.

O Supremo Tribunal Federal já chegou a reconhecer que o trabalho dos delegados de polícia guarda isonomia em relação às outras carreiras jurídicas. Não se tratou de reconhecer a equiparação de vencimentos com as outras carreiras, mas de dispor que a atividade é mesmo jurídica.

Pois bem, se em relação aos delegados dos demais Estados os paulistas se encontram em incômoda situação de inferioridade, quando comparamos os vencimentos com os das demais carreiras jurídicas – juízes, promotores, procuradores, defensores públicos -, vê-se que a disparidade é ainda maior. Até mesmo os cargos administrativos da Justiça Federal e do Trabalho – escreventes, técnicos, secretárias – são remunerados acima do que recebem os delegados paulistas.

Esse é um problema grave, que precisa ser enfrentado e resolvido, porque influi no dia a dia de cada um de nós. A tarefa de conferir segurança aos cidadãos exige técnicas e equipamentos que se aprimoram com o avanço da tecnologia, porém concomitantemente é necessário o trabalho de inteligência, sem o que o combate aos criminosos se torna pouco eficaz.

Nestes dias em que o mundo das drogas está na raiz de praticamente 80% dos crimes praticados, o trabalho de inteligência ganha importância. De nada tem adiantado combater os efeitos danosos das drogas na sociedade se as causas continuam intocadas, tanto pela ausência de política de governo como de exercício de inteligência nas delegacias.

Verificou-se no País expressiva melhora da Polícia Federal no combate à criminalidade a partir do momento em que os vencimentos dos delegados federais foram equiparados aos dos juízes. Ainda que essa polícia se venha convertendo, muitas vezes, numa espécie de polícia do espetáculo, pela busca incessante de notoriedade e dos holofotes, é forçoso reconhecer que cresceu em competência. Um crescimento claramente vinculado aos melhores vencimentos.

ADVOGADO, É DESEMBARGADOR

APOSENTADO DO TJ-SP. E-MAIL: ALOISIO.PARANA@GMAIL.COM

Marilda Pansonato Pinheiro fala em prol de todas as carreiras policiais civis 10

:: ADPESP na TV

Em entrevista, a presidente da ADPESP – Associação dos Delegados de Polícia de São Paulo, Marilda Pansonato Pinheiro fala ao jornalista Newton Flora, do programa De Olho na Notícia, sobre a situação da carreira. A presidente destaca sua história dentro da instituição e fala de sua vocação classista. Exalta ainda, que a escolha da Operação Padrão foi o último recurso encontrado, para minimizar o problema que uma greve poderia trazer à sociedade.

http://www.adpesp.org.br/home.php#conteudo

Concurseiros de classe média mudam perfil da Polícia Civil do Rio 13

26/05/2010 07h06 – Atualizado em 26/05/2010 07h06

Concurseiros de classe média mudam perfil da Polícia Civil do Rio

Jovens apostam no concurso para ingresso no serviço público.
Mudança coincide com proposta de melhor atendimento ao cidadão.

Aluizio Freire Do G1 RJ

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Nova polícia - grupoA diretora da Acadepol, Fabíola Willis
(segunda à esq.) e a nova equipe da polícia
(Foto: Aluizio Freire/G1)

A Polícia Civil do Rio está mudando de cara. Com a abertura de concurso para preencher os quadros de investigadores e delegados, a instituição passou a atrair jovens de classe média alta, com boa formação acadêmica e um entusiasmo que há muito não se via nos corredores das delegacias.  

“É uma boa chance para entrar no mercado, sem dúvida. Mas a polícia passou a atrair gente com esse perfil não só pela estabilidade do emprego, mas por apresentar uma proposta renovadora, com um foco mais humanista de atendimento ao cidadão. É um desafio que atrai jovens de boa formação e ajuda a oxigenar a instituição”, afirma a delegada Fabíola Willis, diretora da Academia de Polícia Sylvio Terra (Acadepol).

Aos 33 anos, oito de polícia, Fabíola é uma das caras dessa nova geração de “tiras”. Em sua sala, chama a atenção o mural com fotos da filha de 3 anos e alguns mimos sobre a mesa, como canetas cor de rosa com carinhas de bichinhos.

Nova polícia - inspetora dentistaA dentista Aline é agora inspetora policial
(Foto: Aluizio Freire/G1)

Com desenvolvutra, Fabíola  avisa que não permite interferência na credibilidade de seu trabalho, procurando agir como se fosse executiva de uma grande corporação.

“Quem entra para a polícia hoje é um profissional que não tem uma visão apenas operacional. É um pessoal que está ligado com o mundo, tem interesse em fazer uma pós, um mestrado, em viajar e se atualizar sobre tudo”, garante.

O juiz federal William Douglas, professor e autor de 28 livros sobre técnicas e dicas de preparação para concursos, além de ex-delegado de Polícia Civil, concorda que está havendo uma mudança positiva da instituição.

“Bons policiais nós sempre tivemos. Mas o perfil está mudando para melhor. Hoje o trabalho tem mais foco em investigações que apostam na inteligência. É uma polícia mais eficiente, que apresenta resultados. É preciso, no entanto, não esquecer da valorização da carreira. É preciso pagar bem para selecionar bem”, ressalta.

Policiais de seriados americanos
Os inspetores Vinicíus Nascimento, 31, e Aline Grassano, 28, da última turma do concurso de 2008, também estão nesse grupo – elogiados pela boa formação e juventude – que poderia fazer parte do elenco de seriados americanos como Without a Trace ou Crime Scene Investigation (CSI).

Nova Polícia - delegada Delegada Fernanda ouviu comentários de que não
tinha cara de policial (Foto: Aluizio Freire/G1)

Formado em direito, Vinicius trabalhou como advogado durante quatro anos até ingressar na polícia. “Meus pais são advogados, mas sempre apostei na minha vocação de que seria um policial”.

Aline formou-se em odontologia, mas não dispensava um filme policial. “Mesmo contra a vontade da minha família, que sempre se preocupa com os riscos da profissão, nunca tirei da cabeça a ideia de que um dia conseguiria entrar para a polícia. Estou aqui desde janeiro e não me arrependo”, revela.

A delegada Fernanda Delgado, 31, que já morou na Inglaterra e fala três idiomas, é outra referência dessa nova polícia. Filha de uma procuradora de justiça, ela está há 8 na polícia e já passou por várias delegacias.

Programa para atender melhor o cidadão
“Engraçado é que as pessoas chegavam para mim e falavam: ‘Você não tem cara de policial. Seu perfil é de advogada’. Havia um estigma negativo do profissional da polícia que, felizmente, está mudando para melhor”, afirma. “O nosso foco hoje é o de aproximação com a sociedade. Nós somos prestadores de serviço e precisamos conquistar a confiança das pessoas”.

Um dos alvos da nova filosofia é o programa da Delegacia de Dedicação ao Cidadão (Dedic), que já foi implantado em oito unidades. A proposta é atender a população em casa. Para isso, a pessoa pode procurar uma delegacia perto de seu domicílio, ligar ou acessar o site e agendar uma hora com os agentes.

“Para termos qualidade no trabalho é preciso um policial civil exclusivo. O Dedic é um programa que mostra resultados bastante positivos e o novo sistema de trabalho adotado pelos agentes, de oito horas diárias, contribuiu para isto”, explica o chefe de Polícia Civil Allan Turnowski

O delegado do Deinter-6 ,Waldomiro Bueno, responsável pelo policiamento de toda Baixada Santista, prometeu chegar aos culpados pelas 23 mortes de abril 4

Delegado quer rapidez nas investigações de crimes

Cruzeiro On Line

O delegado do Deinter-6 ,Waldomiro Bueno, responsável pelo policiamento de toda Baixada Santista, reuniu na  2ª feira (24) todos os delegados das cidades atingidas pela série de assassinatos no litoral sul e exigiu pressa nas investigações dos crimes. De 18 a 26 de abril, 23 pessoas foram executadas na região. A morosidade no caso derrubou o corregedor da Polícia Militar, o coronel Nelson Rosolen, na última sexta-feira (21).

 

“Também somos os primeiros interessados em elucidar o caso. Mas são mortes nas quais as testemunhas não falam com medo de sofrer represálias. Mas vamos chegar aos culpados”, prometeu o delegado Bueno. Uma das principais suspeitas da polícia é que um grupo de extermínio formado por policiais militares seja responsável pelas matanças do mês passado. Os criminosos seriam de uma facção denominada como os “Ninjas”.

 

Questionado se a troca de comando da Corregedoria poderia afetar seu trabalho, o delegado disse que não. “A cobrança do alto comando é natural. Como a gente daqui, eles querem diminuir a criminalidade no Estado”, completou o delegado O secretário de Segurança Pública, Antônio Ferreira Pinto, admitiu que estava descontente com o andamento das investigações

 

Uma das prioridades do novo corregedor, Admir Gervásio Moreira, que assumiu hoje, é elucidar os crimes da Baixada. Apenas um suspeito foi preso. Um traficante do Guarujá é acusado de ter matado um policial da Força Tática. Em represália à morte do policial, os PMs teriam provocado a matança. A Promotoria Criminal de Santos está acompanhando de perto o inquérito, que ainda não tem prazo para ser concluído. “Existe sim essa chance de os crimes terem sido praticados por policiais militares. Uma hora a polícia vai chegar aos culpados”, acredita o promotor do Júri e das Execuções Criminais de Santos, Octavio Borba de Vasconcelos Filho.

 

A reportagem apurou que um policial já teria sido identificado. O PM deve ser apresentado nos próximos dias. Segundo a própria polícia, o grupo de extermínio planejava executar mais de 50 pessoas no mês de abril. O efetivo da Polícia Militar da Baixada Santista é formado por mais de 3,5 mil PMs. Só no Guarujá, onde ocorreu a maioria dos crimes, trabalham mais de 500 policiais militares. (Leandro Calixto – AE)